O tigre e o urso no transito da cidade Pt - Janosch

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Um dia o tigrezinho disse ao ursinho:

– Anda lá, anda comigo à cidade que eu ensino-te como é que se atravessa a rua. Hoje sou eu a tua mãe.

– Vamos lá, anda – exclamou o ursinho –, que bom que vai ser!

Calçou as suas sapatolas de urso e lá foram em grandes passadas até ao rio.

Aí subiram para o barco e o tigrezinho disse:

– O marinheiro és tu, és tu a remar.

Eu sou a tua mãe e a mãe tem o direito de ir descansada.

E o ursinho remou, remou até chegar à ponte cinzenta.

Em frente à ponte, amarraram o barco a um poste com uma corda e seguiram

pela estrada fora direitos à cidade.

A cidade ficava a meio quilómetro de distância.

À frente ia o tigrezinho e, atrás, o ursinho.

De repente, ouviu-se o chiar de um automóvel que vinha largado por trás deles e que se viu obrigado a travar a fundo e a buzinar:

Popó, popóóó, popó.

Apanharam um valente susto, mas ainda conseguiram saltar para o lado. Por pouco que não foram atropelados ou mortos.

Vão a dormir, seus paspalhos, não veem, é?

– exclamou o automobilista que ia dentro da cabine abana-abana.

Era um bode velhote mais a carroça da hortaliça que ia para o mercado, com a mulher sentada atrás. Graças a Deus que vinha devagarinho, a vinte quilómetros por hora.

Saiu da cabine e disse:

– Ó meninos, se vão pela estrada, têm de ir sempre pelo lado esquerdo.

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