Psicoterapia Interpessoal de Grupo 9789896931926

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Psicoterapia Interpessoal de Grupo

Psicoterapia Interpessoal de Grupo

Psicoterapia Interpessoal Grupo

Um Guia de Intervenção na depressão, com:

Fichas com documentos para terapeutas e participantes online

Psicoterapia Interpessoal de Grupo

Guia de Intervencao

Uma ferramenta essencial na abordagem da depressão

ALEXANDRA FONSECA

Este livro constitui uma proposta psicoterapêutica, baseada na psicoterapia ao formato de grupo online, com enfoque associadas a con itos interpessoais

Psicóloga Clínica e da Saúde. Assistente principal da carreira de Técnico Superior de Saúde, ramo de Psicologia, no serviço de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital de Santa Maria (HSM) – Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte. Coordenadora da Consulta Externa de Psicoterapia do serviço de Psiquiatria e Saúde Mental do HSM. Diretora Associada do Espaço de Neurociências, Saúde e Desenvolvimento. Mestre em Educação Especial pela Universidade Técnica de Lisboa e Doutorada em Educação para a Saúde pela mesma instituição. Coach pro ssional pela International Coaching Federation.

Desenvolvido no contexto clínico SNS, este guia nasceu da necessidade acessível, e caz e ajustada à mental. Os resultados positivos matização e publicação.

Inspirado no modelo de Klerman literatura especializada em PIP, online, esta obra descreve de forma duais e 14 em grupo), detalhando e exemplos práticos de intervenção.

Prefácio de Professor Doutor Joaquim Gago Presidente da Sociedade Portuguesa de Psicoterapia Interpessoal (SPTI)

Destinado a psicólogos e psicoterapeutas, à exibilidade necessária na contextos grupais, oferecendo e centrado no benefício terapêutico conjunto de chas com documentos rapeutas e participantes.

Psicoterapia Interpessoal de Grupo

Guia de Intervenção Online para a Depressão

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ISBN edição impressa: 978-989-693-192-6 1.ª edição impressa: novembro de 2025

Paginação: Carlos Mendes

Impressão e acabamento: Tipografia Lousanense, Lda. – Lousã

Depósito Legal n.º 556484/25

Capa: José Manuel Reis

Imagem de capa: Henrique Semedo

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3. Psicoterapia Interpessoal de Grupo Online para Problemas de Conflitos Interpessoais e Transição de Papéis .................................................................................... 45

3.1. Introdução .................................................................... 45

3.2.

3.2.1.

3.3. Características e Funções dos Psicoterapeutas ........

3.4. Fases da Intervenção ................................................... 49

3.4.1. Fase Inicial – Sessões 1 e 2 ............................. 49

3.4.2. Fase Intermédia – Sessões 4 a 13 .................. 51

3.4.3. Fase de Conclusão – Sessões 14 a 16 ............ 52

4. Protocolo de Intervenção Sessão a Sessão........................

4.1.

4.2.

4.3. Fase Intermédia – Sessões

4.4.

FICHAS

Documentos complementares para psicoterapeutas e participantes

Ficha 1 – Inventário de Problemas Interpessoais (IIP) ....... 69

Ficha 2 – Linha temporal da depressão e de acontecimentos interpessoais................................. 73

Ficha 3 – Inventário interpessoal para grupo com foco em conflitos interpessoais ...................................... 75

Ficha 4 – Inventário interpessoal para grupo com foco em transição de papéis ............................................ 79

Ficha 5 – Termómetro para grupo com foco em conflitos interpessoais ............................................. 83

Ficha 6 – Termómetro para grupo com foco em transição de papéis .................................................. 85

Ficha 7 – Folhas de registo do psicoterapeuta ...................... 89

Ficha 8 – Folha-síntese da psicoterapia interpessoal de grupo online com foco em conflitos interpessoais ............................................................. 97

Ficha 9 – Folha-síntese da psicoterapia interpessoal de grupo online com foco em transição de papéis ... 99

Ficha 10 – Manual do Utente – registos da minha psicoterapia para grupo com foco em conflitos interpessoais ......................................... 101

Ficha 11 – Manual do Utente – registos da minha psicoterapia para grupo com foco em transição de papéis .............................................. 103

Nota da Autora

Este livro constitui um guia prático de intervenção em psicoterapia interpessoal de grupo online (PIP-G-O) para a depressão, adaptado à população portuguesa. Está direcionado a perturbações depressivas associadas a problemas de conflitos interpessoais e transição de papéis e foi elaborado com base no trabalho de Gerald Klerman, Myrna Weissman e colaboradores (1984)1, autores que desenvolveram a psicoterapia interpessoal (PIP). Teve ainda como referências, literatura sobre psicoterapia de grupo, psicoterapia interpessoal de grupo (PIP-G) e intervenção psicoterapêutica online.

O presente documento nasceu da necessidade de resposta terapêutica à realidade clínica de uma consulta de psicoterapia, no contexto de um serviço de Psiquiatria e Saúde Mental do Sistema Nacional de Saúde (SNS) da área geográfica de Lisboa e Vale do Tejo, no âmbito da pandemia por COVID-19. Os resultados positivos e a boa adesão obtidos nos grupos experimentais de PIP-G-O, a par com a evidência de maior acessibilidade dos pacientes e melhoria da eficiência na utilização de recursos profissionais, motivaram a publicação deste manual. Trata-se de uma adaptação estrutural da PIP a um formato de intervenção de grupo online. Esta adaptação contempla um total de 16 sessões psicoterapêuticas: duas sessões individuais, a primeira das quais preferencialmente presencial e a segunda online, e 14 sessões de grupo online. Cada grupo deverá ser constituído por dois psicoterapeutas e um número máximo de oito utentes.

Seguindo um modelo de intervenção psicoterapêutica breve, a PIP foca-se na resolução dos problemas interpessoais e na melhoria do funcionamento global do indivíduo. Com uma

1 Klerman, G. L., Weissman, M. M., Rounsaville, B. J., & Chevron, E. S. (1984). Interpersonal psychotherapy of depression. Basic Books.

estrutura de intervenção bem definida, a PIP contempla a possibilidade de incorporar mudanças e ajustamentos que melhorem a resposta clínica. O presente manual respeita a flexibilidade da PIP, mas pretende fornecer um protocolo replicável e passível de avaliação. O manual está desenvolvido para ser utilizado por profissionais com formação acreditada em PIP e prática clínica com grupos e com pessoas com perturbações depressivas. Os psicoterapeutas deverão ter presente a sua intuição, experiência e análise clínica na utilização e adaptação das propostas apresentadas, visando o benefício máximo de cada um dos pacientes incluídos nos grupos psicoterapêuticos.

A fundamentação teórica da PIP é abordada de forma breve. Este manual tem uma forte componente prática e pretende constituir-se como um guia de intervenção psicoterapêutica. São descritos detalhadamente os objetivos e as estratégias psicoterapêuticas ao longo das sessões, e apresentados exemplos de intervenções-tipo. Deste manual fazem parte dois documentos complementares, que correspondem ao Manual do Utente:

• Manual do Utente – registos da minha psicoterapia, para grupo com foco em conflitos interpessoais;

• Manual do Utente – registos da minha psicoterapia, para grupo com foco em transição de papéis.

A informação contida neste manual não dispensa a leitura dos manuais de PIP individual, desenvolvidos pelos autores originais, nomeadamente Klerman et al. (1984) e Weissman et al. (2000)2. Aconselhamos ainda a leitura do mais recente manual de PIP, que corresponde a uma atualização dos documentos anteriores, Weissman et al. (2018)3.

2 Weissman, M. M., Markowitz, J. C., & Klerman, G. L. (2000). Comprehensive guide to interpersonal psychotherapy. Basic Books.

3 Weissman, M. M., Markowitz, J. C., & Klerman, G. L. (2018). The guide to interpersonal psychotherapy (Updated and expanded ed.). Oxford University Press.

Prefácio

O presente manual dedicado à psicoterapia interpessoal de grupo online (PIP-G-O) para o tratamento de pessoas com depressão surge de necessidades identificadas na prática clínica e com aplicabilidade e potencial para melhorar respostas concretas e tornar a psicoterapia mais acessível a quem dela precisa.

A evidência científica dos resultados positivos da psicoterapia interpessoal (PIP) já existe há várias décadas, como uma intervenção terapêutica breve, mas eficaz no tratamento da depressão e de outras perturbações e recomendada por várias guidelines. No entanto, a sua disseminação tem sido limitada pela falta de recursos humanos creditados para o efeito e pelas limitações no acesso à psicoterapia em geral, como sucede no contexto nacional e em particular no Serviço Nacional de Saúde.

Os ensinamentos deste manual tiveram particular desenvolvimento no período da pandemia COVID-19, mas passaram a ser integrados nas práticas clínicas atuais e o recurso aos meios digitais e online na sociedade em geral e na clínica fazem parte do quotidiano.

A psicoterapia deve acompanhar as evoluções que têm vindo a ocorrer na sociedade, incluindo a nível tecnológico e dar respostas práticas e concretas, inclusive face a barreiras de carácter geográfico ou financeiro que possam surgir no acesso aos cuidados de saúde, tanto no setor privado como no público.

Este manual distingue-se ainda pela sua aplicabilidade prática. Inclui orientações estruturadas para o modelo interpessoal, intervenções psicoterapêuticas em grupo e abordagens online. Tem descrições precisas e claras dos passos, o que fazer

nas várias fases da terapia e termina com uma série de fichas clínicas e instrumentos de grande utilidade para os clínicos e participantes.

A preparação e as duas sessões individuais iniciais, de preferência uma presencial, que antecedem o grupo online são de particular relevância para o processo terapêutico, assim como agrupar pelo foco definido (conflitos interpessoais ou transição de papéis), ambos muito comuns na problemática depressiva, mas com especificidades que são indicadas no livro.

Os instrumentos de avaliação recomendados facilitam a avaliação e monitorização e podem reforçar a consciência do próprio do seu estado, da sua evolução, das estratégias utilizadas, da utilidade futura das mesmas para prevenir recaídas, assim como o registo nas fichas por cada sessão e autoavaliação.

Elogio a autora pela realização e qualidade deste manual e pela investigação que esteve subjacente ao mesmo e que constituiu a base do seu doutoramento.

Concluindo, este livro representa uma mais-valia no domínio das psicoterapias e na sua aplicabilidade para a melhoria do acesso das pessoas aos cuidados que precisam. Amplificam as vantagens da PIP à dimensão de grupo e online, sem nunca esquecer os fundamentos das psicoterapias nem a relação terapêutica.

Em meu nome e da Sociedade Portuguesa de Psicoterapia Interpessoal recomendo este manual a todos os piscoterapeutas, aos terapeutas interpessoais em particular e a todos os que se interessem pelo tema ou necessitam de respostas para diminuir o sofrimento causado pela depressão e promover a respetiva recuperação.

Presidente da Sociedade Portuguesa de Psicoterapia Interpessoal (SPTI)

1 Psicoterapia Interpessoal

1.1. Introdução

A origem da psicoterapia interpessoal (PIP) surge em contexto de investigação clínica, quando Klerman et al. (1984) adicionaram uma condição de psicoterapia a um ensaio randomizado para testar a eficácia de um antidepressivo tricíclico no tratamento da perturbação depressiva major (Weissman, 2020). O estudo definiu o curso de evolução da PIP, sustentada numa série de ensaios clínicos randomizados, com o objetivo de testar empiricamente os diagnósticos e as populações de pacientes nos quais a PIP apresenta eficácia. Trata-se de uma abordagem terapêutica com intervenção padronizada – uma terapia focal, limitada no tempo – que destaca a ligação do humor com os relacionamentos interpessoais, sem negar o papel de fatores genéticos, bioquímicos, do desenvolvimento e da personalidade na vulnerabilidade depressiva. A sua eficácia em adultos com perturbações depressivas está bem estabelecida, em comparação com outras formas de terapia e com medicação (Cuijpers et al., 2011; 2016).

O desenvolvimento da PIP foi influenciado pela teoria interpessoal da psicopatologia de Harry Sullivan e Adolph Meyer, que preconiza que os padrões de comportamento refletem experiências precoces e que a personalidade é formada a partir

1.3. Fases de Intervenção em Psicoterapia

Interpessoal

A PIP preconiza um período de intervenção de 12 a 16 semanas, distribuídas em três fases, em cada uma das quais existe um conjunto bem definido de tarefas a realizar pelo psicoterapeuta (Tabela 1.1).

Tabela 1.1 – Fases de Intervenção em Psicoterapia Interpessoal Fases Tarefas do psicoterapeuta Objetivos

Inicial (1 a 3 sessões)

• Avaliação do quadro depressivo;

• Atribuição do “papel de doente”;

• Realização de inventário interpessoal;

• Ligação do diagnóstico com uma das áreas problemáticas interpessoais, que constituirá o foco da intervenção;

• Explicação da abordagem PIP;

• Estabelecimento do contrato psicoterapêutico.

• Coloca o paciente face à necessidade de ajuda especializada, isenta-o de algumas obrigações sociais e da responsabilidade pela sua doença, permitindo-lhe diminuir os mecanismos de autocrítica;

• Avaliação dos problemas interpessoais – o inventário constitui uma descrição das pessoas significativas para o paciente, tipo e qualidade dos contactos e eventuais problemas e expectativas;

• Descrição do processo de recuperação, a par com o colocar o doente no centro do seu próprio processo enquanto agente de mudança, contribuem para um compromisso psicoterapêutico ativo.

(continua)

(continuação)

• Quais as diferenças de expectativas entre as duas partes?

• O que o paciente pretende alcançar nesta relação? Quais são os seus desejos? Quais as suas opções? Quais as alternativas? De entre elas, quais já foram tentadas? Quais as consequências?

• O que a outra pessoa pretende alcançar nesta relação? Quais são os seus desejos? Quais as suas opções?

Quais as alternativas? De entre elas, quais já foram tentadas? Quais as consequências?

• Existiram outras situações de conflito entre ambos no passado? Como foram resolvidas?

• Quais são os aspetos positivos da relação? Quais os negativos?

• Entre as mudanças pretendidas, quais são realistas? Quais dependem da sua ação?

• Qual a parte do conflito que depende de si?

• É possível descrever um exemplo de uma interação de conflito? O que disse cada uma das partes? Em que tom? Com que expressão?

Para explorar a importância do conflito, pesquisa-se se correspondem a padrões em relações prévias:

• Lembra-se de lhe ter acontecido algo de semelhante no passado?

• E no presente, mas com outra pessoa?

• Existem outras relações semelhantes?

(continua)

Importa ter presente que, em algumas situações, é oportuno abordar essas falhas como ruturas psicológicas, podendo constituir oportunidades valiosas para intervenção terapêutica. Para lidar com esses eventos de forma eficaz, o terapeuta pode seguir algumas orientações práticas:

• Observar e registar – notar imediatamente alterações no comportamento, na expressão emocional ou na participação do paciente, considerando a falha tecnológica como um evento significativo;

• Validar emoções – reconhecer sentimentos de frustração, ansiedade ou zanga, demonstrando empatia e normalizando essas reações;

• Explorar padrões emocionais – refletir com o paciente sobre como a falha se conecta a experiências prévias de perda de contacto ou de ruturas emocionais, ajudando a contextualizar a reação;

• Trazer o tema para a sessão seguinte – incentivar a expressão do impacto emocional da interrupção, permitindo que outros participantes também partilhem perceções;

• Desenvolver estratégias de reparação – construir, com cada paciente e com o grupo, formas de lidar com situações semelhantes no futuro, reforçando competências pessoais e interpessoais;

• Fortalecer a coesão grupal – usar a experiência como oportunidade para aumentar a empatia, o cuidado mútuo e a confiança entre os participantes.

Apresentamos, a título de exemplo, um episódio observado numa sessão de grupo online. Uma paciente que não conseguiu voltar a entrar na sessão após uma falha técnica apresentou-se na sessão seguinte mais distante e menos participativa.

abordam a forma como a depressão surgiu e o/a incapacita; acautelam questões de culpabilidade que possam surgir e potenciam a diminuição da culpa; encorajam cada elemento a associar a depressão a fatores desencadeantes e a objetivos da intervenção psicoterapêutica –rever o preenchimento da Ficha 2 realizado na sessão individual;

• Os psicoterapeutas reforçam a necessidade do preenchimento do Manual do Utente – registos da minha psicoterapia (Ficha 10 ou 11), solicitam aos pacientes o preenchimento da Ficha 5 e da escala de avaliação da depressão e terminam a sessão (15 min).

4.3. Fase Intermédia – Sessões 4-13

• Começar cada sessão revisitando os indicadores depressivos dos membros do grupo (10–15 min). Revisitar sintomas depressivos de cada membro, sendo desencorajadas discussões prolongadas sobre sintomas (já exaustivamente enunciados nas três sessões anteriores). Revisitar níveis de problema de cada membro do grupo – preenchimento da Ficha 5 ou 6;

• Ligar a depressão a eventos da semana anterior (15-20 min). Os psicoterapeutas questionam os membros do grupo sobre o que aconteceu desde a sessão anterior;

• Apresentação dos eventos ou sentimentos que os pacientes consideram significativos. Associar eventos e sentimentos. Associar esses eventos à área problemática dos membros do grupo;

• Prestar atenção a eventos e humores positivos, assinalando melhorias. Usar estratégias específicas para a área problemática de PIP (60 min).

FICHAS

DOCUMENTOS COMPLEMENTARES PARA PSICOTERAPEUTAS E PARTICIPANTES

Ficha 3 Inventário interpessoal para grupo com foco em conflitos interpessoais

Data:

Coloque nos círculos os nomes das pessoas mais significativas da sua vida, as mais importantes no círculo interior e as progressivamente menos importantes nos círculos exteriores.

Tipo, frequência e qualidade da relação (escala 1 a 10)

Para as relações importantes na sua vida, registe: Expectativas (suas e do outro)

Aspetos positivos e negativos da relação

Com base nos registos semanais dos aspetos negativos e positivos do novo papel, construa um gráfico de evolução.

Como avalia os aspetos negativos do novo papel

NÍVEL 10

NÍVEL 9

NÍVEL 8

NÍVEL 7

NÍVEL 6

NÍVEL 5

NÍVEL 4

NÍVEL 3

NÍVEL 2

NÍVEL 1

NÍVEL 0

Como avalia os aspetos positivos do novo papel

NÍVEL 10

NÍVEL 9

NÍVEL 8

NÍVEL 7

NÍVEL 6

NÍVEL 5

NÍVEL 4

NÍVEL 3

NÍVEL 2

NÍVEL 1

NÍVEL 0 SESSÃO

Nome do paciente:

Identificação do grupo (número/data):

Área problemática:

Sessão 3/data:

Atualizar o gráfico de evolução da Ficha 5 ou 6

Score escalas: Depressão

Evolução positiva:

Dificuldades:

O que foi trabalhado na sessão a nível de participação:

Objetivos até à próxima sessão:

Notas:

Se não compareceu, contactar e registar motivo.

Se desistiu, solicitar indicação de motivo.

Ficha 9 Folha-síntese da psicoterapia interpessoal de grupo online com foco em transição de papéis

Registe os sintomas de depressão

No início da psicoterapia

Agora

Como sabe que está a ficar deprimido?

Se experienciar mais de três dos seguintes sintomas durante quatro dias seguidos, contacte o médico assistente ou o psicoterapeuta (e-mail institucional).

• Tristeza;

• Grande diminuição de energia;

• Cansaço prolongado;

• Alteração do sono;

• Perda de apetite;

• Perda de interesse;

• Sentimentos de desespero;

• Incapacidade de concentração;

• Incapacidade de tomada de decisões;

• Sentimentos de culpa ou de desvalorização;

• Lentificação motora (verbalização/movimentos);

• Outros.

Registe as suas memórias e experiências úteis do grupo psicoterapêutico:

Ficha 10

Manual do Utente – registos da minha psicoterapia para grupo com foco em conflitos interpessoais

Psicoterapia Interpessoal de Grupo

Weissman, M. M., Markowitz, J. C., & Klerman, G. L. (2007). Clinician’s quick guide to interpersonal psychotherapy. Oxford University Press.

Guia de Intervencao Online para a Depres S A o , ~ ~

Weissman, M. M., Markowitz, J. C., & Klerman, G. L. (2018). The guide to interpersonal psychotherapy (Updated and expanded ed.). Oxford University Press.

Uma ferramenta essencial para psicoterapeutas na abordagem da depressão em contexto .

Wilfley, D. E., Agras, W. S., Telch, C. F., Rossiter, E. M., Schneider, J. A., Cole, A. G., Sifford, L. A., & Raeburn, S. D. (1993).

Group cognitive-behavioral therapy and group interpersonal psychotherapy for the nonpurging bulimic individual: a controlled comparison. Journal of consulting and clinical psychology, 61(2), 296-305. https://doi.org/10.1037//0022006x.61.2.296

Este livro constitui uma proposta estruturada e prática de intervenção psicoterapêutica, baseada na psicoterapia interpessoal (PIP) adaptada ao formato de grupo online, com enfoque em perturbações depressivas associadas a con itos interpessoais e transições de papéis.

Wilfley, D. E., Mackenzie, K. R., Welch, R. R., Ayres, V. E., & Weissman, M. M. (2000). Interpersonal psychotherapy for group. Basic Books.

Desenvolvido no contexto clínico de um serviço de Psiquiatria do SNS, este guia nasceu da necessidade de resposta terapêutica acessível, e caz e ajustada à realidade dos cuidados de saúde mental. Os resultados positivos veri cados motivaram a sua sistematização e publicação.

World Health Organization (WHO)., & Columbia University. (2016). Group Interpersonal Therapy (IPT) for depression. WHO.

Yalom, I. D., & Leszcz, M. (2020). The theory and practice of group psychotherapy. (6th ed.). Basic Books.

Inspirado no modelo de Klerman e Weissman, e sustentado por literatura especializada em PIP, psicoterapia de grupo e intervenção online, esta obra descreve de forma clara as 16 sessões (duas individuais e 14 em grupo), detalhando objetivos, estratégias terapêuticas e exemplos práticos de intervenção.

Destinado a psicólogos e psicoterapeutas, este guia alia rigor técnico à exibilidade necessária na prática clínica, especialmente em contextos grupais, oferecendo um protocolo replicável, ajustável e centrado no benefício terapêutico individual. Inclui ainda um conjunto de chas com documentos complementares para psicoterapeutas e participantes.

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