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11/05/13
19:36 15,5cm X 23,5cm
8mm
O meu filho ressona. Devo saber o que se passa? As amígdalas grandes significam doença? O meu filho pede para aumentar muito o som da televisão. Devo preocupar-me? Devo tapar os ouvidos do meu filho na praia e em piscinas? Quais as doenças que durante a gravidez podem afetar os ouvidos do meu filho? Estas são algumas das muitas perguntas que frequentemente ocorrem aos pais, educadores, professores e profissionais de saúde e para as quais nem sempre encontram respostas claras e corretas. C
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Escrito por uma equipa de otorrinolaringologistas, este livro dá resposta a estas e outras questões e explica, de uma forma simples mas rigorosa, como se podem abordar as doenças desta especialidade mais frequentes nas crianças. A obra pretende, assim, contribuir para uma maior tranquilidade dos pais, uma maior informação dos profissionais e uma melhor saúde das nossas crianças.
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Os coordenadores
www.lidel.pt
José Saraiva / Carla Amaro
ISBN 978-972-757-974-7
9 789727 579747
José Saraiva / Carla Amaro
O que nos faz publicar um livro sobre as doenças dos ouvidos, nariz e garganta das crianças, numa época em que toda a informação parece estar ao nosso lado, em que basta carregar num botão de computador para aceder a dezenas de sites que nos dão as mais variadas e díspares informações? A resposta que temos para dar é: “por isso mesmo!”. Porque a informação “à mão de semear” e em grande quantidade não significa que seja correta e adequada.
pais
CMY
ABC dos ouvidos, nariz e garganta um guia para
ABC dos ouvidos, nariz e garganta um guia para pais
15,5cm X 23,5cm
ABC dos ouvidos, nariz e garganta um guia para pais
Coordenação:
José Saraiva / Carla Amaro
AB C do s O u v ido s , N ariz e G ar g an ta
Índice
Os Autores
IX
Prefácio XI
Algumas palavras antes de começar…
1
As perguntas dos Pais, respondidas pelo Médico 4
1. Quais as doenças que durante a gravidez podem afetar os ouvidos do meu filho? 2. O que é o “rastreio auditivo” e para que serve? 3. Posso amamentar com o bebé deitado? 4. O meu bebé está sempre a mexer nos ouvidos. Será uma otite? 5. Como é que se limpa a cera dos ouvidos? 6. Devo tapar os ouvidos do meu filho na praia e em piscinas? 7. Poderá a chucha provocar problemas? 8. A partir de que idade posso levar o meu filho ao infantário? 9. O meu filho é “preguiçoso” a falar e parece que está sempre distraído.
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Poderá ter alguma surdez?
14
10. O meu filho ressona. Devo saber o que se passa?
16
11. O meu filho sangra muitas vezes do nariz. Que devo fazer?
17
12. Às vezes, parece-me que o meu filho deixa de respirar durante a noite. É grave?
17
13. O meu filho tem falta de apetite e não aumenta de peso.
Poderá ter algum problema no nariz e na garganta?
18
14. O meu filho tem mau hálito. Devo preocupar-me? 15. O “ranho” transmite infeções? 16. Devo fazer aerossóis ao meu filho? 17. Devo lavar o nariz ao meu filho?
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18. Depois de uma infeção (otite, amigdalite) quando é que o meu filho
pode voltar ao infantário?
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19. O meu filho pede para aumentar muito o som da televisão. Devo preocupar-me?
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VII
ABC dos ouvidos, na riz e garganta
20. O facto de o meu filho se desequilibrar e cair com facilidade é grave? 21. As amígdalas grandes significam doença? 22. O meu filho tem estado muito rouco. O que poderá ser? 23. Devo vigiar os gânglios do pescoço do meu filho? 24. Porque é que o meu filho tem aftas?
O Médico aprofunda os temas, para os pais ficarem a saber ainda mais
28
1. Rastreio auditivo e surdez
30
2. Otites
40
3. Desequilíbrio
48
4. Doenças das adenoides e amígdalas
56
5. Roncopatia
60
6. Rinites e rinossinusites
64
7. Rouquidão
74
8. Aftas
80
9. Massas e gânglios do pescoço
84
10. Corpos estranhos nos ouvidos, nariz e garganta
88
11. Cirurgia – Indicações, cuidados e complicações
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VIII
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Os Autores Coordenadores/Autores José Saraiva Otorrinolaringologia – Coordenador da Unidade de ORL do Hospital Cuf Descobertas
Carla Amaro Otorrinolaringologia – Unidade de ORL do Hospital Cuf Descobertas e do Hospital da Marinha
Autores Alberto Santos Otorrinolaringologia – Unidade de ORL do Hospital Cuf Descobertas e do Hospital Beatriz Ângelo Assistente da Faculdade de Ciências Médicas – Universidade Nova de Lisboa
António Ferreira Marinho Otorrinolaringologia – Unidade de ORL do Hospital Cuf Descobertas
João Subtil Otorrinolaringologia – Unidade de ORL do Hospital Cuf Descobertas e do Hospital Beatriz Ângelo
Pedro Machado Sousa Otorrinolaringologia – Unidade de ORL do Hospital Cuf Descobertas e do Hospital de Egas Moniz, CHLO, EPE
Pedro Montalvão Otorrinolaringologia – Unidade de ORL do Hospital Cuf Descobertas e do Instituto Português de Oncologia de Lisboa Francisco Gentil, EPE
Ilustração Rita Camponez Ilustradora freelancer
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IX
As perguntas dos Pais, respondidas pelo MĂŠdico
A s perguntas dos Pai s, respond idas pelo MĂŠd ico
ABC dos ouvidos, na riz e garganta
1 Quais as doenças
que durante a gravidez podem afetar os ouvidos do meu filho?
A gravidez numa mulher é uma dádiva da Natureza que lhe permite viver a emoção de sentir um filho crescer e desenvolver. Felizmente, hoje, todo este processo é acompanhado pelo olhar atento do ginecologista/ /obstetra e por exames regulares. Existem de facto algumas infeções que, se contraídas durante a gravidez, poderão implicar alterações no bebé, nomeadamente nos ouvidos. A toxoplasmose, provocada por um parasita chamado Toxoplasma gondii, a rubéola, o herpes e a sífilis são algumas das infeções que, se contraídas durante a gravidez, poderão provocar alterações no desenvolvimento do sistema auditivo do bebé. O principal responsável por surdez à nascença é um vírus, denominado citomegalovírus.
2 O que é o “rastreio auditivo” e para que serve?
O rastreio auditivo consiste na deteção precoce de surdez no recém-nascido. A audição é um pilar importante da criança no seu relacionamento com o meio envolvente, contribuindo fortemente para o seu desenvolvimento cogni ti vo, social e para uma boa inserção escolar. A surdez congénita (quando o recém-nascido já nasce com esta condição) tem uma incidência relativamente elevada nos países industrializados (é o defeito à nascença mais comum nos países desenvolvidos), afetando cerca de 1 a 2 bebés por cada
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Capítulo
3
Desequilíbrio
O Médico aprofunda os temas, pa ra os pai s ficarem a saber ainda ma i s Quando uma criança se desequilibra com frequência, cai repetidamente ou tem dificuldade em colocar-se de pé (ataxia), poderá ter vertigem. Poderá ser motivo de grande preocupação para os pais, mas, regra geral, são situações benignas. O que é a vertigem e porque é que ocorre? A vertigem define-se como sendo uma distorção do movimento do corpo no espaço. Resulta de uma anomalia de funcionamento de um ou mais sistemas envolvidos no equilíbrio: visual, vestibular (o ouvido interno) e propiocetivo (relacionado com a informação posicional transmitida pelas articulações, tendões e pele). Os olhos contribuem para referenciar o movimento do corpo com o meio envolvente. Os recetores vestibulares localizam-se no ouvido interno que se encontra, por sua vez, escavado no interior do osso do crânio que aloja o ouvido, o osso temporal (o ouvido é compreendido por três partes: ouvido externo que inclui pavilhão auricular e o canal até ao tímpano; ouvido médio que corresponde à zona por dentro do tímpano até ao osso envolvente e comunica com o ouvido interno; ouvido interno que contém a cóclea, responsável pela audição, e o labirinto que contribui para o equilíbrio). Estes recetores captam informação relacionada com a rotação e translação bem como a posição da cabeça. Anomalias no sistema vestibular deverão ser orientadas para o otorrinolaringologista. Anomalias que ocorram no ouvido médio, por sua vez, podem afetar o ouvido interno podendo também provocar vertigem. Os recetores propiocetivos estão localizados nos tendões, nas articulações e na pele e percecionam o movimento e a posição de diferentes partes do corpo, assim como o seu contacto com o chão (por exemplo, planta dos pés durante a marcha). A vertigem pode também resultar do mau funcionamento das estruturas centrais (no cérebro) responsáveis pela análise e
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ABC dos ouvidos, nar iz e garganta integração das informações do movimento e posição da cabeça e do corpo. Como se manifesta?
O ronronar dos gatos alivia a dor, promove a força e a regeneração dos ossos, tendões e músculos. Por esse motivo, nalguns países, são usadas plata formas vibratórias para melhorar o equilíbrio em seres humanos.
Pode afetar pessoas de qualquer idade inclusive as crianças. Enquanto o adulto tem facilidade em explicar-se e referir quais as verdadeiras sensações, na criança tudo se torna mais difícil. Poderá dizer que “a casa anda às voltas” caso tenha capacidade de se expressar mais espontaneamente, mas as crianças mais pequenas muitas vezes agarram-se aos pais, recusam ficar de pé, adormecem ou caem com facilidade. A vertigem é frequentemente acompanhada por outros sintomas como náuseas, vómitos, dores de barriga, dores de cabeça, palidez, aumento do batimento cardíaco e perda de consciência. Estes sintomas, por sua vez, conduzem a que se pense tratar-se de alguma doença do foro gastrointestinal ou neurológico. É, por conseguinte, muito importante a informação fornecida pelos pais resultante da observação cuidada do seu filho. Que fazer? Existe uma avaliação inicial simples e rápida que o otorrinolaringologista poderá realizar. É necessário uma boa colheita da história com todas as características dos sintomas da criança e dos seus próprios antecedentes médicos e familiares. Traumatismos cranioencefálicos prévios devem ser excluídos e vários estudos revelaram que existe uma história familiar de enxaqueca ou vertigem em 50-100% dos casos. A observação do ouvido por otoscopia poderá excluir ou diagnosticar alguma doença do ouvido médio como a otite aguda ou otite média crónica serosa (com líquido seroso por detrás do tímpano), e a avaliação da postura e de certos sinais como o nistagmo (movimentos involuntários dos olhos) conduz à suspeita de determinadas entidades.
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ISBN 978-972-757-974-7
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O que nos faz publicar um livro sobre as doenças dos ouvidos, nariz e garganta das crianças, numa época em que toda a informação parece estar ao nosso lado, em que basta carregar num botão de computador para aceder a dezenas de sites que nos dão as mais variadas e díspares informações? A resposta que temos para dar é: “por isso mesmo!”. Porque a informação “à mão de semear” e em grande quantidade não significa que seja correta e adequada.
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