Cultura e Participação: Animação Sociocultural em contextos Iberoamericanos

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de ação irredutíveis a qualquer conceptualização teórica, na medida em que é o próprio agir que lhes dá corpo. É nessa medida que se justifica pedagogicamente a sua escolha num enquadramento escolar. O que o Xadrez e o Teatro desenvolvem nas crianças irá sempre além de tudo o que a sua prática exibe; neste sentido, são duas atividades que, ao mesmo tempo que ensinam a fazer, se tornam capazes de ir mostrando à criança os resultados visíveis daquilo que, aprendendo, fazem. Aprende-se fazendo, sabendo a cada circunstância o que se está a fazer. Não me posso demorar aqui, naturalmente, na exposição dos insondáveis benefícios que o pensamento e a prática de diferentes formas de expressão artística trazem ao desenvolvimento da existência do ser humano integral; tal propósito seria em absoluto incompatível com as estritas dimensões de um artigo como o que aqui se apresenta. Numa tentativa de minimizar esta lacuna, faço terminar a minha comunicação com uma breve apresentação multimédia, concebida por um dos elementos da Associação Corvos do Lis, o Ivo Santos. Esta apresentação é já o suporte da divulgação de uma iniciativa artística, de âmbito nacional, projetada para 2015, pelos Corvos do Lis. A par do seu, já anual, Torneio Nacional de Xadrez, a associação pretende levar a cabo, no próximo ano, uma Exposição demonstrativa da criatividade artística exercitada sob o tema multi-perspetival do jogo de xadrez. Para tal serão convidados a participar não só jovens artistas que estudem nas várias Instituições de Ensino Superior do País, mas também todos os artistas em geral que se deixem cativar por este projeto e queiram dar expressão formal à singularidade da sua visão sobre o ancestral e universal jogo que se tornou já emblema da intersecção entre o estratégico e geométrico raciocínio lógico-matemático humano e a surpreendente e incalculável imprevisibilidade da intervenção e da criação artística. Vejamos pois uma exibição diacrónica da conexão que, ao longo dos séculos, tem sido mantida entre o Xadrez e as Artes. Bibliografia ANIMAR. Teses de Amarante. Desenvolvimento Local – Uma oportunidade de futuro!, ANIMAR, 1998. AUGÉ, M. Não-Lugares - Introdução a uma Antropologia da Sobremodemidade, Bertrand, Venda Nova, 1994. APPLE, Michael W. e NÓVOA, António (Org.), Paulo Freire: Política e Pedagogia, Porto Editora, Porto, 2005. CANÁRIO, Rui (Org.). (2007). Educação popular e movimentos sociais. Lisboa: Educa/ UIDE GONZÁLEZ, M. Viché. “La educacion sociocultural, los grandes relatos y la educación de la sensibilidade” in http://revistapraticasdeanimacao.googlepages.com

a n i m a ç ã o s o c i o c u lt u r a l e m c o n t e x t o s i b e r oa m e r i c a n o

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