A caracterização do discurso acadêmico

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A CARACTERIZAÇÃO DO DISCURSO ACADÊMICO BASEADA NA CONVERGÊNCIA DA LINGÜÍSTICA TEXTUAL COM A ANÁLISE DO DISCURSO Cláudia Ramos CARIOCA (Universidade Federal do Ceará)

ABSTRACT: This study is part of an in-progress doctoral research on the phenomenon of evidentiality in acadamic graduation texts produced in contemporary Brazilian Portuguese, namely final-course papers - or monographs, dissertations, and theses. Our goal is to report on an attempt at characterizing academic speech, based on Neves’ (2006) funcionalist perspective of a convergente approach to textual linguistics – as defined by Koch (2004), and discourse analysis – based on research by Maingueneau (1997) and Authier-Revuz (2004). The corpus consisted of final-course papers, or monographs, dissertations, and theses found online. The importance of this research lies on the contribution it makes to genre studies, concerning their pragmaticdiscursivo scope, by helping on the constitution of such studies and on the definition of their production guidelines. Additionally, this reasearch may help promoting the revision and rewriting of scientific methodology and/or scientific writing manuals, as long as academic discourse is specifically concerned. KEYWORDS: academic discourse; textual linguistics; discourse analysis; scientific methodology; scientific writing; scientific communication.

1. Introdução Os textos são os gerenciadores da humanidade. Tal afirmação advém do postulado kochiano: Os textos, como formas de cognição social, permitem ao homem organizar cognitivamente o mundo. E em razão dessa capacidade que são também excelentes meios de intercomunicação, bem como de produção, preservação e transmissão do saber. Determinados aspectos de nossa realidade social só são criados por meio da representação dessa realidade e só assim adquirem validade e relevância social, de tal modo que os textos não apenas tornam o conhecimento visível, mas, na realidade, sociocognitivamente existente. A revolução e evolução do conhecimento necessita e exige (sic), permanentemente, formas de representação notoriamente novas e eficientes (KOCH, 2002, p. 157).

Com base nisso, discute-se a forma representativa do discurso acadêmico em sua constituição convencional, levando-se em consideração a argumentatividade que norteia todo o processo discursivo. A efetivação da comunicação acadêmica está firmada nos parâmetros normatizados por sua comunidade discursiva no que diz respeito à produção de gêneros textuais e à produção da linguagem própria convencionada para seu domínio. Quanto à produção de gêneros, Bezerra (2006, p. 62) propõe que: O ambiente acadêmico em geral, como um dos muitos domínios da atividade humana, evidentemente abrange e produz incontáveis gêneros, localizáveis dentro de conjuntos de gêneros, que por sua vez se integrarão a sistemas de gêneros e sistemas de atividades. Basta considerar, por exemplo, o conjunto de gêneros que um estudante de graduação deverá produzir até chegar à conclusão de seu curso. Ou nos variados gêneros que um professor produz no cumprimento das diversas responsabilidades impostas por sua vida profissional e acadêmica. [...] É fácil perceber a inviabilidade de se tentar descrever, no âmbito de uma pesquisa como esta, todos os gêneros, conjuntos de gêneros e sistemas de gêneros produzidos no ambiente acadêmico.

Foco em textos acadêmicos.

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