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ESCREVENDO MEMÓRIAS
ROBERTO FRANKLIN
Quando escrevo, tenho a impressão de que o tempo volta, ocupa toda minha mente minhas lembranças, tenho a impressão de que vivo novamente o que um dia vivi. Quando escrevo tenho por norma colocar minhas emoções, colocar através do teclado minha vida passada, e através dela reencontrar momentos, ver pessoas que me foram e fizeram parte de um tempo em mim. Saudosista sim, eu só tento retirar de minha memória tudo aquilo que presenciei, tento agora compartilhar com meu público, se é que tenho público, meus momentos, minhas emoções, minhas lágrimas, lugares que passei, momentos com meus pais, meus irmãos, meus filhos, minha esposa, meus netos e meus amigos. Agora por exemplo, escrevo hoje sábado, estou aqui na minha área de lazer, lugar que testemunhou vários momentos, várias emoções, pessoas queridas que estão até hoje, outras que se foram, momentos de sorrisos e de lágrimas, minha família pai e mãe, filhos noras e genro, primos sobrinhos, cunhados, sogro e sogra. Meu pai tinha um amigo maranhense que fora morar na Bahia, todas às vezes que ele e sua esposa vinham para São Luis era uma festa, eu os recebia aqui em casa, não preciso dizer a quantidade de piadas e de momentos revividos pelos dois quando ele morava aqui em nossa cidade. João Lobo além de amigo era compadre de papai, sua filha Naizinha era afilhada, quando íamos a Salvador era outra festa, João Lobo um excelente mestre na cozinha fazia questão de nos brindar com quitutes baiano. Presenciei momentos maravilhosos aqui em casa, não deixaria de citar a copa do mundo, que saudades, quando reuníamos todos aqui, fazíamos almoço, jantares, e até café da manhã como foi a copa do Japão. Não posso deixar minhas memórias esquecidas, meus dois irmãos Riba e Franklin eram pessoas cativas aqui aos sábados, infelizmente com a partida de Franklin, nada mais foi feito não tive pique para reunir, foram momentos dos quais vivi, presenciei, ri, amei e chorei. Sou saudosista, sim eu sou, espero guardar meus momentos espero vivê-los novamente, espero passar para tantos quantos. Não posso esquecer da minha amada Praça da Alegria, mesmo sem morar lá, tinha tios e primos e aos finais de semana sempre ia passear de bicicleta, jogar bola com meu primo Hamilton numa quadra improvisada, onde na semana funcionava um jardim de infância, era maravilhoso. Vivo construindo momentos, lugares, amigos sorrisos, falando de amigos, não dá para esquecer o meu amado Dom Bosco, vários momentos vividos, vários dias meses e anos preparando o meu hoje, não posso esquecer quem um dia, juntos passamos tardes infinitas naquele templo do saber, não posso esquecer do mestre Luís, de sua esposa Sra. Maria Isabel, de Zulmira, da Senhora Consuelo genitora de nossa diretora, era quem nos abastecia de lanche, sinto falta de uma cola Jesus e de um pastel que ela nos apresentava. Certa vez, lembro que no Dom Bosco era proibido fumar, na época acredito que o adolescente que não fumava não passaria para a fase adulta (risos) pois bem, eu Marcos, Geraldo, Luís e o saudoso Roberto Fecury (vamos queimar as ervas daninha, expressão que ele usava sempre que tinha vontade de fumar), não lembro se estava também o saudoso José Wilson, escolhemos um local que ficava logo em frente da entrada onde o grande Biné, o vigia do colégio se hospedava, e também por onde Dr. Luís entrava , pois bem, ao entrar no colégio ele visualizou uma porta em um banheiro, que nada tinha a ver de banheiro , viu somente fumaça saindo tal e qual a esquadrilha da fumaça, só que ao invés de ser aplaudido escutamos do Mestre Luís, a seguinte expressão: suspenso, suspenso, suspenso, etc. Não posso esquecer de nossas caras, todos espantados pela a ... que fizemos. Pois assim são minhas lembranças, quando passo por algum lugar, ou quando encontro pessoas que viveram comigo momentos, tento escrever, vivo com as lembranças adormecidas, me abasteço, das memórias que vivi, tiro lição para que um dia o que passei de pior não passe mais, e o que passei de melhor sejam relembrado.
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