Quase 200 - A imprensa na história capixaba

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INTRODUÇÃO

Quase! O Brasil já comemora os 200 anos de imprensa no País. Mas aqui no Espírito Santo ainda não podemos fazer festa. Estamos quase lá. Faltam 32 anos para somarmos dois séculos de imprensa no Estado. Nas terras capixabas, a imprensa escreve uma história de 168 anos. O surgimento do primeiro jornal ocorre somente em 1840. Trata-se de O Estafeta, publicação que teve um único número. Alguma regularidade só mesmo em 1849, com O Correio da Vitória. Mas como acreditamos que a comemoração dos 200 anos deva valer antes por ser uma oportunidade de reflexão e não apenas um tempo de convescotes e celebrações, eis aqui uma perfeita ocasião para refletirmos sobre qual o papel da imprensa em passagens decisivas de nossa história nesses quase dois séculos. Esse é exatamente o propósito da sétima edição do Projeto CoCa – Comunicação Capixaba, que visa a produzir uma memória das atividades comunicacionais no Espírito Santo. Uma primeira constatação, já explicitada no título do livro, é que por aqui a imprensa chegou atrasada em relação a grande parte do Brasil. Na cronologia dos periódicos pioneiros em todo o País, só ficamos na frente de Amazonas e Paraná, que se tornaram províncias do Império somente em 1850 e 1853, respectivamente. Este é mais um capítulo da história capixaba a comprovar que o Estado vivia em profundo atraso com relação às demais províncias brasileiras. Atualmente, não é muito diferente, pelo menos em alguns aspectos no campo da comunicação. Quando uma outra revolução, a TV Digital, tiver celebrações Brasil afora, aqui estaremos de novo com déficit de velinhas.

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