SÓ JESUS - Set 2022

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DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

FICHA TÉCNICA

TÍTULO SÓ JESUS

SUBTÍTULO Um nascimento espiritual para uma nova dimensão e qualidade de vida

AUTOR Samuel R. Pinheiro

EDITOR Edições Novas de Alegria

Av. Almirante Gago Coutinho, nº158

1700-033 Lisboa – Portugal | Tlf.: 218 429 190

SITE www.capu.pt

IMPRESSÃO E ACABAMENTO Europress, Lda.

DIREÇÃO DE ARTE E DESIGN Adilson Morais

REVISÃO LITERÁRIA Dr. Jorge Pinheiro

REVISÃO TEOLÓGICA Dr. Carlos Fontes

REVISÃO EDITORIAL Ana Ramalho Rosa

PREFÁCIO Dr. António Gonçalves; Dr. Jorge Pinheiro

RECOMENDAÇÕES Dr. Carlos Fontes; Dr. Paulo Branco

1ª EDIÇÃO setembro 2022

ISBN 978-972-580-140-6

DEPÓSITO LEGAL 504867/22

CATEGORIA 232 Cristologia – Jesus Cristo

As traduções bíblicas e paráfrases usadas nesta obra estarão identificadas junto da respetiva citação, por extenso ou em abreviatura: Almeida Revista e Corrigida (ARC); Almeida Revista e Atualizada (ARA); O Livro (OL).

A presente obra respeita as regras do Novo Acordo Ortográfico, exceto no prefácio do Dr. Jorge Pinheiro.

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As Edições NA, uma marca da Casa Publicadora da Convenção das Assembleias de Deus em Portugal, são uma editora de cariz denominacional. Neste âmbito, procuram produzir literatura cristã de língua portuguesa, em diversos formatos e tendo em vista diversos públicos-alvo, com o cuidado de que os conteúdos apresentados se coadunem com o ensino da Bíblia Sagrada, não endossam necessariamente os pontos de vista particulares dos autores.

© Edições NA - Todos os direitos reservados. Proibida a reprodução por quaisquer meios, salvo quando mencionado nas páginas e nas condições ali descritas, ou em breves citações, com indicação da fonte.

VENDA PROIBIDA; DISTRIBUIÇÃO GRATUITA

Omeu nome próprio é Samuel, do lado da mãe Rodrigues, do pai Pinheiro, da esposa Pinto e de JESUS por parte do plano eterno de Deus que foi realizado pelo Seu nascimento humano sem ter deixado de ser divino, da Sua vida entre nós, da Sua morte e ressurreição, da Sua ascensão, da promessa do Seu retorno, e do derramamento do Espírito Santo. Poderia ter escrito de DEUS, mas Jesus foi incumbido da missão de resgate e de nos mostrar o Pai e enviar o Espírito Santo. A triunidade de Deus.

Não sou ateu. Não sou agnóstico. Não sou religioso. Apenas quero ser um humilde seguidor de Jesus Cristo e parte do Seu povo, a Igreja. Não sou perfeito, antes bem pelo contrário. Mas quero viver no aconchego da Sua perfeição, caminhando no sentido de ser como Ele é.

Não sou ateu, não posso ser ateu porque não poderei fazer uma afirmação absoluta quando o não sou. Não conheço tudo, ou conheço muito pouco de tudo o que existe e de tudo o que existe e está para lá da minha cogitação.

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Samuel DE JESUS!

SÓ JESUS

Não sou agnóstico porque tenho todas as evidências e mais Uma da presença do próprio Deus na nossa humanidade, Deus feito homem. E se nunca vimos Deus, em Jesus temos o que de Deus podemos ver.

Não sou religioso porque nenhuma religião de facto cumpre o que o nome significa – religar do latim religare.

Sou de Jesus porque ninguém vem ao Pai senão por Ele. Sou de Jesus porque de Si mesmo afirmou: EU SOU

O

CAMINHO, A VERDADE E A VIDA!

Serei cristão? Protestante? Evangélico? Pode ser! Mas tamanha é a dissonância histórica e no presente, como não podia deixar de ser, que em toda e qualquer situação a referência tem de ser JESUS CRISTO! Ele é a fonte, o autor da fé, o fundamento da mesma, o original, opadrão, o modelo. “Pelos frutos os conhecereis”, “sereis meus amigos se fizerdes o que eu vos mando”.

“Em pecado me concebeu minha mãe”. Nascemos numa condição e com uma natureza falha, bem distinta daquela na qual e para a qual fomos criados. Será que isto é estranho para nós? Ou todos nós, sem exceção, nos sentimos fora de casa? Essa situação explica biblicamente por que razão tanta coisa errada acontece em nós e à nossa volta, no nosso círculo mais restrito ou em termos globais. Não temos pormenores do modo como o homem e a mulher viviam, mas possuímos indícios suficientes para percebermos que se tratava de um paraíso onde só o bem e o belo imperavam.

Desde o princípio Deus deu-nos a liberdade de escolha, mas o fruto da ciência do bem e do mal, provocou danos tão graves na nossa essência à imagem de Deus

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que só a morte e a ressurreição de JESUS repararam, para todos os que O recebem num compromisso de mudança de vida e de atitudes em obediência e dependência Dele.

Depois, passado muito tempo, JESUS veio como Deus e Homem. Através Dele, sabemos como Deus é à imagem de quem fomos criados (o Homem criado à imagem e semelhança de Deus). Isso é extraordinário, de uma inteligência insuperável.

E como a questão é do nosso íntimo, de quem somos, da nossa essência e natureza, JESUS veio cumprir o plano de redenção, para que possamos renascer, nascer de novo, ser nova criação e filhos de Deus.

Este é o plano.

Sou de JESUS em primeiro lugar porque Ele é o EU SOU. É a Sua identidade, a Sua natureza que define tudo o resto.

CRISTO LOGO EXISTO.

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Cogito, ergo sum é uma frase de autoria do filósofo e matemático francês René Descartes. Em geral, é traduzida para o português como “penso, logo existo”; embora seja mais correto traduzi-la como “penso, portanto sou”. Para mim o pensamento que faz parte da nossa consciência pessoal de que existimos, é superado ainda pela existência e manifestação histórica de JESUS. A Moisés Deus revelou o Seu nome: “Disse Deus a Moisés: EU SOU O QUE SOU.” (Êxodo 3:14a – ARA). JESUS entra na história e o apóstolo João em 7 declarações apresenta-O como o EU SOU. É nessa revelação e identidade que tenho o fundamento inabalável da minha existência

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no tempo e na eterna.

MUITO MAIS DO QUE UM HERÓI.

Uniu o céu à terra, o tempo à eternidade, a origem com o fim, toda a Humanidade na cruz, a morte à vida, derrotando-a pela Sua ressurreição. Rompeu com a doença, com a distinção de raças, abalou os fundamentos da religião como “o caminho, a verdade e a vida”.

FANÁTICO POR JESUS.

É para mim o mesmo que dizer fanático do amor de verdade, amor à justiça, amor à verdade; fanático da graça, do perdão, da justificação que nos torna justos. Quanto mais conheço a história e os ditos grandes, mais JESUS é o único que é efetivamente GRANDE, em toda a Sua mansidão e humildade, na Sua pobreza, no Seu amor, graça e perdão. Dizer que sou fanático de Jesus representa ser fanático da humildade da mansidão, o que não significa da humilhação ou ser um “bananas”.

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FÉ NA FÉ.

Sempre terá sido assim e os nossos tempos não fogem à regra. Existe uma corrente que considera que a fé é suficiente por si só, alguns têm fé em si próprios, no seu ídolo de estimação, num amuleto, e até num cristal que consideram portador de boas energias. Segundo o Evangelho de JESUS, a fé só tem genuíno valor em função da pessoa em que é colocada e de onde deriva. Por isso para os Seus seguidores a fé faz diferença quando provém Dele. Não se trata de um efeito placebo, mas da

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ação sobrenatural de Deus na vida dos que O buscam, confiam, dependem e obedecem. O escritor da carta aos Hebreus diz isso mesmo:

“Portanto, nós também, visto que estamos rodeados por uma tão grande multidão de testemunhas, vidas que são exemplos da fé, deixemos tudo aquilo que nos embaraça, e o pecado que nos envolve tão de perto, e corramos com perseverança a carreira que nos está proposta. Olhemos para Jesus. Ele é a fonte da nossa fé e aquele que a aperfeiçoa. O qual, pela alegria que lhe estava reservada, suportou a cruz, aceitando a humilhação, vindo a sentar-se à direita do trono de Deus. Pensem bem em tudo aquilo que ele suportou da parte dos pecadores, para que não venham a enfraquecer, perdendo a coragem. A final, ainda não chegaram, como ele, a verter o vosso sangue na luta contra o pecado.” (Hebreus 12:1-4 – O Livro)

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EU SEI.

O filósofo Sócrates ficou célebre pela sua declaração de que sei que nada sei. No meu caso, que não sou filósofo mas que sou um seguidor de JESUS, como o apóstolo Paulo posso afirmar sem sombra de dúvida:

“Foi Deus quem nos salvou e nos escolheu para uma vida santa. Não porque o merecêssemos, mas por sua vontade e misericórdia, que manifestou através de Cristo Jesus e segundo um plano estabelecido já antes da criação do mundo. Plano esse dado a conhecer agora ao mundo, na pessoa do nosso Salvador Jesus Cristo, o qual quebrou o poder da morte e nos

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mostrou o caminho da vida incorruptível e eterna, através do evangelho. E foi para isso que fui constituído pregador, apóstolo e mestre. É essa a razão destes meus sofrimentos. Mas não me envergonho disso, porque eu sei em quem tenho crido e estou certo de que é poderoso para guardar o que eu lhe confiei até àquele dia.” (2 Timóteo 1:9-12 – O Livro)

COINCIDÊNCIAS.

Para quem confia em Deus não existem coincidências, ou melhor ainda, Deus está em todas as circunstâncias. Certamente alguns pretendem dizer acasos. Mas não há acasos para Deus.

TRANSFORMAR O MAL EM BEM.

Isto é o que só Deus pode fazer.

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“A verdade é que aquilo que vocês reconhecem como omal que me fizeram, Deus o mudou em bem, e me elevou até este alto cargo que agora ocupo, de forma a salvar a vida de muita gente.” (Génesis 50:20 – O Livro).

Deus permitiu o mal para acabar com ele. E isso já aconteceu na morte e ressurreição de JESUS, e irá cumprir-se em absoluto no Seu retorno, para novos céus e nova terra.

DEUS DE MILAGRES.

Nem sempre o milagre que esperamos é o milagre que Deus nos dá. Mas Ele é Deus de milagres. Umas vezes

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nos salva-nos das situações de aperto, outra vezes nas próprias situações. Tanto de uma como de outra tenho experiência. Em cada uma dessas possibilidades a Sua vontade é boa, perfeita e agradável, sendo que a fé em JESUS é expressa.

DIMINUTIVOS.

Na casa dos meus pais eu sou o filho mais velho e não me lembro de ser chamado por diminutivo. Já à minha mais velha tratamos até ao dia de hoje por Licas e à mais nova por Nininha. Continuamos a tratar-nos por manos ou maninhos. Na nossa casa a minha esposa é chamada por Belinha e a nossa filha por Aninhas ou Anocas, que ela não apreciava muito. Na família de Deus, os Seus filhos têm a possibilidade de O tratar por Abba, Paizinho ou Papai, sem que isso seja considerado falta de respeito.

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Fomos criados. Deus é o Criador que nos desenhou à Sua imagem conforme a Sua semelhança. Fomos feitos parecidos com Deus.

Rompemos com essa imagem e quisemos ser donos de nós mesmos, vivendo à nossa maneira e até inventando ídolos ou fazendo de nós próprios deuses. Depois de toda a bagunça criada acusamos Deus e culpabilizamo-Lo do nosso estado e condição.

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Deus apresentou-Se na história como Deus e Homem que os nossos sentidos podem captar. Como Deus, Jesus apresenta-nos o Criador, leva-nos ao Pai e dá-nos o Espírito Santo. Foi assim que também Ele viveu. E como Homem mostra-nos a criatura à imagem do Criador. Digamos dois em um, a 100%.

Os Seus contemporâneos não O suportaram, com os religiosos pretensos representantes e defensores do divino na dianteira. Indignaram-se com a identidade que Ele assumiu sem sequer necessidade de muitas palavras, porque os Seus atos falavam por si. Por fim colocaram-no numa cruz que aceitou porque desde a

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ARGUMENTO

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eternidade o Deus trino tinha definido que as escolhas da Humanidade só seriam debeladas pela Sua morte e ressurreição. Assumiu a nossa morte, e recuperou a nossa vida. Morreu e ressuscitou e reescreveu a História para uma nova era de harmonia, paz, amor, e verdadeira liberdade.

Todos sem exceção temos à nossa disposição o poder de sermos feitos filhos de Deus através de JESUS. De Criador a Pai. De criaturas a filhos. De imagem a nascidos de Deus. Recuperarmos pela recriação a originalidade da semelhança com Deus. Esta é a marca distintiva do Evangelho de Jesus. Não é Photoshop, maquilhagem, plástica, aparência. É ser onde tudo tem a sua fonte. Jesus agiu e ensinou a partir da Sua essência. Mostrou-nos que é assim que as coisas são. Primeiro ser, e depois fazer, viver, agir em todas as circunstâncias e situações. Integridade em JESUS, integração do espírito, alma e corpo, da consciência e da vontade, da razão e do coração, do tempo e da eternidade.

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NOVO NASCIMENTO PARA UMA NOVA VIDA.

Considero que é fácil de entender que se nascemos dos nossos pais para existirmos na dimensão natural, também espiritualmente podemos nascer de Deus para sermos Seus filhos e vivermos uma nova vida. As duas dimensões da vida sem as quais nunca estaremos completos: a vida natural e a vida espiritual.

SOLI DEO GLORIA.

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A Deus toda a glória. Tributamos a Deus a glória que só a Ele pertence. Isso não nos belisca, de modo algum, pelo contrário. Somos agraciados por e nessa glória. O apóstolo Paulo explica-nos como perdemos essa glória, na epístola aos Romanos:

“Porque todos pecaram, tendo perdido o direito de acesso à glória de Deus.” (Romanos 3:23 – O Livro).

Mas quando escreve aos Coríntios na sua segunda carta acrescenta:

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“O Senhor é o Espírito, e onde ele estiver reina a liberdade. E nós cristãos, sem véu de espécie alguma sobre os nossos rostos, somos como espelhos que refletem a glória de Deus. E vamo-nos tornando cada vez mais semelhantes à imagem do Senhor, a qual refletimos também cada vez mais fielmente.”

(2 Coríntios 3:17-18 – O Livro)

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