ANO ZERO- Abril 50anos

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50 anos

LIBERDADE numero 4 2023:2024

FIM DE CICLOS

Encerrar uma etapa nem sempre é fácil, sobretudo para nós, seres humanos, que possuímos uma tendência para criar dependência de outras pessoas, lugares ou até mesmo de objetos, como aquela taça em que comemos a nossa comida de conforto em momentos de mai or tristeza.

A verdade é que é necessário perceber quando é que uma etapa chegou ao fim e despedirmo -nos dela com leveza e com o entendimento de que algo novo e, talvez, muito melhor está prestes a iniciar. Quando nos forçamos a ficar num lugar a que já não pertencemos, esse mundo vai perdendo o brilho, o encanto e as memórias fantásticas que ali se construíram vão-se dissipando com o tempo e com as adversidades de ocupar um lugar que não é o nosso. O mesmo acontece com a transição do ensino secundário para o ensino superior, não vale a pena criar frustrações associadas ao medo de fazer algo novo, é fundamental aceitar a mudança e aproveitar o processo para crescer com ele, para evoluir.

A vida dos sonhos não fermenta no conforto ou em casa com os pais, só a disciplina, a resiliência e o esforço são capazes de conduzir os planos à realidade e é nisso em que nos devemos concentrar, para que, num futuro, o conforto domine a nossa vida.

Inês Mendes 12ªI

EDITORIAL

O Agrupamento de Escolas de Lousada vê-se como uma instituição de ensino que tem como desígnio dotar os seus alunos de conhecimentos, e atitudes, que permitam a sua integração social e os capacitem na contribuição para a vida política, económica, social e para a evolução cultural do País, no quadro de uma cidadania global, democrática, heterogénea e multicultural.

Pretende-se que o nosso AEL se mantenha um centro fulcral de aprendizagens inclusivas, aberto à sua comunidade e ao exterior. Todos os que aqui “vivem” querem uma escola com interação, diversidade de pensamento e partilha! Sentimos que a missão da escola é a de celebrar e contagiar os alunos pela alegria de vivermos num país livre e democrático.

As conquistas de abril durante os últimos cinquenta anos, que agora comemoramos ativamente, foram muito significativas em todos os setores da vida social, económica, laboral, escolar, familiar, habitacional e de saúde pública. Muitos progressos foram realizados pela persistência e dedicação de muitos protagonistas, através da sua luta política, cultural, educacional, e comunitária. Os alunos gostam do tema Liberdade, de discutir e descobrir os intensos anos do pré e pós 25 de abril. Sabemos a importância de aprofundar este contexto, mas, infelizmente, o espaço aula não se revela preparado para tal, daí a relevância de diversificar atividades para a criação de memórias indeléveis nas nossas crianças e jovens

Para isso, neste ano letivo, foi criada uma equipa de professores na Escola Secundária, a fim de planificarem atividades que integrassem a comemoração dos 50 anos do 25 de abril de 1974, pois não poderíamos deixar passar esta efeméride sem promover, ao longo do ano, um conjunto de eventos que permitissem à comunidade educativa uma reflexão sobre o meio século de vida em Liberdade e Democracia, nomeadamente: palestras, exposições de trabalhos de desenho e de pintura, visitas de estudo, representações teatrais, leitura de textos, entrevistas e reportagens de caráter intergeracional, mostra de livros censurados e inquéritos feitos à comunidade escolar sobre a ideia que os nossos alunos têm da revolução dos cravos, entre outros.

Na manhã de 26 de abril viveu-se uma festa na Secundária! A comunidade escolar marcou presença nas diversas iniciativas apresentadas, com dinamismo, alegria e consciência do significado da Revolução dos Cravos para o nosso país!

Foi um momento de emoções e partilha, com exposições, leitura de poesia, um concerto musical pela nossa banda Rock´nd School, uma arruada de bombos e cabeçudos e uma instalação artística de cravos elaborados pelos alunos.

Se existe espaço no qual faz sentido relembrar e salientar o 25 de abril é, sem dúvida, a Escola.

Um agradecimento especial a todos os que fizeram com que este fosse mais um momento memorável na escola Viva a nossa Escola! Viva a Liberdade!

Coordenadora de Atividades e Projetos do AEL

Carla Lopes

Sobre sonhar demasiado alto

Nós fazemos parte de uma geração que carece de sentido, em todos os aspetos. Crescemos de tal modo iludidos de que boas escolhas são sinónimo de uma vida facilitada, que diante de uma escolha errada, não sabemos reagir. Porém, a meu ver, não há nada de errado em nem sempre fazer a escolha mais correta, já que o caos é uma constante inevitável na nossa vida.

Existir, por si só, é algo complexo, assim como sonhar, ambicionar, desejar. Porque, se pararmos para refletir verdadeiramente sobre este assunto, há uma conclusão a que podemos chegar: A vida pode ser complexa e esgotante, mas só podemos negar a sua beleza se não olharmos corretamente. É um lugar onde, nem que seja com um pouco de teimosia, podemos encontrar a beleza no meio do caos, nem que seja em algo tão efémero quanto uma flor. Afinal, se nada importa, tudo importa.

Se nos deitarmos e contemplarmos o céu, e o tivermos inteiramente nos nossos olhos, não apenas para o admirar, mas para o sentir, há algo dentro de nós que diz que somos pequenos pontinhos e o universo é um oceano cheio de faróis brilhantes. Existe um estudo que mostra que os sons, os cheiros, os sabores e as cores são fruto da nossa mente. Ou seja, nós temos o poder de colorir o mundo. Deixar que uma má escolha reduza o mundo a preto e branco é trágico. Que direito temos nós próprios de nos convencer a desistir?

Sonhar demasiado alto é lançar-se ao desconhecido com a certeza de que as estrelas reluzentes são apenas o começo. É a audácia de almejar as alturas mais inatingíveis. É abraçar a incerteza fervorosamente. É admirável. Talvez até mesmo provocante.

No fundo, não acredito que haja sonhos pequenos ou grandes, acredito que haja pessoas que estejam dispostas a abraçar o caos e a perceber que estamos condenados a viver com ele, então, porque não tirar proveito disso?

Alice Nair Santos

O que é arte para ti?

Existem muitas dúvidas na definição do conceito de arte, se a artes tem de ter linhas e volumes, ser expressa pelo corpo, ter papel, cor, voz, um instrumento ou simplesmente tudo ou nada. Na minha opinião todo este debate é um grande dilema sem solução, a arte é muito pessoal e o seu significado vai ser diferente para cada um de nós e expresso de maneiras distintas, porque somos seres humanos com diferentes personalidades e emoções e a arte é uma representação de quem somos, o que sentimos, o desejamos ser ou não ser ou sentir, o que nos arrependemos e o que guardamos no nosso interior. A arte é um diário aberto, um amigo pronto para ouvir. Em conclusão, arte é arte e não precisa de definição ou de um significado muito bem feito, quer desenhes mal ou bem, dances no ritmo ou sem ritmo nenhum, quer saia a pior coisa do mundo, se sentes que é arte, então já tens a resposta à pergunta inicial.

LUANA GOMES 11Í LUANA GOMES 11ºJ

ANA RITA SILVA 10ºI

Uma exposição de livros e autores censurados durante o Estado Novo, foi organizada pela professora bibliotecária e a sua equipa, e realizada no âmbito das comemorações dos 50 Anos do 25 de Abril na Biblioteca Escola Secundária

Durante a ditadura tudo o que se escrevia era vigiado pela polícia do regime.

A censura à imprensa e aos jornalistas era quase diária, mas os livros e os escritores também não escapavam ao exame e à perseguição da PIDE. Desde a comunicação social até às mais diversas formas de arte, todas as publicações passavam pelo escrutínio do Lápis Azul , nome pelo qual ficou conhecida a censura da polícia política, que rasurava a informação considerada imprópria, aos olhos do Governo.

Nalguns casos, as razões da proibição eram quase ridículas! Por exemplo, escrever a palavra "vermelho" podia levar a um corte, porque os leitores encarregados pelos Serviços da Censura da PIDE/DGS (de início, eram militares) podiam ficar na dúvida se o "vermelho" se referia ou não a alguém que pertencia ao Partido Comunista Português. Mas, no caso de haver qualquer dúvida, censurava-se!

Muitos escritores e poetas tiveram que se refugiar no exílio (saída forçada ou voluntária do próprio país). Da lista negra de autores portugueses faziam parte: Urbano Tavares Rodrigues, Miguel Torga, Alves Redol, Natália Correia, Herberto Hélder, Aquilino Ribeiro, Vergílio Ferreira, entre outros. Nos estrangeiros apareciam Jorge Amado, JeanPaul Sartre, Flaubert e todos aqueles que defendessem a ideologia marxista.

E foi assim até à Revolução dos Cravos..."

Graça Coelho

Coordenadora da Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Lousada

CONCURSO DE LEITURA

"No último dia de aulas do 2.º período, pelas 10 horas, realizou-se um Concurso de Leitura na Biblioteca da ESL, numa estreita colaboração entre a Biblioteca e os professores de Português do 3.º ciclo e do secundário.Integrada nas comemorações dos 50 Anos do 25 de abril, «Liberdade» foi o mote para este concurso de leitura. Cada aluno concorreu com um poema subordinado a este tema, selecionando alguns poemas censurados pela PIDE e outros de resistência à ditadura, de autores como: Sérgio Godinho, Natália Correia, Miguel Torga, Sophia de Mello B. Andresen e Manuel Alegre. Pretendeu -se,também, promover a criatividade, o pensamento crítico e uma reflexão sobre os valores do 25 de Abril, nomeadamente a falta de liberdade de expressão e a repressão.

A apresentação ficou a cargo das professoras Alice Póvoa (coordenadora do Departamento de Português) e Graça Coelho (Coordenadora da Biblioteca do Agrupamento). Contaram como era a escola antes do 25 de abril de 1974, pois era muito diferente da de hoje. Que as professores davam aulas aos meninos e as professoras às meninas. Nas aldeias as escolas eram pequenas: havia escolas que só tinham duas salas, uma para rapazes e outra para raparigas. Que os alunos iam e vinham a pé para a escola, porque não havia autocarros. Quando os alunos não aprendiam, ou se portavam mal, eram castigados. Na sala de aula havia uma palmatória de madeira e uma cana com que os professores batiam.. e, assim, todos os presentes puderam verificar como a Democracia mudou a educação em Portugal. No final, houve prémios para os melhores leitores (do básico e do secundário)!"

Graça Coelho

Coordenadora da Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Lousada

No passado dia 21 de março, teve lugar na Escola

Secundária de Lousada (ESL) e na Escola Básica

Professor Marnoco e Sousa (EBPMS) o Concurso

Canguru Matemático 2024

Na categoria Benjamin (7.º e 8.º anos de escolaridade), participaram 38 alunos da ESL e 3 alunos da EBPMS e na categoria Cadete (9.º ano) participaram 15 alunos da ESL.

Esta é uma atividade que ocorre todos os anos, com grande participação dos alunos e este ano não foi exceção.

Departamento de Matemática

A recente visita de estudo dos alunos do 12º ano de artes à Biblioteca Municipal de Lousada, no âmbito da disciplina

Desenho A e acompanhados pelo professor Luis Melo, revelou-se uma jornada fascinante pela interseção entre a história da imprensa e a expressão artística. Dividida em duas partes distintas, a visita começou com uma imersão no mundo da impressão histórica no Museu da Imprensa e culminou com a exploração criativa na pintura de azulejos. Ao ingressar no Museu da Imprensa, os alunos foram transportados no tempo para uma época em que a propagação da informação era marcada pelas prensas e tipos móveis (símbolos gráficos moldados em chumbo) Tiveram a oportunidade de ver de perto as antigas máquinas de impressão e, assim, perceber a evolução da comunicação até aos dias de hoje.

Após absorverem a riqueza histórica do Museu da Imprensa, os alunos direcionaram a sua energia criativa para a pintura de azulejos, mergulharam nas técnicas e significados por trás da arte do azulejo, desde os padrões geométricos até às representações figurativas.

A ida à Biblioteca Municipal de Lousada foi impactante para os alunos de artes do 12º ano, chegando mesmo a deixar uma marca importante na vida de cada um deles, tanto artisticamente quanto intelectualmente.

Tânia Martins 12ºI

1974...

O famoso ano da fraternidade, longe das ditaduras e verdadeiras torturas. O 25 de abril comemoramos hoje, com imenso fascínio no coração e orgulho da nossa própria nação. Fomos e somos um grande povo unido, juntos por uma só causa, a liberdade da nossa pátria a que chamamos, com dignidade, Portugal. Com orgulho sentimos hoje o que muitos não esperavam alcançar. As lágrimas de frustração tornaram-se lágrimas de alegria e realização. Levantaram os heroicos soldados as suas armas com cravos nos canos, por todos aqueles que sofreram na mão de quem não queria ceder a liberdade. Depois de 50 anos de história, muitos ainda se lembram dos apavorantes momentos, porém hoje vivenciam a tão esperada liberdade. Portugal sempre será um país heroico.

Leonor Doaga, 10.º H

50 anos de 25 de Abril

Era 25 de abril quando o povo se uniu, Há cinquenta anos, a liberdade sorriu.

Em Portugal, terra de bravura e encanto, A revolução ecoou através do canto!

Cinquenta anos de memórias a celebrar, Liberdade conquistada a exaltar.

Das ruas de Lisboa ao Alentejo em flor, O grito de esperança ecoou com vigor!

Soldados e civis, num só coração, Derrubaram a opressão com determinação.

No dia 25 de abril, o sol brilhou mais forte, Marcando para sempre a História desta sorte!

Que os anos que passam não apaguem jamais, O valor da liberdade conquistada em paz.

Que o 25 de abril seja sempre lembrado, Como um marco de esperança, por todo o lado!

Ana Beatriz, 10.º H

Clube Amigos do Verde

No âmbito da missão de sensibilização para o desenvolvimento sustentável, foram desenvolvidas por este clube várias atividades, das quais se destacam:

- Construção de ninhos para pássaros e a sua colocação nas árvores dos jardins da escolaReciclagem de papel, com os alunos do 3.ºA da EB1 de Boavista/Silvares, no dia 24 de janeiro, permitindo a sensibilização para a redução, reutilização e reciclagem de resíduos. Os alunos participaram de forma muito ativa e interessada

- Participação na construção de um charco, promovida pelo Projeto Lousada Charcos, no Parque Urbano de Lousada, no dia 6 de fevereiro, com 8.ºA Acompanharam esta atividade as professoras de História, de Cidadania e Desenvolvimento, de EMRC e de Ciências Naturais desta turma. Foi uma tarde onde reinou a aprendizagem, o trabalho, o convívio e muita alegria.

- Plantação de árvores intergeracional, no Parque Urbano de Lousada, no dia 5 de março, promovida pelos Projetos BioSénior e BioEscola, em articulação com o clube e as disciplinas de Educação Visual (8.ºB), de Espanhol e de EMRC (8.º F). Esta ação permitiu o diálogo e a partilha de saberes entre gerações, assim como a sensibilização para a plantação de espécies autóctones. Foram plantadas árvores e semeados laços de amizade.

- Peddy-paper Ambiental, realizado no âmbito das comemorações do Dia do Agrupamento, no dia 22 de março Alguns alunos das turmas do 8.ºA, B e F e do 11.º C acompanharam alunos do 1.º Ciclo neste desafio, que teve como palco os jardins da escola. Para além do convívio entre alunos do Agrupamento foi promovido o conhecimento de algumas espécies vegetais

- Campanha de recolha de Resíduos de Equipamento Elétrico e Eletrónico. Estes resíduos devem ser separados e encaminhados para a reciclagem, onde serão valorizados e devidamente tratados os componentes perigosos que possuem, evitando-se assim a contaminação do Meio Ambiente. - Dinâmicas de grupo promotoras de reflexão sobre as consequências de algumas catástrofes ambientais -Os recursos naturais disponíveis para os países da União Europeia, para o ano de 2024 já se esgotaram no dia 3 de maio. O dia da sobrecarga do Planeta para Portugal deverá ser atingido no final de maio Para evitarmos este esgotamento de recursos é urgente adotarmos atitudes, como a separação de resíduos; a redução do consumo de água e de energia; a prática da compostagem; o uso de transportes públicos, em detrimento do uso do automóvel; a participação em campanhas relacionadas com a preservação do Meio Ambiente, entre muitas outras ações que, se implementadas por cada um de nós, farão toda a diferença a nível da Sustentabilidade Ambiental

Há 50 anos, frequentava a 4º classe do Ensino Primário, na turma feminina da escola de Lousada, em Cristelos. A norma era não haver escolas mistas e, rapazes e raparigas cresciam separadas em interesses e brincadeiras. Todas as crianças estudavam pelos mesmos livros, os castigos corporais eram permitidos e aplicados a quem não soubesse o que era ensinado. Todos os alunos tinham de fazer um exame para concluir a 4ª classe.

Dava a sensação que o tempo era uma sucessão de dias sempre iguais, sobressaltados esporadicamente por um funeral de uma criança a que teríamos de ir vestidos de cruzados. Lousada era uma vila muito pequena, pacata, onde quase todos se conheciam. O conhecimento das coisas que aconteciam no mundo não chegava ou chegava filtrado pelo que era permitido. A Revolução de Abril apanhou todos de surpresa e, passado o espanto inicial, instalou-se um clima de euforia entre os adultos. Perderam o medo e a liberdade de exprimir por palavras e atos os pensamentos. Palavras novas começaram a fazer parte das conversas dos adultos: revolução, comunismo, socialismo, fascismo, guerra colonial, sindicatos, partidos políticos, liberdade de expressão. Era um tempo novo…

O mês de maio de 1974 decorreu, aos meus olhos de nove anos, como uma época em que o velho e o novo se misturavam. Era a mesma escola, a mesma sala de aula com o mapa colorido de Portugal pendurado na parede, a mesma velha carteira de tampo, mas a régua dos castigos tinha desaparecido da secretária da professora e os erros dos ditados deixaram de ser punidos. O quadro negro continuava a dominar a sala encimado pelo mesmo crucifixo, mas tinham sido retirados os retratos dos senhores que o ladeavam e de quem com frequência esquecíamos os nomes. Os pregos inúteis e as marcas da sua ausência na parede reforçavam o sentimento de que um tempo novo nos esperava no futuro. Quando a professora nos comunicou que já não faríamos o exame de 4ª classe e que todos teríamos acesso ao ensino, o nosso principal medo desapareceu e saboreamos as consequências da liberdade.

A liberdade que Abril trouxe, acabou com o medo que cada um de nós carregava.

Prof. Graça Solha

GUILHERME BRAGANÇA 10ºI

A LIBERDADE NO CORAÇÃO DAS CRIANÇAS

As histórias do Projeto “Histórias em Linha Vertical” andaram por ali, a comemorar os 50 anos do 25 de Abril, no Dia do Agrupamento, pela sala, pelos telemóveis, pelos computadores… umas vezes mais perto, outras vezes mais longe, descontraídas, saltitantes, da tela para os olhos dos meninos do pré-escolar (JI de Cristelos) e do primeiro ciclo (EB Pias, EB Boim e EB Boavista-Silvares), que as receberam naqueles corações feitos de uma ternura imensa que não mente. Saíram dos livros digitais e correram sobre as mesas, nos lápis coloridos que sorriram para o papel onde se ilustraram as palavras das histórias que os meninos do segundo ciclo (5.º C e 6.º B da EBPMS) escreveram.

E um dia inteiro pareceu nuvem, magia, encantamento…

Nenhum cansaço apaga a doçura das vozes daqueles pequenos grandes leitores que definiram a liberdade como o desejo de ser criança feliz e de absorver o mundo com um só gesto.

Foi e é a história de um abraço profundo, daqueles onde cabem os cravos da liberdade… e muitas crianças… unidas no sonho singular de continuar a querer fazer da leitura e da escrita uma viagem bonita que atravessa gerações!

VAMOS OUVI-LAS?!

“Era uma vez… a Maria Liberdade”

“O Mistério do Cravos”.

Biblioteca Digital: https://shorturl.at/dluP2

As coordenadoras,

Emília Ferreira e Isabel Guedes

Biblioteca da ESL

24 DE OUTUBRO DE 1973

QUANDOOMDP VEIO A LOUSADA!

EVOCAÇÃODOS50ANOSDO25DEABRILde1974

PALESTRA Luis Ângelo Fernandes António Esteves

APONTAMENTO TEATRAL

Grupo de teatro de alunos da ESL

Organização

Ana Lúcia Nunes | Grupo 400 Turmas F, G e H do 12ºano | História A

Evocação dos 50 anos do 25 de Abril: “24 de outubro de 1973: quando o MDP veio a Lousada!”

No dia 24 de outubro de 1973, a oposição democrática ao regime do Estado Novo realizou um comício eleitoral no antigo salão dos Bombeiros Voluntários de Lousada. A organização que concorria às eleições pelo distrito do Porto era o Movimento Democrático do Porto, o MDP, que contava, nas suas listas, com personalidades como o médico portuense Cassiano de Abreu e Lima. A nível local, o principal organizador desta ação foi o Dr. Arnaldo Mesquita, natural da freguesia do Torno, com escritório de advocacia no Porto, preso político e militante do PCP. Terá sido ele próprio a distribuir os panfletos a anunciar o comício em Lousada, o único comício do MDP onde ocorreu uma carga policial

Como forma de assinalar os 50 anos do 25 de Abril, recordámos esse acontecimento com a realização do evento evocativo “Quando o MDP veio a Lousada”, que decorreu na Biblioteca da Escola Secundária de Lousada, no dia 19 de março, e contou com a presença de dois convidados especiais: o professor Luís Ângelo Fernandes, na qualidade de orador e moderador, e o Sr. José Esteves, que participou no referido comício e partilhou connosco, durante uma hora e meia, todos os pormenores dessa experiência.

A palestra foi organizada pela professora Ana Lúcia Nunes, do grupo 400, e nela estiveram presentes as turmas F, G e H do 12º ano, para além da turma G do 11º ano. Os alunos do Grupo de Teatro da ESL enriqueceram o momento com um pequeno apontamento teatral alusivo ao tema da palestra.

LIBERDADE

Foi há 50 anos que militares lutaram contra o regime do Estado-Novo, que tiveram a coragem e ousadia de fazer um golpe de estado que poria fim à opressão em que o nosso país vivia, subjugado desde 1933 até 1974. No entanto, antes deste golpe de estado, que ficou conhecido como o Dia da Liberdade, houve outra tentativa de derrube do regime do Estado-Novo, no dia 16 de março de 1974, que não obteve sucesso e que ficou conhecida como o golpe das Caldas.

Estes militares que foram os protagonistas da Revolução do 25 de Abril integravam o Movimentos Das Forças Armadas. No seu programa, tinham como objetivos Democratizar, Desenvolver e Descolonizar. Estes acabaram com todas as proibições impostas durante o regime Salazarista e deram a oportunidade ao Povo Português de se libertar das correntes que o impediam de ser livre e de poder expressar a sua opinião.

Nós, geração que nasceu após o 25 de Abril, nascemos com a Liberdade como um direito adquirido. Às vezes questiono-me se conseguiríamos viver aquilo que muitos dos nossos avós viveram durante este período, onde, por simplesmente terem uma opinião política diferente da que era defendida, eram presos.

Todavia, acho que estamos mais perto de perceber como é que eles se sentiam ao terem consciência de que as suas vozes, para os governantes, não tinham valor, agora com a ascensão da extrema direita um pouco por todo o mundo.

Por isso, só tenho um apelo final a fazer: não deixemos o nosso país cair nos mesmos erros do passado, valorizemos e honremos aqueles que lutaram para que nós hoje vivamos em liberdade e numa democracia, porque “o Povo Unido jamais será vencido”! Lutemos unidos para que isto não aconteça.

Viva a Liberdade! Viva o 25 de Abril! Vivam todos os que lutaram por ela!

Rafaela Silva, 12.º H Bruno Costa e Carolina Ventuzelos 9ºA

SÓ ASSIM, SE COMBATE A VIOLÊNCIA……

Antes de iniciarmos a reflexão sobre este tema, importa clarificar o conceito da violência. Violência é definida pela Organização Mundial da Saúde como "o uso intencional de força física ou poder, contra si mesmo, contra outra pessoa ou contra um grupo ou comunidade, que resultem ou tenham grande probabilidade de resultar em ferimento, morte, dano psicológico…

Atualmente, em sociedade e no contexto das relações interpessoais observam-se comportamentos de violência, muitas vezes normalizada e fundamentada em argumentos que tentam justificar o uso da mesma. Analisando este tema no contexto escolar e da adolescência, podemos dizer que nas relações sociais vemos, com alguma frequência, atitudes de violência física entre pares, do uso da força para intimidar e alcançar os objetivos individuais em vez do uso das competências sociais para os mesmos fins. Por outro lado, observamos ainda o recurso à violência psicológica, como são exemplo: a violência no namoro e o bullying entre crianças e jovens

Observamos violência quando se pratica a discriminação do outro pela sua condição social, cor, género ou ideologia de vida, verificamos diariamente violência quando não incluímos a diferença, quando não aceitamos nem fazemos por incluir crianças e jovens com deficiência ou problemas de desenvolvimento… E tantas outras formas de exercer violência psicológica, sem consciência e, pior de tudo, muitas vezes de forma consciente.

Nesta perspetiva, é urgente a Escola, as Famílias e a Sociedade em geral focarem-se na importância do desenvolvimento de valores sociais, na importância da escola se focar mais na valorização do desenvolvimento de competências sociais do que nos resultados escolares! Uma sociedade justa e empática, capaz de reconhecer as necessidades dos outros resulta de um bom desenvolvimento humano… Contudo, com o desenvolvimento da sociedade atual observamos valores como o dinheiro, o capital económico, o consumo, as carreiras profissionais, a tecnologia e outros, prioridade E, tudo isto leva a que inconscientemente as pessoas se desfoquem do que realmente é importante, o respeito pelo outro, a empatia e a capacidade de ajudar o próximo e aceitar a diferença, numa lógica de partilha e de riqueza social.

Nunca se falou tanto de violência no namoro como há uns anos para cá, nunca se falou tanto de bullying e da violência nas palavras, mesmo que ditas sem ‘palavrões’… isto revela como a maioria de nós vive o quotidiano sem pensar, sem olhar para o outro Respeitar a liberdade do outro é saber terminar a nossa liberdade onde a do outro começa. É saber ouvir todas as opiniões e respeitá-las, apesar da discordância. É a Escola e as Famílias trabalharem com os jovens o seu espírito crítico e reflexivo, é promover a sabedoria de saber pensar e não aceitar tacitamente tudo o que os outros impõem, é ser capaz de promover a mudança respeitando a diferença e, acima de tudo, sendo sempre capaz de controlar os impulsos da força e da imposição da opinião pessoal. E, neste contexto, achamos importante refletir sobre a violência das palavras, que muitas vezes se usam para magoar o outro e fazer vencer a posição pessoal, as quais ferem e deixam marcas, por vezes, inesquecíveis.

É importante destacar ainda a violência nas Redes Sociais, não só dos conteúdos que nelas passam, mas sobretudo pela forma como as pessoas se relacionam através delas, com violência nas palavras que comentam em publicações, como as pessoas se agridem sem, muitas vezes, se conhecerem e pela forma desrespeitosa que escrevem, sentados atrás de um ecrã… Hoje, as redes sociais são muitas vezes utilizadas para fazer bullying, o cyberbullying, utilizam as redes sociais para ofender, humilhar, envergonhar e agredir psicologicamente, o que toma proporções maiores devido ao impacto destas na comunidade! Uma fotografia, um comentário humilhante feito na internet segundos depois foi visto por centenas, minutos depois por milhares e com a agravante de poder ser partilhado infinitamente, sem controle e sem se poder retirar, o que tem um impacto psicológico incalculável. Uma vez na net para sempre na net. Antes de concluirmos, gostaríamos ainda de relembrar um episódio recente numa escola próxima, sobre a agressão de pares, de forma gratuita, a um colega com Perturbação do Espectro Autista, comportamento inadmissível e desigual, da violência de grupo e, acima de tudo, da violência pacifica coletiva dos pares, que junto desta situação de agressão física, de mau trato e abuso se mantém intactos, como se nada se passasse, sem reagir e sem sequer olhar ou pedir ajuda… Isto é muito grave, enquanto alguém é agredido a vida à volta continua, com total indiferença e até há quem filme em vez de ajudar… É com comportamentos destes que a Sociedade e a Escola têm que priorizar como preocupação… Na nossa opinião tanto deveria ter castigo quem agride como quem vê e não faz nada, nem ajuda… todos estes deveriam ser chamados à razão e castigados! Como diz o ditado: ‘tanto é ladrão aquele que rouba como aquele que fica á porta’ Na nossa opinião, é importante a REVOLUÇÃO DOS AFETOS, do olhar o outro, do mobilizar esforços para reconhecer os sentimentos do outro e conviver em harmonia e, este sim é desafio da Escola e de todos nós, mais do que o sucesso dos resultados escolares é o desenvolvimento do sentido de humanidade. Só assim, se combate a VIOLÊNCIA.

Matilde Ferreira nº13 e Tiago Pacheco nº15, 11ºJ

Adeus, ditadura

Cravos pelo ar

Felicidade ao luar

Liberdade sem preço

Nada do avesso

A noite em Lisboa

Tornou a vida boa

A ditadura de Salazar

Levaram pelo ar

A música foi o sinal

Que alegrou Portugal

“E depois do adeus”

Salvou os seus

A cadeira tramou Salazar

E este ficou sem governar

Depois de 48 anos assim

Finalmente chegou o fim

Sorriso no caminhar

Brilho no olhar

Nada podia parar

Aquele festejar

Joana Magalhães n.º 7

Leonor Ferreira n.º9

Leonor Rodrigues n º10

Mariana Pires n º14 – 8.º A

"Na manhã do dia 19 de abril, o Coronel Sousa e Castro visitou a Escola Secundária e conversou com os alunos de História A, das turmas do 12.º F, G e H.

Esta atividade, integrada na Comemoração dos 50 ANOS do 25 de ABRIL do Agrupamento, foi dinamizada pela Coordenadora da Biblioteca e teve o apoio da Câmara Municipal. O Sr. Coronel conversou com os alunos sobre a sua juventude, a escolha da sua carreira militar; com apenas 22 anos cumpriu a sua primeira comissão de serviço em África. Salientou o desgaste das forças militares portuguesas no teatro das guerras coloniais durante 13 anos, a coragem dos soldados portugueses, a consciência da injustiça da guerra e a preparação da revolução na clandestinidade, desde junho de 1973.Destacou as várias reuniões nos quartéis militares, sem que os membros da PIDE/DGS delas tomassem conhecimento, a sua experiência militar, a grande coragem e determinação dos capitães e dos seus soldados, e o momento em que foi desencadeada a operação mili tar revolucionária, de forma a evitar que causasse mortos e feridos.Os alunos demonstraram um comportamento exemplar, revelaram um enorme interesse e colocaram algumas questões. No final, deixou -lhes uma importante mensagem: “Façam tudo o que puderem na vida, mas não deixem de defender o valor da LIBERDADE, porque ela é a base da vivência de um povo!“

Muito obrigada pelo seu testemunho e pela LIBERDADE, Sr. Coronel Sousa e Castro!

Foi uma honra tê-lo connosco!

Biografia:

Rodrigo Manuel Lopes de Sousa e Castro – Foi membro e Porta -Voz do Conselho da Revolução; Foi um do Grupo dos Nove, Presidente da Comissão de Extinção da Pide/DGS-LP e um dos muitos da Comissão de Coordenação do Movimento dos Capitães na clandestinidade."

Graça Coelho

Coordenadora da Biblioteca do Agrupamento de Escolas de Lousada

The students of 10th A excelled in Creative Writing in the English classes when asked to write the story behind the photo taken from a real newspaper. Hats off to them!

Palestra “Literacia Financeira” No dia 12 de abril de 2024, Diretora Geral da FERMIR, da sua importância na gestão macroeconómicas imprevisíveis. Esta atividade proposta Poupanças, Fundo de Maneio

Nos dias 18 e 19 de março de 2024, Maria Inês Coelho e Pedro Lucas, alunos do 11ºG e 11ºF, respetivamente, representaram a Escola Secundária de Lousada, na Sessão Distrital do círculo do Porto, inserida na 2ª fase do Programa “Parlamento dos Jovens”, uma iniciativa da Assembleia da República, que visa, nomeadamente, educar os jovens para o exercício da cidadania, promover o gosto pela participação cívica e política, conhecer o funcionamento das estruturas políticas e representativas do Estado, desenvolver a capacidade de defesa de ideias e o cumprimento das regras do debate parlamentar

Os jovens deputados apresentaram o Projeto de Recomendação da sua Escola, subjacente à temática da edição deste ano 2023/2024: “Viver abril na educação: caminhos para uma escola plural e participativa”, ao debate na generalidade propondo como medidas:

1.ª Reformulação do sistema de avaliação interna e externa, ao nível do ensino secundário, com a substituição dos testes sumativos / exames (estes últimos apenas realizados como provas de ingresso nas universidades) pela implementação de projetos contextualizados com o currículo nacional, do ensino secundário, articulados com temáticas diversificadas e específicas, de acordo com os interesses maiores dos estudantes, e válidos para a prossecução da sua formação académica ou profissional e exercício da cidadania, em conformidade com o PASEO;

2.ª Criação de Gabinete Observatório e Laboratório promotor de iniciativas de inclusão que privilegiam a identificação e o acompanhamento das realidades socioculturais diversificadas no meio escolar, através de projetos de intervenção, mobilizando valências, recursos humanos e organismos já existentes na instituição escolar, assim como extraescolares (autarquias, empresas, universidades, entre outros);

3.ª Criação de um tempo letivo, no horário escolar, com carácter obrigatório, para implementação de Cidadania e Desenvolvimento promovendo a concretização transversal de projetos mobilizadores de conhecimentos e competências vitais para a formação de cidadãos informados, críticos, conscientes e interventivos.

Na Sessão Distrital, os dois deputados destacaram-se pelo excelente desempenho e sentido de responsabilidade em todas as fases da agenda de trabalhos. Foi com grande expetativa que participaram na aprovação do Projeto de Recomendação a submeter à Sessão Nacional do Parlamento de Jovens e ainda na eleição de deputados representantes para a Sessão Nacional na Assembleia da República. Esta marcará a derradeira fase do programa com a aprovação da Recomendação final e aprovação da nova temática a orientar a edição do próximo ano do Programa do Parlamento de Jovens de 2025.

Inês e Pedro 11ºG, H

Financeira” 2024, os alunos do 10º CM; 11º CM; 12º CM/CP; 10ºE; 11º E e 12º E, assistiram à palestra “Literacia Financeira”, no Auditório da ES Lousada. A oradora convidada, Drª Daniela XaxierFERMIR, cativou a atenção de todos os presentes perante este pertinente tema. De uma forma simpática e profissional divulgou de forma criteriosa as características da Literacia Financeira e gestão dos orçamentos familiares e empresariais. Alertou os alunos nas suas decisões futuras de produtos financeiros sendo necessário avaliar sempre diferentes cenários e as variáveis imprevisíveis. Houve lugar a uma participação cívica dos alunos presentes ao longo da apresentação. pelo Grupo 430, integrada na planificação da Cidadania e Desenvolvimento, permitiu uma reflexão sobre os conteúdos lecionados e aprofundar conhecimentos sobre Orçamentos, Maneio e Equilíbrio entre Rendimentos e Gastos. O principal objetivo foi consciencializar os alunos para práticas financeiras responsáveis com impactos na vida presente e futura.

Palestra “A Leitura e a Viagem”, com Dora Gago. 18 de março

No âmbito do ciclo de palestras a que o projeto “A Voz que damos aos Livros” deu início este ano letivo – LER A VALER –, no dia 18 de março, decorreu a conferência “A Leitura e a Viagem”, que teve como grande objetivo a promoção da leitura.

A leitura prévia de crónicas de viagem da autora convidada, Dora Gago, culminou com a sua apresentação oral no auditório. Os alunos presentes no auditório responderam de forma expressiva e entusiasmada às interpelações colocadas pela autora sobre o conceito de viagem e importância da leitura. Através destes encontros, pretende-se demonstrar e refletir sobre a relação entre a leitura e outras áreas do conhecimento. Assim, no centro desta palestra esteve a viagem, conceito plural e rico em interpretações, a que Dora Gago (escritora de crónicas de viagem) deu voz. Professora Conceição Brandão

Celebração dos 50 anos do 25 de Abril

O Agrupamento de Escolas de Lousada celebrou os 50 anos do 25 de Abril com uma grande festa que se prolongou por vários dias.

No dia 19 de abril teve lugar uma palestra com o Coronel Sousa e Castro, um dos capitães de Abril responsável pela Revolução dos Cravos. Houve ainda exposições de trabalhos de alunos alusivos à revolução que estiveram em exibição durante vários dias. No dia 26 de abril, os alunos, professores e funcionários colaboraram na criação de uma instalação com cravos vermelhos, alusiva à Liberdade. No intervalo prolongado da manhã, houve um mini-concerto com canções de Abril, tambores e cabeçudos criados pelos alunos. A festa da Comemoração da Revolução está em articulação com os conteúdos de Cidadania e envolveu disciplinas como História e Desenho e atividades da Biblioteca escolar. Parabéns aos alunos e professores que levaram a cabo esta celebração histórica.

Viva o 25 de Abril! Venham mais 50!

Prof. Filipa Pinto

“DOS

A crónica “Dos livros e da liberdade” evoca 2 datas que se destacam e que, curiosamente, se celebram em dias muito próximos: o Dia Mundial do Livro, no dia 23 de abril, e o 25 de abril, o dia da liberdade. A cronista usufrui deste facto para, ao longo da composição textual, indicar a associação inerente aos 2 conceitos referidos: o livro e a liberdade. O início da sua argumentação é protagonizado por críticas que são feitas à sociedade devido ao facto de as tecnologias terem o poder de substituir os livros e de ninguém tentar mudar isso. Dora Gago realça que professores e pais queixam -se, com razão, de que os alunos e os filhos não têm hábitos de leitura mas levanta uma questão que corrobora essas queixas: a falta de exemplo por parte dos mesmos. Segundo a autora, o exemplo é a melhor motivação para qualquer coisa. Após isto, procede à citação de algumas qualidades que só a leitura nos poderá trazer, tal como o desenvolvimento do diálogo, do entendimento, do sonho e da interpretação, aspetos inegáveis à liberdade de pensamento e ação, fazendo aqui a ponte entre os dois dias em destaque. O domínio da tecnologia, em detrimento da leitura, é cada vez mais evidente na sociedade atual. O facto de reduzirmos a nossa atenção às redes sociais e consumirmos constantemente conteúdo proveniente das mesmas, conteúdo esse que é vazio de significado e mensagem, levanta questões sobre a temática nesta crónica. O vício que as tecnologias provocam reduzem a capacidade de progredir na viagem que só os livros nos proporcionam. E a questão é que as pessoas estão cientes disso, até lamentam a escassez de hábitos de leitura nas crianças, mas acabam por ignorar isso e não dar o exemplo do que é, de facto, ter essas rotinas, debruçando-se na expressão “Faz o que eu te digo, não faças o que eu faço”, que raramente resulta. E apesar de todo o cardápio de aspetos benéficos que a leitura proporciona, ainda assim acabamos por preferir as novas tecnologias. A liberdade de pensamento e ação, dada pelos livros, são qualidades a que nós temos acesso e escolhemos não acessar, sendo que seria isso que uniria e guiaria os passos da sociedade e até de nós próprios individualmente. Toda a habilidade de dialogar, entender, interpretar e sonhar, que nós podíamos possuir e que, criaria a nossa liberdade, é interdita a muitos países que, infelizmente, não tem essa oportunidade e acabam por ter os caminhos inacessíveis em direção a esse fim maior. Na minha perspectiva, a reflexão de Dora Gago na sua crónica é uma boa reflexão e achei que a associação entre os livros e a liberdade através do 25 de abril e do dia mundial do livro foi pertinente e coerente. Além disso, esta crónica é um texto curto, e com vocabulário simples, que torna a sua leitura fácil e rápida. Em adição, vale realçar que a transmissão da mensagem foi bem construída, sem enrolar até chegar ao ponto principal desejado, fechando com chave de ouro com o apelo situado no fim da crónica(“Usemos, pois, o privilégio de vivermos num país livre(infelizmente, negado a muitos seres humanos) e de podermos exercitar livremente esses quatro verbos fundadores, indispensáveis a uma existência plena”.

DA LIBERDADE
LIVROS E
“, de Dora Gago
Bruno Dia 12ºB

OS AO TAMBÉM PARTICIPAM NA APRENDIZAGEM DOS ALUNOS

Os Assistentes Operacionais muitas vezes também colabora E como?

Incentivando o respeito pelas regras de convivência, promovendo um bom ambiente educativo e contribuindo, em articulação com os professores, os pais e encarregados de educação, para a prevenção e resolução de problemas comportamentais e de aprendizagem.

Mas não ficam só por aqui!

As duas Assistentes Operacionais afetas à Biblioteca da Escola Secundária, Sandra Teles e Marlene Ferreira, entraram no elenco do grupo de teatro, constituído também por professores do Agrupamento de Escolas de Lousada, intitulado “Art(e)Manha”, no âmbito na celebração dos “500 anos do nascimento de Luís de Camões”, e que levou a cabo a encenação da peça Lusíadas, drama de uma Nação , escrita pelo professor António José Pereira, de Português, no auditório da Escola Secundária.

A peça foi apresentada nos dias 18 (8:30h-10h) e 23 de abril (10:15h-11:45h) e o papel que lhes coube, às duas, foi o de uma mãe e de uma esposa, carpideiras, dos marinheiros que iam na nau que os levou à descoberta da Índia

É urgente que desapareça (de vez!) a ideia de que as AO são, muitas vezes, considerados as “funcionárias de limpeza”, pois neste caso, ambas foram aqui alunas e, por isso, nunca se sentiram estranhas à casa. Pelo contrário! Adoram o que fazem e adoraram pertencer a este elenco! Foi “imensamente divertido”, dizem elas

O objetivo é compreender melhor a potencialidade da atividade profissional dos AO e o seu contributo enquanto membros ativos de uma comunidade escolar.

Sandra Teles e Marlene Ferreira

: Graça Maria Pinto Coelho

Encenação da peça Lusíadas, Drama de uma Nação

Nos dias 18 e 23 de abril do corrente ano letivo, teve lugar a apresentação da peça Lusíadas, Drama de uma Nação, da autoria do professor António José Pereira, no auditório da ESL A mesma foi encenada pelos Art(e)Manha, grupo de teatro de professores do Agrupamento de Escolas de Lousada, no âmbito na celebração dos “500 anos do nascimento de Luís de Camões”.

Pretendendo ser um complemento ao estudo da obra Os Lusíadas de Luís de Camões, lecionada no ensino básico (9.º ano) e ensino secundário (10.º ano), a peça dramática revisitou alguns dos momentos e episódios essenciais da obra camoniana: a Proposição, a Dedicatória a el-r ei D. Sebastião, o Consílio dos Deuses, a História de Portugal contada ao rei de Melinde por Vasco da Gama, a morte de Inês de Castro, as Despedidas em Belém, o Adamastor, a Tempestade, a Ilha dos Amores, o Regresso a Portugal e as Reflexões do Poeta. Entre todas as personagens, deuses romanos, figuras históricas e mitológicas, que deram corpo ao universo épico de Camões, houve tempo e oportunidade também para resgatar a opinião indignada do Velho do Restelo e ouvir os sábios conselhos de uma zeladora insubmissa. Cada um dos episódios e momentos referenciados contou com uma interpretação musical que pretendia ilustrar, refletir e complementar a epopeia lusitana.

Para que a encenação fosse exequível, uma enorme e incansável equipa trabalhou afincadamente na execução do projeto. Constituída por 13 professores, 8 alunos e 3 assistentes operacionais, o resultado final foi obra de um trabalho de articulação com a participação de várias partes: o Clube de Guitarra-Rockskool, coordenado pela professora Cristina Pacheco, acompanhada por 2 alunos nos momentos musicais; o Clube de Teatro dos alunos, coordenado pelas professoras Ana Nunes e Alice Póvoa, com a participação de 4 alunos; o contributo do professor Luís Melo e da turma 12.º I, do curso de Artes do 12.º ano, na realização de um painel ilustrativo do Gigante Adamastor; o professor João Bento e duas alunas da turma de Multimédia do 10.º ano, na parte técnica; os Bombeiros voluntários de Lousada que cederam uma máquina de fumo.

As duas apresentações contaram com um público constituído maioritariamente por alunos do 9.º ano de escolaridade (público-alvo), no entanto, assistiram também turmas de todos os níveis de ensino do ensino secundário, dos cursos científico-humanísticos e profissionais Todos participaram com manifesto entusiasmo e curiosidade e puderam ver desfilar em cena algumas das personagens que Camões criou e imaginou para ilustrar a sua epopeia.

Cientes de que será impossível igualar os cantos de magnitude épica d’ Os Lusíadas e o legado camoniano na literatura, toda esta equipa coordenou-se para homenagear o Príncipe dos Poetas neste quingentésimo aniversário do seu nascimento. Da leitura das suas estâncias, certamente podemos entrever que o poeta quereria que déssemos sentido à vida, abraçássemos o sonho e a quimera, navegássemos nas águas do impossível, nos uníssemos em torno de um propósito, contemplássemos o infinito e construíssemos pontes no firmamento da utopia.

Ars longa, vita brevis

Fábula dos Burros e do Cisne

Num passado distante, no reino da Asinolândia, os animais viviam em paz e concórdia. O partido dos Burros, os Zurrantes, constituíra-se como força dominante no espetro político, fruto das suas ideias progressistas capazes de agradar à maioria dominante, governando com paz social relativa. O segredo estava no salutar e sóbrio convívio com as forças opositoras: ora cedendo; ora negociando; ali discordando; acolá pugnando por aquilo que eram os seus valores essenciais. Cientes de terem encontrado a fórmula mágica, crentes numa cultura superior, jactantes de uma civilização sólida e inquebrável, os Zurrantes governavam com firme e harmoniosa tranquilidade

Porém, havia sinais de que a suprema civilização ia abrindo brechas, pequenas feridas que os Zurrantes tentavam sarar apenas com a força da sua retórica e daquilo que julgavam ser os únicos arquétipos definidores da ordem animal. As fendas foram- se alargando e, gradualmente, tornaram-se em rachas já não meramente curáveis com sábias e paradigmáticas palavras. Expostas, sangrando, algumas com visível gangrena, foram aos poucos causando desagrado e desilusão na sociedade animal. As vozes de discordância eram evidentes: o partido dos porcos, os Bunodontes, grunhia em desacordo porcino; o partido dos felídeos, os Bigodáceos, rugia com agilidade tenaz; o dos canídeos, com os lobos à cabeça e mabecos em círculo necrófago, uivava com ameaças carnívoras; o das aves, os Penáceos, com a águia imperial à cabeça, cantavam com sons lancinantes e cortantes. Entre muitos outros partidos com outros animais na liderança, estes eram os mais visíveis e as forças opositoras de maior relevância.

Contudo, certo dia inesperado, uma voz grasnante de um cisne fez-se ouvir. Dissidente dos Penáceos por ser considerado o pato feio, desenvolveu-se numa frondosa e pescoçuda ave. Surpreendidos, os outros não lhe deram muita importância: sabiam que o seu canto podia ser mortal para o próprio e nunca alcançaria a latitude de outras vozes preponderantes. Outro dia não tão inesperado, o canto do cisne fez-se notar: clamava pelas questões essenciais dos animais, expondo a nu as brechas do edifício que ameaçava ruir. Os outros, já não tão surpresos com a inaudita voz, ouviram-no com atenção e concordaram com o que grasnou ruidosamente. Houve até três gansos barulhentos que se juntaram formando um coro ruidoso. Aos poucos, foram crescendo, alimentando-se da incapacidade alheia que apenas os tentava desacreditar, sem nunca resolver os problemas do edifício que já ruíra em várias extremidades. Patos, gansos, outros cisnes, um flamingo rosa e pernalta, uma ovelha tresmalhada, um lobo velho abandonado, um jovem leão a despontar, todos e mais alguns, começaram a juntar-se ao coro ruidoso dos protestos. Com o cisne a liderar, sem grandes soluções, mas eficazes a mostrar que era necessário um novo edifício, os protestantes edificaram o novo partido emergente: os Benfeitores.

Os outros partidos, esperando o lancinante e derradeiro canto do altivo cisne, apontando a fealdade das palavras e ensinamentos dos portadores da nova ordem, centrados nas palavras, esquecendo-se de que elas se esvaziam sem ação e são facilmente substituídas por outras, por ganchos de engodo imediato, clamavam incrédulos contra o crescimento da “peste”, assim por eles classificada.

Até que noutro esperado dia, os Benfeitores tomaram o poder, lambuzando-se com os seus fartos banquetes, espalhando fétidas hormonas por todos os cantos, pavoneando-se com garridos gritos pelas suas atraentes salas. Todos em êxtase religioso e animal por entrarem no novo palácio, sem se importarem no edifício em ruínas. Talvez à espera de construir um novo, porque aquele, obsoleto e vil, era uma promessa que fora vencida, uma construção vomitada e abjeta.

Quanto aos outros, outrora dominantes, forças subjugadas pelo inesperado volte-face do poder, continuavam incrédulos: como fora possível a queda de um império de dogmáticas e soberbas verdades? Nunca vendo a realidade que se foi desfolhando diante da cegueira dos seus olhos, continuavam agarrados ao descrédito alheio sem nunca construir uma nova força sedutora.

Moral da fábula: vozes de burro continuam a não chegar ao céu; não esperem pelo canto final do cisne porque ele pode ser muito belo.

Mariana Moreira 12ºI

O Projeto, que se transformou num espetáculo de homenagem à Arte, decorreu no Auditório da Escola, ao longo da manhã do Dia Mundial da Poesia, 21 de março, e contou com a colaboração de, aproximadamente, 50 participantes, entre professores e alunos, e de mais de 400 espetadores (alunos, professores, encarregados de educação), sensíveis à força da palavra poética, à beleza da pintura, à magia da música, quase certos de que se vivermos poeticamente, encontramos a felicidade.

Fomos a voz dos grandes poetas portugueses, desde Camões a José Luís Peixoto (Fernando Pessoa, Eugénio de Andrade, Miguel Torga, Manuel Alegre, Ana Luísa Amaral, José Tolentino Mendonça, Alice Neto de Sousa, etc.) – vozes que ecoam LIBERDADE e que resplandeceram num diálogo com a pintura (dos alunos de Desenho A, Luís Melo, Picasso, Miguel Ângelo, e outros), com a música ao vivo (com voz, guitarra e violino de Afonso Pires, Cristina Pacheco e Simão Ferreira) e com a música clássica (de Wolfgang Amadeus Mozart, Ludwig van Beethoven, Johann Sebastian Bach, Johann Stauss, André Rieu, Piotr Ilitch Tchaikovski, Jóhann Jóhannsson, de séries e de filmes) que acompanhou a declamação dos poemas.

Assim se fez, neste espetáculo, o diálogo com as várias artes que, indubitavelmente, educaram para a Cidadania ativa, responsável, interventiva, inteligente e humana, validando com a poesia, a pintura e a música toda a beleza que existe nas palavras e nas ações que defendem os direitos humanos (as liberdades individuais, a tolerância, a solidariedade, a dignidade, a igualdade de direitos e de deveres), a comunhão com a Natureza e a sua preservação, a qualidade dos sentimentos e das emoções que desmascaram a discriminação, a agressão, a violência, num perpétuo Hino à riqueza que existe na diversidade e na pluralidade

Em suma, este Projeto estima os valores de abril, que foram celebrados pelos jovens, com os jovens e para os jovens que os devem defender, garantir e renovar

Anabela Peixoto e Alzira Silva Alunos das turmas: 10ºB, G 11ºB, E, H 12ºCM, CP, MM

Dia Mundial da Poesia em diálogo com Cidadania

Turmas 12ºA e 12ºB (Projeto A VOZ QUE DAMOS AOS LIVROS)

Este ano, na Secundária de Lousada, comemora-se dez anos da representação de Memorial do Convento, de José Saramago, obra de leitura integral no décimo segundo ano, por nós adaptada a teatro. Subir ao palco para dar voz ao Padre Bartolomeu que tem o sonho de voar; ao Rei D. João V, que promete erguer um convento/palácio na vila de Mafra para que Deus lhe desse um herdeiro; ao Baltasar que, sem a sua mão esquerda, substituída por um gancho, vai ajudar na construção da passarola de Bartolomeu; a Blimunda, mulher extraordinária pela sua vidência, capaz de ver as nuvens fechadas no interior das pessoas, ou seja, a sua vontade de criar, construir, amar, viver; e a tantas outras personagens, tem vindo a ser, ao longo destes dez anos agora cumpridos, a fórmula incrível de compreender o pulsar da vida que dentro das páginas deste romance extraordinário se sente. Além deste entendimento dos fios que entretecem a obra saramaguiana, os alunos apreenderam conceitos de cidadania que se desprendem do próprio ato de trabalhar em conjunto num projeto tão ambicioso que junta duas turmas e outra tanta gente à sua volta. Valores como responsabilidade, respeito pelo outro, partilha, colaboração, cedências, errar e erguer-se, aplaudir o outro, superar-se, no fundo, enaltecer o melhor que há dentro de si ergueramse e cimentaram-se de forma natural, fruto da experiência vivida a cada ensaio, a cada momento de encontro. Memorial do Convento desliza pelos tempos pela voz de um narrador anacrónico, (a que deram expressivamente voz duas alunas na nossa representação). É este que possibilita olharmos o passado à luz dos valores do mundo contemporâneo, por isso, a “epopeia da pedra”, momento fundamental da obra, é atravessada nesta encenação pelas imagens da guerra no Médio Oriente, onde a destruição, a dor e o sofrimento humanos nos avisam que em todos os tempos a tirania e a soberba podem levar a humanidade aos abismos mais escuros. E, por isso, “Grândola Vila Morena” do Zeca Afonso serviu como uma luva de música de fundo a este entrecruzar de tempos para nos lembrar que a liberdade, a fraternidade, o grito de abril de 74 é nosso, mas atravessa os portais do tempo e de todos os lugares do mundo. Também a participação da turma A do décimo ano, redimensionou a passagem pelo episódio do auto de fé que levará a mãe de Blimunda a ser condenada ao degredo em Angola. Debaixo das suas capas negras, os alunos desenharam no palco a fila sinuosa de todos os condenados sem voz, que caminham em silêncio, afundados no inferno das inquisições dos quatro cantos da terra e do fundo dos tempos.

Celebramos dez anos desta representação com muitos convidados especiais que se transformaram também nas figuras deste universo do romance de Saramago, desde encarregados e funcionários da escola a professores. Todos juntos, fizemos magia elevando-nos, na passarola de Bartolomeu, até à nossa humanidade mais promissora, até ao céu mais estrelado de todos os tempos, lembrando que “é a vontade dos homens que segura as estrelas, é a vontade dos homens que Deus respira” (MC).

Conceição Brandão

MEMORIAL DO CONVENTO: da narrativa à dramatização

Comemoração do 25 de Abril na E.B. de

Comemorar o 25 de Abril de 1974 na escola é uma prática importante, porque é uma forma de transmitir valores democráticos, promover a consciência histórica e social, e cultivar uma compreensão mais profunda do papel dos cidadãos na construção de uma sociedade justa e livre.

O 25 de abril, conhecido pela Revolução dos Cravos em Portugal, marca um evento histórico que trouxe o fim de décadas de ditadura e estabeleceu a democracia no país. É fundamental que as crianças compreendam a importância desse acontecimento na história de Portugal e como ele influenciou a sociedade portuguesa.

A comemoração desta data é uma oportunidade que se dá às crianças para refletirem sobre os valores democráticos, os direitos humanos e a importância da liberdade de expressão. Além disso, permite que valorizem os princípios de igualdade, justiça social e participação cívica, que são fundamentais para uma sociedade democrática. Os alunos da turma S-1 da E.B. de Boavista Silvares ao celebrar esta data puderam aprender sobre os eventos que levaram à revolução, os seus protagonistas e as mudanças que ocorreram após o 25 de abril. Isso contribuiu para uma educação cívica mais completa e uma maior consciência histórica e social.

Os alunos exploraram a obra “O Tesouro” do autor Manuel António Pina, fizeram cravos de papel de crepe e pombas da paz.

Prof. Eduarda Xavier

Boavista Silvares

INQUÉRITO SOBRE O 25 DE ABRIL

"Este trabalho foi elaborado pela equipa da Biblioteca da ESL e conduzido por dois alunos do 12.º D, da professora Albertina Tavares.

Com os dados obtidos, pretendeu-se conhecer junto dos alunos da nossa Escola Secundária, a ideia que eles tinham da revolução do 25 de abril de 1974, conhecida como a Revolução dos Cravos. Pediu-se-lhes que respondessem a questões relacionadas com o que foi o 25 de abril, sobre os aspetos que consideravam mais negativos da situação que se vivia antes de 1974 e se a revolução teria trazido melhorias à situação geral do povo português. Responderam a este inquérito cerca de 290 alunos da Escola Secundária, entre o 7.º e o 12.º ano."

Bendito 25 de abril!

Antigamente, em Portugal

Era difícil viver

Havia muitas regras

A que todos tinham de obedecer!

Vivíamos em ditadura

Mandados por Salazar

Mas Portugal agiu com bravura

E tudo isso conseguiu ultrapassar.

A vida era complicada

Mulher era difícil ser,

Até para votar

O secundário tinham de ter!

Roupas curtas, era proibido

Ai de quem as usar

E coitadinhos dos namorados

Na rua não se podiam beijar.

Bendito 25 de abril!

Veio para nos proteger

Com cravos nas espingardas

Os soldados não se deixaram vencer.

Hoje em dia somos livres

Mas a consciência temos de usar

Há que ter limites

Para ninguém se magoar!

Inês Marques, n.º 6

Joana Tomás, n.º 8

8.º A

Coordenadora da Biblioteca do Agrupamento

Graça Coelho de Escolas de Lousada

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