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Mudança para o campo trouxe qualidade de vida
Esteios de suas famílias, maioria das agricultoras saíram das capitais e se mudaram para o campo em busca de trabalho e uma vida mais tranquila
A produtora Antônia da Silva 58,morana comunidade há 11 anos. Foi através de Nazide e da cooperativa que ela passou a cultivarplantas medicinais. Ela também migrou para o campo em busca de qualidade de vida. “Eu morava em Belém, depois morei em Manaus onde eu era tacacazeira. Mas sempre gostei de plantar,meu sonho era viver avida que vivo hoje, trabalhando no campo” Antônia mora sozinha, mas, junto com os cooperados, ela afirma que nãose sente só. “São minha família. Quando a Nazide nos chama para os mutirões, vou com maior satisfação, pois isso aqui é minha vida. Além das minhas plantas que vendo na feira, eu também trabalho na propriedade dos vizinhos, capinando, roçando ou plantando”.
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A produtora já perdeu as contas dos certificados dos cursos que concluiu para se especializar eaprimorar otrabalho em sua propriedade. “Somos em- preendedoras do campo, então já fizemos muitas qualificações na área de agroecologia, administração, gestão, em parceria com Sebrae, Embrapa eoutras instituições, como o Instituto de Manejo eCertificação Florestal eAgrícola. Acooperativa nos permiteadquirir este conhecimento. Sem eles, nãoseria possível”, reforça.
A aposentada Roseda Reslima,68, morahá menos tempo na comunidade: três anos. Ela também saiu da capital em busca de uma vidar melhor. Edepois que passou a morar no campo, tudo nelamudou. “Emagreci 12 quilos só de me alimentar bem e passei a vivermais tranquila. O campo nos traz paz, otrabalho manual, com aterra, diminui os níveis de estresse. Eu sou muito mais feliz agora”, conta Roseda, que também cultiva verduras e frutas orgânicas para o consumo próprio. Mais jovem, a produtora AnaPaula Corrêa, 26,mudou para a comunidade há seis anos com o mesmoobjetivo: trabalhar e ter qualidade de vida. Mãe de duas meninas, de 4 e 6 anos, que estudam na escolinha da comunidade, elanão pensa em sair do local. “A gente espera que as coisas melhorem na comunidade, comopor exemplo, ter mais escolas para que nossos filhos continuem os estudos. Mas, no que depender de mim, permaneceremos aqui, trabalhando e vivendo do nosso trabalho”