Sexta edição - Revista Fazer o bem

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revista

Fazer o bem

Ano 03 | Edição 06

Parque do Cocó novo ‘point’ da cidade CHAMA A instituição materna que necessita de mais atenção

Cidadania O trabalho do Laboratório de Inclusão Social de Fortaleza


Foto: Luzia Monalisa


A compaixão pelos animais está intimamente ligada a bondade de caráter, e quem é cruel com os animais não pode ser um bom homem. Arthur Schopenhauer


RFB| Palavras do bem

#Gratidão A sexta edição chegou e ela vem cheia de novidades! Agora contamos com novos colaboradores e novas sessões. Nesta edição vamos conhecer dois projetos: o Chama e o Reviva. Além de dicas de música, filme e livro e vamos nos derreter de amor com as fofuras que estão disponíveis para adoção. Mas não acaba por aí! Tem o faça você mesmo para deixar seu ambiente ainda mais lindo e aconchegante, um “Fique por Dentro” sobre depressão e sobre o laboratório de inclusão social “Cidadania”. Nossa matéria de capa traz apresenta as novas atrações do Parque do Cocó. É tanta coisa que só tem a dimensão quem conferir! Lembrando que todos que aqui ajudaram são voluntários e fazem tudo isso com muito amor e dedicação. <3 Agradeço a todos que estão conosco em nossas redes sociais e que nos ajudam em todas as nossas ações, vale ressaltar que a Revista Fazer o Bem é uma mensagem de simplicidade e você pode ajudar da forma que você quiser. Boa leitura!

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Kelly Cristina


Colaboradores

Expediente agradecimentos Ana Policarpo Carol Loureiro Cleiton Brasil Elizângela Marinho Palloma Lopes Taciana Farias DESIGNER

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Kelly Cristina

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ORGANIZAÇÃO Bernadeth Vasconcelos Idalécio Costa Isa Oliveira Gabriel Amora Gabryela Abreu Kelly Cristina Luzia Monalisa

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Noemia Passos

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Stacy Barbosa REVISTA FAZER O BEM Fortaleza – Ceará – Brasil revistafazerobem.com.br revistafazerobem@gmail.com Facebook Revista Fazer o Bem

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09 06

Instagram @revistafazerobem Twitter Fazer_obem Youtube Revista Fazer o Bem

1 Bernadeth Vasconcelos

4 Gabriel Amora

7 Luzia Monalisa

2 Idalécio Costa

5 Gabryela Abreu

8 Noemia Passos

3 Isa Oliveira

6 Kelly Cristina

9 Stacy Barbosa

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RFB| Páginas do bem

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12 Projetos/ONGS

8 Fique por dentro 12

Chama, a instituição materna que necessita de mais atenção

Depressão

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Dica de livro Comer, rezar, amar

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16 Entrevista 18

Faça você mesmo Luzes em flor

EsporteXdrogas: a luta da vitória

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Matéria de capa Parque do Cocó transforma-se no novo ‘point’ da cidade


Edição 06

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31 Projetos/ONGs 34 Dica de filme 37

Dica de música Tarde livre

Reviva

Na Natureza Selvagem

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38 Fique por dentro 40 Páginas verdes Derivados do coco

Cidadania: Laboratório de Inclusão

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Histórias que inspiram O poder transformador da educação


RFB| Projetos/ONGs

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CHAMA a instituição materna que necessita de mais atenção por Gabriel amora

O Centro Humanitário de Amparo à Maternidade, conhecido como “Chama”, é uma instituição sem fins lucrativos com o intuito de auxiliar no acompanhamento de gestantes em situações de vulnerabilidade. O centro, dessa maneira, acaba por promover a vida ao acolher e apoiar as jovens adolescentes e adultas que estão grávidas e com as situações socioeconômicas, familiares e psicológicas que as impedem de cuidar sozinhas de seus filhos.

A instituição, situada no Eusébio - Ceará, garante, de forma humanizada e integral, apoio a gestantes em seus problemas de exclusão social e de pobreza, algo que abre as portas para muitas que buscam tamanho apoio. Além disso, o centro oferece cursos e atendimento psicossocial para as que estão mais necessitadas. O ambiente recebe as mulheres encaminhadas por órgãos de saúde e assistência social e, é claro, está aberto para ser procurado por qualquer pessoa que precise do auxílio. O lugar possui capacidade de ter 22 mulheres e o intuito é de melhorar e ajudar o máximo de moças possível. A coordenadora, Verônica Roseno Tavares, afirma que o centro

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Foto: Natinho rodrigues

foi pensado e desenvolvido através de uma ideia de um grupo de amigos procurando parcerias com órgãos do estado do Ceará e do Município do eusébio, o que demonstra que grandes idealizações surgem de boas conversas. Verônica também já

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contou que o intuito é cuidar de toda maternidade, passando por soluções para as dependências químicas até a resolução da estadia da gestante. o centro é espaçoso, arejado e amplo para muitas conseguirem residir com os atendimentos e au-


las de profissionais que informam e apoiam até o momento após o parto. Já os quartos, que cabem três mães, foram montados e decorados com camas e, obviamente, berços para acolher os pequenos que estão chegando. e com todo o apoio de desenvolver ações de prevenções, de tratar, educar, prover, alimentar e propor atividades socioculturais e educativas, a equipe da instituição cuida do pré-natal, da saúde e do parto, sem olhar a situação financeira ou as características da grávida, o que já incluiu gestantes com Zika Vírus. a intenção de oferecer um parto digno para as necessitadas é algo justo, altruísta e deveras importante para o Ceará e Brasil, pois mostra que há investimentos e garantias de segurança para as pessoas que tanto precisam de apoio. isso merece uma considerável atenção.

centro cHama (085) 9 8683 1169 rua raimundo Guimarães, n 181

“A equipe da instituição cuida do pré-natal, da saúde e do parto sem olhar a situação financeira da grávida” gaBriel amora é estudante de jornalismo, co-fundador do site quarto ato, radialista e redator da imaginário Propaganda.

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Foto: br.freepik.com/

RFB| Fique por dentro

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Depressão

A depressão é um distúrbio emocional que afeta o estado psicológico do ser humano, caracterizando-se principalmente pela tristeza, desânimo e falta de desejo em realizar qualquer atividade de sua vida. Assim, pode ser causada por algum abalo emocional ou algum trauma ocorrido.

por Bernadeth Vasconcelos

Muitas pessoas pensam que estão com depressão ou se acham deprimidas e, a fim de evitar esse tipo de equívoco, aí vai: qual a diferença entre a depressão e a tristeza comum?

Bem, na depressão, o paciente geralmente não consegue distinguir qual foi o motivo que causou a sua angustia, considerando que nada em sua vida o desperta interesse. É por isso que recomenda-se ajuda psicológica, para então direcionar os seus sentimentos e conseguir sair desse humor

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deprimido. Já a tristeza comum é causada por um motivo específico e não tem um tempo preciso para terminar. Por exemplo, alguém da sua família faleceu e você está abalado emocionalmente por isso. É normal, o luto e a tristeza precisam ser sentidos para o seu consciente psicológico, de fato, aceitarem aos poucos a dor da perda, porém, quando isso afeta demasiadamente de maneira negativa o seu dia-a-dia a ponto de prejudicar a sua vida, então você deve procurar ajuda. os sintomas da depressão mais comuns são: insônia, falta de apetite, perda de libido e isolamento social, melancolia, sentimento de culpa, pensamentos em morte

e suicídio, além de choro fácil e frequente. Lembrando que: a depressão não se manifesta da mesma forma! em alguns pacientes, a doença pode causar sono excessivo ou muita fome, diminuição de atenção e concentração. depende de paciente para paciente. o importante é cuidar da saúde mental, que afeta diretamente em nosso corpo e nossa vida. o tratamento da depressão é através de antidepressivos que são prescritos sob indicação médica. e, para finalizar esta matéria, dedico este poema de Fernando Pessoa, que fala sobre a vida.

“Afirmam que a vida é breve. Engano – a vida é comprida: cabe nela amor eterno e ainda sobeja vida.” 14

BernadetH Vasconcelos é estudante de Jornalismo, estagiária da TV unifor, amante de jornalismo, cinema e literatura.


#dica liVro por noemia passos

COMER, REZAR, AMAR elizabeth Gilbert está sofrendo a crise da meia idade. ela tem tudo o que uma mulher americana moderna poderia querer: um marido, uma casa de campo, uma carreira de sucesso. Mas se sentia infeliz e acabou pedindo divórcio ao marido e caindo em depressão. após a separação, que não foi fácil, Liz resolve viajar para se encontrar novamente, ela percorre itália, Índia e indonésia em um ano. em cada lugar por qual passava ela se deparava com algo que a fazia lembrar como é bom estar viva. na itália ela se encontrou na culi-

nária, e aos prazeres de “mangiare”. na Índia ela descobre mais sobre deus, quem é ele, o que ele significa. Por fim, na indonésia Liz resolve finalizar sua viagem em busca de equilíbrio, ela só não fazia ideia que encontraria alí também, o amor. essa história conturbada ensina que através de experiências de várias culturas pelo mundo, o amor próprio, o perdão e a paz estão dentro de cada um e que não adianta buscar essas atitudes dentro dos outros. Tudo depende do equilíbrio que você tem consigo mesmo.

noemia passos é estudante de jornalismo, escritora e fundadora do blog ideias incertas.

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RFB| Faça você mesmo

Luzes em flor por Isa Oliveira

Muitos filmes americanos mostram cenários de casas em que seus personagens são adeptos das incríveis guirlandas de luzes, como vimos nos filmes O Clube de Leitura de Jane Austen e Julie & Julia. As guirlandas são queridinhas e muito festejadas entre os americanos e europeus mais descolados que curtem o mundo da decoração.

Elas são encontradas e todo tipo: coloridas, branquinhas, de florezinhas, bolinhas e confeccionadas em materiais diversificados. Por aqui, a moda pegou quase pouco e essas luzinhas mágicas aparecem mais no Natal. Mas podemos encontrá-las fora de época em muitas lojas espalhadas pelo país. ​ em, decidi fazer uma guirlanB da de luzinhas como meu primeiro DIY por aqui, utilizando material reciclado. Além de linda, é muito fácil de fazer.

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Material: iclado • Uma caixa de ovos de papel rec r); (não pode ser as de plástico ou isopo sido • Um pisca de natal, que pode ter o; usado na última festa de fim de an • Uma tesoura


Fotos: Chico Netto

Para fazer, basta recortar os bojos da caixa de ovos, que tem o formato de uma flor. Repare que tod as elas possuem o formato. Escolhi uma com um design ma is comprido, mas pode ser encontrado em formas variadas e na s cores verde, roxo e cinza.

Na sequência, abra um furo, com a pró pria tesoura, no fundo dessas flores. Mas muitos formatos já vêm com o furinho. Caso não tenha, atente para o tam anho, de modo que não fique muito folgado quando for col ocá-las no pisca-pisca. Depois dos furinhos abertos, basta colocar em cada luzinha do pisca, que funciona como o pistilo da flor.

E agora é só usar a imaginação. Você pode colocar em volta de um móvel, de um espelho, na parede, em volta da cama, e onde mais desejar, pois fica bem em muitos lugares da casa. Sem contar com a boa energia de uma luminária linda e delicada.

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RFB| Entrevista

EsporteXDrogas a luta da vitória por Idalécio costa

Idalécio Costa, foi à Academia Plena Forma em Maracanú-CE fazer uma entrevista com o atleta Thiago Felipe de Souza, casado, pai de uma menina de 5 anos e com 23 anos de idade, nos conta sua história cheio de orgulho, num clima de alegria e superação, confira. 1. Com qual droga você começou e qual era a sua idade? A primeira droga que eu usei na minha vida, acho que eu tinha 11 anos de idade e foi a cocaína. 2.Como era sua vida antes de usar a droga? A minha vida era boa de-

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mais, minha mãe dava tudo para mim, na verdade até hoje me dá tudo, fui criado apenas por ela, desde novo. Morava apenas eu, ela e minha irmã mais velha. O que me levou a usar droga foi a curiosidade. Na época eu havia vendido minha bicicleta, me rendeu por volta de R$200.00 reais e usei todo na droga. 3. Como a sua mãe soube que você usava droga e como foi a reação dela? Na verdade, ela nem soube que eu usava, mas que eu vendia e quem achou foi minha irmã. Eu tinha dado uma flor para minha mãe no dia das mães, e esse flor ficava na minha gaveta e um dia eu coloquei as pedras dentro dela. E minha irmã percebeu que eu ficava entrando e saindo o tempo todo de casa, e eu sempre dizia para elas


nunca mexerem nas minhas coisas. Aí em um dia em que eu sai minha irmã, a Natália, foi procurar e achou a florzinha, ela só fez sacudir e aí caiu aqueles pacotinhos de dindin cheio de pedra. Quando eu voltei para pegar a encomenda de um usuário não achei o pacote, perguntei para minha mãe quem mexeu nas minhas coisas e ela chorando disse que foi a minha irmã. 4. Quais são as supostas facilidades em vender drogas que agora você pode falar com convicção que é apenas uma ilusão? É a facilidade de ter tudo, mas ao mesmo tempo nada. Eu vendia drogas e hoje eu não tenho mais nada. Eu vendi por muito tempo, ficava com dez, cinco, dois mil na mão e só usava para curtição. Ia para uma festa e ao mesmo tempo vendia e usava até acabar a festa, quando acabava ia para outro local e começava tudo de novo. 5. Depois que sua mãe descobriu que você vendia e usava como ficou a relação de vocês? Ela já percebia quando eu usava, quando eu chegava no outro dia em casa com os olhos arregalados.

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Eu chegava e dizia que não queria conversa, pois estava drogado, que só queria tomar banho e dormir. Quando eu acordava ela vinha falar comigo: -“Thiago, de novo isso? Tu vai parar quando? Isso tá acabando com a tua vida. O que tua filha vai ver quando ela crescer? Ver o pai usando droga” E eu dizia, -“mãe não se preocupa que eu vou parar, um dia eu vou parar, pode ter certeza”. Eu só não parava logo, porque estava bom, todo dia eu estava com dinheiro no bolso, indo para todas as festas. Só depois fui perceber que deixava minha mulher e minha filha sozinhas em casa a noite inteira e minha mãe preocupada comigo.

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6. Quais foram os riscos que você teve durante essa fase? Passei pelo risco de ser preso, já passei suborno para policiais. 7. Em algum momento você teve que fazer alguma atitude ilícita por falta de grana para continuar no vício? Não para comprar droga, mas cheguei a roubar apenas para ser ‘o cara’, ganhar respeitos dos outros na rua, para colocar moral. 8. Do que você se arrepende e o que te motivou a sair dessa vida? Me arrependo de ter tido o primeiro contato com a droga. A minha esposa e a minha filha foram o meu maior incentivo.


“Se agarre aos amigos e familiares para vencer, pois não há nada melhor que viver o que é real.” 9. e como o muay thai entrou na sua vida? Conheci o muay thai através de outra pessoa, foi o igor, foi formado um grupo para treinar e desses apenas eu e outro continua treinando, na academia Plena Forma estou há três anos e eu amo essa academia, no começo minha esposa brigava comigo achando que eu ia paquerar, antes eu tinha uma fama de pegador (risos), mas hoje ela sabe o quanto o thai é importante para mim. 10. Há quanto tempo você saiu dessa vida? Tem quatros anos que eu parei de usar e vender, não tive abstinência e por alguns anos ain-

da muitas pessoas me procuravam para comprar. 11. Você tem alguma mensagem para deixar sobre tudo o que você passou? eu digo para se entregar a deus, que tudo na vida há duas opções, o que é bom e fácil achamos que é o certo, mas na verdade é apenas uma grande ilusão, onde corri risco e envolvi minha família. Se agarre aos amigos e familiares para vencer, pois não há nada melhor que viver o que é real.

idalécio costa é administrador de empresas, fundador do grupo estágios e empregos (Há vagas-ce) e apaixonado pela vida. Sagitariano, 37 anos, cearense e apaixonado por atividades físicas, viagens e cachorros.

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RFB| MatĂŠria de capa

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Parque do Cocó

transforma-se no novo ‘point’ da cidade Reforma contribuiu para aumento de visitas e o retorno dos moradores ao local.

Foto: Lúcia

por Isa Oliveira

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Fugir dos grandes centros urbanos, distanciar-se das interferências tecnológicas, dos consagrados encontros virtuais que a internet praticamente impõe e entrar em contato direto com a natureza. Este tem sido o objetivo de grande parte do público que atualmente frequenta, com mais assiduidade, o Parque Ecológico do Rio Cocó. Uma espécie de pulmão verde em meio a uma das regiões mais movimentadas de Fortaleza, ocupando uma área de mais de 1.000 hectares, que vai da BR-116 às praias do Caça e Pesca e Sabiaguaba. Toda esta exuberância, que sofreu uma reforma recente, tem consolidado o espaço verde como um grande ponto de encontro, atraindo um público eclético, da mais variada idade e perfil.

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De acordo com a Secretaria do Meio Ambiente–SEMA, o número de visitas agendadas aumentou em 28% entre o primeiro semestre de 2015 e o mesmo período de 2016. Pedro Lyra, gestor do Cocó, diz que o número pode ser maior, pois há visitas não agendadas e o fato se deve às reformas. “A gente tem melhorado o Parque, revitalizamos as trilhas, as pontes, revitalizamos essa área do entorno do anfiteatro, trouxemos equipamentos novos para tornar o parque mais atrativo, regularizamos o uso do campo de futebol, melhoramos o calçamento, estamos trazendo shows, estamos estimulando o piquenique, estimulando festas de aniversário, batizados, e até mesmo casamentos, desde que observadas algumas regras”. Foi esta oportunidade que encantou os noivos Wesley Felix da Silva, 24 anos, encarregado de frente de loja de um mercado e da auxiliar administrativa Soraia Vieira da Silva, 26 anos, a reunir familiares e amigos para celebrarem o chá de cozinha do casal, promovendo um piquenique.


“É diferente, eu queria uma sintonia diferente, mais união. Chamei familiares e amigos, então acho que é um momento mais de lazer mesmo...”

Fotos: Chico Netto

Lúcia rejane, instrutora de Yoga. Foto: Arquivo pessoal

Paulo Lyra, gestor do Parque do Cocó

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Foto: Chico Netto

“o Parque do Cocó é um ambiente agradável, com muita vegetação, de natureza quase que intocada e muita energia.”

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Para Soraia, “É diferente, eu queria uma sintonia diferente, mais união. Chamei familiares e amigos, então acho que é um momento mais de lazer mesmo, algo mais simples, só para a gente se conhecer mais, relaxar e brincar. Também pelo contato com a natureza, a gente queria isso. Até para sair do lugar comum, da mesmice”, diz. A natureza e beleza do novo Cocó fizeram a instrutora de Yoga Lúcia Reja-

ne Araújo, 57 anos, professora aposentada de educação física da Universidade Federal do Estado do Ceará (UFC), levar a prática desta atividade milenar para os gramados do parque. Os encontros são programados e se transformaram em uma atração fixa do local. Para Lúcia, que também é coordenadora, na capital cearense, da organização internacional da Arte de Viver “o Parque do Cocó é um ambiente agra-

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dável, com muita vegetação, de natureza quase que intocada e muita energia. E onde há muita vegetação, há mais “prana”, uma energia sutil presente no universo e da qual toda nossa vida depende”, diz. De acordo com a instrutora, depois da reforma o Cocó é um convite a “uma interiorização na comunicação com a natureza, com o silêncio. Dá paz porque tem os rumores das folhas, o vento. O ambiente promove o bem-estar que a yoga potencializa”, afirma. Andando mais um pouquinho um grupo animado de jovens chama atenção porque traz um universo diferente ao Cocó. É a turma do Swordplay, um jogo simulando um duelo medieval de espadas.

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A brincadeira mistura artes marciais utilizando armas da Idade Média como espadas, machados, lanças, martelos e clavas, dentre outros equipamentos confeccionados com materiais que absorvem o impacto do oponente e não machuca. No Brasil, o jogo é recente e tem atraído os jovens de Fortaleza. De acordo com o estudante do ensino médio Renan Alves, 17 anos, morador do bairro do Siqueira, o Parque é ideal para este tipo de atividade. “Costumamos treinar em áreas verdes, com amplo espaço e nosso objetivo também é expandir o jogo, divulgar. Muita gente vem visitar o local, que não é pago nem nada, então começamos a usar essas áreas”, afirma.


Fotos: Chico Netto

Soraia Vieira, Wesley Felix, amigos e familiares

Num ponto mais distante, outra turma conversa animadamente. Depois de 40 anos, algumas amigas que faziam parte de um grupo de jovens, resolveram promover um encontro para celebrar a amizade. A vendedora de suplemento Iolanda Ferreira Lima, 54 anos, moradora da cidade 2000, contou que a ideia da reunião no Cocó partiu da própria filha, de 25, que frequenta o local e fez boas recomendações. Diz também que houve uma certa relutância porque o parque antes era abandonado. “Antes aqui era cheio de gato, ficou abandonado. Antigamente não tinha nada. Hoje tem os brinquedos para as crianças, vejo este diferencial. E há uma sensação de liberdade, de paz”, diz.

Já a amiga, a aposentada Neuma do Carmo, 55 anos, afirmou que ficou surpresa com a estrutura do parque e acha que realmente o local se transformou numa referência e se estabeleceu como um novo “point” dos jovens, adultos e crianças. “Eu não tinha essa ideia que as pessoas se reuniam aqui para conversar, bater papo, brincar, jogar, descansar, relaxar. Eu achava que as pessoas só vinham aqui para caminhar. Quando elas (as amigas) acharam que a ideia do piquenique seria ideal aqui, eu até desconversei, mas cheguei e tive outra impressão. Então, quando você sai de casa e vem para um ambiente desse, tem a oportunidade de curtir e aproveitar, é muito bacana”, afirmou.

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o que encontrar no parque do cocó trilha São três trilhas num total de 2.015m. elas podem ser agendadas de segunda a sexta-feira, de 8h às 17h. as trilhas são abertas ao público a partir das 5h45 até as 17h45. o agendamento pode ser feito no telefone (085) 3234.3574 – ou enviar mensagem pelo e-mail: parquedococo@sema. ce.gov.br;

os três campos estão localizados no interior das trilhas e um deles próximo à av. Padre antônio Tomás. não é necessário agendar, mas deve-se respeitar os horários dos grupos;

parquinho equipamento voltado para menores de 12 anos;

Quadra de futsal pistas para cooper

passeio de barco os agendamentos estão sujeitos à maré e com um custo de r$10,00 inteira e meia para o estudante. Às quartas-feiras os alunos de escolas públicas passeiam gratuitamente. agendamento deve ser feito com o Tenente araújo, no número (085) 985278216;

cine cocó atividade gratuita toda quarta-feira, a partir das 19h às 21h. Localizado no Centro de referência ambiental, av. engenheiro Santana Junior S/n, o local pode ser usado para palestras e exibições com capacidade para 80 pessoas;

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campos de futebol

arvorismo (previsão para ser reinaugurado neste segundo semestre)

cachorródromo (projeto em andamento)

o parque do cocó Com uma área de 1155 hectares, o Parque ecológico do rio Cocó é coberto por uma extensa área de conservação da fauna e flora do mangue cearense, localizado em uma das maiores urbes da Capital, no bairro Papicu. atualmente, o equipamento público possui três trilhas em funcionamento, totalizando 2km de extensão, dispostos em um grande manguezal, bosques e árvores centenárias

isa oliVeira é comprometida, sensível, artista plástica, radialista e estudante de jornalismo.


#dica mÚsica por BernadetH Vasconcelos

TARDE LIVRE Sabe quando ouvimos aquela canção que não sai da nossa cabeça? e que nos toca no fundo da alma? a banda Selvagens à Procura de Lei lançou um álbum chamado Praieiro, com canções de ritmo alternativo e folk, além de letras recheadas de versos verdadeiros, o tipo de música que você escuta no ônibus com o volume alto! Para quem gosta de letras românticas e criativas, a recomendação vale por mil! outras canções já fizeram sucesso pelos eventos alternativos em Fortaleza e no Brasil, um reconhecimento merecido para o trabalho incrível da banda! outra letra produzida pela banda, chamada de Sr Coronel, que

traz a reflexão sobre o que é realmente importante em nossas vidas. Às vezes, pensamos em conquistar coisas e títulos ou ter muito dinheiro, e, na verdade, esquecemos que cativar diariamente às pessoas que amamos é mais valioso, sobretudo quando não temos pessoas verdadeiras em nossas vidas e, no final, o dinheiro não preenche o vazio em nossos corações.

BernadetH Vasconcelos é estudante de Jornalismo, estagiária da TV unifor, amante de jornalismo, cinema e literatura.

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Me leva para casa? Todas essas fofuras estão disponíveis para adoção. Não perca tempo, leve um deles para casa e viva momentos maravilhosos com seu novo amigo. *Alguns desses animais já podem ter sido adotados.

Nina é muito educado, dócil, amável e obediente. Contato: (85) 9996.41218/ 98101.9633

2 bbs, um macho e uma fêmea, aproximadamente 45 dias de vida, porte desconhecido. Contato: INBOX face da Upac.

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Fêmea, 1 mês e 20 dias já sabe comer ração e já usa a caixinha de areia. É saudável, sapeca e brincalhona. Contato: (85)98710.5595 e 3292.4458

Duas gatinhas, ambas fêmeas, vermifugadas, dois meses! Contato: (85)98861.5288

FIFI é uma linda cachorrinha de porte pequeno, com seis meses é muito carinhosa e brincalhona. Foi abandonada em uma oficina, mas logo foi resgatada e cuidada. Contato: (85)986133239

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RFB| Projetos/ONGs

Re vi va por Gabryela Abreu

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Um grupo de amigos com intuito de ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social fundou a Ong Direito de Viver com Saúde – Reviva, em novembro de 2012. O principal objetivo da Reviva é inclusão social. Seus assistidos são crianças, jovens, adolescentes e idosos, residentes em Curitiba e Região Metropolitana, que passam


por doenças terminais, crianças que possuem necessidades especiais e carecem de atendimento assistencial especifico. O atendimento é totalmente gratuito e destacam-se as aulas de música, atendimento de fisioterapia e atendimento Social. Os recursos são oriundos de doações, parcerias e voluntários. Priscila Souza, estudante de serviço social, voluntária desde 2015, destaca que “a experiência

é de muito aprendizado e troca, na qual destaco que ao doar nosso tempo, disposição e amor, é no final um bem que fazemos para nós mesmos!” A ONG realiza eventos que prezam pela inclusão, integração e fortalecimento de vínculos, como na festa junina, que teve casamento caipira, dança da quadrilha com cadeiras, música, comida típica à vontade e muita diversão.

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atualmente a reViVa necessita de doações de leites (nutren Junior, Pregomim, nan i, nan ii), fraldas geriatrias, cestas básicas ou alimentos. a ong atende de segunda a sexta-feira das 9h às 17h, localizada na avenida Capitão Thomaz Carvalho de Camargo, n°903 - Cidade Jardim, São José dos Pinhais - Pr. a reviva e dispõe de vagas para atendimento de fisioterapia, aulas de música e atendimento às famílias com crianças deficiente.

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“A ONG realiza eventos que prezam pela inclusão, integração e fortalecimento de vínculos.” gaBrYela aBreU é graduada em publicidade, profissional de marketing, e fundadora da empresa Cravo e Canela Mimos e Lembranças.


#dica Filme

por BernadetH Vasconcelos

NA NATUREZA SELVAGEM

Tudo começa quando Christopher McCandless, um jovem que está sufocado com a vida consumista de seus pais, cansado de brigas, status e dinheiro, decide fugir para viver uma vida simples e próxima da natureza, na qual sua única vontade é sentir seus instintos e viver o verdadeiro sentido da liberdade e os caminhos da natureza. o longa é baseado no livro homônimo de Jon Krakauer, na natureza Selvagem. Com uma fotografia excelente, cenas belíssimas gravadas na Califórnia e no alasca, além da caprichosa trilha sonora do cantor eddie Vedder. ao longo do filme, é perceptível algumas mensagens que o diretor quis transmitir de que a natureza é cruel por si própria e que os valores matérias da sociedade corrompem o homem, onde a única chave para felicidade é o bem que fazemos às pes-

soas que amamos. Por isso, há uma citação transmitida pelo personagem principal: “a felicidade só é real quando partilhada.” o personagem acredita, no início do filme, que a liberdade é o elemento mais importante da vida, porém descobre que a verdadeira felicidade é compartilhada por momentos que vivemos com quem queremos bem. o filme emociona do começo ao fim, é uma mensagem que devemos guardar dentro da nossa memória sempre que percebermos que estamos exagerando na importância que damos a bens materiais.

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RFB| Páginas verdes

por lUZia monalisa

ivan Patrício Soares, ou apenas dão como é conhecido pelos amigos, é artesão cadastrado na CearT (Centro de artesanato do Ceará) e trabalha com derivados do coco na confecção de peças rústicas que valorizam a cultura do nordeste. Há 20 anos criando e expondo nas feiras de Fortaleza, dão criou sua marca denominada Katukivan, uma junção do seu nome com a palavra cutucar que vem do tupi-guarani persistir, ou seja: persiste ivan. Filho de artesão, conviveu desde criança com os brinquedos que seu pai produzia para o parque de diversão que possuíam. Passou a fabricar seus próprios carrinhos de madeira e despertou o interesse nas crianças de classe média alta da vizinhança. Logo começou a vendê-los, porém só começou a trabalhar profissionalmente com artesanato depois de adulto. Personalidade cativante, ivan não para de inovar e renovar com materiais, que para muitos, não passam de lixo, apenas quem realmente tem o dom da arte consegue transformar palha, sementes, coco e fibra em caixas

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de costura, caixa para chá, relógios de parede e lamparinas. de acordo com ivan, o maior benefício que o artesanato trouxe para sua vida foi ter conseguido largar o vício do álcool. “agora, um domingo na minha oficina é muito mais produtivo do que passar o dia na praça bebendo.” lUZia monalisa é publicitária e fotógrafa que encanta a todos com suas belas fotos e sorriso.

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Fotos: Gustavo Rolim

RFB| Fique por dentro

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Carol Frota, do apoio administrativo, Rebeca Freitas, assessora de Imprensa e Fernando Gomes, tĂŠcnico em TI


Cidadania

O trabalho do Laboratório de Inclusão Social de Fortaleza por Bernadeth Vasconcelos

Desde 1991, existe uma lei de cotas, no Brasil, que determina às empresas com mais de 100 funcionários a contratarem pessoas portadoras de deficiência. Como a maioria das leis brasileiras, o cumprimento de tais leis é algo questionável, e a inclusão de deficientes ao mercado de trabalho ainda não é uma realidade total. Por isso, em Fortaleza, há 25 anos foi criado uma instituição que visa incentivar e encaminhar pessoas com deficiência ao mercado de trabalho. O Laboratório de Inclusão é uma organização independente e autônoma, que funciona na Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (STDS), e conseguiu

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seu espaço através de interação e engajamento social com a comunidade cearense, sem utilizar de barganhas políticas e partidárias a fim de conseguir sua voz na sociedade. E, nesse sentido, sua função é acolher e inserir pessoas com deficiência física e cognitiva ao mercado de trabalho, com ações que direcionam ao caminho certo. João Monteiro Vasconcelos, jornalista e coordenador do laboratório, afirma que um dos maiores obstáculos do seu trabalho é lutar diariamente contra forças oposito-

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ras que querem influenciar, através de instrumentos políticos, o funcionamento efetivo do laboratório, que necessita de independência e não é palco de interesses políticos, religiosos e econômicos, afinal, seu único interesse é ajudar pessoas a terem uma qualidade de vida justa e igualitária. A maioria dos funcionários do Laboratório possui alguma deficiência e uma impressionante capacidade de produzir. E todos eles passaram pela experiência da Instituição. E, em paralelo, eles afirmam


João Monteiro Vasconcelos, Jornalista e Coordenador do Laboratório/ Fotos: Gustavo Rolim

que a maior barreira enfrentada, hoje, seria a própria oportunidade do mercado de trabalho em oferecer vagas aos deficientes físicos e mentais. E isso pode ser modificado se os empresários encarassem essa realidade como uma porta para experiências incríveis como, por exemplo, incluir um grupo de funcionários com diversidades e visões únicas de mundo, que possam trocar ideias e valores em seu ambiente de trabalho com o intuito de criar e produzir mais com eficiência. E assim funciona o Laboratório.

“A maioria dos funcionários do Laboratório possuem alguma deficiência, mas possuem uma impressionante capacidade de produzir”. 43


Ações promovidas pelo Laboratório/ Foto: Gustavo Rolim

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Carol Frota Quintas, do apoio administrativo, Rebeca Freitas Bezerra, da assessoria de imprensa e Fernando Gomes, técnico em TI, todos eles passaram pela experiência do Laboratório e, hoje, motivam outras pessoas que passam pela mesma realidade, embora seja difícil relembrar sua caminhada, todos eles carregam um sorriso no rosto de vitória. E é merecida. É claro que a inclusão de deficientes no mercado exige adaptações, como instalações que possam promover a acessibilidade do profissional, além de sinais sonoros e instruções em Braille para deficientes visuais. E essas iniciativas geram um impacto positivo na construção do respeito pelas diferenças. Portanto, precisamos pensar em iniciativas brilhantes como essa, que promovem a cidadania e criam novos mecanismos de comunicação entre públicos que necessitam de mais visibilidade e, além disso, ampliam seus horizontes.

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RFB| Histórias que inspiram

O poder transformador da educação por Stacy Barbosa

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Conheça a história da jovem que aceitou o desafio de trabalhar pela comunidade e hoje desempenha papel fundamental na vida de muitas pessoas


Levar conhecimento à crianças e adolescentes que vivem em situação de vulnerabilidade social, usando como recurso livros descartados e encontrados pelos catadores ambientais da região. Essa foi a ideia de Kauanna Batista Ferreira, que em 2009 aceitou o convite de ser uma jovem atuante na comunidade. “Tudo começou através de um convite que recebi de um amigo. Eu tinha apenas 16 anos e não sabia o que iria ou poderia fazer, estava pensando apenas em que cursar na faculdade, mas aceitei”, relembra. As primeiras ações de dela foram ainda em 2009, quando realizou o Dia da Cultura Vila Torres. No evento, moradores da comunidade foram convidados para se apresentar e mostrar seu talento no palco em uma das muitas comunidades de Curitiba, capital do Paraná.

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Após a confraternização e as descobertas feitas no Dia da Cultura, a jovem de 16 anos sentia que podia fazer mais. Foi então que percebeu que muitos catadores ambientais recolhiam livros do lixo de toda parte da cidade e levavam para vender nos depósitos de reciclagem, e com isso surgiu a ideia de arrecadar esses livros para utilizar na comunidade. “Mobiliza-

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mos todos, realizamos campanhas e começamos a arrecadar os livros. Deu muito certo, todo mundo ajudou e contribuiu. Porém, tínhamos os livros, mas ainda não tínhamos o espaço”, conta. Com os livros em mãos, Kauanna ainda não se sentia satisfeita. Afinal, todos aqueles livros arrecadados mereciam ser lidos. Todo aquele co-

nhecimento eternizado em palavras nas páginas de papel tinha o direito de ser transmitido para muitas pessoas. “Peguei alguns livros, percorri um trecho da minha casa até a pracinha da vila e convidei as crianças a me acompanharem para ler na praça. Foi muito legal, elas adoraram e percebemos que era algo novo e diferente, pois muitos não estavam estudando”, comenta.

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“Peguei alguns livros, percorri um trecho da minha casa até a pracinha da vila e convidei as crianças a me acompanharem para ler na praça.” Gabriel Alexandre da Conceição Pereira, na época com oito anos, estava entre as crianças que acompanharam Kauanna. “Me interessei porque era uma coisa totalmente nova para mim, pois nunca tinha me envolvido em rodas de leitura e acabei gostando muito. Por que estar na rua sem fazer nada se eu posso estar lá com eles lendo e brincado? Foi então que decidi participar do projeto”, lembra.

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Algum tempo depois, Kauanna conseguiu um espaço e montou a biblioteca comunitária. Mas, com o passar do tempo, as ideias foram surgindo e os objetivos ficando maiores, até conseguir outro espaço. “Construímos a Organização de Desenvolvimento do Potencial Humano (ODPH), e começamos a aplicar projetos para crianças e adolescentes, visando o fortalecimento da comunidade e o desenvolvimento de habilidades e potenciais de todos”, fala. Desde 2009, mais de duzentas crianças foram beneficiadas pela ODPH. Atualmente, existem 4 projetos principais, sendo eles: Mães que Semeiam, Adolescentes que fortalecem, Jovens que Inspiram, Amigos que Iluminam – todos são bases do Programa Cultivando Sonhos. “Todos os projetos têm como objetivo desenvolver habilidades e potenciais através de atividades voltadas principalmente ao empoderamento, criatividade e valores humanos”, ressalta. Gabriel, que participou do projeto ainda criança, voltou para a Organização como voluntário. “O que


mais gostava era quando a Kauanna lia um livro e brincava com a gente na rua, todas as crianças viviam em harmonia. a onG me ensinou a ser quem eu era de verdade e com a ajuda deles sou quem sou, já que um dos colaboradores me deu um emprego”, afirma. Para Kauanna, as ações do projeto transformam a vida das pessoas, desde o público direto até o indireto. “Buscamos uma grande rede de transformação social, em que todos têm a oportunidade de aprender, crescer e se desenvolver. estamos apenas oportunizando momentos e experiências para que cada um descubra o caminho que tem a seguir”, diz. em 2009, quando aceitou o convite de seu amigo, Kauanna não imaginava que poderia transformar a vida das pessoas. não fazia ideia de que faria parte de uma organização que levaria cultura e desen-

de uma orientação para ter a oportunidade de sonhar e conseguir atingir seus objetivos”, relata. Kauanna garante que o projeto mudou a sua vida de todas as maneiras. “Fundar a odPH e caminhar pela área social moldou minha personalidade. aprendi a acreditar no potencial das pessoas e principalmente a sonhar, não ter medo das dificuldades e sempre buscar o melhor de tudo”, garante. além disso, fazer parte do projeto fez com que ela aprendesse a superar as dificuldades, encarando tudo com otimismo. “aceitei um convite inesperado que mudou toda a trajetória da minha vida, e comecei a me dedicar a contribuir com o desenvolvimento da minha comunidade. Passei várias dificuldades, mas nunca desisti e é assim que sigo, determinada em contribuir com o desenvolvimento da sociedade”, conclui.

volvimento para as pessoas. “no primeiro momento fui provocada por um convite. depois observei o cenário de onde morava e entendi a necessidade que os moradores, principalmente as crianças, tinham

stacY BarBosa é jornalista e mestranda em rádio e TV, apaixonada por histórias, gosta de explorar novas áreas e ter novas experiências.

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Dia das crianças

Doe brinquedos, roupas, livros, bombons Junto com a Denise Gomes iremos presentear crianças carentes e moradoras de rua do bairro Jacarecanga.

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