Adocapital cinema

Nos dez dias espremidos entre 22 de novembro e 1º de dezembro, Brasília transforma-se, mais uma vez, na principal tela de cinema do país. É quando ganha forma (e filmes) a 52ª edição do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro.

Criado em 1965 como “Semana do Cinema Brasileiro”, o festival só não saiu do papel entre 1972 e 1974 – anos de ditadura militar. Ganhou corpo e vida própria ao longo dos anos, e carrega hoje os títulos de mostra competitiva mais antiga e mais criativa do país.

A vanguarda é marca registrada do evento. Para concorrer ao cobiçado Troféu Candango, o filme precisa estrear no festival. Requisito que apresentou e premiou clássicos do cinema nacional, como Xica da Silva, de Cacá Diegues; A hora da Estrela, de Suzana Amaral; Baile Perfumado, de Paulo Caldas e Lírio Ferreira; Bicho de Sete Cabeças, de Laís Bodansky; e Lavoura Arcaica, de Luiz Fernando de Carvalho.

O palco do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro ainda é um dos cartões postais da cidade: o Cine Brasília. Reformado, o espaço que nasceu junto com a nova capital, em 1960, tem 606 cadeiras confortáveis, tela moderna, estacionamento amplo e programação o ano todo.