LUSORECURSOS Newsletter 17

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Distribuição ‘on line’ via e-mail gratuita 11 de Setembro de 2014

Directora - Alexandra Teixeira

NEWS LETTER

30 de Junho de 2015

Edição nº 17 (Ano II)

Número 9


Directora: Alexandra Teixeira Redacção: Fernando de Sucena Mário Teixeira Colaboração: Luís Pereira de Sousa Alves Silva SAPO© Wikipedia© Carlos Vivo Kris Nunes Luzia Carvalho Amadoras Sport Joana Pinto Gurupu Komikus Cool Social Search© Carlos Gonçalves Jornal de Sintra© Muralanimal blogspot Produtores Reunidos© Blogue Pédeleke Google©

De muitas séries televisivas dos anos 70 e 80, esta pela temática incomum, marcou toda uma geração de tele-espectadores. O entusiamo foi tal que, além das séries, mais a primeira que a segunda, devorei os dois volumes do livro que, se a memória não me falha, tinha capas gémeas em contraste (uma inovação editorial na época). Ou seja, um tinha a impressão em laranja e azul e o outro o azul no lugar do laranja e, o laranja no lugar do azul.

COLDITZ

Paginação:

Livro é diferente de filme, no entanto, o entusiamo e o suspense criado pelas palavras não fugia muito ao que, previamente, havia assistido na televisão.

Media Produktions Design, Marketing e Publicidade:

Nos 15 episódios da Iª série e, nos 13 da segunda, assistia-se ao cinismo e jogo de equipa dos prisioneiros face aos alemães, e a um certo desleixo (a série era inglesa, com a chancela BBC) por parte dos guardas germânicos que eram sempre menos inteligentes que os fugitivos.

Produção e Distribuição Digital e Papel:

PHM - Portuguiesisch Haus Mafia Gestão, Contabilidade e RH: MAFE©

Esta série de televisão dos anos 70, foi uma das mais marcantes da minha juventude. Da minha e não só. Era prática corrente, na época, os meninos e algumas meninas, frequentarem as actividades escutistas, e filmes com a arte do desenrasca e do escapulir eram muito admirados. E, esta série com as fugas mais ou menos conseguidas e habilidosas dos prisioneiros de guerra (da segunda) do supostamente inexpugnável Castelo de Colditz, campo de prisioneiros dos alemães, fazia com que a nossa imaginação se espairecesse.

Foi tudo reeditado numa box de 10 discos DVD em 2010. O livro, da autoria de Patrick R. Reid relata, na primeira pessoa, as narrativas das condições de vida nas prisões nazis para prisioneiros de guerra, a gestão de conflitos entre os prisioneiros e os guardas e as fugas dos últimos nas quais ele participou. O sucesso da série fez com que, em meados dos anos 80, fosse editado, por cá, o livro, pela EuropaAmérica. A febre foi tal que até jogos se fizeram sobre as fugas.

Entre 1972 (Iª série) e 1974 (IIª série) era matemático: em dia que, agora não me recordo, pela noitinha, lá estava, eu especado a ver imagens (muitas vezes com ‘fantasmas’) desta série.

Regressando ao passado e concluindo, hoje além de se ter transformado num filme de culto, os livros são um apreciada peça de coleccionismo, valorizada pelo esquecimento da mesma. Texto: Mário Teixeira Imagem: Recolhida no

CoolSocialSearch©

Produtores Reunidos© Imagens: Arquivo/Produtores Reunidos; Google©; Facebook © - fotos de capa - (estes dois últimos com direitos de utilização sujeitos às normas em vigor) Contactos: e_mail: lusorecursos@iol.pt lusorecursos@gmail.com produtoresreunidos@sapo.pt LusoRecursos (on line) - Google (LusoRecursos) - Facebook - endereço de link https://www.facebook.com/pages/LusoRecursos /470530819634499?fref=ts. Tiragem: (Distribuição por e_mail deste número) 5023 exemplares. (Edição limitada em policópia para ) 68 exemplares. Todo o material recebido pela LR news letter . passa a ser de sua propriedade. É permitida a reprodução total ou parcial citando a origem mesmo sem consentimento escrito. A equipa do LR news letter aceita toda e qualquer colaboração mesmo omitindo a procedência e aconselhamos os serviços e produtos divulgados de nossa responsabilidade. Título e proprietária do mesmo não registadas oficialmente. A ilustração da capa foi retirada do perfil do Facebook do saudoso Tó Neto. O músico faleceu em Junho de 2013. Ela serve de homenagem. A publicação é escrita, salvo indicação, segundo a antiga caligrafia



le colabora dentro das suas possibilidades com as associações que ajudou a criar e a desenvolver, nos intervalos da sua absorvente actividade de Funcionário Público, na C.N.P.

Amigos, patrões, sócios, pessoas com qualidades e defeitos, mas que cruzaram as suas vidas nas de outros, enriquecendo o ser de cada um e valorizando-os enquanto indivíduos

Em meados dos anos 80, fui convidado por este grande homem a liderar o Jornal de Queluz , cujo título o Dr. Samuel Wilson assumira como promessa a António Vieira, entretanto falecido. Pragmático, apostou numa remodelaçãoe e expansão do título numa altura em que a imprena regional fervilhava de criatividade e investimento. Entre 1982 e 1984 , da cave da Conta Alpha, na Rua de Timor (ao lado da Igreja Maranata) paredes meias com a papelaria Palidi, saía o Jornal de Queluz, onde o Carlos Gonçalves (sim, o do lado) colaborava, também.

CARLOS LACÃO GONÇALVES

Nascido em 1961, residente em Queluz, Monte Abraão durante mais de quatro décadas, foi Relações Públicas, dirigente associativo, concorrente a vereador da Câmara Municipal da Amadora à dez anos, co-fundador de entidades culturais e recreativas, desde os anos 80. Desde sempre, o acessor preferido de Mário Teixeira, este conhecido penetra social, foi director do CEDECA entre 1983 e 2001. Ajudou a fundar a Media Produktions (Portugal) em 1986, os Produtores Reunidos, com Carlos Raleiras e Rui Madrugo entre outros em 1991 e a Luso Recursos em 2005. Fez parte das equipas de locutores e de realização nas extintas Rádio 40, de Monte Abraão em 1986; Rádio Clube de Queluz em 1988, Rádio 11, também, em Queluz nos idos anos de 1985 e Rádio Onda Livre da Amadora em 1985.

SAMUEL WILSON

Tentou a escrita como repórter e a imagem como fotógrafo, nalguma imprensa regional mas, não conseguiu grandes desideratos, optando pelo contacto humano e social, o que lhe permitiu através do seu invulgar sentido de humor alicerçar a divulgação nacional das três grandes entidades que ajudou a construir: Produtores Reunidos; Luso Recursos e Centro Desportivo e Cultural da Amadora.

Durante esses quase dois anos, nos horários livres, fui aprendendo os fundamentos da economia e da contabilidade. Foi graças às suas funcionárias e aos ensinamentos do mestre, principalmente em contabilidade, que a gestão das actividades que fui desenvolvendo na minha vida se tornou fácil. Nunca esqueci os conselhos que me deu.

Não podiamos deixar de recordar esta figura emblemática da cidade de Queluz, e primo do famoso deputado e parlamentar socialista Jorge Lacão. Animou e organizou muitas festas de garagem nos anos 80, inovando-as e servindo de plataforma de conhecimento entre jovens, numa altura em que não havia Redes Sociais e as pessoas conviviam olhos nos olhos. Foram e, certamente, serão muitos mais anos de animada convivência amistosa. Obrigado companheiro, amigo, camarada, sócio pela ajuda na minha vida. A nossa vida sem aqueles anos loucos seria sensaborona e muito esquisita.

Foi um dos principais apoiantes e impulsionadores da Biblioteca e daMediateca Mário Bento, até esta ser extinta em 2007 e que reunia um espólio de milhares de unidades em papel e em Suporte Vinil e Digital, e uma Será motivo para recordarmos o passado cheio de emoções, experiências e aventuras Videoteca. em família ou em tertúlias com outros cotas. Sempre disponível e prestável, ainda hoje, e-

Por vicissitudes da vida, em meados de 1986, perdi o rasto de um amigo que me deu mais do que recebeu e do que lhe podia dar. Foram meses de árduo e esforçado labor mas, que me ajudaram a ser quem sou e por isso mesmo, obrigado Samuel Wilson.

Texto: Fernando de Sucena Imagens: Arquivo Produtores

Reunidos©/LusoRecursos/M.T.


Diversões de outrora que agora parecem estranhas…. Luzes de natal, Feira do Livro, passeios em família…

FEIRA DO LIVRO E ILUMINAÇÕES DE NATAL Antigamente, tudo era fabuloso. Tinhamos de aprender com os outros e da mesma maneira, mas com opções diferentes. Por exemplo, para lermos, ou iamos às bibliotecas das escolas, ou aos alfarrabistas procurar os livros usados que queriamos ou, esperávamos pela Feira do Livro para, em família, irmos todos em excursão até ao Marquês passear e gastar uns 20 escudos (10 cêntimos, no século XXI) em livros.

mais próxima, nem sabem o que é um livro e o prazer (e as dores) que dava cortar as polpas digitais numa qualquer folha… Nessa época, para os putos, assim como nós à data, era moda Enid Blyton e as aventuras dos Cinco e dos Sete, as enciclopédias da Verbo, os dicionários, do regime, da Porto Editora, clássicos de Mark Twain ou Robert Louis Stevenson. Obras como O Conde de Monte Cristo; Os Três Mosqueteiros e muitos mais títulos de clássicos. Com a explosão do Círculo de Leitores, a Feira do Livro perdeu um pouco da magia que tinha, pois o acesso a livros variados passou a ser dado porta a porta.

Todos os anos, no sábado anterior ao Natal, pela tardinha, era ver o pessoal dos arredores, a vaguear pela Avenida da Liberdade, pelo Rossio, pela Praça da Figueira e por todas as ruas até à Praça do Comércio e ao Camões, discernindo sobre qual a rua mais bela, esplendorosa. Mas, dessa quadra que passou de sentida a consumista, falaremos noutra altura.

Na pior das hipóteses, depois de deixarmos de acreditar no Pai Natal, esperávamos por Dezembro e, em grande arraial lá iamos para a Baixa ver o espectáculo das luzes de Natal, numa altura em que o esmero e a dedicação eram enormes e na falta de outras alternativas, o pessoal lá ia, dos arrabaldes até ao coração da capital, de gargalo para o ar, deslumbrar-se com aquelas lâmpadas que iluminavam o frio mês de Dezembro, numa competição mais aguerrida do que a das Marchas Populares de Santo António.

Feira Do Livro – Rossio –1930

Do que nos salta à memória, destaca-se aquela mística da quadra natalícia e a emoção de podermos desfolhar páginas e páginas de livros que nunca mais nos lembrámos tê-los na palma das mãos. Durante a noite era difícil lê-los pois, a iluminação pública era muito acanhada então. Memórias do Estado Novo.

Era, por esses dias que, faziamos alegremente o quilómetro, a subir, do Rossio até ao cimo da Avenida da Liberdade, para em companhia de pais, amigos ou colegas darmos umas voltas pelos pavilhões (os antigos eram rústicos mas engraçados, parecendo contentores com marquises) comendo umas farturas ou uns gelados e encontrando livros que em mais nenhum local se encontravam. Havia em muitos dos meus parceiros de escola a mania de fazer um mealheiro para, em Junho, anualmente, comprarem-se umas catrefas de livros. Nesse lindo passado, a leitura era um vício salutar e a maioria da canalha sabia ler, ao invés destes labregos actuais, sucedâneos da tecnologia massificada que, se não for numa visita virtual pela Rede Social

Africana, A Betesga, Casa Batalha, Vapdrone, Taborda & Quaresma, Chiado, Valentim de Carvalho, Livraria Bertrand, Vale do Rio, e tantos outros estabelecimentos dos quais pouco resta, a não ser recordações, e o coração da Baixa que já não bate como antes.

Não havia estoiro ou fundimento que estragasse a alegria de ver a noite transformar-se em dia na época natalícia, com tanto casquilho ligado. Com o passar dos anos, o interesse pela iluminação decaiu quanto ao investimento/retorno e desses tempos áureos, do Grandella, Galerias Alegrete, Bráz & Bráz, Papelaria Fernandes, Porfírios, Pollux, Casa

Sensações e mistérios da juventude perdida destas gerações dos sessentas e dos seten-tas que, as seguintes não conseguem, sequer, sonhar. É isto o bonito do nosso passado. É destas recordações que a História vive. São estas recordações simplistas que pretendemos preservar.

Texto: Fernando de Sucena Imagens: Mário Teixeira/Arquivo

Produtores Reunidos© e Facebook©


Tempo de férias é tempo de diversãoe de descontração. Por isso, nos seus passeios repaste nos sítios que lhe sugerimos e que, comprovadamente, são diferentes.

Situado no piso 2, do Centro Comercial Floresta Center, na Tapada das Mercês, na Rua António Ferreira Gomes, Lote 1.B Tapada das Mercês, 2725-536 Sintra. Desde há muitos anos, mais de 15 que, num insuspeito local da Tapada das Mercês, existe um pequeno ponto de repasto, que não sendo restaurante, está integrado numa área de restauração do Floresta Center. Falamos da Tasquinha Portuguesa, gerida desde 2006, por Manuel Pinto e pela sócia, a esposa, Natália Pinto, onde se podem comer refeições com um paladar tipicamente português. Uma vez que, os pratos são rotativos, deverá telefonar para se informar dos pratos do dia e, aos sábados, inquira sobre qual o prato do dia que lhe vai calhar nessa semana, através do telefone 219175177. Diariamente, uma esforçada e simpática equipa, entre as 12:00 e as 21:30, faz os possíveis por lhe servir refeições que lembram, amiúde, os paladares dos petiscos das avózinhas. Há noite é possível e aconselhável, comer as deliciosas francesinhas e refeições mais ligeiras, como os bitoques, mantendo os elevados padrões de satisfação e exigência dos clientes.

RESTAURANTE REALMENTE As sugestões que lhe deixamos para degustar sabores intensos, nos intervalos das suas deambulações pelo concelho de Sintra, ou de Mafra, são variadas quer nos ménus, quer nos custos. O que não nos custa é referi-las e insistir para que as visitem.

TASQUINHA PORTUGUESA

No Bairro Almeida Araújo, também, conhecido pelo Bairro do Chinelo, mesmo em frente ao palácio Nacional de Queluz está instalado o Restaurnte Realmente, mesmo em frente ao chafariz.


O Realmente fica no Largo do Palácio, nº11, em Queluz, tem o telefone 214351614, restaurante.realmente@gmail.com. Tem o horário das 09:30 às 23:00 horas de Segunda a Sábado. No café, pode comer-se tostas em pão saloio com queijo e fiambre; queijo e tomate ou queijo e cogumelos e beber-se um sumo natural de laranja. Com um ano de existência (abriu a 6 de Fevereiro de 2014), fruto da iniciativa de vários irmãos criados no próprio bairro, aproveitando a ocasião que surgiu de mansinho e investiram no negócio liderado pela Cátia Rocha. Um aparte para uma particularidade que demonstra como o mundo é pequeno. Uma das irmãs da gerente do espaço é uma amiga que conviveu com repórter na década de 80, antes de emigrar para Turim, que foi quem, curiosamente escolheu o nome do estabelecimento. Coisas do acaso. Resumindo, estamos perante um restaurante realmente encantador, onde a comida é simplesmente deliciosa e sofisticada e o atendimento excelente, num local encantador e elegante para momentos inesquecíveis.

COFFEECAKE

Texto: Fernando

de Sucena Imagens: Alexandra

A cidade de Queluz, não pára de nos surpreender com recantos e achados ímpares. Numa rua encolhida, mesmo em frente da estação, descobrimos um ‘lounge’ (espaço que mistura café, restaurante e ponto de encontro) com comida saborosa e caseira. É que, por vezes, o acaso trata de nos abanar os sentidos. Manuel Procopio e esposa, gerem, num ambiente acolhedor e simpático, na aposta duma vida, desde à três anos, este recanto discreto mas muito amigo do palato. Pode-se comer calmamente, conversar sem pressas, pois a própria ambiência incentiva ao deixar fluir o tempo. É vulgar encontrar, por lá, pessoal da LusoRecursos, o que diz bem da dedicação que é posta na clientela. Na Rua D. Maria I nº 22 em Queluz, mesmo na rua em frente à estação de comboios de Queluz-belas a caminho do mercado está o Coffecake que tem o telefone 218027522 e o seguinte e-mail: coffeeecake.queluz@gmail.com. Todas estas reportagens completas estão disponíveis no perfil Facebook da LusoRecursos. Visitem-nos lá e vejam muito mais.

Teixeira; Joana Pinto; Facebook e Arquivo

MARISQUEIRA FURNAS A Marisqueira Furnas, situa-se na Rua das Furnas, nº 1, na Ericeira, no passeio marítimo, junto à praia dos Pescadores, tem o código postal 2655 – Ericeira, e os telefones 927526107 (móvel) ou 261867914 (fixo) ou pelo e_mail caetanorodrigues@sapo.pt. Sob a gerência do Sr. Bruno, acessível, prestável e experiente no marisco, cada mariscada ou rodízio são ainda mais saborosos, com a sua comunicabilidade. A marisqueira foi inaugurada em 5 de Maio de 2007, onde outrora existia um espaço baldio. Aberto diariamente das 12:00 às 24:00, a Mariqueira Furnas tem uma esplanada com capacidade para 130 pessoas e três salas com capacidader para outras 130.

ESPLANADA DAS FURNAS Esplanada das Furnas, na Rua das Furnas, 2 Ericeira 2655-288 Mafra. O telefone é o telefone 261864870, o fax: 261866801, o email: caetanorodrigues@sapo.pt. Diariamente das 12:00H às 16:00H e das 19:00H às 23:00 H podemos comer o peixe que escolhermos e, espantoso, podemos vêlo a ser confeccionado, sem segredos, neste estabelecimento fundado em 1996, depois de recuperada a tasca antes existia no local. Além do mais, temos a simpatia inexcedível da sócia-gerente e anfitriã, Luisa Rodrigues. Decorado com elementos náuticos e com uma estrutura em vidro que não deixa esconder o cenário de mar, tem um ambiente simpático e descontraído, típico de uma marisqueira.


Por: Carlos Vivo

A ARTE EM LEGO

Sem dúvida, o brinquedo que mais me marcou na infância foi o LEGO. Um conjunto de pecinhas de plástico que encaixavam de muitas maneiras e permitiam construir os brinquedos que a imaginação ditasse. Felizmente, em miúdo tive bastantes conjuntos de LEGO o que potenciou a minha criatividade. Mais tarde parei, porque havia outras coisas que dominavam o meu tempo e a minha atenção e, também, porque se tornou num divertimento um bocado dispendioso. E, ainda, porque começava a sentir alguma vergonha, a partir de certa idade, ainda brincar com LEGO.

lares!! E mais, não se sentem minimamente envergonhados e até fazem questão de publicar as suas criações na Internet. Entusiasmado com a descoberta comecei a comprar conjuntos de LEGO para fazer com a minha filha. E a vontade de voltar a fazer LEGO veio com tal intensidade que (re)comecei logo a fazer as minhas próprias criações. Esta motivação extravasou a divulgação das minhas criações através da Internet. Acabei, a convite, da direcção da News Letter da Luso Recursos, por divulgar esta actividade de tempos livres que é muito mais que um hobby. Em cada edição teremos muita informação sobre este mundo. O mundo Lego. Um mundo que reproduz todas as actividades e situações

Mais um colaborador em estreia e com carácter regular. Falámos deste amigo e criativo de longa data e de Queluz, na última edição. Aproveite a deixa e dedique-se ao Lego© e conviva criativamente.

Um dia, bastantes anos depois, por simples curiosidade, resolvi pesquisar sobre LEGO na Internet e descobri que existem comunidades em muitos países (incluindo Portugal) de fãs de LEGO, mais concretamente de adultos fãs de LEGO. Não se trata de um grupo de pessoas que relembram com saudade os conjuntos de tijolinhos de plástico com que brincaram na infância. É gente bem graúda que continua a fazer LEGO. E não se limitam a seguir as instruções de montagem de cada caixa de Lego, mas a fazerem construções próprias, algumas mesmo muito espectacu-

Texto e Imagens: Carlos Vivo




serve o andar nobre, terminando em alpendre coberto de telha e sustentado por duas colunas de pedra…’

Esta casa é um dos ex-libris da cidade da Amadora. Foi construida por Aprígio Gomes, astrónomo amadorense, e vizinho do Mestre Roque Gameiro. Vejamos então quem foi o homem que perpectuou o seu nome na cidade, na sua casa.

CASA APRÍGIO GOMES A moradia, onde se encontra o Centro de Ciência Viva da Amadora, com mais de 100 anos de idade, não deixa de ser um espaço de recordações. Nessa altura (1905) foi alvo de atenções diferentes, quando o projecto da obra, apresentado por Guilherme Eduardo Gomes, causou admiração por ser ‘uma bonita casa do Sr. Aprigio Gomes’. A organização desta moradia onde morou foi feita pelo próprio, a seu gosto, e em alguns aspectos de cariz popular. Não faltava, no exterior da casa um moinho de tirar água para alimentar as necessidades caseiras e rega do jardim que a circundava. Este moinho, já desaparecido, protagonizou algumas situações objecto de noticias para a época. Nesta altura, e por ser praticamente a única casa existente, nesse local, tinha uma excelente abrangência visual sobre vários sítios: Falagueira, Reboleira e Venteira, por isso num sítio privilegiado de terras agrícolas, com searas de trigo de boa qualidade. A casa fica localizada no então conhecido por Alto Mauro. Tomou o nome (Alto Maduro) por terem

aqui residido, ou serem proprietárias de propriedades, pessoas com o apelido de Maduro, como, por exemplo, em 1756 o padre João Maduro. Espanto e admiração causou também quando o respectivo dono, dava nas vistas ao subir ao miradouro do imóvel para, do torreão, observar os astros através da sua luneta. Roque Gameiro, de quem era amigo, fez o retrato deste seu vizinho ao desenha-la no seu ‘planetário’. De seu nome completo José Aprígio Gomes nasceu em Lisboa a 22 de Julho de 1867. A sorte foi-lhe sorrindo pela vida fora e tornouse abastado proprietário (teria sido assíduo jogador da Bolsa de Lisboa). Como tantos outros, procurou melhores ares na localidade e, aos trinta anos de idade, manda construir a casa de campo, cujo projecto de construção é aprovado em 1903 e a moradia fica concluída e habitada em 1905, seguindo as peugadas de Roque Gameiro que em 1898, construiu uma habitação com a mesma finalidade no Alto da Venteira, relativamente perto uma da outra. O jornal ‘A Amadora’ de 14 de Abril de 1914 descreve, deste modo, a vivenda: ‘… está situada no ângulo da antiga estrada de Queluz e da rua Alfredo Keil (….). Está situada esta casa ao centro de um grande quadrilátero ajardinado, tendo a entrada pela rua Luis de Camões, por um largo portão de aspecto antigo coberto por um beirado de telha. Do lado desta rua ergue-se uma torre que domina toda a construção, limitada por cunhais de cantaria escura. Do lado da antiga Estrada de Queluz, a fachada segue em arcaria de pedra, formando uma galeria sobre a qual dão vários compartimentos, e termina num torreão de cúpula, em tronco de cone, em alvenaria com decorações de azulejo. Este torreão nas suas linhas gerais lembra um pouco a arquitectura da ‘sempre noiva’, conquanto as delicadas colunas tenham sido substituídas por grossos pilatres. No recanto formado pela torre e por esta fachada fica a escadaria de pedra que

Em 1906, pelo auxilio prestado aos bombeiros voluntarios da localidade, na altura numa fase de instalação, é nomeado ‘sócio protector’ da associação, mas também colabora em algumas obras sociais na localidade, de forma discreta, como gostava de fazer. Em Julho de 1912, num grande concurso de papagaios realizado no Burel, nos primórdios da aviação, Aprigio Gomes é um dos premiados no certame. Em 1890, nasce em Tavira o depois major aviador Antunes Cabrita (José Francisco Antunes Cabrita) que, em 1921, casa com Hermínia dos Santos, filha de Aprígio Gomes. Este conhecimento entre ambos resultou do namoro de proximidade entre a habitação dela e de Antunes Cabrita a prestar serviço no grupo de esquadrilhas da Amadora. Este casamento talvez tenha evitado a expropriação para fins militares da respectiva moradia, como aconteceu a outras propriedades circundantes. Depois do matrimónio, o major Cabrita fica instalado profissionalmente quase ao pé da porta, pois a Grupo de Esquadrilhas de Aviação República localiza-se a escassos metros da moradia. Outro filho de Aprígio ficou com o nome do pai: José Aprígio Gomes (júnior) popularmente tratado por Zé Aprígio. Em 1928, num acidente de aviação morre o capitão Aragão ao embater com o seu aparelho no moinho da casa Aprígio Gomes. No desastre, fica também ferido o mecânico Teodósio. Outros acontecimentos relacionados com a aviação tornam a casa espaço de recordações aeronáuticas, uma delas com um avião pilotado por Sacadura Cabral.

Casa Aprígio Gomes , início do século XX.

Em 1937, abandonada a aeronáutica, o major Cabrita, depois de licenciado em direito, torna-se o primeiro advogado da Amadora, com


consultório na vivenda, na qual ressaltava um dístico: ‘advogado Antunes Cabrita – residência’. A partir daqui a vivenda começa a ser conhecida popularmente por ‘casa do major Cabrita’. Antunes Cabrita morre a 4 de Julho de 1968. Quatro anos antes, a 6 de Junho de 1964, tinha estado presente na inauguração do nicho a Nossa Senhora dos Caminhos, em frente à sua moradia da Amadora. Ficou sepultado no espaço destinado aos combatentes. Em Março de 1986, a casa entra numa proposta da autarquia para funcionar como zona turística. Em 1988, é adquirida pela autarquia para instalar o Museu Municipal. Esta finalidade nunca chegou a concretizar-se. A proposta de compra da casa, herdada por Maria José Cabrita, deu preferência à CMA, que se terá comprometido a preservar a moradia, em detrimento de outras ofertas vindas de construtores e dos CTT. Em finais dos anos noventa a CMA submete o edifício a obras com beneficiações no interior e zonas circundantes. No recinto da propriedade foi encontrada uma sepultura em pedra, que na altura se julgava sarcófago romano. Também uma mó bastante antiga existiu ali, cujo encaminhamento desconhecemos. Em parte do recinto, em casa separada (já desaparecida) viveu o brigadeiro Lemos, bem como José Aprígio Gomes Júnior. APRIGIO GOMES: ASTRONOMO Aprigio Gomes foi, na verdade, um ferrenho interessado pela astronomia, ciência que como parece, nunca terá estudado, fazendo disso apenas um agradável entretenimento, tirando partido do excelente local da sua residência. A instalação do Centro de Ciência Viva nesse espaço tera sido apenas mera coincidência, mas não sabemos se a Câmara Municipal da Amadora ao disponibilizar o imóvel para essa finalidade, não terá tido em mente circunstância de Aprígio Gomes ter sido um autodidacta das ciências astronómicas. Se fosse vivo, o antigo proprietário teria ficado agradado com a decisão camarária ao instalar na sua antiga casa um pólo de conhecimento. As experiências de Aprígio Gomes não se limi-

tavam a observar a lua e outros astros através da luneta, mas também para enxergar as experiências dos aeróstatos, numa altura em que a ciência da navegação aérea dava os primeiros passos em Portugal, sendo a Amadora pioneira nesse arranque da aeronáutica, precisamente no aérodromo a escassos passos da moradia, onde depois ficou instalado, como se disse anteriormente, o Grupo de Esquadrilha República. Lembrar que, nesse tempo, existiam por cá outros apaixonados pelos aeróstatos, como Miguel Diogo Casais, a se ocuparem de construir Balões, mais conhecidos por papagaio, com concursos e prémios aos vencedores que levassem a maior altitude os seus inventos aéreos. Num desses concursos, Aprigio Gomes esteve presente com o seu balão, num certame realizado no ‘Rossio’ da Venteira, muito perto da residência de Diogo Casais. Aqui foi experimentado, por familiares deste um planador tipo ‘chamute’ biplano sem grande sucesso. ‘O esqueleto do planador era constituído por varas de bambu ligadas entre si por goussets de chapa de aluminio e folha-de-Flandres, devidamente aparafusadas’. Uma curiosidade, conquanto não saibamos se Aprígio Gomes esteve presente nela: aqueles rapazolas (familiares de Diogo Casais) os mesmos que haviam experimentado o biplano, conceberam uma foto áerea, num dispositivo por eles imaginado, cuja máquina fotográfica, copulada a um ‘papagaio’ não passava de um ‘caixote’ para chapas de vidro 9x12 cuja objectiva tinha uma abertura de 1/8 e um obturador cuja velocidade máxima era 1/50 de segundo…’ Aconteceu em Julho de 1913, com esta técnica rudimentar fizeram a fotografia aérea da Venteira, cuja máquina foi elevada por um ‘papagaio, a primeira feita em Portugal, a cerca de 110 metros de altura. Como vemos, nessa altura vivia-se a aviação e havia interesse por outros fenómenos da natureza relacionados com o ar. Sendo a astronomia a mais antiga das ciências, Aprígio Gomes não terá descurado o facto da sua vivenda ter sido construída num local privilegiado pela natureza. Sítio plano de céu descoberto, não deixou de ir para o terraço da casa observar o nascer e o acaso dos astros e, ao que sabemos, anotava as datas e outros pormenores relacionados com o que via. Aproveitou também o seu instrumento óptico, que não passava de um sistema de lu-

netas, para depois da aviação instalada na Amadora, observar do seu terraço a descolagem e, sobretudo, a descida dos aviões. Quando ouvia o barulho dos motores lá ia o nosso homem a correr para o torreão da casa, até para prevenir acidentes como os registados no seu moinho, uma das vezes o avião de Sacadura Cabral foi ali embater sem grandes prejuízos, mas já um segundo acidente, nas mesmas condições, vitimou o capitão Aragão, embora não fosse controlador aéreo. Nessa altura não se falava nisso. Contíguos a este espaço da moradia estão a antiga escola Alexandre Herculano (hoje Gustave Eiffel) e a residência da família Evangelista, desintegradas da antiga propriedade Aprígio Gomes. Em 15 de Setembro de 2003, já depois de adaptada pela CMA, abre portas o Centro de Ciência Viva da Amadora. No antigo quintal da propriedade nasceu uma nova urbanização (edifício Keil) que integra um restaurante e um anexo do Centro da Saúde Viva. Aprígio Gomes está perpetuado na toponímia com uma rua nos Moinhos da Funcheira. É também patrono da Escola EB 1 existente na Praceta Cidade do Maputo. O major Cabrita deu o nome a uma Praceta na freguesia da Venteira.

Casa Aprígio Gomes, meados de 2000.

Texto: Alves Silva/2015 Imagens: Recolhidas no Google© (Texto escrito ao abrigo do antigo acordo ortográfico)


É um desabafo, uma dor de alma, um grito vertido assim, a medo, mas com uma vontade enorme de mudar o mundo, ou apenas mudar o autor.

CRIME E CASTIGO

Eu e uns amigos paramos antes de chegarmos à Ria Formosa e fomos ao Lidl de Olhão. Cada um tinha uma compra a fazer. Um era o Wiscky Jaques Daniels que não encontraria, outro era Água Tónica para o Heendricks, o seu gin e eu queria um compressor minúsculo que se liga à ficha de um automóvel ou de uma embarcação, para encher o semi-rígido. Em presença dele viria a concluir que afinal, no mar, longe da costa o melhor é poupar a energia que se esvai num instante. E então, desiludido, condenado a encher à mão, voltei a colocar o “aparelhómetro” onde o havia retirado. Deambulei um pouco e deparei-me com uma tentação original; pistácios. Tinham bom aspecto, boa cor e bem preenchidos. Mas, a verdade é, que não estava afim de comprar fosse o que fosse e muito menos pistáchios até porque ainda deveria ter na embarcação o suficiente para uns copos. Os outros haviam já passado das bebidas para outras curiosidades. Foi quando eu senti o drama que sempre sinto nos estabelecimentos e que se apodera de mim sobretudo se tal se passa num Centro Comercial ou numa Grande Superfície. Respirei fundo, controlei-me e segui com o olhar duas estrangeiras, jovens e alegres que mexiam em tudo e pouco levavam na cesta. Colocavam óculos, experimentavam soutiens, calças jeans...

De repente, quis o destino, vi-me outra vez frente aos pistáchios. Espreitavam num recipiente de tampa de plástico com um orifício a oferecerem-se que nem jovens com o cio. Já não estou na flor da idade – pensei – para não resistir a estes convites de ocasião, a estes desafios carregados de imoralidade e sedução. Mas, a carne é fraca e eu estava mesmo a merece-la: como quem não está interessado enfiei a mão e abocanhei com ela uma dúzia das pedras preciosas. De imediato fui vitima de paralisia momentânea, mas quando somos empurrados pelo lado corrupto da vida já não paramos. Voltei às andanças e embrenhei-me nos pistáchios que em fila se me ofereciam gulosos e traiçoeiros para que os provasse um a um. Na outra mão iam crescendo os restos do pecado enquanto os meus amigos aguardavam já pacientemente a sua vez na caixa. Discretamente prossegui a nova missão que era devorar sem dar nas vistas o produto da feia ação. Uma vez chegado ao fim e satisfeita a curiosidade gustativa ou gula, o peso e o incómodo das cascas na mão assemelhavam-se ao peso da consciência. – Roubaste uns dez pis táchios e nem gastaste um cêntimo. Como é possível teres roubado, sim porque já sabias que não ias comprá-los? – Mas saber da qualidade de um produto esta só pode ser confirmada pelo próprio e desta maneira. Retorqui a mim próprio ao lavar a consciência que voltava ao lugar que sempre foi seu. O pior estava para vir: Onde vou agora largar as cascas comprometedoras? Como se nada tivesse na mão procurei um cesto, um caixote do lixo, mas não tardei a reconhecer que ali não há lixo nem se come. – Conclui – Leva- se para casa e pronto. Não. Seria pior se tivesse metido os restos do crime no bolso.

Num lado do estabelecimento estava um homem que devia ser o gerente ao telefone, no outro, na entrada, estava um jovem segurança no seu posto de observação. Ainda pensei perguntar-lhe onde poderia depositar a prova do pecado, mas cobardemente a coragem foi-se. Deixar as cascas como quem não quer a coisa, na zona das frutas, do vestuário, dos vinhos, dos brinquedos, das rações para animais, era fácil, bastava abrir a mão, mas não. Era apagar o rasto do delito num gesto pérfido. Com o olhar rodei 180 graus. Não havia qualquer perigo no horizonte; espiões, detectives, câmaras ou drones. Aproximei-me da saída, parei a fingir que ainda lia a capa de uma revista, a Caras, e ao baixar o olhar para o rodapé como que admirado, abri a mão. Senti a queda das casquinhas junto aos pés como as folhas secas de uma árvore no Outono. Senti-me enfim livre de uma séria responsabilidade a atraiçoar os meus cabelos brancos.

Mas um crime tem sempre um castigo. Do céu, do chão, ou detrás das revistas o jovem segurança com ar sério e duro surgiu e apontou-me para os pés. Entendi de imediato: Apanhei as vinte casquinhas e só não pedi mais desculpas para não parecer exagerado. Saí e então encontrei um caixote do lixo onde não entrei por amor próprio e para que a odisseia não se ficasse por aqui. Pouco depois, de cabeça erguida e ostensivamente, comprei 250 gramas..

L.P.S. – Blogue Pedeleke/2015


Os escândalos actuais e a contra informação adjacente aos mesmos, remetem-nos para um poassado recente. Por isso, recordar um texto, escrito e pensado na ressaca das eleições Autárquicas de 2005, às quais concorri, parece oportuno. Oportunidade essa que ganha mais impacto, quando se sabe que a classe política faz tábua rasa dos direitos de quem os elege e lhes paga os ordenados e as verbas da corrupção com a qual convivem. Apenas foi alterado numeral do título e ajustes temporais inerentes.

JUSTIÇA E A LEI DA ROLHA – REGRESSO À CENSURA Em pleno século XXI, assiste-se, em Portugal, país que se diz querer alcançar os primeiros lugares entre os seus pares europeus, a um regresso acelerado à época da censura, ou pior ao nepotismo da Inquisição, em que tudo o que desagrada a alguns (julgam-se bafejados por Deus) deverá ser recatadamente resguardado no esquecimento mais profundo. E os primeiros lugares na Europa já os alcançámos. Estamos nos primeiros lugares na violação de Direitos do Homem (de forma encoberta); na violência doméstica, no comsumo da álcool por jovens, no insucesso escolar, na taxa de IVA, no pagamento de impostos e taxas, no preço da gasolina, nos acidentes da estrada, na corrupção, etc... Estamos, realmente, na frente! Ah! Mas, e no

rendimento, no emprego, na produtividade, nos ordenados, entre outros campos? Também, basta virar a lista de cabeça para baixo!. Mas dizia, um pouco à semelhança do poeta, xibarei, denunciarei, falarei até que a voz me doa! E o que é que a justiça tem a ver com isto? TUDO! Os políticos vão asfixiando lentamente as instituições de Direito por forma a dominarem o parecer da verdade. Um juiz sendo pago pelo Estado, é, obrigado não do ponto de vista da ética e da deontologia mas, sim do vencimento a servir o seu patrão. O Ministério Público que trabalha de forma processual toda e qualquer denúncia chegada até ele quer através das Polícias, quer dos Tribunais ou das Inspecções-Gerais, debate-se cada vez mais com a intromissão, abuso de poder e tentativas de aborto de queixas que envolvam os políticos. E, infelizmente, cada vez mais existem gestores da aplicação das leis, a cederem a este livre arbítrio. Exceptuando o mega-giga processo da Casa Pia, sempre que um jornalista (mesmo que investigando e dando provas dessa situação) denuncia um caso com alguma figura pública de esferas elitistas, vê-se confrontado com processos de ameaças. Entrando em causa própria, como ex- jornalista, fui pressionado e acusado por alguns utilizadores de cadeiras do poder, que esquecem que as ocupam porque, nós, os outros, o raio do poveco, os colocámos lá apesar de que, quem vota já é menos de metade da população. As condenações e processos são interpostos a quem diz que as verdades que tentam enfiar-nos pelos olhos adentro, são, afinal, inverdades. Esta tentativa de mascarar, as verdades, as realidades escondidas, que revelam que ninguém é superior à lei, e que nem todos os mandantes são dedicados, honestos e competentes, surgem com a mesma argumentação que a Igreja (neste caso a fundamentalista apostólica romana) reagia à afirmação de verdades, contestadas pelos possuidores de uma parte da dela. Ninguém, nem nenhuma entidade tem a verdade total, pura e absoluta, mas, também, igualmente, ninguém tem a razão, a verdade e a honestidade a 100%. Sim! De são e de louco todos temos

um pouco! Para os leitores que acham estar contra a Igreja, gostava de lhes recordar os casos de Copérnico e, mais recentemente, o caso de Judas! Fim de contestação. Esta paranóia com queixa leva a disparates de recepção informativa como o que aconteceu com algumas notícias inofensivas do 1º de Abril, como aconteceu, infelizmente, neste jornal! Ameaça-se abrir processos por difamação, quando o que se pretende é arejar e transmitir um pouco de alegria e criatividade aos leitores. Realmente se não lerem não pecam! Não ler, por não querer, é viver no obscurantismo, no “déjà-vue”, diria mesmo na estupidez. É isso que ao fim e ao cabo, se pretende com toda esta situação de tentar impor uma rolha na comunicação. Sendo assim, é apenas um linear e vago “Sim, Sr. Ministro!” (‘tout cour’)! Não se reclama, não se questiona, não se pensa e vive-se na obediência cega! Claro que é difícil tal acontecer porque somos portugueses, um povo inventivo, fura leis e criativo. O tão evocado Salazar, nunca impediu que a verdade fosse dita. Impediu, sim, a sua divulgação. O que estes senhores agora querem fazer é, bem mais grave. É impedir, na origem, a formação da verdade. Não contexto a questão dúbia do segredo de justiça! No papel é correcta! O que contexto é que se obrigue a massa profissional da comunicação a refrear a função de informar em favor da omissão abusiva do direito que qualquer cidadão tem em saber o que se passa, sem entraves. Não discordo de algumas medidas relativas à protecção do indivíduo como presumível culpado ou inocente. Á face da lei todos são inocentes até prova em contrário, e nunca o inverso. Este ónus de culpa, curiosamente, imposto pela Segurança Social e Fisco, por exemplo, é contrário ao princípio da constituição. O Estado que em tempos idos já foi pessoa de bem desconfia de todos e pronto! Mas, regressando ao âmago da questão, as últimas decisões judiciais têm sido contestadas, e bem, pela parcialidade demonstrada nos pareceres finais. È, também, certo que alguns jornalistas abusam da cacha bombástica, sem a solidez que esse mesmo título justi-


ficaria. É um risco calculado mas perigoso. O que complica e, de alguma forma, obsta a uma transparência dos casos é o uso abusado da única figura importante para o Direito que Portugal criou. O prescreveu! Também só num país de meias tintas, em que se faz de conta que nada se faz, ou faz-se de conta que se faz, essa situação poderia ser inventada. O mais intrigante é que é utilizada sempre para os mesmos. A maior parte dos pequenos que não têm dinheiro para construir ardilosos labirintos jurídicos, nunca conseguem prescrições, só condenações e algumas absolvições! É mesmo estranho.

Excepto os que dels vivem, sobrevivem ou pensam delas,viver no futuro. Finalizando, a luta entre o Poder Judicial e o Poder Informativo (o chamado 4º Poder) está em confronto directo, para azo e gozo, dos dois outros, o Legislativo e Executivo, que vão destruindo as esperanças e as expectativas do povo na seriedade, honestidade e eficácia das Instituições. Não será certamente com, penas condenatórias, de jornalistas e investigadores que os problemas do país se resolvem. Todas as pessoas (incluindo o Fisco que quer por na NET o nome de quem deve) têm o direito de saber quanto ganham todos, quem rouba a quem, quem engana quem, quantos vivem bem e na ostentação e quantos são e quais os que sobrevivem na miséria! Quem tem medo da verdade não tem direito a viver em sociedade! A censura não resolve as questões de fundo. A justiça quer-se isenta e imparcial e os prevaricadores devem sofrer as consequências dos seus actos na proporção directa dos danos causados e não numa igualdade injusta. Um exemplo a terminar! Um indivíduo que é condenado por não pagar uma multa de 100 euros que ganha um ordenado mínimo, não deve ter a mesma pena que um que não pagou oito multas de 100 euros mas que ganha 6 mil euros! É uma falácia justiceira esta atitude.

O que os tribunais terão de fazer é denunciar contrariar a ordens do Ministro, que lá estiver porque quem votou, votou neles e, portanto, pode mandar nos que mandam em nós! Em mim não, porque não votei na corja, neles. Aliás, o controlo de voto é uma manobra muito pouco democrática! Quando pela cabeça de algum desses eleitos lhe apetecer “queimar” pessoas só tem de pedir a lista dos cadernos eleitorais e lá encontra quem se ‘baldou’. Afinal o voto não é tão secreto como parece. Faz-me lembrar as primeiras eleições para os Delegados de Turma em que participei em 1975/1976. Se faltasse um papelinho de acordo com a contagem de cabeças, o aluno que não o entregava (normalmente eu) porque não era obrigado a participar, nesse acto, era publicamente acusado de reaccionário e anti-democrata e numa atitude revanchista era bastas vezes penalizado na selecção de elementos para a coordenação de iniciativas escolares. Felizmente, hoje em dia já ninguém se preocupa com as “Jotas”!

A justiça não deve ser cega! A denúncia também não! E a informação não deve ser especulativa! Se estes elementos trabalharem em conjunto, o apuramento dos factos e as comclusões respectivas serão um trabalho de equipa e muito próximos da utopia da perfeição e da justiça! Não será necessário invocar o santo nome do lápis azul, jamais! Uma última advertência. Existem provas de todas as afirmações e declarações aqui escritas. As fontes para a síntese foram as capas dos jornais diários, semanários e revistas de expansão nacional dos últimos 20 anos (escândalos, denúncias, declarações, etc., etc.,) e alguma documentação própria juntada ao longo de anos em que os meus casos vão decorrendo. É só ler para comprovar. Se gostar, abuse! (material escrito para as autárquicas Amadora de 2005, com apoio do Partido Humanista).

Texto: Mário Teixeira/LusoRecursos© Imagem: Google©

Por: Gurupu Komikus

A rir, a sorrir ou a gargalhar, também, se aprende e se pensa em coisas sérias…

JÁ NÃO USA A mulher chega a casa e encontra o marido, na cama, com outra, 25 anos, bonita, com tudo, bronzeada, cheia de amor para dar... Arma o maior escabeche, mas o marido interrompe-a: ...

Antes deverias ouvir como tudo isto aconteceu... Encontrei esta jovem na rua, maltrapilha, cansada e esfomeada. Então, com pena do estado dela, trouxe-a para casa. Servi-lhe o jantar que tu não comeste no dia anterior com a mania das dietas, guardei o jantar no frigorífico, lembras-te? Ela estava descalça, então dei-lhe aquele par de sapatos que, como foi a minha mãe que te deu, nunca usaste. Ela estava com sede e eu servi-lhe aquele vinho que estava guardado...para aquele sábado que prometeste mas que nunca chega... pois, dói-te a cabeça, estás cansada e tens muito que fazer. As calças estavam rasgadas, dei-lhe aquele par de jeans quase novo...que ainda estava em perfeito estado, mas não te servia. Como ela estava suja, aconselhei-a a tomar um banho.... No final, dei-lhe aquela perfume francês novinho que nunca usaste porque não era a tua marca favorita. Então quando já estava saciada perguntou: Senhor,não tem mais nada que a sua esposa não use?

AH! AH ! AH! Papa quer mastigar folhas de coca durante visita à Bolívia, em Julho…


E a dúvida persiste…

Por: Produtores Reunidos Não perca estes acontecimentos

Os leitores são uma parte fundamental da nossa existência. Como tal, a colaboração deles é importante. Estreamos outra secção regular. Experimente e passe uns divertidos momentos a chamrem nomes uns aos outros

Nesta edição, uma série de informações e outros assuntos recebidos por email…

Descubra as seis diferenças, se conseguir….

A natureza produz com cada curiosidade…

Atente nisto que é realmente importante.

Voltamos no dia 31 de Julho de 2015


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