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Figuras 8 e 9: Casa Hélio Olga, 1987
projetada por Marcos Acabaya comprova a adequação da tecnologia industrial de construção em madeira.
A casa de Marcos Acayaba, que desenvolve com extrema competência as possibilidades construtivas da madeira, com requinte de forma e detalhamento, sem abdicar da organização programática moderna, é demonstração clara das enormes possibilidades de uma arquitetura ao mesmo tempo sólida devido aos vínculos com a tradição, mas ao mesmo tempo aberta à novidade e à experimentação. (GUERRA, 2006, s.p.)
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Figuras 8 e 9: Casa Hélio Olga, 1987

Fonte: Marcos Acabaya (s.d.)
Segundo a ótica de diversos críticos-teóricos, como Hugo Segawa, Ruth Verde Zein, Cêça de Guimaraens, Maria Alice Junqueira Bastos: o rumo da arquitetura brasileira contemporânea se coloca em continuidade ao invés de ruptura com a arquitetura moderna; “Dentro desta ideia aparece a valorização de uma coerência no fazer, em substituição à coerência formal” (BASTOS e ZEIN, 2011).
Em caráter conclusivo, o modernismo deixou um legado que é renovado diante da contemporaneidade. O delineamento inicial que condicionou as primeiras obras e consolidou a arquitetura moderna brasileira foi a busca da mescla entre os princípios modernos universais europeus com a tradição construtiva colonial brasileira. A relação do interior da casa com a paisagem exterior tropical é íntima e segue como condicionante no período pós-moderno. O uso de materiais é explorado em sua essência, como o concreto aparente, a madeira, o tijolo, o metal e o vidro. As técnicas construtivas seguem a tecnologia do tempo e se renovam com o passar dos anos.
A racionalidade, o teto plano, a forma autônoma, a leveza, a relação da arquitetura com a paisagem, os elementos da tradição luso-brasileira e o uso dos materiais valorizam a brasilidade da nossa arquitetura.