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A crueldade das guerras

Todos nós experimentamos, em algum momento, dificuldades na vivência fraterna ou ameaças à própria fraternidade e que ao acontecerem colocam em risco a dignidade e a felicidade da pessoa.

Este mal ou a fragilidade pode ser encontrado nas mentiras que são apresentadas aos outros como verdades, a possibilidade de pensar mal dos outros, mesmo sem os conhecer bem, o desejar mal aos outros como se eles não fossem nossos semelhantes, os conflitos não resolvidos ou até a utilização da violência como arma de se mostrar superior aos outros, a maledicência, ou dizer mal dos outros pelo simples prazer de o dizer, o egoísmo que nos coloca muitas vezes num plano de superioridade, a inveja pelo que os outros têm ou conseguiram, a ofensa constante e a rejeição dos outros e da sua condição de pessoas, merece o nosso reparo e a não-aceitação. Este mal de que somos responsáveis, impede-nos de ver nas outras pessoas um irmão ou simplesmente leva-nos a virarmos as costas aos outros.

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O Ricardo disse-me que o Diogo tirou fruta a mais na cantina ... No dia seguinte, disse-me que o Diogo andou a mexer nas mochilas de muitos colegas para ver se havia dinheiro ... Disse-me ainda que o Diogo foi comprar um saco de chocolates com amendoim, com o dinheiro que roubou! Fiquei muito desiludido ... com o Ricardo!

Sim, o que o Ricardo andou a dizer, era tudo mentira! Com o Ricardo?!!!

Das frases que se seguem, escolhe as que são verdadeiras. a) O mal é o contrário de fazer o bem. b) O mal é fazer dos outros um instrumento dos meus interesses. c) O mal é provocar sofrimento nos outros e em mim próprio. d) O mal é fazer com que os outros encontrem a felicidade. e) O mal é tudo o que é contra a dignidade das pessoas.

Memorial do Holocausto, Berlim

As guerras são conflitos que surgem habitualmente por causa do desejo de poder e pela falta de diálogo entre os governantes das nações; provocam grande sofrimento, não só aos que nela participam diretamente, como também às vítimas civis. São uma das princi ais causas da existência de refugiado

1 Querida Anne, em sem ensar Bombas mandam atirar, 1 O que escreves é verdade. Os adultos ag paia e mar Conduzem muito i para de um país se apoderar. Poluem ºs ar, os ou fazem cenas depressa, bebem até perder a U epdia de outra maneira havemos de teatrais. Mas eu tenho um sonho be 0 · m ... 1 fazê-lo!

1 Atua amiga Kitty

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: Theo Olthuis. :

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' Apesar dos gravíssimos pre'uízo ·.. .. _ .. _ .. _·· .. .. _·· .. .. _

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ameaça levar 1 mur o a dos tempos passados ! j onc1l1ov r a icanoll.GaudiumetSpes, 79 _ •• .. · · .. -··.. -""! :-.. .. .. _··-.. -

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\ Quando um país duas vezes mais cansado.

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\ tinha uas . tômagos vazios. ' · \ zes mais es ' e duas ve , vencia o outro pais, do ezes mais cansa . \ : Quando um pais maior e ficava duas v \ \ : tornavase duas vezes h' tóriasepoemas _ . .. ,j . vrede - AGuerraem is __ .. _ .. - • . .. -·· · , Olthu1Theo s Hetgelwtvan · _ .• .. ·-··-· · .. -· .. -·

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iraquianos durante a Garra do Golfo (1990)

A Agência da ONU para Retugiados relatou no último dia 20 de junho de 2014, no Dia Mundial do Retugiado, que o número de retugiados, requerentes de asilo e deslocados internos no mundo, pela primeira vez na era pós li Guerra Mundial. ' ' ' ' ' ' 1 ultrapassou 50 milhões de pessoas. 'Estamos a presenciar aqui os imensos custos do não término das guerras, da talha para se resolver ou prevenir conllitos', disse o Alto Comissário da ONU para Retugiados, António Guterres. 'A paz nos dias de hoje está perigosamente em déticlt. Os trabalhadores humanilários podem ajudar de modo paliativo, mas as soluções po\iticas são vitais. Sem isso, os alarmantes nlveis de contlito e de

!sotnmento em massa. refletidos nesses números. continuarão".

"A comunidade internacional tem que superar as suas diterenças e encontrar soluçóeS para os conflitos de hoje no Sudão do Sul, na Slria, na República Centro-Alricana e em diversos outros lugares. Doadores não tradicionais i necessitam dar passos ao lado dos doadores tradicionais. Como muitas i pessoas se encontram deslocadas hoje em dia, os números representam i populações de países médios e grandes como a Colômbia ou a Espanha, Átrica do Sul ou Coreia do Sul", disse Guterres. i '

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