Análise Sísmica de Mphanda Nkuwa

Comemorando a vida, os Rios e a Água

Análise sísmica de Mphanda Nkuwa MTC- Máximo Terramoto Credível: é o maior terremoto imaginado possível, concebível perante o conhecimento do quadro tectónico. . Para cada falha, provincia ou área é estimado um MTC, então uma barragem pode ter vários MTCs se atravessar várias falhas, províncias ou áreas.

MTCC- Máximo Terramoto Controlado Credível: é o mais grave TMC que uma barragem ou estrutura podem suportar.

MTP- Máximo Terramoto Projectado: é o nível máximo de um terramoto que uma barragem é projectada para suportar- este é baseado no MTCC. TCR- Terramoto Causado pelo Reservatório: é um terramoto despoletado pelo impoundment de um reservatório.

Existem certas condições (tais como a altura do muro de uma barragem, o formato de reservatório e o nível de enchimento) que predispoem a geração de um MTP. . Durante um MTP a pressão da água por si só pode não causar uma nova falha, no entanto pode aumentar o stress existente e causar um terramoto.

Se alguma falha é identificada num raio de 5Km do reservatório, não importando o quão activa ela é, será de considerar uma observação prudente pois umMTP pode estar associado a tal falha.

A instabilidade natural em NW Zimbabwe tem sido aumentada pelos grandes reservatórios dos Lagos Kariba e Cahora Bassa.

A sismicidade pode estar a migrar para sul (em direcção a MU) ao longo do Malawi Rift.

Os estudos sismicos no Sul de África são um problema devido ao reduzido catálogo sismico (falta de registos guardados) e pelo facto da actividade Quaternária não ser óbvia á superfície.

O Lago Kariba já teve um elevado número de MTPs. O Lago Cahora Bassa teve muitos terramotos nos primeiros anos após a construção da barragem. Desde então tem havido pouca actividade sísmica na área, embora se pense que estes terramotos foram MTPs. Outros acontecimentos sísmicos podem dar-se entre Cahora Bassa e MU. Considera-se que há uma moderada probabilidade de acontecer um MTP em MU. Se houver um terramoto em MU é esperado que seja de magnitude inferior a um terramoto `natural` que poderia acontecer nessa região.

O primeiro `enchimento` de MU é o periodo de maior risco, uma vez que a barragem está preparada para pequenas oscilações operacionais no nível da água dentro do reservatório.

O nível de perigo sísmico para MU é baseado em procedimentos de 1989.

A Falha de Estima atravessa o reservatório a 25 metros do mura da barragem, pensa-se que esta falha está activa apesar do facto de não haver registo geológico recente de qualquer actividade sísmica.

A HCB não esteve disposta a partilhar informação com os consultores da EIA, isto não é correcto perante a sociedade civíl se for necessário ter acesso a tal informação pertinente no campo da sgurança. A falta desta informação forçou os consultorea a fazerem um estudo bastante simplista (de1988) ao determinarem o espectro de elasticidade do muro da barragem.

Os serviços de consultoria para observação sísmica foram feitos pela KFW (Kreditant fur Wiederaufbau), Alemanha; minstre.

Os consultores da UTIP e EIA tentaram obter informação geológica, geotécnica e sismológica a partir da HCB, no entanto estes afirmaram não ter nenhuma. Esta é uma preocupação na medida em que os regulamentos de segurança internacional estipulam que as grandes barragens devem manter actualizada a informação sísmica da aárea. Este género de fraca gerencia de barragens não se identifica com a gerencia apropriada de MU. O projecto localiza-se a sul da região so Shire Trough, a qual está num activo estado de `subsidencia`e por isso é acompanhado por actidade sísmica contínua, mas moderada. Isto pode em parte afectar a extensão do projecto.

Conclusões do estudo sísmico: - os TCRs observados não excedem os terramotos máximos credíveis (MTCs), a maior parte dos TCRs são inferiores aos MTCs, e é extremamente improvável que um TCR sja superior ao MTC. . Está provado que o MTC pode ser muito menor do que esperamos, isto tem implicações tanto para o TCR como para o MTC, e ambos podem danificar a barragem.

- TCR em Mphanda Nkuwa: . o bed rock é bastante imjpermeável, isto não é condutor de um TRC. . o reservatório tem profundidade de 100m e volume de 2300hm. Ambos encorajam um TCR. . a forma do reservatório cria algumas concentrações de stress, no entanto estas são consideradas de menor importancia aquando da geração de um TCR. . o reservatório enche rapidamente(em menos de um mês) – isto encoraja um TCR. - o nível de fluctuation da água tem vindo a mostrar ser a mais comum causa de um TCR. - durante a operação MU irá apenas levar a cabo pequenas mudanças do nível de água e isto não favorece um TCR. .

A Falha de Estima está activa devido á migração de actividade sísmica, esta falha tem estado inactiva por algum tempo, no entanto o impoundment do reservatório pode causar uma enorme liberação de stress.

. Um TCR na Falha de Estima tem sido previsto de uma forma conservadora: a Falha de Estima é também MTCC, se causada pelo impoundment, então o MTC e TCR serão o mesmo. Isto pode ser benéfico na medida em que o despoletar do terramoto pode fazer com que a falha se manifeste com menos intensidade uma vez que a acumulação de stress já haverá sido quebrada.

- No entanto há um problema com a Falha de Estima que se julga estar activa, sem ter sido apropriadamente levada em consideração. . este problema é mais grave se tomarmos em conta que não tem havido monitorização apropriada das placas tectónicas da área. .

TCRs de magnitude significativa (superior a 4.5) apenas ocorrem em falhas activas que se tenham movimentado num regime actual de stress tectónico (isto ainda não está claro quanto á Falha de Estima). . mas parece provável que as magnitudes TCR serão entre baixas e moderadas num nível macro-sísmico, isto excluindo o caso específico da Falha de Estima.

Fazemos as seguintes recomendações: - ter acesso aos dados sísmicos rudimentares de Cahora Bassa.

- efectuar mais observações no local, procurando rastos de actividade sísmica em Estima e outras falhas regionais ao longo de toda a extensão.

- tentar revitalizar a rede sísmica de Cahora Bassa, incluindo mais dois recorders em MU. -há necessidade de medir a sismicidade tanto de Cahora Bassa como de MU: Os regulamentos de empacto ambiental usados pela Comissão Internacional de Grandes Barragens (ICOLD) foram envisaged em 1989.