Especialista em vinhos, Luciano Mestrich, declara “o enoturismo é uma experiência fascinante” O enoturismo engloba passeio para os visitantes, colheita de uvas, participação na vinificação, harmonização de refeições, hospedagem, degustação e cursos de sommeliers Uma recente pesquisa do Sebrae revelou que as vinícolas brasileiras estão apostando na combinação com outras atividades ligadas ao turismo. O objetivo é elevar seu potencial competitivo e valor de mercado. O enoturismo engloba passeios guiados, cursos, artesanato, além do turismo de experiência em vinhedos e já é uma realidade para mais de 85% dos empreendimentos desse setor. Já as vinícolas, além de produzir vinhos e derivados da uva, também têm aberto suas propriedades para visitantes de todo o país. O que dizem os especialistas Segundo o sommelier Luciano Mestrich “o enoturismo é uma experiência fascinante que combina o prazer de apreciar vinhos com a descoberta de regiões vinícolas e suas tradições. Ao participar de atividades como visitas a vinícolas, degustações de vinhos e tours pelas plantações de uvas, os entusiastas têm a oportunidade de aprofundar seu conhecimento sobre a produção vinícola e apreciar a riqueza cultural e paisagística das áreas vitivinícolas”. Enoturismo no Brasil A maior parte das vinícolas já está conectada à Associação Nacional dos Produtores de Vinhos de Inverno (Anprovin). Neste caso, os empreendimentos que estão mais estruturados dispõem de espaços multiuso em suas propriedades para receber os turistas. O conceito é oferecer a melhor experiência possível. As vinícolas ainda em formação, pelo menos parte delas, também têm projetos de agregar o enoturismo em seu plano de negócio. Segundo Marco Antonio Carbonari, diretor de marketing da Anprovin, esse modelo agregado valoriza a experiência do visitante, potencializa o negócio, gera renda e emprego e, principalmente, qualifica as vinícolas. “A experiência é a alma de um passeio. Por isso, as vinícolas entenderam que esse é um caminho que os clientes desejam e que pode ser muito bem aproveitado pelos produtores”, avalia Marco Antonio Carbonari.