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Figura 6: Casa das Canoas, 1953

Figura 6: Casa das Canoas, 1953

Fonte: ArchDaily Brasil (2011)

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Neutralização dos lados negativos do relevo e utilização de suas vantagens, manutenção máxima da admirável vista pro mar logo abaixo, respeito integral ao local foram os três princípios que orientaram a composição arquitetônica. A ordem em geral adotada para uma casa disposta em dois níveis, foi propositalmente invertida: os quartos foram relegados ao subsolo, onde continuavam desfrutando da vista da baía, enquanto que a parte alta estava reservada aos cômodos de estar, que ficavam no mesmo nível do jardim e do terraço colocado em cima dos quartos” (BRUAND, 2010, p. 162)

A vertente do brutalismo paulista marca o período entre a década de 50 e 70, representado pela geração de Paulo Mendes da Rocha, Vilanova Artigas e Lina Bo Bardi. Nesse movimento destaca-se as superfícies em concreto aparente, muitas vezes com a solução formal de “caixa portante”, como aponta Maria Alice J. Bastos e Ruth Verde Zein (2011)

Um clássico que vale a pena ser citado nessa vertente é a casa do arquiteto Paulo Mendes da Rocha em SP (1964). No terreno ao lado, ele construiu uma casa idêntica para sua irmã. A junção ficou conhecida como “as Casas Gêmeas”.

Sobre a casa que fez para si no bairro do Butantã, em São Paulo, Paulo Mendes da Rocha disse ter sido ela pensada como “um ensaio de peças préfabricadas”. A estrutura modulada, o detalhamento mínimo (um só caixilho para todas as aberturas, por exemplo), o sistema estrutural simples e rigoroso, com apenas quatro pilares, duas vigas mestras e lajes nervuradas, foram