EM TRANSFORMAÇÃO - Como acabar com comportamentos destrutivos - 1ª Edição

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COMO ACABAR COM COMPORTAMENTOS DESTRUTIVOS

Mais uma obra com o selo de qualidade Edições NA, a marca editorial da CAPU Livraria Cristã. 240 VIDA CRISTÃ

Vá a www.capu.pt e descubra as duas obras do autor!

EM TRANSFORMAÇÃO

No entanto, por vezes existem coisas que deixamos que permaneçam na nossa vida, que nos destroem aos poucos e nos impedem de refletirmos a Cristo e vivermos na liberdade que Ele ganhou para nós. Descubra como identificar comportamentos destrutivos e as suas causas, e como através da Palavra de Deus, podemos viver sendo transformados, dia a dia, para a verdadeira vida e liberdade.

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Este livro tem como propósito ajudar cada cristão a perceber que a mensagem do Evangelho não apenas nos permite um dia entrar no Céu. A mensagem da cruz mostra-nos que Deus, além de nos querer salvar, também nos deseja transformar. A nossa vida na terra deve refletir uma transformação crescente à imagem de Cristo.

HUMBERTO TEIXEIRA HUMBERTO TEIXEIRA

EM TRANS FORMA ÇÃO

fazer o Mestrado em Teologia na Bélgica, no Continental Theological Seminary (CTS), o qual terminou em 2016. Pontualmente tem colaborado como autor para as revistas Novas de Alegria e BSteen. Os pensamentos e reflexões do pastor Humberto Teixeira estão disponíveis nas redes sociais, em www.facebook.com/ Pr.HumbertoTeixeira e no canal do Youtube “Vive a Palavra”. Em 2017 lançou o seu primeiro livro, Em Conflito, com o selo Edições NA, a marca editorial da CAPU Livraria Cristã.

AUTOR DE EM CONFLITO

EM TRANS FORMA ÇÃO

COMO ACABAR COM COMPORTAMENTOS DESTRUTIVOS

HUMBERTO TEIXEIRA

Humberto Teixeira Nasceu em Lisboa e aos 15 anos converte-se a Jesus. É casado com Paula Teixeira e pai de dois filhos: Inês e Tiago. Foi funcionário no MECCE entre 2005 e 2007. Foi secretário da EETAD e do ICI (Escola de Educação Teológica das Assembleias de Deus e Instituto por Correspondência Internacional), função que ocupou até 2010. A partir do ano 2008 começou a pertencer ao corpo de obreiros da Assembleia de Deus em Azambuja. Foi consagrado pastor na Assembleia de Deus em Azambuja em 2010. Em setembro de 2010 foi servir a Deus a tempo inteiro na França, como pastor-auxiliar na igreja de língua portuguesa em Paris. Desde 2015 têm abraçado o projeto missionário da Assembleia de Deus de Paris em Clermont-Ferrand. Desde que serve a Deus por terras francesas que o pastor Humberto Teixeira teve a oportunidade de



Um dos propósitos da CAPU é trazer até à lusofonia novos autores, os quais possam vir a abençoar o Corpo de Cristo e a ser usados para alcançar outros para Si. Tendo em conta este propósito, em 2017, o pastor Humberto Teixeira brindou-nos com o seu primeiro livro, Em Conflito. A aceitação da primeira obra logo inspirou o autor a trabalhar num segundo livro, que temos o prazer de apresentar: Em Transformação. Nesta nova obra, somos convidados a redescobrir o propósito inicial de vida, harmonia e liberdade que Deus tinha em mente ao criar o Homem. A nossa viagem continua entendendo a causa dos pensamentos e comportamentos destrutivos, tão reais no ser humano. O autor mostra o plano da Salvação e nova vida em Cristo, que não apenas nos leva ao Céu, mas nos faz passar por um processo de transformação enquanto vivemos. Este processo só é possível com a ajuda do Espírito Santo, em nós, numa dependência diária de Deus, em obediência à Sua Palavra, por amor àquilo que Jesus fez por nós na cruz. O pastor Humberto, neste livro muito prático e cheio de referências bíblicas, desafia-nos a olharmo-nos ao espelho, a vivermos dia a dia na disposição de sermos mais como Deus deseja que sejamos, sem anularmos as características tão próprias com que Ele nos criou. Desejamos que Em Transformação seja uma obra que Deus use para criar impacto na vida de cada leitor, com o resultado desejado por Deus e pelo autor: acabar com comportamentos destrutivos, vivendo a liberdade que Cristo tem para todos os que O seguem. Parabéns ao autor por esta segunda obra, que vem enriquecer a literatura pentecostal da lusofonia. António Gonçalves Diretor executivo - CAPU Livraria Cristã Pastor evangélico - Benfica


Deus tem um propósito e desígnio para a vida de cada ser humano, estabelecidos desde a eternidade, em Jesus Cristo. Quando recebemos a Jesus somos feitos filhos de Deus, e pelo novo nascimento somos feitos uma nova criação. A nova natureza e identidade abrem-nos os horizontes para vivermos uma nova vida. A vida cristã é um processo pontuado por alguns eventos. Jesus orou ao Pai para que fôssemos santificados na verdade, especificando que a Palavra de Deus é essa verdade santificadora. O apóstolo Paulo, quando escreve aos Filipenses da parte do Espírito Santo, declara com convicção: “E tenho a certeza de que Deus, que começou essa boa obra na vossa vida, vai completá-la até ao momento em que Jesus Cristo voltar.” (Filipenses 1:6, OL). O autor apresenta-nos cada uma das etapas da cosmovisão cristã, desde que fomos criados à imagem e semelhança de Deus, até ao momento em que fracassámos embarcando numa mentira que como o Criador tinha avisado, trouxe-nos a morte. Deus veio em nosso auxílio e cumpriu a exigência que Ele mesmo estipulou, morrendo a nossa morte e ressuscitando, para que nós, mortos espiritualmente, morrêssemos para a morte e Cristo vivesse em nós. O pastor Humberto Teixeira apresenta-nos o diagnóstico bíblico do que nos aprisionou. Usámos a liberdade com que fomos criados, para escolher a pior de todas as prisões. Mas Jesus, a verdade em pessoa, veio dizer-nos “E conhecerão a verdade e a verdade vos tornará livres.” E mais adiante: “Assim, se o Filho vos libertar, ficarão livres, de verdade.” (João 8:32,36, OL). Porque a doutrina bíblica é eminentemente prática, o escritor conduz-nos à dinâmica da transformação, encorajando-nos passo a passo a experimentarmos a maturidade cristã. Samuel R. Pinheiro Diretor de Publicações CAPU Livraria Cristã


A temática apresentada pelo autor, o pastor Humberto Teixeira é pertinente, atual e necessária. Mais do que nunca, é importante estarmos atentos à maneira tão subtil como o inimigo tenta enganar o ser humano com todo o tipo de subterfúgios. Se o fez com Adão e com Eva, e com muitos outros como vemos através da Palavra, e tentou fazê-lo com Jesus, decerto não desiste de fazê-lo connosco. Infelizmente nenhum de nós está imune aos ataques e ciladas do inimigo. Isto é algo que devemos saber e devemos ter uma atitude de humildade em reconhecer que por nós mesmos jamais conseguiremos porque o único que nos pode ajudar é Deus, e que só Ele efetivamente tem o melhor para cada um de nós e o Seu propósito para a vida do ser humano é fantástico. Através da nossa vida, dos nossos comportamentos, das nossas atitudes podemos construir, edificar, reformar ou simplesmente destruir. Essa é uma escolha nossa! Não podemos incriminar os outros pelas nossas atitudes erradas ou comportamentos inadequados, somos nós que decidimos sobre esses assuntos. Infelizmente muitos crentes estão aprisionados por muitas coisas que efetivamente não os deixa ser livres, mas a Bíblia diz em Efésios “Porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus antes preparou para que andássemos nelas”. O apóstolo Paulo diz em Gálatas 3:13 “Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós”. Não somos mais escravos. Em Cristo somos verdadeiramente livres, Ele deixou-nos todas as “armas, e armadura” para sermos vencedores. Nunca podemos abandonar a Palavra de Deus. Ela ensina-nos, adverte-nos, protege-nos, é antídoto contra o pecado e mostra-nos o propósito de Deus para connosco. A nossa vida deve depender do Espírito Santo, em todo o tempo. Ele sabe o que é melhor para nós, Ele é o nosso intercessor, o nosso advogado, o nosso amigo. Parabéns ao pastor Humberto por mais um livro que chega até às nossas mãos. Paulo Branco Presidente da Direção Nacional Convenção das Assembleias de Deus em Portugal Pastor evangélico – Almada


Sente-se e percebe-se quando alguém fala seja do que for, não só com conhecimento intelectual, mas de coração, e este livro revela isso mesmo. Em transformação é um livro que não fica pela superficialidade, mas leva-nos a ir mais fundo nesta obra maravilhosa iniciada, e continuada pelo Espírito Santo, em todo o homem e mulher que crê e segue a Jesus Cristo, como Senhor e Salvador. Muito aprecio o Humberto, quando em toda a leitura se percebe o seu cuidado de se apoiar nas Sagradas Escrituras, a seriedade com que aborda este tema, a simplicidade e objetividade em levantar o amor de Deus para que todo o leitor possa ser confrontado com ele e ser transformado, e ainda o toque do seu coração ungido que escreve com conhecimento adquirido pela intimidade que tem com Deus. Desde o início do livro percebe-se que o desejo ardente e sincero do Humberto é de que este livro vá mais além do que palavras e de uma mera leitura. Em transformação invade a nossa vontade, os nossos pensamentos, os nossos sentimentos, trazendo para a luz o nosso egoísmo, os nossos medos, frustrações e comportamentos que nos aprisionam, mas que em Deus podem ser transformados. Que este livro possa ser uma ferramenta para revolucionar muitos corações, sejam eles cristãos ou ainda não, levando-os à verdadeira liberdade em Cristo Jesus, através de uma mente conformada com a Sua e de uma íntima comunhão com o Espírito Santo. Muitos parabéns, querido amigo e obrigada pela tua confiança. Isabel Ricardo Pereira Autora de Nos Braços do Pai (Letras D’Ouro) e Onde Estás? (Edições NA) Missionária - Mirandela


O pastor Humberto Teixeira brinda-nos, como tem sido hábito, com mais uma excelente obra – traz-nos uma reflexão absolutamente contrária ao espírito da nossa época. Em vez de se apresentar como coach ou pensador motivacional, ele escreve-nos como mestre e profeta de Deus; desafia-nos à mudança, a sermos transformados e fá-lo não dizendo que em nós temos tudo o que precisamos para sermos melhores, mais felizes, mais prósperos, mas dizendo o oposto: o que nós precisamos não está em nós mas em Deus. Somos chamados nesta obra a sermos transformados para refletirmos a Cristo, para apresentarmos o seu carácter e vivermos da mesma forma que Ele viveu entre nós. Objectivamente, a falta de transformação vai sempre limitar a acção de Deus nas nossas vidas e, consequentemente, diminuir a Sua glória em nós. O pastor Humberto percebe bem que o alvo de Deus para a nossa vida não é, simplesmente, dar-nos poder ou operar milagres por nós, mas transformar-nos à imagem do Seu Filho. Essa transformação só acontecerá através da intimidade com Deus - a transformação é resultado do nosso relacionamento com o Pai e nunca o resultado das obras ou do esforço humano. Tudo é pela graça, tudo vem Dele e é dado gratuitamente por Ele, por isso a glória é também toda Dele. A ideia clara que encontramos nesta obra é que quando Deus nos criou, não nos criou para sermos imperfeitos, mas para sermos santos; o pecado veio destruir isso em nós, mas em Cristo e pelo poder de Cristo, Deus quer moldar-nos para sermos cada vez mais parecidos com Ele. Duas últimas notas sobre a obra: 1) O foco do autor está na suficiência de Deus - se Deus não for suficiente nunca estaremos satisfeitos e, por isso, nunca seremos transformados da forma que Deus quer; 2) A transparência do autor é marcante na sua revelação de que, também ele, está em processo de transformação e que esse processo é muitas vezes doloroso, implica lutas, enfrentar dúvidas e vencer dificuldades. Poderei concluir lembrando o que o apóstolo Paulo nos diz: “Deus começou uma boa obra em nós e Ele é fiel para a terminar”. Deixemos,


então, que Aquele que começou algo bom, maravilhoso e fantástico em nós, possa ter a liberdade de continuar a aperfeiçoar-nos até que termine a obra: quando alcançarmos a estatura do varão perfeito que é Cristo. Samuel Martins Pastor evangélico Paris - França

Sinto-me privilegiado em poder apelar à leitura do segundo livro do pastor Humberto Teixeira, Em transformação. Através de uma linguagem clara e objetiva, o autor trata o assunto pela perspetiva bíblica e de uma forma prática que eu próprio muito aprecio. A transformação é essencial na vida do ser humano! Todos nós devemos buscar ser transformados, e melhorar nas várias áreas das nossas vidas. Mas a maior e mais importante transformação só pode ser feita por Deus. Alguém disse que Deus forma, o inimigo deforma, o homem reforma, mas só Deus transforma! Podemos ser cristãos há muito ou pouco tempo, mas sempre vão existir áreas nas nossas vidas que precisam de transformação. Apesar de Deus ser Todo-Poderoso, Ele nunca vai forçar ninguém a mudar. Para que possamos mudar, temos de permitir que Deus trabalhe em nós. Por vezes a transformação vai doer, Deus vai querer trabalhar em partes delicadas das nossas vidas, mas se deixarmos Deus operar, certamente experimentaremos grandes coisas que Ele tem para cada um de nós! A minha oração é que o conteúdo deste livro seja usado por Deus para libertar mentes e corações e produzir uma transformação crescente à imagem de Cristo. Isaías da Silva Pastor evangélico Wiesbaden - Alemanha


HUMBERTO TEIXEIRA

EM TRANS FORMA ÇÃO

COMO ACABAR COM COMPORTAMENTOS DESTRUTIVOS


FICHA TÉCNICA TÍTULO: Em transformação SUBTÍTULO: Como acabar com comportamentos destrutivos AUTOR: Humberto Teixeira EDITOR: Edições Novas de Alegria

Av. Almirante Gago Coutinho, nº158 1700-033 Lisboa | Tel.: 218 429 190 SITE: www.capu.pt IMPRESSÃO E ACABAMENTO: Rainho & Neves, Artes Gráficas COORDENAÇÃO EDITORIAL: Ana Ramalho Rosa DESIGN GRÁFICO E PAGINAÇÃO: Adilson Morais IMAGEM CAPA: © BlueSkyImage - Shutterstock & © Pupsy - Shutterstock EDIÇÃO TEXTUAL: Paula Teixeira e Ana Ramalho Rosa REVISÃO TEXTUAL: Cátia Norinha REVISÃO TEOLÓGICA: Samuel R. Pinheiro 1ª EDIÇÃO: outubro 2019 ISBN: 978-972-580-134-5 DEPÓSITO LEGAL: 461617/19 CATEGORIA: 240 Vida Cristã A tradução base usada nesta obra é Almeida Revista e Corrigida (ARC), sendo também usadas outras traduções devidamente assinaladas com a abreviatura junto ao texto bíblico: João Ferreira de Almeida, Edição Corrigida e Revisada Fiel ao Texto Original (ACF); Almeida Atualizada (AA); Almeida Revista e Atualizada (ARA); Almeida Edição Contemporânea (ECA); King James Atualizada (KJA); Nova Versáo Internacional (NVI); O Livro (OL). A presente obra respeita as regras do Novo Acordo Ortográfico. As Edições NA, uma marca da Casa Publicadora da Convenção das Assembleias de Deus em Portugal, são uma editora de cariz denominacional. Neste âmbito, procuram produzir literatura cristã de língua portuguesa, em diversos formatos e tendo em vista diversos públicos-alvo, com o cuidado de que os conteúdos apresentados se coadunem com o ensino da Bíblia Sagrada, não endossam necessariamente os pontos de vista particulares dos autores. © Edições NA - Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução por quaisquer meios, salvo quando mencionado nas páginas e nas condições ali descritas, ou em breves citações, com indicação da fonte. 10


AGRADECIMENTOS

Ao meu Deus, que tem a capacidade cirúrgica para, no lugar secreto, operar em mim uma transformação radical, todas as vezes que dobro os meus joelhos. Humberto Teixeira Outubro 2019

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PREFÁCIO

O mercado está inundado de literatura de autoajuda, inclusive no mundo evangélico. Claro está que “a necessidade aguça o engenho”! – as carências dos vários foros da existência pessoal e coletiva exigem ajuda, apoio e soluções... se possível, para sempre! O livro que tem em mãos não foge à intenção meritória de ajudar o leitor a “encontrar-se” e a encontrar... O autor, de forma óbvia e contundente não se confunde com as mensagens puramente humanistas, recorrendo às Sagradas Letras do Deus que tudo – e ao homem – criou. Sacando de experiências vividas e muito assente em premissas e dever de prestação de ajuda – próprio do munus pastoral – o autor, citação após citação, traz a Bíblia Sagrada à vida de todos e de cada um. Encontramo-lo a descoberto nas confissões de “quem já passou por isso”. O muito uso de textos bíblicos e consequente comentário não se esgotam neste, embalando-nos com uma toada devocional e muito pragmática. Fazendo juz ao tema/título do livro está bem denotada a intenção do autor: provocar, induzir, encaminhar a uma transformação 13


emanada do encontro do leitor arrependido e sujeito com as Escrituras. O impacto não se espera “suave” (tendente à indiferença). Nota-se um capricho em ser contundente com as afirmações doutrinárias e práticas que faz. O alcance poderá e deverá não se restringir a um público que quer “melhorar a sua vida”, mas também a quem ainda não teve o privilégio de conhecer e experimentar tamanho e poderoso Deus. Diria que os argumentos de solidez teológica nos chegam mesclados de uma provocadora mensagem evangelística. Lendo e lendo ficamos com a sensação que O Deus capaz não age desmesuradamente ao encontro de um qualquer; mas, tal como o pastor Humberto Teixeira teima em dizer e redizer, o necessitado homem tem de se comprometer com esse Deus e Sua obra. As mudanças necessárias devem constranger-nos (ainda que voluntariamente) a um envolvimento sério de ir além da ajuda de Deus até ao Deus da ajuda. Nota-se o cuidado deveras interessado em não nos mantermos impávidos à espera da vida do além. Cristo é para nós “já nesta vida”. Não há apelo a uma cobardia de escapismo. A transformação é para aqui e agora. Há que acabar com comportamentos destrutivos! Ecoa um forte apelo à liberdade como afirmação do que se tem em Cristo “nesta vida”. As ideias e o tipo de linguagem são de fácil acesso. Há que ler e permitir que Deus transforme! Carlos Fontes Diretor académico – MEIBAD (Monte Esperança Instituto Bíblico da Convenção das Assembleias de Deus em Portugal) Outubro 2019


ÍNDICE

Agradecimentos

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Prefácio

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Introdução

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PARTE 1

ÉRAMOS LIVRES DE NÓS MESMOS E DOS OUTROS, MAS FOMOS ENGANADOS

A CRIADOS POR DEUS DE FORMA PERFEITA B O ATAQUE DO ENGANADOR C A ILUSÃO DA MENTIRA D O LEGADO DA MORTE

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E A ÚNICA SOLUÇÃO

049

023 029 035

PARTE 2

SOMOS PRISIONEIROS DE NÓS MESMOS E DOS OUTROS, MAS NEM NOS APERCEBEMOS

A COMPORTAMENTOS CENTRADOS EM NÓS

057 15


EM TRANSFORMAÇÃO

B DECECIONADOS COM OS OUTROS C PRISIONEIROS DO NOSSO PASSADO

073

D DOMINADOS PELO MEDO

079

065

PARTE 3

PODEMOS SER LIVRES DE NÓS MESMOS E DOS OUTROS, SE VIVERMOS CONFORME DEUS DESEJA

A UMA NOVA IDENTIDADE B UM NOVO PROPÓSITO C UM NOVO CARÁTER D DEPENDENDO DE DEUS E TRANSFORMADOS PELO ESPÍRITO SANTO (PARTE 1)

087 091 097 101 107

F TRANSFORMADOS PELO ESPÍRITO SANTO (PARTE 2)

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G FERRAMENTAS PARA CRESCER E SER LIVRE EM CRISTO

125

Conclusão

135

Bibliografia

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INTRODUÇÃO

Não há nada mais triste do que vivermos uma vida aprisionada, e pior ainda, nem darmos conta disso. Estamos tão habituados àquilo que nos foi incutido desde que nascemos, que tudo o que se passa connosco e à nossa volta nos parece normal. Acredito que a liberdade a que Jesus nos chama é tão verdadeira e profunda, que nos é difícil entendê-la na sua verdadeira amplitude, e até muitas vezes perceber que temos necessidade dela. Quando Deus criou a Humanidade, à Sua imagem e semelhança, éramos livres de nós mesmos e dos outros. No entanto, a Humanidade foi iludida pelo Diabo e acabou por desobedecer a Deus. Aquele que era o propósito inicial de Deus para a Humanidade foi completamente pervertido pela entrada do pecado. Consequentemente, o Homem ficou refém do pecado, que deturpou aquilo que tinha sido a criação perfeita de Deus. Jesus, o Filho de Deus, veio a este mundo para libertar a Humanidade do poder do pecado e dar salvação. Este livro tem como propósito ajudar cada cristão a perceber que a mensagem do Evangelho não apenas nos permite um dia entrar 17


EM TRANSFORMAÇÃO

no Céu, mas tem um propósito muito maior já aqui na Terra! A mensagem da cruz mostra-nos que Deus além de nos querer salvar, também nos deseja transformar! Esta verdade deve ajudar-nos a perceber que a nossa vida tem um propósito muito mais elevado do que apenas suprir as nossas necessidades aqui e agora e sobreviver num mundo onde o pecado ainda reina. Deus deseja que nós estejamos neste mundo, façamos parte desta sociedade, mas que não vivamos de acordo com todos os seus valores e princípios! Deus quer que nós sejamos luz, que marquemos a diferença! Ele deseja que nós possamos manifestar Cristo, por isso a nossa vida na Terra deve refletir uma transformação crescente à imagem de Cristo. No entanto, existem muitas coisas que, mesmo depois da nossa decisão de seguir Jesus, deixamos que permaneçam na nossa vida, que nos destroem aos poucos e que nos impedem de refletirmos Cristo. Muitas vezes permanecemos ainda prisioneiros de nós mesmos e dos outros, mas parece-nos normal que assim seja. Isto vai refletir-se em emoções e comportamentos que permitimos que façam parte da nossa vida, os quais parecem inofensivos e até aceitáveis, mas que na verdade nunca foram o plano de Deus para nós, nem os encontramos na vida de Jesus! São comportamentos que surgem de uma perspetiva de vida egocêntrica. Ou seja, colocamo-nos no centro de tudo e, sem nos apercebermos, acabamos por dar voz aos nossos instintos naturais corrompidos pelo pecado, à nossa carne, e não ao Espírito Santo que habita em nós. Tais comportamentos acabam por destruir-nos e impedir ou limitar a obra de Deus na nossa vida. Devido à nossa aceitação passiva de muitos pensamentos e comportamentos destrutivos, caminhamos exatamente no sentido oposto àquele que Deus tem para nós e que o Evangelho nos mostra. A Palavra mostra-nos claramente que existe uma real transformação possível, através da qual Deus nos liberta de pensamentos 18


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e comportamentos destrutivos. O objetivo é mudarmos de perspetiva, trocando a visão natural e egocêntrica, pela visão de Jesus e da Palavra de Deus. Iremos falar do processo de transformação do nosso caráter e da forma prática como pode ser vivida. É tempo de abrirmos os olhos para aquilo que Deus coloca disponível para nós, e de vivermos uma vida cristã descentrada de nós mesmos, mas cheia de fome e sede de Deus. Jesus pagou um preço muito alto para nos dar uma vida abundante Nele e com um propósito. É tempo de percebermos, pela Palavra, a verdade que Deus diz acerca de nós, e crer que de facto é para nós, de forma pessoal, e crescer Nele. Acredito que está a chegar a hora em que o povo de Deus vai perceber que se tem acomodado demais à forma de pensar e estar da nossa sociedade, que tão longe está da vontade de Deus, e finalmente vai começar a distanciar-se de tudo aquilo que Ele não deseja para as suas vidas e aproximar-se de Deus de todo o coração. Desejo profundamente ver cada cristão viver em intimidade com Deus, de tal forma, que Ele passe a ser o seu maior desejo e que o Reino de Deus possa ser a sua prioridade e não o seu próprio reino, refletindo-O verdadeiramente através da sua vida. A verdadeira liberdade a que Deus chama cada um dos Seus filhos produz uma verdadeira transformação do nosso caráter. O impacto das nossas vidas será completamente diferente! Deus falará mais alto na nossa vida, do que qualquer outra pessoa. Não permitiremos que mais mentiras nos enganem e desviem da verdade que está escrita sobre nós. Não viveremos uma religião, onde somos nós a tentar por nós mesmos tornar-nos diferentes e melhores pessoas, numa tentativa de conseguir viver e agir de acordo com aquilo que nos parece ser o mais correto. Mas viveremos um relacionamento próximo com Deus, o qual abrirá o nosso coração àquilo que o Espírito Santo quer produzir em nós. Os nossos 19


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olhos ficarão abertos para a verdade e os nossos ouvidos sensíveis ao que Ele está a dizer. Não agiremos a partir da obrigação, mas a partir do amor. Desejo a cada querido leitor que este livro vos dê vontade de mergulhar na Palavra de Deus, a fim de que o Espírito Santo vos mostre a verdade acerca do que Deus tem para nós e quer fazer em nós e através de nós. Desejo que se sintam incentivados a abraçar uma vida de intimidade com Deus verdadeiramente significante, onde Ele é o centro de tudo e a fonte de tudo. Oro para que possamos crescer em Cristo e ser plenamente livres Nele, a fim de que Ele cumpra em nós o Seu desejo! Antes de avançar para a leitura do primeiro capítulo, desejo deixar aqui um parêntesis para esclarecer algo importante. Há comportamentos destrutivos, quer sejam comportamentos obsessivos, depressivos, bipolares, etc., que entram no campo da doença, e não estamos a classificá-los de pecado. Este diagnóstico médico não deve esmagar as pessoas com o peso de culpabilidade. Estes casos precisam de um grande acompanhamento, pois manifestamente a pessoa não está em condições de fazer uma caminhada a solo. Esse acompanhamento não deve ser feito apenas com pessoas com boa vontade, mas com pessoas maduras espiritualmente, com discernimento, capacitadas e formadas para este tipo de situação. Humberto Teixeira Outubro 2019

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PARTE 1 ÉRAMOS LIVRES DE NÓS MESMOS E DOS OUTROS, MAS FOMOS ENGANADOS



PARTE 1

A

CRIADOS POR DEUS DE FORMA PERFEITA

É comum desejarmos que tudo seja perfeito na nossa vida! Queremos encontrar a esposa ou o marido perfeito, ter filhos perfeitos, encontrar o trabalho perfeito, viver numa casa perfeita... enfim, idealizamos tudo perfeito! No entanto, bem cedo começamos a perceber que na vida poucas coisas são perfeitas... Mas porque será que temos no nosso íntimo esse anseio por perfeição? A verdade é que quando fomos criados, não fomos criados para a imperfeição, mas fomos criados de forma perfeita, para viver em perfeição! Deus, o Criador de todas as coisas, o magnífico Construtor do Universo, criou tanta diversidade, e nada sem um propósito. Em toda a Criação, algo mereceu especial destaque! Ao criar o Homem, Deus fez algo extraordinário. O próprio Deus considerou que tinha feito algo MUITO BOM!! Se Ele disse isso, é porque realmente era verdade! Porquê? Porque Deus criou o Homem à Sua imagem e semelhança! Que privilégio o nosso! É interessante ler Génesis 1: 26 e 27 “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança (...). E criou Deus o homem à sua imagem: 23


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à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” (ACF). Em apenas dois versículos, Deus referiu três vezes que o Homem tinha sido feito à Sua imagem! Deixou claro que não foi um acidente, ou um acaso! Deus planeou e decidiu que o Homem fosse assim: “Façamos o homem à nossa imagem (…) e criou (...)”! Isto é algo que nos deve deixar extremamente felizes! Fomos criados de forma perfeita, para sermos perfeitos! A imagem de Deus em Adão e Eva era precisamente o reflexo daquilo que Deus é! Não era apenas o facto de serem criaturas dotadas de inteligência e sentimentos que os faziam diferentes do resto da Criação de Deus, mas também por possuírem as características morais que fazem parte do caráter de Deus. Diante disto era impossível viverem em desarmonia, odiando-se e planeando o mal um contra o outro, sendo injustos e caluniadores, egoístas e traiçoeiros... Nada disso! Eles refletiam de forma perfeita aquilo que o próprio Deus tinha colocado dentro deles quando os criou: a Sua imagem e semelhança! Deus no Seu imenso cuidado e desejo de dar o melhor à Sua Criação, providenciou mantimento, tanto para os homens como para os animais. Interessante, que Deus desde o início não queria derramamento de sangue, uma vez que toda a alimentação do Homem seria baseada em todas as ervas e frutos que produzem semente, assim como a alimentação dos animais seria baseada em todas as ervas verdes (Génesis 1:29-30). Deus era o provedor de todas as coisas necessárias à vida e nenhuma criatura fez para que morresse! Vemos ainda como Deus plantou um jardim para o Homem habitar e providenciou um rio que saia do Éden para regá-lo (Génesis 2:8, 10). É maravilhoso ver como Deus planeou cada detalhe e como cuidou deles. Por isso, ao olhar para Adão, sabia que lhe faltava algo! Faltava-lhe uma adjutora que lhe correspondesse! Deus providenciou também o que faltava a Adão, e de uma costela sua criou 24


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Eva (Génesis 2:20-23). O que Deus fez foi bem planeado, e nada foi deixado ao acaso... Deus pensou em tudo, preocupou-Se com cada detalhe, para que tudo fosse muito bom! Não apenas muito bom para Ele, mas muito bom para a própria Criação em si, pois não havia falta de nada, não havia razão nenhuma para insatisfação. E como se isso ainda não fosse suficiente, Deus decidiu confiar O QUE DEUS FEZ ao Homem uma grande responFOI BEM PLANEADO, sabilidade: deu-lhe o domínio E NADA FOI DEIXADO sobre toda a Terra! Deus que é AO ACASO Deus, só faria isso se de facto achasse que tinha criado Adão à altura de assumir essa importante tarefa. Deus nunca quis guardar nas Suas mãos toda a responsabilidade, antes foi do Seu agrado fazer o Homem participante daquilo que Ele criou! Deus desejou que fosse Adão a escolher o nome de cada um dos animais. E não são tão poucos assim! Deus deixou o jardim do Éden ao cuidado do Homem, para ser lavrado e guardado por ele. Sujeitou-lhe todo o ser vivente e toda a terra. Isto mostra-nos claramente que quando um homem tem um coração perfeito diante de Deus, Ele não tem qualquer dificuldade em lhe delegar autoridade e grandes responsabilidades, muito pelo contrário, esse é o Seu desejo. Contudo, após ter terminado a Criação, Deus não delegou a responsabilidade sobre o Homem, e partiu para uma nova aventura, deixando o que fez para trás. Ele sempre desejou estar presente, e manter um relacionamento bem próximo connosco. Vemos na Palavra que todos os dias, Deus queria estar perto de Adão e Eva e vinha ter com eles ao jardim e caminhava e falava com eles! Mas este relacionamento não era para ser exclusivo entre eles e Deus. 25


EM TRANSFORMAÇÃO

Muito pelo contrário, Deus abençoou-os dizendo: “Frutificai e multiplicai-vos; enchei a terra, e sujeitai-a” (Génesis 1:28, AA), isto quer dizer que o desejo de Deus é que eles fossem o início de uma vasta multidão que enchesse a Terra! Deus queria que todos os homens e mulheres pudessem viver refletindo a Sua imagem e semelhança, num íntimo relacionamento com Ele; sem viverem subjugados pelo que os rodeia, mas serem eles a dominar a Terra. Deus disse ainda: “Por isso, deixará o homem o seu pai e a sua mãe, e unir-se-á à sua mulher, e serão os dois uma só carne” (Génesis 2:24, ACF) O projeto perfeito de Deus para o Homem sempre foi que ele fundasse uma família, constituída pela união entre um homem e uma mulher, e que criassem filhos, para que mais tarde eles mesmos deixassem a casa dos pais e formassem a sua própria família. Porém, em Genesis 2:16-17, havia uma restrição séria, que poderia colocar em causa a perfeição que até ali tinha sido criada e manifesta neles: eles não deveriam comer do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, caso contrário morreriam. Foi a primeira vez que a morte foi mencionada por Deus! Se a consequência da desobediência era a morte, quer dizer que originalmente, o Homem não foi criado para morrer, mas e apenas para viver. A morte nunca fez parte dos planos de Deus para o Homem, no entanto, seria a consequência de um coração que se desviasse de Deus, desobedecendo-Lhe. Com estas ordenanças e chamadas de atenção de Deus, o homem e a mulher estavam destinados a viver de forma plena, próximos de Deus, rodeados de pessoas com amor sincero, sem medo da morte nem do seu insucesso. Deus cuidava deles, e capacitou-os para realizarem tudo o que era necessário e da sua responsabilidade. Deu-lhes tudo o que precisavam, nada lhes faltava! Será que podemos afirmar que Adão e Eva eram completamente livres? Sem dúvida que sim! Porquê? Porque alguém que é ver26


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dadeiramente livre, não é prisioneiro de nada, nem de ninguém. É alguém que pode viver plenamente a sua vida, de acordo com o propósito para que foi criado, sem qualquer impedimento ou limitação. Assim era a vida do primeiro casal que Deus criou! Eles foram criados livres por Deus, para desfrutar totalmente da sua vida, cumprindo o seu propósito de existência, através de uma vida com sentido e realização completos. Aliás, a liberdade dada por Deus era tal, que o Homem podia decidir a qualquer momento tomar a decisão de ser fiel a Deus ou DEUS CRIOU HOMEM de Lhe desobedecer. É o que coE MULHER LIVRES mumente chamamos de livreA FIM DE PODEREM -arbítrio. Certamente Deus não DECIDIR LIVREMENTE criou homens robotizados, que são pré-programados para reagir e responder a mesma coisa o tempo todo. Deus criou homem e mulher livres a fim de poderem decidir livremente, ou escolhê-Lo como seu Deus e Senhor e amá-Lo com toda a sua vida, desfrutando para sempre da Sua Presença, ou rejeitá-Lo e seguir os desejos do seu coração. Isto quer dizer que esta liberdade que possuíam não era incondicional, ou seja, ela não era permanente neles, independentemente de quais fossem as suas decisões na vida. Era uma liberdade que tinha de ser preservada. Será que é possível que alguém que foi criado de forma perfeita, a quem Deus providenciou tudo o que era necessário para a sua sobrevivência e bem-estar, com uma posição de grande responsabilidade diante de toda a Criação de Deus, e que pode desfrutar de um relacionamento profundo com Ele, livre de qualquer prisão 27


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ou domínio opressor e destrutivo, pode ser iludido e enganado, acabando por perder tudo isso? Certamente quando olhamos para a vida de Adão e Eva vemos o quão privilegiados eles eram! Mas será que eles souberam valorizar o que Deus lhes deu até ao fim? Infelizmente, nos próximos capítulos iremos ver como e porquê Adão e Eva perderam a sua liberdade e passaram a ser prisioneiros.

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PARTE 2 SOMOS PRISIONEIROS DE NÓS MESMOS E DOS OUTROS, MAS NEM NOS APERCEBEMOS



PARTE 2

A

COMPORTAMENTOS CENTRADOS EM NÓS

Uma das consequências mais destrutivas do pecado na vida do Homem foi o facto de ele ter retirado os olhos de Deus e tê-los colocado em si mesmo. Isto quer dizer que a nossa vida deixou de ser vivida centrada em Deus, mas passou a ser centrada em nós mesmos. Antes, Deus era a fonte de tudo o que precisávamos: de amor, de segurança, de confiança, de aceitação, de valorização, etc., etc. A partir do momento em que o nosso relacionamento com Deus foi afetado, passámos a procurar todas essas coisas em outras fontes... mas todas elas fontes limitadas, colocando em nós a necessidade de uma busca constante por um pouco mais, pois fica sempre o sentimento de insatisfação. Deus criou-nos com emoções, mas muitas das nossas emoções que experimentamos hoje não foram colocadas em nós por Deus, quando Ele criou Adão e Eva, mas são fruto da queda do Homem e da sua separação de Deus. O egocentrismo é raiz de muitos comportamentos destrutivos, porque fazemos tudo a pensar apenas em nós e no nosso bem-estar e retiramos Deus das nossas prioridades. 57


EM TRANSFORMAÇÃO

Quando nós aceitamos Jesus e nascemos de novo, existe uma transformação que ocorre em nós de dentro para fora. No entanto, muitas vezes, permitimos que a nossa velha natureza venha ao de cima, pois consideramos muitas das emoções e formas de estar aceitáveis, quando na realidade são opostas àquilo que Deus quer para nós. Temos de perceber em primeiro lugar que nunca fomos criados para nós mesmos, fomos criados para Deus! Por isso quando vivemos a pensar em nós em primeiro lugar, estamos a colocar-nos numa posição perigosa, porque certamente iremos estar a desgastar-nos e a frustrar-nos indo atrás daquilo que não deve ser a nossa prioridade. Passo a dar alguns exemplos de algumas emoções e atitudes que nós consideramos normais e aceitáveis enquanto cristãos, mas que na realidade são pequenas pedras de tropeço para a nossa vida. A nossa necessidade de nos sentirmos amados pode ser uma grande armadilha. Todos temos necessidade de sermos amados. A questão é quando entramos em extremos nesta área. Quando, por exemplo, nos aproximamos das pessoas porque queremos que gostem de nós; começarmos relacionamentos no intuito de encontrarmos alguém que nos ame. Dizemos muitas vezes “eu amo-te” aos outros, mas sempre na expectativa de ouvir em retorno: “eu também te amo!” Mas, na verdade, o que estamos a dizer acaba por ser mais um: “Eu preciso que tu me ames”, do que um verdadeiro: “Eu amo-te”. Procurar alguém e ter um amor recíproco em si não é errado, mas o extremo deste comportamento é destrutivo. Quando as pessoas se tornam completamente possessivas, sufocam os outros que dizem amar e não toleram que essas pessoas tenham amizades nem amem mais ninguém! Muito cuidado quando nos nossos relacionamentos a nossa necessidade de ser amado é o que nos move e motiva levando-nos a ser possessivos. Isso é um comportamento altamente centrado em nós e que não só nos destrói a nós, mas 58


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também aos outros. Por outro lado, temos pessoas que são sempre vistas por todos como super prestáveis e amigas, que dizem sim a tudo e estão sempre dispostas a ajudar e a fazer sacrifícios por nós, mas que escondem na realidade uma necessidade intrínseca de serem amados e aceites, e não um verdadeiro altruísmo e empatia pelos outros. Este tipo de comportamento também não NUNCA FOMOS é nada saudável para a própria CRIADOS PARA NÓS pessoa, uma vez que tudo o que MESMOS, FOMOS fizer não será suficiente para se CRIADOS PARA DEUS! sentir amada, vivendo em frustração. A necessidade de nos sentirmos amados só é verdadeiramente satisfeita quando conhecemos e experimentamos o amor incondicional de Deus (1 Coríntios 13). Podemos também pensar em comportamentos de autodefesa, ou autojustificação. Quantas vezes vivemos preocupados em defendermo-nos a nós mesmos? Desesperamos quando somos criticados, quando alguém nos aponta uma falha. Ou tornamo-nos agressivos em direção a quem nos faz o reparo; ou choramos e ficamos tão fragilizados e vitimizados, a ponto de fazer a outra pessoa sentir-se culpado de ter falado; ou entramos em silêncio absoluto, fechando-nos em nós mesmos; ou procuramos argumentar com todas as desculpas de forma a inverter o comentário... Será que alguém se reconhece em alguma destas atitudes? Essa foi uma das primeiras atitudes que Adão e Eva tiveram após terem pecado, lembram-se? Quando Deus os questiona após terem desobedecido, imediatamente eles procuram defender-se diante de Deus e não assumem a sua responsabilidade. No desejo de se ilibarem das suas responsabilidades, atribuem rapidamente a culpa uns aos outros. 59


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Quando nos deparamos diante de circunstâncias que nos são desfavoráveis, tentamos proteger-nos, em vez de refletir se realmente temos culpa ou não... Nós que somos pais, sabemos que muitas vezes perguntamos aos nossos filhos: “Tu mentiste?” ou “Foste tu que fizeste isto?” Rapidamente são tentados a dizer que não, para se protegerem... mesmo se fizeram o erro... Eles não tiveram de aprender isso! Já faz parte da natureza com que nasceram, a natureza pecaminosa. Mas será que isso ainda deve fazer parte da nossa vida, agora que encontrámos Cristo? Será que deve ser um comportamento aceite e tolerável, ou deve ser banido da nossa vida? Outras vezes deparamo-nos com comportamentos que expressam a nossa luta por nos sentirmos valorizados. Não há nada de errado em gostar de ser elogiado, o problema é quando vivemos precisando desesperadamente que alguém diga que somos importantes, que temos valor. Se isso não acontece, sentimo-nos abatidos, como se ninguém soubesse que existimos. Criamos uma conta numa ou mais redes sociais onde colocamos fotos nossas que expressam apenas aquilo que desejamos que os outros pensem de nós. Vamos a sítios e participamos em saídas só para tirar uma foto ou gravar um vídeo e alimentar uma imagem ilusória de nós mesmos para o exterior, mas o interior, aquilo que se passa verdadeiramente dentro de nós, fica escondido atrás de uma aparência. A frustração começa a crescer no nosso interior porque há uma incoerência entre o que publicamos e aquilo que somos, e manter essa duplicidade leva a sentimentos de rejeição e frustração. Esses pensamentos podem chegar ao extremo de desejarmos pôr fim à nossa existência. São sentimentos semeados pelo inimigo que aproveita as circunstâncias em que nos encontramos. Quantos suicídios temos visto em que, muitas vezes, dizem: “Mas parecia estar tudo bem, parecia estar feliz. Ainda ontem publicou isto e aquilo nas redes sociais”. Nada fazia prever um desfecho tão trágico. Outras vezes é a depressão que advém por causa disso... onde simplesmente as pessoas baixam os 60


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braços e desistem delas mesmas, cansaram-se de tentar construir “alguém” que acaba na indiferença dos outros. Por outro lado, há também pessoas que se rodeiam de atividades e se envolvem em causas, apenas a pensar em si mesmas para conseguirem admiração, e saber que outras pessoas dependem delas. Isso dá-lhes um sentido de valor pessoal e mais uma vez, envolver-se em causas nobres é bom, o problema é quando constroem a sua identidade baseada nisso e, se um dia perdem isso, o seu mundo desaba e ficam perdidos. Este comportamento não é algo novo. Lembram-se dos discípuTENTAMOS los que discutiam entre si quem PROTEGER-NOS era o maior? Porque faziam isso? EM VEZ DE REFLETIR Queriam saber qual deles era o SE REALMENTE TEMOS mais importante! Qual de nós CULPA OU NÃO... consegue ter mais destaque aos olhos do Mestre? Até a mãe de dois deles ousou pedir a Jesus que lhes concedesse lugares de destaque no Seu Reino (Mateus 20:21). Mas isso nada tem a ver com a nova mentalidade que Deus quer colocar em nós. É apenas puro egocentrismo. Descobrimos e conhecemos o nosso valor, verdadeiramente, apenas quando olhamos para aquilo que Deus fez por nós, ao ponto não apenas de nos criar, mas também de nos salvar, como veremos mais à frente. A luta pela nossa segurança, bem-estar e autoproteção também se pode tornar num comportamento destrutivo. Isso sucede quando conseguimos pensar apenas naquilo que vai ser benéfico para nós, mas não damos a mesma importância à vida dos outros... se necessário for, salvamos a nossa vida em detrimento das dos outros. 61


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Vejam que Pedro, ao negar Jesus, estava preocupado consigo mesmo, esquecendo Aquele que dizia amar verdadeiramente (Mateus 26:69-75)! O mesmo já tinha feito anteriormente quando Jesus estava a dizer aos Seus discípulos que importava que Ele morresse e ressuscitasse ao terceiro dia, e Pedro puxa-O para o lado e diz-Lhe para Ele não dizer isso, que certamente não morreria... e Jesus foi duro na rejeição dessa forma de pensamento, dizendo: “Para trás de mim, Satanás, que me serves de escândalo; porque não estás pensando nas coisas que são de Deus, mas sim nas que são dos homens” (Mateus 16:23, AA). Jesus foi claro que essa forma de ver era meramente humana, inspirada por Satanás, e que em nada reflete as coisas de Deus! Jesus veio para dar a Sua vida, não para Se auto proteger de todos os ataques, das injustiças e mesmo da morte de que foi alvo. O que Pedro disse expressava a forma de ele ainda ver a vida, pensava em primeiro lugar em si mesmo e em proteger-se, em estar em segurança, e aqui estava a aconselhar Jesus a fazer o mesmo… e só perdeu com isso. Felizmente aprendeu a viver de uma nova maneira algum tempo depois! Isto quer dizer que existe uma maneira diferente na qual Deus deseja que andemos! Quantas vezes nós vivemos a comparar-nos com os padrões da sociedade e ficamos tristes por não sermos tão bonitos como os outros; tão magros como os outros; com uma família tão divertida ou “perfeita” como a dos outros, etc... Isso faz-nos sentir frustrados com o que temos. Passamos a vida a desejar ser como os outros, e acabamos por gastar o nosso tempo e o tempo que podíamos investir na vida de outros, inclusive da nossa família, apenas centrados nos nossos desejos pessoais ilusórios, inculcados pelo mundo: à procura de ter, ser e parecer como aquilo que parece ser o mais popular. E na nossa vida cristã? Será que somos mais fervorosos com Deus, oramos mais, lemos mais a Palavra de Deus, quando desejamos obter uma bênção Dele, quando estamos a passar por algum problema material ou físico? Mas quando tudo vai bem, a tendência é não 62


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estar tão perto de Deus. Não é errado pedirmos a Deus socorro nos momentos de angústia, de resposta e ação nas nossas vidas, o problema é quando pensamos em Deus, pensamos apenas naquilo que Ele nos pode dar. As minhas orações e o meu tempo com Ele são sempre centrados em mim, na minha vida, naquilo que eu preciso, naquilo que eu desejo que Ele faça em mim e através de mim e até nos outros, e esqueço-me Dele: de adorá-Lo, de Lhe perguntar a Sua vontade, de O tornar o centro de tudo... É tempo de colocarmos a questão: “Será que eu quero Deus e busco Deus apenas com o desejo que Ele supra as minhas necessidades QUANTAS VEZES e torne a minha vida mais fácil e NÓS VIVEMOS sem sofrimento enquanto vivo A COMPARAR-NOS aqui nesta terra?” Até o CristiaCOM OS PADRÕES nismo pode ser vivido de uma DA SOCIEDADE perspetiva egoísta, é preciso ter cuidado! O grande perigo é continuarmos a acreditar nas ilusões e mentiras do Diabo, pensando que não somos, que não temos, que nunca seremos.... quando na verdade já temos tudo Nele... Passamos a vida numa busca desenfreada por algo que Cristo já conquistou para nós! Gastamos o nosso tempo numa ilusão, quando o deveríamos usar de uma forma totalmente diferente!

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PARTE 3 PODEMOS SER LIVRES DE NÓS MESMOS E DOS OUTROS, SE VIVERMOS CONFORME DEUS DESEJA



PARTE 3

A

UMA NOVA IDENTIDADE

Conhece pessoas que têm muita dificuldade em deitar fora coisas antigas? Podem comprar algo novo, mas sempre pensam... é melhor guardar também o antigo, não vá ainda fazer falta no futuro... Ou então, gostei tanto disto que me custa ver-me livre dele: tem um valor sentimental! Apesar de ter um novo, ainda há espaço para o antigo, nem que seja no sótão. O NOVO NASCIMENTO E BATISMO

Por vezes enquanto cristãos, acabamos por ter o mesmo comportamento. Cristo oferece-nos uma vida nova Nele, no entanto, existem coisas que nós já estamos tão habituados, que não nos sentimos prontos a abdicar e muitas vezes nem entendemos por que razão nos deveríamos livrar das mesmas. É como se fizessem parte de nós, da nossa identidade! Porém, fazem parte da identidade antiga, não daquela que ganhámos em Cristo. O que muda então, de facto, no novo homem? A Escritura é clara: “Assim que, se alguém está em Cristo, nova criatura é; as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo.” (2 Coríntios 5:17, ACF) 87


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A ressurreição de Cristo inaugurou um novo tempo28. Marcou o início de uma nova era para toda a Humanidade. Proporcionou à Humanidade o sol a raiar nas densas trevas do pecado. Este é o novo dia que fez o Senhor e temos todas as razões para, como escreveu o salmista, irromper num louvor exuberante “(...) regozijemo-nos e alegremo-nos nele” (Salmo 118:24) Acabaram todos os temores, é tempo de celebrar a salvação e a liberdade em Cristo. O velho tempo em que estávamos debaixo do poder do pecado terminou! Muitas vezes temos dificuldade em crer que isto é mesmo assim, que tudo passou e tudo se fez novo. Mas a vida cristã é para ser vivida pela fé como escreveu Paulo aos Gálatas “Já estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne, vivo-a pela fé do Filho de Deus (...)” (Gálatas 2:20, ACF) Crer em Cristo é identificarmo-nos com Ele. Quando Ele morreu, nós também morremos (deixámos de viver para o pecado e para os nossos desejos contrários à Palavra de Deus) e assim como Ele ressuscitou também nós ressuscitámos (passámos a ter uma nova vida, em Cristo). Nascemos como uma nova criatura para uma nova vida.29 “Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado.” (Romanos 6:6) O velho homem éramos nós antes de sermos salvos por Cristo. Agora temos uma nova vida. Esta nova vida é completamente diferente e vai ao encontro daquele que foi sempre o plano de Deus para nós. Dá-nos todas as condições para vivermos como Deus sempre desejou. O que é que muda com esta nova vida? Passamos da morte para a vida; de condenados para justificados; de inimigos para reconciliados; de perdidos para salvos; de pecadores para justos; de escravos do 88


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pecado, cheios de temor, para filhos adotivos; de servos do pecado para servos de Deus; deixamos de estar debaixo da ira de Deus para termos paz com Ele; somos habitados permanentemente pelo Espírito Santo; deixamos de estar debaixo de acusação, condenação e separados de Deus para estarmos seguros no amor de Cristo por nós, porque o amor de Cristo lança fora todos os nossos medos,30 e poderíamos continuar por aí fora, porque as mudanças que Cristo traz são imensas nesta nova vida que Ele nos oferece. Morrer e ressuscitar são duas fases na vida do crente representadas no ato do batismo: “PorO QUE É QUE MUDA tanto, fomos sepultados com Ele COM ESTA NOVA VIDA? na morte por meio do batismo, com o propósito de que, assim como Cristo foi ressuscitado dos mortos mediante a glória do Pai, também nós vivamos uma nova vida.” (Romanos 6:4, KJA). No ato do batismo das águas assumimos publicamente que deixamos de viver para o pecado e passamos a viver para Cristo e segui-Lo, custe o que custar, todos os dias da nossa vida. O NOVO RELACIONAMENTO COM O PECADO

Em Romanos 5, Paulo faz um contraste entre Adão e Cristo, ou seja, entre a nossa velha e a nossa nova natureza. Paulo vê todas as pessoas antes da salvação como estando “em Adão”. Adão é o representante da raça humana. Quando ele pecou, todos os seus descendentes herdaram uma natureza pecaminosa. O que aconteceu com o nosso representante original, Adão, é também verdade para todos aqueles que ele representa! O mesmo acontece para aqueles que agora estão “em Cristo”. Por causa da Sua morte, Jesus venceu o 89


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pecado, por isso aqueles que estão em Cristo já não são dominados por isso. Assim, identificam-se com Cristo e a Sua morte na cruz, logo, vivem diariamente sem a condenação do pecado, justificados, perdoados, reconciliados e libertos do seu domínio. Há então uma mudança no relacionamento com o pecado. Ele não tem mais autoridade sobre nós. O que eu era em Adão, foi crucificado com Cristo. Porquê? Paulo responde: “para que o corpo do pecado seja desfeito”. Ou seja, não somos mais escravos do pecado. Estamos mortos para o pecado e vivos para Deus através de Jesus Cristo. Pedro diz que: “Ele levou pessoalmente todos os nossos pecados em seu próprio corpo sobre o madeiro, a fim de que morrêssemos para os pecados e, então, pudéssemos viver para a justiça; por intermédio das suas feridas fostes curados.” (1 Pedro 2:24, KJA) Jesus submeteu-Se voluntariamente à penalidade do pecado, morrendo na cruz em nosso lugar como nosso substituto. Três dias depois, Ele ressuscitou dos mortos. É por causa da Sua vitória sobre o pecado que podemos vencê-lo! Seria para nós uma grande tragédia, não perceber que o pecado foi destronado. O pecado é um tirano derrotado. Nós estamos agora em Cristo, o Vencedor. Ele levou os nossos pecados para morrermos para o pecado, ou seja, para que deixemos de viver para pecar. Consideremo-nos mortos para a autoridade do pecado na nossa vida, e vivificados para viver a vida abundante de Jesus, a vida de Deus (Efésios 2:1-10)!

1 Pedro 1:3; 29 Romanos 6:14; 2 Coríntios 5:17; 30 Romanos 5:1,9, 10, 15,16,18,19,21; 6:22, 7:6, 8:8,11,15,16,31-39; Efésios 5:1; 1 João 4:18

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Foto © Death To Stock

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Deus planeou Deus deu o primeiro passo para resolver esse prouma vida de blema. A Bíblia afirma “Deus amou tanto o paz para ti, mundo que deu o seu único Filho para mas há algo a que todo aquele que nele crê não se separar-te perca espiritualmente, mas tenha a vida de Deus e dessa eterna. Deus não mandou o seu Filho vida em pleno: para condenar o mundo, mas para o o pecado salvar.” (João 3:16-17) ::::::::::::::::::::::::::::

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Lê Paz com Deus

16/02/16 10:34


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