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ASILO DUQUE DE BRAGANÇA

TOMO II

devidos a uma capital de districto» (508), conseguiu obter do governo o subsídio anual de 500$000 réis perfazendo com ele o total acima referido, e mais, por uma só vez, 250$000 réis, e fez com que se conduzisse a água do próximo marco fontenário para um tanque da cerca do Asilo; medida de grande economia e utilidade, pois as asiladas, além de poderem lavar ali a sua roupa, habilitam-se neste mester. O mesmo governador civil ainda em 1902 obteve do governo a quantia de 1000$000 réis para construir a cozinha e refeitório desse Asilo, ao rés-do-chão, consertar sobrados e outros melhoramentos (509). O Asilo funciona em parte do antigo mosteiro de S. Bento. Em ofício de 3 de Junho de 1867 (510) o Secretário geral do governo civil de Bragança, Henrique José Ferreira Lima, servindo de governador civil substituto, dá conta de se haver inaugurado com grande solenidade o Asilo Duque de Bragança nesta cidade. Diz que todas as corporações, autoridades e em geral os habitantes da cidade contribuíram para o esplendor do acto que este Asilo teve a fortuna de merecer a protecção de Sua Alteza o Príncipe duque de Bragança; que as obras para a reparação do edifício onde se estabeleceu o Asilo foram de subida importância, pelo estado de deterioração em que se achava, sendo mister prolongarem-se por cinco meses com emprego de muitos operários; que os habitantes do distrito contribuíram involuntariamente para elas não só quanto a serviços materiais, mas também pecuniários relativos à capitalização de fundos e anuidades para despesas correntes; que, depois da real protecção e auxílio do governo, este estabelecimento deve tudo aos acrisolados sentimentos e incansável dedicação dos seguintes cavalheiros que constituíam a comissão instaladora: José Maria Pereira Lopo, cónego da Sé; Paulo Cândido Ferreira de Sousa e Castro, 1.º oficial da secretaria do Governo Civil; Albino Garcia de Lima, comissário dos estudos e deputado às cortes: João António Pires Vilar, professor do Liceu de Bragança; Jacinto José de Sá Lima, proprietário, e Manuel José Dias Mendes Pereira, negociante. Na sua criação pela Junta Geral do Distrito de Bragança, o Asilo foi apenas dotado com o subsídio de 500$000 réis; depois, em 1875, foi este elevado a 1 310$000 réis com os seguintes encargos:

(508) VAZ, Francisco Manuel, Padre, Gazeta de Bragança de 14 de Outubro de 1900. (509) Gazeta de Bragança de 20 de Julho e 7 de Setembro de 1902. (510) Diário do Governo, de 14 do mesmo mês e ano.

MEMÓRIAS ARQUEOLÓGICO-HISTÓRICAS DO DISTRITO DE BRAGANÇA


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