Keimelion - revisão de textos
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Círculo Fluminense de Estudos Filológicos e Linguísticos
DIFICULDADES NO TRABALHO DO REVISOR DE TEXTOS: POSSÍVEIS CONTRIBUIÇÕES DA LINGUÍSTICA Roger Vinícius da Silva Costa (PUC-Minas) rogervsc@yahoo.com.br Daniella Lopes Dias Ignácio Rodrigues (PUC-Minas) nica.bh@terra.com.br Daniela Paula Alves Pena (MP-MG) danipapena@yahoo.com.br
1.
Intuições iniciais
Definir o que os pesquisadores consideram como revisão de textos1 não é tarefa fácil, uma vez que o conceito de revisão se diferencia de um pesquisador a outro ou até mesmo no interior de uma mesma obra. Essa diferenciação decorre, a nosso ver, de abordagens monodisciplinares em que a revisão é estudada. Um agravante dessa situação é o fato de a prática aqui discutida ser frequentemente concebida, fora do escopo da ciência, como “correção”2 de texto. Em suma, um esforço de pensar a revisão textual dentro dos domínios da ciência requer considerar uma multiplicidade conceitual relativa à prática em foco e lidar com um amplo espectro de preceitos e leis formulados na e pela tradição gramatical. Sobre essas duas exigências, abordaremos, na seção (2), a revisão de textos fundamentada na tradição gramatical e, na seção (3), a revisão Na maioria dos casos, utilizaremos as expressões “revisão de textos”, “revisão textual” e “revisão” como sinônimas, todavia a cada uma delas cabe a diversidade conceitual apresentada nesta seção.
1
Referimo-nos a correção como a entende a tradição gramatical, e não como a define Kato (1998), conforme diremos mais adiante.
2
Revista Philologus, Ano 17, nº 51, set./dez.2011 – Suplemento. Rio de Janeiro: CiFEFiL, 2011,
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