O Efeito Antrópico
Trabalho finalÍndice
Introdução
Experiência principal
Reflexão
Conclusão
Bibliografia
Introdução
O tema deste trabalho é “Preservar e recuperar o ambiente”, e como o ser humano pode afetar a natureza pelas suas ações (daí o título “O efeito Antrópico”).
Este documento interliga conhecimentos de química, laboratório, estatística e biologia.
Eu desejo estudar astronomia, e embora esta não esteja relacionada com Biologia, mas com a física, penso que o modo de investigação que ambas tenham sejam muito semelhantes.
Os procedimentos que constituem o conhecimento científico ou a evolução de conhecimentos anteriormente existentes resultam de experiências e pesquisas cuja análise com o uso da lógica é idêntico em ambas as ciências.
Agradeço os meus colegas e minha professora de Biologia pela cooperação e ajuda.
Período de trabalho: 3º período letivo do ano letivo 23/24
Experiência principal
Protocolo
Introdução teórica
Chuvas ácidas – Poluentes (materiais que poluem o ambiente) como óxidos de nitrogénio podem originar ácido sulfúrico e ácido nítrico, por reação com a humidade do ar (ou seja, a presença de água), caso sejam libertos para a atmosfera. Por precipitação, estes ácidos atingem os solos e acidificam-os, reduzem a absorção de água e de nutrientes pelas plantas e danificam as raízes.
Aquecimento global – A temperatura ambiente média tem aumentado gradualmente ao longo dos anos devido ao efeito estufa: O nosso planeta recebe calor através da radiação do sol, em que parte é refletida e parte é absorvida (enquanto a terra emite calor). Com o aumento do dióxido de carbono e vapor de água, coisas que absorvem as radiações solares e as emissões de calor da terra, a temperatura e as secas aumentam, incluindo que a água do oceano acidifica, devido ao aumento de dióxido de carbono tornando-se insuportável para a vida.
Bioacumulação - Os poluentes absorvidos por seres vivos podem ser acumulados nos seus tecidos e, pela cadeia alimentar, estes poluentes podem se espalhar por outros seres vivos, de níveis tróficos superiores: bioampliação.
ETAR – As Estações de Tratamento de Águas
Residuais tem como objetivo purificar a água, usada e/ou poluída e devolvê-la para oceano ou para ser usada outra vez, e pode ser usada para tratar água ácida.
O ácido das chuvas ácidas infiltra-se no solo, e como as plantas podem absorver alguma dos poluentes, estas podem acumulá-los. Como estas se encontram no primeiro nível trófico, os poluentes podem espalhar-se para outros seres vivos - bioampliação.
O aquecimento global pode catalizar as chuvas ácidas. Para explorar estas relações, usámos plantas e uma solução ácida para ver o efeito de um poluente na natureza.
Objetivo
O objetivo desta experiência é simular o efeito da acidificação, causada pela poluição e as suas consequências, como chuvas ácidas, nas plantas e nos solos, observando a evolução do estado de plantas e registando a variação de ph resultante no solo. Também observar se a água neutraliza a solução consideravelmente.
Recursos humanos
·Turma de 12º Ano e Professora Paula Falcão recursos financeiros
-Orçamento não
foi necessário no nosso caso
Materiais:
·12 garrafas de 1L ½
·Esguicho
·Medidor de PH
·Terra fértil
·Plantas teste (Leontodon sp, Plantago sp e Erodium sp)
·Rochas e pedras de diferentes tamanhos (uma quantidade suficiente para as garrafas)
·Cola quente
·X ato
·Lamparina
·Ponta metálica (ou um condutor térmico bom)
·2 garrafões
·Vinagre branco
·Água
·Tubos de ensaio
·Fósforos
·Proveta de 100 ml
·Tubo flexível de comprimento significativo
·Escopro de geólogo
·Fita cola
·Tesoura
·Garrafa de 300 ml
·Pá
·Balão volumétrica
·Pompete
·Pipeta graduada
1º fase - construção das garrafas
1. Com um x ato, cortar uma abertura na lateral das garrafas de 1L ½ (cortar, no máximo, metade do cilindro). A abertura é a parte que fica virada para cima.
2. Acender a lamparina com um fósforo e pôr a ponta metálica (preferível. Caso não esteja uma disponível) a aquecer.
3. Quando a ponta estiver quente o suficiente, fazer um buraco na base das garrafas, lateralmente, num sítio onde seja possível recolher a água que passou do solo para o fundo.
4. Cortar 12 porções do tubo flexível, iguais, e enfiar em cada buraco feito.
5. Com a cola quente, colar os tubos às garrafas e selar algum buraco (para verificar se a selagem está bem feita, pôr água em cima do tubo e observar se alguma água escorre pela selagem).
6. Fazer uma camada de pedra e rocha no fundo da garrafa.
7. Com a pá, recolher terra e fazer uma camada com a mesma em cima da camada de rocha e pedra.
8. Com o escrópulo de geólogo, recolher plantas do solo para testar, sem partir as raízes.
9. Plantar as espécies anteriormente recolhidas só em 9 garrafas, enquanto as outras 3 ficam só com terra e pedra.
10. Regar com água uma vez por dia para as raízes prenderem-se no solo.
11. Organizar 4 grupos de 3 garrafas, 3 grupos com plantas e 1 só com terra. Nomear cada grupo de 1 a 3 (exceto o grupo terra/T), e marcar, de A a C, as garrafas de cada grupo. (ex. do produto final).
2º fase – registo de dados e execução da experiência
Usámos o esguicho, a proveta, o vinagre branco, a pipeta graduada, a pompete e o balão volumétrico para diluir o vinagre branco (ácido acético) para descobrir as diluições com o ph adequeado para a experiência.
1.
Usar a proveta de 100ml (ou outra recipiente de medição) para produzir grandes quantidades de solução, neste caso um de rácio de 1/50 ml/ml e 1/100 ml/ml (soluto/solução).
2. Regar os grupos com plantas com água antes de começar a experiência para fixar as raízes.
3. Começando a experiência, regar todas as garrafas dois dias por semana, do seguinte modo: No grupo T (terra, que é o controlo negativo) e A, regar 300ml em cada garrafa com a solução mais concentrada de ácido acético, de rácio 1/50. No grupo B, regar 300ml em cada garrafa com a solução menos concentrada de ácido acético, de rácio 1/100. No grupo C, que é o controlo positivo, regar com 300ml de água em cada garrafa.
NOTA: Antes de regar as garrafas, registar o ph das soluções a utilizar e selar a saída do tubo ou prender a ponta em cima da garrafa. 1h depois, aproximadamente, recolher a solução pelo tubo de cada garrafa e registar o seu ph.
Tratamento de dados
Depois de regarmos por quatro dias do modo apresentado anteriormente, registámos os seguintes dados e reorganizámo-los do seguinte modo:
nota: “ΔPH” significa variação de ph
Com estes dados, um gráfico foi criado para demonstrar os resultados mais concisamente:
Notou-se que:
O grupo (G3) que usou água, o Ph variou próximo do zero. Os grupos que usaram a solução mais ácida (GT e G1), o Ph variou entre 1,5 e 2.
O grupo que usou a solução menos ácida (G2), o Ph variou perto de 3. Adicionalmente, as plantas começaram a morrer ao longo da experiência.
É possível concluir a partir desta informação que quanto mais ácida for a solução posta no solo, menos esta varia/é neutralizada, tornando os solos inférteis. Se a solução for ácida, mas perto do neutro, então os solos e as plantas conseguem neutralizar mais a solução, mantendo os solos férteis.
Conclusão da experiência
Os resultados demonstraram que o problema das chuvas ácidas é nível de ph ser mais baixo que o normal (que as chuvas têm). Desta maneira, entende-se a ameaça das chuvas ácidas para as plantas os solos, e que a produção de poluentes podem indiretamente matar não só florestas como também a produção agrícola.
Galeria de fotografias
Reflexão
Neste período , alguns erros, distrações e atrasos forma feitos. Começando com o planeamento/planificação das atividades, demorámos a planear a experiência principal, que embora fora organizada em duas aulas, demorámos na verdade uma semana para chegar lá.
Com o tempo de trabalho que tínhamos, nem foi possível fazer a planificação nem o cronogrma, que devia ser feito no início. Acrescentando que só fizemos uma atividade para o projeto, ao contrário dos projetos anteriores que incluíram mais.
Em relação ao rigor científico, falhámos no final da experiência ao quarto dia de rega após termos usado soluções novas (porque as que estávamos a usar tinham acabado), que não tinham o Ph correto.
Porém, acredito que a construção da experiência correu bem. Dos resultados da nosso projeto, eu acho que é aparente como a nossa poluição pode afetar e afeta o ambiente à nossa volta, e que, infelizmente, o impacto é negativo para a vida e o equilíbrio natural do planeta, logo, devíamos tomar medidas de resolução.
Conclusão
Se eu aprendi algo com este projeto é que o tempo e a sua gestão são coisas essenciais, algo que se for encarado incorretamente limita a liberdade no trabalho.
Com este tema revisámos a cadeia alimentar e os níveis tróficos e explorámos como a ação antrópica indevida afeta a cadeia alimentar, e, consequentemente, alastra-se pelo ambiente.
Apesar de o nosso trabalho experimentalmente focar-se no efeito das chuvas ácidas, a mesma contribui para a instabilidade ambiental e a sua poluição, que mais tarde afetará nós também. Comparado com os outros trabalhos, penso que não explorei tanto e que não aprofundei muito, no entanto, com uma atividade laboratorial revi matéria anteriormente aprendida que não me lembrava e que pode ser importante para o futuro.
Para finalizar, o trabalho feito este período não é perfeito, mas acredito que tenha dado uma experiência necessária para o futuro.
Bibliografia
REIS, Jorge; GUIMARÂES, António; SARAIVA, Ana Bela; NOVAIS, Hugo;Odisseia 12. Porto: Porto Editora, 2023
Verdadeiras Sobreviventes: Plantas que Resistem à Poluição - Consulte em: https://iloveflores.com/plantas-que-seadaptam-a-ambientes-poluidos/ (15/04/24)
Causas e efeitos das Mudanças climáticas - consulte em: https://www.un.org/pt/climatechange/scie nce/causes-effects-climate-change
Obrigado pela Atenção
Manuel Neto; nº8; 12ºA; Externato S. José; 01/06/2024