
Um dia o tigrezinho disse ao ursinho:
– Anda lá, anda comigo à cidade que eu ensino-te como é que se atravessa a rua. Hoje sou eu a tua mãe.

– Vamos lá, anda – exclamou o ursinho –, que bom que vai ser!
Calçou as suas sapatolas de urso e lá foram em grandes passadas até ao rio.
Aí subiram para o barco e o tigrezinho disse:
– O marinheiro és tu, és tu a remar.

Eu sou a tua mãe e a mãe tem o direito de ir descansada.
E o ursinho remou, remou até chegar à ponte cinzenta.
Em frente à ponte, amarraram o barco a um poste com uma corda e seguiram
pela estrada fora direitos à cidade.
A cidade ficava a meio quilómetro de distância.
À frente ia o tigrezinho e, atrás, o ursinho.

De repente, ouviu-se o chiar de um automóvel que vinha largado por trás deles e que se viu obrigado a travar a fundo e a buzinar:

Popó, popóóó, popó.
Apanharam um valente susto, mas ainda conseguiram saltar para o lado. Por pouco que não foram atropelados ou mortos.