Akadémicos 67

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Suplemento integrante da edição nº 4068 de 05 de março de 2015 do semanário REGIÃO DE LEIRIA. Não pode ser vendido separadamente.

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Simone de Oliveira Cantora

A rádio devia transmitir 80% de música portuguesa págs. 6 e 7


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A ABRIR TEATRO Hoje, 05 Março às 21h30 Teatro José Lúcio da Silva

ESTAMOS TODOS

MÚSICA 12 Março, 21h30 · Teatro José Lúcio da Silva

ORQUESTRA DE JAZZ DE LEIRIA + LUÍSA SOBRAL

José Pedro Gomes regressa com humor à cidade de Leiria, agora com a peça Estamos Todos. Com texto de Luísa Costa Gomes e encenação de Adriano Luz, o ator sobe a palco interpretando a vida de oito personagens. O noivo, o padre, a ex-mulher e até um inspetor da polícia são algumas das figuras que vão envolver-se numa sucessão de peripécias. Preço do bilhete: 12,50 euros.

Com o apoio da Câmara Municipal de Leiria, a Orquestra de Jazz de Leiria junta-se a Luísa Sobral numa noite em que vão ouvir-se clássicos de Billie Holliday, Nat king Cole, Chet Baker ou até originais da cantora com adaptações da orquestra leiriense. A direção artística estará a cargo de César Cardoso. Preço do bilhete: 12,50 euros.

D.A.M.A

NÃO PERKAS Rui Marques

Diretor Francisco Rebelo dos Santos francisco.santos@regiaodeleiria.pt Coordenadores Pedagógicos Catarina Menezes cmenezes@ipleiria.pt Paulo Agostinho paulo.agostinho@ipleiria.pt Apoio à Edição Alexandre Soares asoares@ipleiria.pt

Maquetização e Projeto Gráfico Leonel Brites – Centro de Recursos Multimédia ESECS–IPL leonel.brites@ipleiria.pt Secretariado de Redação Marta Leite Ferreira

ANJOS NEGROS

Rui Sinel de Cordes, Paulo Almeida e Rui Cruz sobem ao palco do Teatro Miguel Franco para apresentar um espetáculo de humor negro. Numa noite em que o humor não tem limites definidos, os três comediantes convidam os leirienses a passar 1h30 a ouvir as suas visões do mundo. E deixam um aviso: “Tudo pode acontecer numa noite de anjos negros, menos não ter piada!” Preço do bilhete: 10 euros

POESIA 21 de Março , 21h30 Casa da Cultura Teatro Stephens, Marinha Grande

19 de Março, 21h30 Teatro José Lúcio da Silva Francisco Pereira, Miguel Coimbra e Miguel Cristovinho formam os D.A.M.A. Considerados o mais recente sucesso da música portuguesa, o grupo vai apresentar temas bastante conhecidos como Luísa, A balada do desajeitado e Às vezes. O álbum Uma questão de Princípio tem conquistado fãs em todo o país e Leiria não é exceção. Preço do bilhete: 10 euros.

STAND-UP COMEDY 20 de Março, 22h00 · Teatro Miguel Franco

27 Março, 21h30 · Teatro José Lúcio da Silva

CASADO À FORÇA Esganarelo, um homem que não sabe a sua própria idade, quer casar com uma mulher bastante mais jovem. No entanto, depois de descobrir algo sobre a jovem, o homem quer desistir do casamento. Será que consegue? Uma comédia de Molière com música barroca ao vivo, interpretada pelos actores Vítor Norte, Dânia Neto, Marcantonio Del Carlo, Tiago Costa, José Neto e Samuel Alves. Encenação de Paulo Sousa Costa. Preço do bilhete: 12,50 euros.

Redação e colaboradores Adriana Vieira, Alice Queirós, Carolina Batista, Catarina Pereira, Diogo Fernandes, Guilherme Francisco, João Pedro Santos, Mariana Lopes, Marta Leite Ferreira, Miguel Martins, Rui Marques, Rui Sousa e Sara Silva.

Presidente do Instituto Politécnico de Leiria Nuno Mangas presidencia@ipleiria.pt

GALA REMIX AFONSO LOPES VIEIRA PREGUIÇA ASSOCIAÇÃO CRIATIVA

Concurso de curtas de poesia inspirado na obra de Afonso Lopes Vieira e na sua relação com São Pedro de Moel e o concelho da Marinha Grande. As obras a concurso serão publicadas no site da Preguiça Magazine, nos meses de Fevereiro e Março. A Gala inclui a divulgação dos vencedores, leituras dos textos selecionados e o espetáculo Spoken word. Preço do bilhete: 5 euros

Os textos e opiniões publicados não vinculam quaisquer orgãos do IPL e/ou da ESECS e são da responsabilidade exclusiva da equipa do Akadémicos.

Diretor da ESECS Rui Matos dir.esecs@ipleiria.pt Diretora do Curso de Comunicação Social e Educação Multimédia Catarina Menezes cmenezes@ipleiria.pt

akademicos.esecs@ipleiria.pt


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05 março 2015

Raid 4L Trophy

Competir por uma causa solidária Texto: Catarina Pereira e João Pedro Santos

Nos dias 30 de janeiro e 1 de fevereiro, no Mercado Sant’Ana, decorreu o evento Da Engenharia à Solidariedade, onde se pôde assistir à apresentação oficial da equipa 4L – NEAU, que representa o Instituto Politécnico de Leiria na 18ª edição do Raid 4L Trophy. A organização esteve a cargo da equipa constituída por Pedro Marinho e Diogo Duro, alunos do mestrado de Engenharia Automóvel, e contou ainda com a colaboração da PSP, Câmara Municipal de Leiria e do núcleo de alunos de Engenharia Automóvel. A iniciativa teve como principal objetivo angariar material escolar e desportivo para a equipa de Leiria poder participar na viagem solidária. Quem passou pelo Mercado Sant’Ana ainda teve a oportunidade de assistir aos espetáculos de animação de bailarinos de dança do ventre, trazidos pela Escola Passos Cubano, e do grupo Piccolini Filarmónicos, representando a Sociedade Artística Musical dos Pousos (SAMP). Pedro Marinho mostrou-se satisfeito com a af luência dos leirienses ao evento,

ESTÁ –a– DAR

afirmando que foi posível “atingir todos os objetivos para que pudéssemos entrar nesta competição solidária, ao angariar o dinheiro bem como o material escolar e desportivo necessário para inscrição na prova.” O Raid 4L Trophy é uma prova desportiva para estudantes, onde só participam Renault 4L. O objetivo da prova é ajudar mais de 25 mil crianças carenciadas de Marrocos, através da melhoria das suas condições de ensino. Cada equipa compromete-se a entregar para doação um mínimo de 50 kg de material escolar e desportivo à associação Enfants du Désert, que o distribuirá por 20 associações locais de apoio às crianças. O Raid 4L tem um percurso de 6000km e uma duração de 10 dias, entre França e Marrocos (Marraquexe). Este ano, a 18ª edição, realizou-se entre os dias 19 de fevereiro e 1 de março. Diogo Duro sente-se feliz por poder ter contribuído para esta causa solidária, “O 4L Trophy é um modo especial de poder contribuir para a melhoria das condições de ensino de milhares de crianças marroquinas.” Pedro Marinho acrescenta ainda que “o 4L Trophy não é só uma aventura. É muito mais! É um ato solidário, uma oportunidade para demonstrar o que valemos, o cumprir de uma missão.”k

Segurança online

Leiria ensina a combater crime informático Texto: Marta Leite Ferreira

A segurança informática está cada vez mais a preocupar empresas e instituições em Portugal. A proteção de dados, redes e sistemas são alguns dos problemas a que uma nova pós-graduação da Escola Superior de Tecnologia e Gestão (ESTG) de Leiria pretende dar resposta. O tema ganhou uma nova dimensão com a detenção do criador do sítio da Internet Tugaleaks, Rui Cruz. O jornalista, associado ao movimento hacker português, foi detido no dia 26 de fevereiro, por suspeita de ter colaborado com o grupo Anonymous, conhecido por ter realizado ataques informáticos a organizações diversas, entre as quais a Procuradoria-geral da República. Na ação policial, denominada Operação Caretos – numa alusão às máscaras usadas pelos membros do grupo Anonymous - foram constituídas arguidas 14 pessoas, por suspeitas de crimes informáticos. A questão da segurança informática está a colocar em alerta também as consultoras e os gestores de conteúdos. Segundo um estudo da consultora PwC, o número de acidentes no sistema de segurança informático aumentou em quase 50 por cento, em relação a 2013. Por isso para Filipe Pinto, do Departamento de Engenharia Informática da ESTG,

a necessidade de formação dos quadros é urgente. Nesse sentido, a nova pós-graduação em Informática de Segurança e Computação Forense visa “dinamizar de modo pró-ativo a oferta formativa da Instituição, em função das necessidades da região e do país em geral”, explica o investigador. Filipe Pinto refere que a região já está no mapa dos crimes informáticos e que há uma “crescente importância – e urgente – da segurança tecnológica em todos os planos da sociedade”. A pós-graduação nasceu de uma parceria com a Escola da Polícia Judiciária e tem como objetivo preparar os quadros da PJ, da Procuradoria-Geral da República ou do Ministério Público para o combate ao crime baseado nas várias plataformas tecnológicas. A estrutura curricular abrange um leque de assuntos relacionados com as redes de computadores, protocolos de comunicação e segurança de informação. Inclui ainda metodologias e abordagens de informática forense, proporcionando aos participantes adquirir competências ao nível da prevenção, deteção e análise forense: determinação não só das causas e efeitos mas também dos autores do ato de invasão. k

Espaço Eça Um espaço de tradição e inovação

KO KONSUMO OBRIGATÓRIO

A receber quem chega, há três salas com uma decoração peculiar e acolhe- texto dora que homenageiam Alice Queirós e Guilherme Francisco Eça de Queiroz, escritor português do século XIX, que chegou a residir e a ser governador de Leiria. O Espaço Eça, inaugurado no verão de 2014, fica situado na Rua Barão de Viamonte, mais conhecida por Rua Direita. Segundo Luís Ferreira, proprietário do estabelecimento, o centro histórico é um espaço de que sempre gostou, uma área com grandes potencialidades, e que sempre foi de eleição entre artistas e escritores. Para o proprietário, o Espaço Eça tem como principal objetivo fazer com que as pessoas se sintam como se estivessem numa segunda casa, fazendo com que os clientes lá queiram voltar. Este será também o motivo pelo qual a decoração do espaço é tão diferente de outros estabelecimentos, de modo a atrair e fixar quem visite o local. Neste espaço podemos encontrar, chás e doçaria, vinho a copo e produtos regionais (como a alheira e o presunto). Segundo Luís Ferreira, pretende-se, deste modo, agregar cultura, gastronomia e inovação através, por exemplo, de cocktails com vinho do Porto. Das especificidades do Espaço Eça, destaca-se também a existência de uma pequena biblioteca numa das salas do estabelecimento. De acordo com Luís Ferreira, as atividades dinamizadas no espaço têm como principal objetivo chamar a atenção das pessoas para diferentes temáticas sociais, à semelhança do que próprio Eça de Queiroz fez na altura em que residiu em Leiria. Das várias atividades propostas, podem destacar-se tertúlias, homenagens a grandes nomes da literatura e música portuguesas (como por exemplo Zeca Afonso). Quando questionado relativamente à adesão das pessoas, o empresário indica que tem sido muito positiva, que o espaço atrai clientes, e que estes voltam várias vezes. No caso de clientes estrangeiros, Luís Ferreira refere que estes conhecem muito da literatura portuguesa e que ficam chocados pelo facto de a casa de Eça estar ao abandono. Para Luís Ferreira, o Espaço Eça não é melhor do que os outros estabelecimentos, apenas diferente, tentando ir ao encontro do que o público possa apreciar, através da simpatia, acolhimento e atmosfera do café. Questionado sobre a obra de Eça que mais aprecia, Luís Ferreira revela que o que mais o fascina em Eça de Queiroz é a sua irreverência, o facto do escritor ter sido “um permanente insatisfeito”. k


4 duzida ou que residam longe da instituição de ensino, permitindo também uma aprendizagem mais autónoma e uma melhor gestão do tempo, por parte de alunos e docentes.

KAPA

Texto: Guilherme Francisco e Carolina Batista

Terminou o 12.º ano do ensino profissional com a vontade de continuar a estudar, mas teve de dar prioridade ao trabalho. Aos 29 anos, Ana Catarina Santos conseguiu concretizar os planos, conciliando o trabalho com a frequência do curso de Educação Básica a distância. “Tenho um horário de trabalho, das 9:30 às 19:30 com duas horas de almoço, folga rotativa, e com tudo isto tenho de gerir tempo para os estudos”, explica. Ser aluno hoje em dia já não implica obrigatoriamente a presença numa sala de aulas, com quadro branco, mesas e cadeiras. Cada vez mais, são ministrados cursos online, lecionados por professores que disponibilizam conteúdos e aulas através de uma plataforma de ensino. Uma das mais comuns em Portugal é o Moodle, mas há outras como, por exemplo, o Blackboard. Rita Cadima, Diretora da Unidade de Ensino a Distância do IPLeiria, explica que existem muitas definições e modelos para o denominado ensino a distância: “antigamente, este termo estaria relacionado com a telescola e com a troca de correspondência enquanto na atualidade, este regime está muito mais ligado às novas tecnologias, a novas metodologias de aprendizagem e a atividades de aprendizagem online que exigem um papel ativo por parte do estudante e a colaboração entre estudantes”. As metodologias podem ser utilizadas como meio de formação total ou como complemento ao ensino presencial. No Instituto Politécnico de Leiria, por exemplo, o modelo adotado é em muitos cursos um modelo que concilia componentes de trabalho em plataforma com sessões presenciais. A docente acrescenta que nos dias de hoje não haverá um ensino superior somente presencial, pois, mesmo nos cursos presenciais, existe uma ligação cada vez mais estreita entre a aprendizagem em sala e a aprendizagem online. Carla Freire, professora desta modalidade de ensino no mestrado em Comunicação Acessível do Instituto Politécnico de Leiria, acredita que esta é uma metodologia de ensino à qual cada vez mais alunos aderirão e que desempenhará um papel de relevância no futuro do ensino português, assumindo-se como uma alternativa ao ensino presencial. Acrescenta ainda que é bastante vantajosa para trabalhadores estudantes, pessoas com mobilidade re-

Autonomia e disciplina Autonomia e disciplina são as palavras mais ouvidas quando se questionam alunos e docentes sobre as suas experiências neste tipo de curso. Embora reconhecendo as potencialidades de conciliar formação e emprego, Ana Catarina Santos, sublinha que “o ensino a distância requer muita disciplina e método de estudo e trabalho. São exigidos por cada unidade curricular trabalhos de pesquisa com datas e tempo de entrega”. Ana refere que conseguir fazer todas as disciplinas sem deixar nada de um ano para o outro “exige muitíssimo” do aluno: “Agendo prazos de entrega, dou prioridade às datas mais recentes para poder ser entregue na data prevista”, conclui. Ana Catarina Santos refere também uma gestão mais individualizada do estudo e uma diferente gestão dos tempos. Estuda sozinha, nos horários em que lhe é possível e quando tem uma dúvida, coloca ao professor no fórum, sabendo que terá de aguardar pela resposta, que, por vezes, não é imediata. Também Paulo Cruz, aluno de ensino a distância em Relações Humanas e Comunicação Organizacional, refere a exigência, “pois obriga os alunos a terem de realizar muito trabalho autónomo, o que os prepara para possíveis empregos no futuro, mas que os faz também sentir-se isolados.” Paulo refere a necessidade de “contrariar a ideia de que o regime de ensino a distância é menos rigoroso e mais simples que o ensino presencial, porque é precisamente o oposto”. Para este estudante, o sistema de ensino a distância é “bastante exigente e trabalhoso, pois obriga os alunos a desempenhar diversas tarefas de forma autónoma e contínua”, afirmando mesmo que as exigências e dificuldades deste modo de ensino são “iguais ou superiores às do ensino presencial”. Paula Ruivo, aluna de ensino a distância no curso de Relações Humanas e Comunicação Organizacional, resume a experiência como “disciplinadora, abrangente, desafiadora e gratificante”. E explica: “disciplinadora por ter de conseguir gerir, autonomamente, trabalhos e tarefas para as diferentes unidades curriculares. Abrangente por ter aprendido a utilizar diferentes ferramentas informáticas (como por exemplo Excel, Skype, Adobe)”, desafiadora no sentido em que teve de “conciliar a vida pessoal, a família e o trabalho, com a sua formação na licenciatura”. A aluna refere que aprendeu a ser “mais cuidadosa a pesquisar e a selecionar informação online”, passando a sentir-se “mais confortável” no uso de tecnologias e ferramentas informáticas. “Com o ensino a distância o meu computador transformou-se numa via poderosa de acesso ao mundo digital”, conclui. Para além da plataforma de trabalho, estudantes e docentes podem ainda recorrer ao apoio de outras tecnologias da comunicação para esclarecimento de dúvidas, apoio no desenvolvimento de trabalhos individuais ou em grupo.

Em mestrados, licenciaturas ou formações livres, a oferta de cursos a distância desenvolve-se na região, no país e no mundo. O conceito não é novo, mas as tecnologias da informação vieram dar-lhe um novo impulso e novos contornos.


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zarem, com sucesso, as tarefas disciplinares que lhes competem. Na perspetiva de Mafalda Casimiro, pessoas que não ingressaram logo no ensino superior e pessoas que queiram tirar outras licenciaturas para além das que já possam ter serão o nicho que irá enveredar no regime de ensino à distância. Flexibilidade Como vantagens da modalidade, Rita Cadima enumera a qualidade da aprendizagem, a metodologia adotada e as tarefas mais adaptadas às especificidades dos alunos, pois é possível ajustar as tarefas aos seus perfis de aprendizagem. Para Lúcia Magueta, coordenadora do curso de Educação Básica a Distância do IPLeiria, o ensino a distância não substitui o papel do professor, e que também para o professor é uma metodologia que requer muita preparação e tempo para acompanhamento. Este continua presente para os alunos, disponibilizando conteúdos e materiais e orientando as tarefas em cada uma das unidades curriculares. Na ótica da docente, as principais características desta tipologia de ensino são a f lexibilidade de espaço e de tempo, e o facto de a plataforma ser uma ferramenta fácil de usar, em que os alunos não precisam de muitos conhecimentos informáticos para trabalhar. A professora explica ainda que a preferência das pessoas entre ensino presencial e ensino a distância é algo que “depende da fase da vida de cada pessoa”. Os estudantes do curso de Educação Básica a distância, por exemplo, são pessoas com idades compreendidas entre os 35 e os 40 anos, com filhos, trabalhadores, e residentes em diferentes zonas do país. Segundo Rita Cadima, a maioria das pessoas a recorrer ao sistema de ensino a distância são trabalhadores, com uma maior maturidade e autonomia. A responsável indica que no IPL o número de alunos em licenciaturas e mestrados tem vindo a aumentar, sendo também massiva a adesão a formações abertas de curta duração.

Mafalda Casimiro, coordenadora do curso de Relações Humanas e Comunicação Organizacional da Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do IPLeiria, explica que os alunos do regime de ensino a distância têm de ser bastante disciplinados para responderem às solicitações de cada disciplina, uma vez que o nível de exigência do ensino a distância não é inferior ao do ensino presencial. A docente refere que o sistema de aprendizagem à distância pode ser mais árduo do que o presencial, precisamente por os alunos terem de organizar as suas vidas de modo a reali-

Online como apoio à internacionalização No final de 2014, a questão do ensino à distância foi uma das prioridades assumidas pelo Governo português. No relatório “Uma estratégia para a internacionalização do ensino superior português”, assinado por um grupo de trabalho coordenado pelo ex-reitor da Universidade do Algarve João Guerreiro, a realização de cursos online e o ensino à distância são considerados prioritários para captar alunos estrangeiros. Mais de 31.000 estudantes internacionais frequentavam o ensino superior em Portugal no ano letivo 2013/2014, sendo que 85 por cento eram oriundos de países da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) ou da União Europeia. A estratégia aponta para a ampliação da oferta de cursos na modalidade de ensino a distância, cobrindo uma oferta diversificada de graus e cursos de curta duração. O grupo de trabalho considera que há uma “ampla margem de progresso para a atração de mais estudantes internacionais”, sendo o objetivo duplicar o efetivo até 2020. k

WHIPLASH — NOS LIMITES Ritmadamente aconselhável

KULTOS

Sangue, suor e lágrimas. Rui Sousa Nunca um filme coordee Miguel Martins nou tão bem a vida do ser humano dentro da música. A bateria é o instrumento escolhido para o ritmar. Mas este não é só um filme para quem gosta de umas batidas no volante do carro ou para quem passa tempo a bater com a caneta na mesa à procura de ideias. Esta é uma longa metragem que vai para além da música. Em Whiplash, o realizador e escritor Daniel Chazelle pretende explicar às pessoas que é obrigatório trabalhar nos limites para conseguir chegar aos objetivos e que só com o treino se chega à perfeição. Whiplash fala do jovem baterista Andrew Neyman (interpretado por Milles Teller) que foi aceite no Conservatório de Shaffer, considerada por muitos como a melhor escola de música dos Estados Unidos da América. Nessa escola encontra o rígido e tenebroso professor Terence Fletcher, incrivelmente desempenhado por J. K. Simmons. O jovem estuda e pratica afincadamente, colocando a sua carreira profissional à frente da família, amigos e possíveis paixões. Tudo na procura de ser o melhor de todos os tempos! Contudo, Terence Fletcher tem um modo de ensino muito questionável e põe constantemente Andrew Neyman à prova. Aluno e professor começam a criar uma relação de amor-ódio porque apesar de diferentes, ambos são extremamente ambiciosos e orgulhosos. Com o desenrolar da história, os protagonistas do enredo começam a chocar e a relação entre os dois… tanto bate até que fura. A obra só peca no desenvolvimento das personagens fora do contexto musical. Tirando esse pormenor, o filme é sublime em todos os aspetos e a tensão entre as duas personagens transcende o ecrã. O realizador desenhou na perfeição cada segundo da película e os sentimentos das personagens são percetíveis a quem está do lado de cá. Whiplash foi uma das surpresas do ano e dos próprios Oscares, sendo um dos grandes vitoriosos da noite de Hollywood. Venceu três estatuetas nas categorias de melhor ator secundário (J.K. Simmons), melhor montagem (Tom Cross) e melhor mistura de som (Craig Mann, Ben Wilkins e Thomas Curley). Por todas estas razões (e prémios, pois claro!) aconselhamos uma ida ao cinema. Pegue nas baquetas e entre no ritmo! k


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SENTADO NO MOCHO Portugal continua a ser idiotamente preconceituoso Simone de Oliveira Cantora Os sonhos que sonhou, ainda lá estão. As horas que viveu, sabe-as de cor. Tem na pele a sua história. Livre, apaixonada pela vida e “terrivelmente gozona”, como refere, conta já com 57 anos de carreira e inúmeros episódios que recorda com invejável precisão. O seu nome é mulher. O seu nome é Simone. Texto: Diogo Fernandes e Mariana Lopes Fotos: Diogo Fernandes

Com cerca de 57 anos de carreira, ainda se sente nervosa ao entrar em palco? Podem não acreditar, mas cada vez que vou para cima do palco, o meu medo é maior do que era há 10, 15 ou 20 anos atrás. Hoje entro em palco com uma certa tranquilidade, mas se me disserem alguma coisa, dá-me vontade de vomitar e digo “não vou!”. Quando canto uma cantiga, sinto que tenho de os agarrar. Não me é muito difícil, porque para além de cantar, conto histórias. As pessoas riem, choram. É algo mais intimista. Eu não sei cantar por cantar. Ou canto e tento transmitir as emoções que o poeta me deu, através das palavras, ou então, não sei fazer de outra maneira.

Tenho uma necessidade absoluta de ver o mar, de sentir o mar. Tive tudo de mão beijada para poder viver fora de Portugal, mas nunca quis. Hoje teria uma casa com piscina, um Porsche, mas não tinha outras coisas… Não tinha os filhos e os netos que tenho, e isso eu não trocava de maneira nenhuma. Sentia-se uma embaixadora do país? Não lhe sei bem responder a isso. As outras pessoas é que podem responder. Sei que tive esse peso às costas, que ainda hoje tenho. Não fui eu que o pedi, as pessoas foram-me pondo em cima muitas coisas – a voz, a força - e eu percebo que nesta altura da minha vida tenho essa carga toda. É um peso muito grande.

Quem seria a Simone sem a música? Eu não me imagino sem música, teatro, porque nunca fiz outra coisa na vida. Na fase em que deixei de cantar, vendi brinquedos numa empresa, fui locutora de continuidade, conversei com pessoas (não gosto muito da palavra “entrevista”) mas tinha 19 anos quando comecei a cantar. Na altura, ninguém queria ir para o palco porque era considerado prostituição, e por isso não era nada fácil… Hoje sou capaz de pensar no que gostava de ter sido… ainda adoro ver os bailarinos no gelo e os voos do trapézio… É maravilhoso, mas é horrivelmente difícil, e eu tinha outros voos. Era muito calma. Depois virei outra coisa e já não tenho nada a ver com essa rapariga que fui até aos 19 anos.

Como foi cantar A Desfolhada em clima de ditadura? Eu acho que nem eles deram por isso nem eu (risos). “Quem faz um filho fá-lo por gosto”. Fui chamada de tudo, insultada nas ruas, nas esquinas, nos cafés. Parecia impossível uma mulher dizer isso porque não se podia dizer nem “chiça”. Tive várias situações complicadas pelo facto de assumir o texto, do Zé Carlos [Ary dos Santos], e que eu nunca pensei que desse a polémica que deu. E o espantoso é que durou até hoje e as pessoas, das mais novas às mais velhas, cantam de fio a pavio A Desfolhada. Alguma coisa a canção tem. Ela só resiste porque é um texto espantoso.

Representou Portugal por todo o mundo… Tenho andado com a bandeira, realmente, com o país todo. Quando estava em Paris, quando foi o espetáculo da Amália no Olympia e de repente vi uma garrafa de vinho do Porto numa montra, deu-me um ataque… Tinha uma saudade e não sabia do que era. Era do mar. Não sei se me era possível viver num sítio onde não houvesse mar.

Como foi viver o 25 de abril? Foi emocionante mas, mais emocionante que tudo, foi o primeiro 1.º de maio, logo a seguir à revolução. Nunca mais houve nenhum igual. Foi a sinceridade, a verdade. Depois foi-se deteriorando um bocadinho. Não digo aqueles dois ou três anos a seguir, mas depois… Quando a política e os políticos tomam conta das coisas é


uma gaita. E depois tenho grandes reservas. Eu sou uma anarca muito bem comportada (risos). Ainda existe censura? Portugal continua a ser idiotamente preconceituoso. Ainda temos todos muitos preconceitos. Somos falsamente católicos. Muitas vezes somos falsamente democráticos. A democracia é uma coisa muito complicada. As pessoas acham que podem invadir o espaço das outras. Todos nós temos jardins secretos, todos. E temos direito ao sonho. O que lhe passou pela cabeça quando perdeu a voz? Chorei baba e ranho. “O que é que eu faço aos miúdos? Como é que vou dar de comer a estas crianças?”. Depois virei os pés pela cabeça. Fui locutora de continuidade no Casino da Figueira. Fiz um programa de rádio. Escrevi em revistas e fui ganhando o dinheiro que era preciso. Mas uma coisa que aprendi foi que é extremamente útil se as pessoas forem capazes de pensar que um dia vão viver sem palmas. Se não pensarem nisso levam um estoiro que andam de lado. Foi um dos grandes dramas da Amália. Uma das suas grandes solidões. Como vê a música nos dias de hoje? A música mudou, as pessoas têm outras apetências. A rádio devia transmitir 80% de música portuguesa, como diz a lei, e não passa. Nós somos fãs dos anglo-saxónicos, dos americanos. Quem sabe alguma coisa da canção francesa, italiana, grega? Conhece mal a de Espanha, também. E há com certeza muita gente a cantar bem nesses países, que nós não conhecemos. Eu por acaso conheço alguns porque gosto, eu vejo. Quais são os artistas portugueses que costuma ouvir? Tenho uma paixão pelo Camané. Fui ver a Dulce Pontes. Adoro a Sara Tavares. Gosto dos Amor Electro, do FF. Há outros. Mas depois também há outros que não vejo porque não gosto, não me apetece. São tantas bandas, tantos grupos… Aparecem todos os dias! Não há capacidade para tanto. Qual é o segredo para ser bem sucedido na área da música? Trabalhando, sendo humilde, e tentando fazer sempre melhor. Às vezes não se consegue, mas pelo menos é essa a tentativa. É uma coisa que eu tento também fazer: o meu melhor. Sempre com a maior entrega, o maior respeito. Tenho sido uma mulher com muita sorte e só tenho de agradecer à vida, à gente à minha volta, aos filhos e agora aos netos. A Simone, “A Cantigas”, e Varela, o seu marido, “O Dramas”. Porquê? O Varela era um homem triste. Um dia lindo de sol de Agosto e ele dizia “achas que vai chover?”. Ele adora o tempo cinzento, que eu detesto. Ele deu-me um grande equilíbrio, uma certa serenidade e eu dei-lhe as minhas gargalhadas até ao fim da vida. Sou hoje uma pessoa serena. Tenho alguma solidão. Vivo sozinha há 19 anos não é fácil gerir, mas não me arrependo de nada.

Quem sabe alguma coisa da canção francesa, italiana, grega? (…) E há com certeza muita gente a cantar bem nesses países, que nós não conhecemos. Tem gosto pela vida? Gosto muito de viver. Mesmo quando está tudo torcido, difícil. No dia em que não sentir esse gosto é que a coisa se complica um bocadinho mais. Não é fácil viver sozinha com esta idade. A solidão chateia. A idade chateia. Dá muitos conhecimentos, mas dá muitas dores, como me disse uma vez o Carlos do Carmo. É vedeta? Não sou nada vedeta. Mas sei ser vedeta se for preciso. Mas isso não queiram… a coisa não corre muito bem. A Fátima, que trabalha comigo há quase 20 anos, diz: “é melhor não falarem com ela que ela agora tem os olhos verde alface e as abas do nariz abertas”. Diz que fico assim quando estou irritada mas eu não sei, não dou por isso (risos). É bom ter rugas e não ter vergonha de as esconder? Não faço crítica a quem faz plásticas. Acho que se pode dar um toque e tal, mas quando a pessoa fica deformada eu só pergunto: “Elas olham para o espelho e quem é que encontram? Onde está a alma? Quem são?”. Não são elas. Eu escolhi não fazer. Às vezes de manhã penso “porque é que tu aos 50 anos não começaste a tirar uma rugazita?”. Agora? Só se fosse maluca. Joga-se ao galo na minha testa, mas não quero, nem quis, ser outra pessoa. É dona de si própria? Um dos meus netos que pinta muito bem quis oferecer-me um quadro e perguntou à mãe, a minha filha: “O que é que eu faço para dar um quadro à avó?”. E ela disse: “A tua avó é a liberdade”. Eu nasci livre, por dentro. Por isso é que levei os encontrões todos que levei, por isso que tive filhos sem ser casada, fui contra as leis de um país, contra o “parece mal” ou “parece impossível”. Eu nasci livre. Porquê? Não me pergunte. porque eu não sei. Os meus próprios pais diziam “a quem é que tu sais?”. Uma família completamente conservadora. Eu fiz crisma, comunhão solene, catequese, fiz tudo. Depois um dia zanguei-me. Zanguei-me porque não entendi. E aí começo a cantar. Aí nasce a outra Simone. A Simone canta muito sobre o amor. Que importância tem esse sentimento? O amor não é o problema só dos namorados. O amor no sentido lato da palavra é fundamental para que o mundo avance. Porque não é nem com raiva, nem com ódios, nem com guerras, nem com tudo o que se passa neste momento que se consegue chegar a lado algum. Se não dermos as mãos, isto está tudo perdido. k

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05 março 2015

A CHAVE DE SALOMÃO José Rodrigues dos Santos Depois dos sucessos consecutivos dos livros de José Rodrigues dos Santos, A Chave de Salomão era muito esperada. A questão abordada (a vida depois da morte) e o facto de ser uma espécie de seguimento de A Fórmula de Deus, um dos livros preferidos dos seguidores do escritor, aumentaram as expetativas. É habitual que os livros do autor tenham uma componente histórica e explicativa, mas nesta obra parece acentuada. Para quem não conhece bem a área da Física, nem sempre é fácil de acompanhar. Para além disso, a questão da pós-morte, que muitas vezes foi apresentada como o slogan do livro, não surge como a mais explorada. Para quem espera muitas explicações sobre o fenómeno, a obra não dará muitas respostas. Enquanto leitora, fiquei na expetativa de mais testemunhos e relatos concretos. O fio condutor da história é no entanto muito interessante. A morte de Frank Bellamy, uma figura importante da CIA e que já tinha trabalhado com Tomás Noronha, e a quase-morte de Dona Graça, mãe da personagem principal, são bastante intrigantes e prendem o leitor. E nessa questão, o autor acerta sempre. Caso não existisse história de ação não seria possível abordar toda a inforMariana Lopes mação de forma simples. No final do livro, o autor surpreende e faz algo que já esperava há muito: coloca, nas considerações finais, um enigma para o leitor resolver e assim envolvê-lo no desfecho do livro. Ainda que a resposta não seja concreta, a estratégia é bem conseguida e interessante de repetir em próximas obras. Também se destaca a pesquisa sempre muito presente nas obras do autor. A Chave de Salomão era um livro muito desejado por toda a ‘comunidade Noronha’. Diria que não é fácil entrar na obra sem ter lido outros livros do autor. Em todo o caso, as vendas não mentem e a Chave de Salomão rapidamente chegou ao top dos livros mais vendidos em Portugal. k

KAPAS


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ESECS voltou a receber Ciclos da Comunicação Texto: Sara Silva

ÚLTIMAS Adriana Pereira

CINANTROP: FESTIVAL INTERNACIONAL DE CINEMA ETNOGRÁFICO Com o objetivo de valorizar as identidades dos povos a partir do cinema está de regresso 3ª Edição do Cinantrop, Festival Internacional de Cinema Etnográfico. Filmes de carácter etnográfico podem ser submetidos a concurso até 31 de março, nas categorias Competição Internacional, Competição Portuguesa e Competição Regional. A projeção de filmes decorrerá depois entre 28 de Abril e 2 de Maio em Batalha, Leiria, Marinha Grande e Ourém. Regulamento disponível em: http://cinantrop.blogspot.pt.

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Estádio de Leiria recebe 1º Torneio Inter-Escolas de Ultimate Frisbee

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Texto: João Pedro Santos

e fair-play, as regras que definem o jogo nunca são violadas pelos jogadores, pois existe um código de honra e respeito mútuo. O Leiria Flying Objects é presidido por José Amoroso, docente no Instituto Politécnico de Leiria. Quando questionado acerca da importância da modalidade para os mais jovens, José Amoroso não tem dúvidas: “Queremos mostrar aos jovens a importância do fair-play numa modalidade onde a principal regra é o respeito pelo adversários e pelas regras do jogo”. O clube de Leiria encontra-se também a organizar um torneio internacional, previsto para 30 e 31 de maio, no Estádio Dr. Magalhães Pessoa, e onde participarão clubes oriundos de Portugal, Espanha, Inglaterra, Itália, França, Holanda e Bélgica. Já no dia 28 de junho, na Praia do Pedrogão, em Leiria, decorrerá uma das etapas do Campeonato Nacional de Ultimate Frisbee, igualmente organizado pelo Leiria Flying Objects. José Amoroso já pensa na possibilidade de criar a primeira equipa universitária portuguesa de Ultimate Frisbee, no Instituto Politécnico de Leiria. k

Live Mocha Conhecer línguas estrangeiras é essencial para nos comunicarmos com o mundo. Quem não tem oportunidade de Sara Silva aprender novos idiomas em escolas de línguas, poderá inscrever-se sem compromisso em sites como o Live Mocha, que oferece cursos gratuitos. Trata-se de uma comunidade virtual que conta com membros de mais de 195 países. Através de exercícios escritos e orais, os utilizadores ajudam-se mutuamente na aprendizagem de outras línguas.

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Handimania Fazer uma mesa de centro, personalizar os sapatos, criar um mural de fotografias e preparar Nesquik caseiro são algumas das inúmeras sugestões apresentados no site Handimania. Esta plataforma agregadora de projetos faça-você-mesmo (ou Do it Yourself, em inglês) inspira os entusiastas por artesanato, cozinha e remodelações a pôr mãos ao trabalho e conferir um toque pessoal a tudo à sua volta.

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No próximo dia 9 de maio irá realizar-se no Estádio Dr. Magalhães Pessoa o 1.º Torneio Inter-Escolas de Ultimate Frisbee, que contará com a presença de alunos de seis escolas do ensino básico e ensino secundário do concelho de Leiria e da Marinha Grande. O torneio é organizado pelo Leiria Flying Objects que gostaria de vir a posicionar o Ultimate Frisbee como modalidade integrante dos programas de Educação Física das escolas do ensino básico e secundário. De acordo com a organização, o objetivo deste torneio amigável passa pela promoção de uma modalidade que parte da população ainda desconhece e tentativa de incutir o gosto pela mesma entre as camadas mais jovens. O Ult imate Frisbee é um desporto coletivo criado em 1967 nos EUA que reúne algumas semelhanças com o futebol americano e rugby. Apresenta como particularidades ser praticado com um disco, integrar nas equipas elementos de ambos os sexos e ser o único desporto no mundo que não possui árbitros. O objetivo de jogo consiste em marcar pontos na área da equipa adversária. De forma a manter a ordem

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ASSOCIAÇÃO DE FUTEBOL DE LEIRIA PROCURA NOVA MASCOTE A Direção da Associação de Futebol de Leiria está a promover um concurso para a realização do desenho da mascote da Associação. No concurso podem participar todos os interessados e cada concorrente pode apresentar mais do que uma proposta. O trabalho vencedor será escolhido pela Associação de Futebol de Leiria tendo como critérios a criatividade e a originalidade do desenho. As propostas podem ser apresentadas até 26 de Junho. Regulamento do concurso disponível em: www.afleiria.com.

Vitor Emanuel e Joana Borges de Almeida debateram acerca do Entretenimento e novos atores sociais; no dia 25 reuniram-se Rita Marrafa de Carvalho, Sofia Branco, Luis Guerra e João Paulo Serra para discutirem Visibilidades e Invisibilidades na Informação, e no terceiro dia, 26, Ana Frazão Rodrigues, Maria Miguel Ferreira e Nuno Azinheira sentaram-se à mesa para apresentar Oportunidades e estratégias nos media. De realçar ainda a realização, no dia 25, de uma tertúlia com Jorge Wemans, na Livraria Arquivo. No final do evento, o testemunho foi passado aos atuais alunos de 2º ano da licenciatura de CSEM, esperando agora que organizem a edição de 2016. k om .c

DIA ABERTO NA ESTG Nos dias 18, 19 e 21 de Março a Escola Superior de Tecnologia e Gestão realiza a 17ª edição do Dia Aberto. A iniciativa tem como objetivo apresentar a oferta formativa e dar a conhecer as atividades e projetos desenvolvidos através de atividades laboratoriais, jogos e exposições. O Dia Aberto destina-se a todos os que queiram conhecer melhor a escola enquanto Instituição de ensino superior, sejam estudantes do ensino secundário, agentes de ação educativa ou da comunidade civil e empresarial do distrito. Mais informações em: http://www.estg.ipleiria.pt/.

A Escola Superior de Educação e Ciências Sociais (ESECS) do IPLeiria recebeu, nos passados dias 24, 25 e 26 de fevereiro, mais uma edição dos Ciclos de Comunicação. A iniciativa cultural e pedagógica foi mais uma vez organizada pelos alunos finalistas da licenciatura de Comunicação Social e Educação Multimédia (CSEM) e teve como objetivo dinamizar um espaço, para além das aulas, de partilha de conhecimentos relacionados com a área de comunicação. O tema escolhido para esta edição foi “(In)visibilidades nos Media”, procurando abordar a forma como os media contribuem para dar visibilidade social a novos atores, bem como as consequências, positivas e negativas, destes processos. Como oradores convidados o Auditório 1 da ESECS recebeu investigadores e profissionais da área. No dia 24 Vitor Espadinha, Bárbara Vieira,

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