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Brasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 56 nº 735 – Fevereiro de 2016

Projeto Missionário de Férias da UMP 2016

Dia da Mulher Presbiteriana e do Homem Presbiteriano

60 anos de ministério do rev. Dante Sarmento de Barros e 50 anos de ministério do rev. Carlos Aranha Neto. PÁGINAS 17 E 18

Em fevereiro comemora-se com alegria as datas no calendário da Igreja Presbiteriana do Brasil. Uma ótima oportunidade para divulgar os trabalhos da SAF e da UPH, incentivando cada vez mais pessoas a participar desses importantes braços de apoio das Igrejas. PÁGINA 8

De 8 e 17 de janeiro, 49 jovens de todo o Brasil serviram um ao outro com amor (Ef 5.13) em diferentes cidades do estado da Amazônia. Cerca de 550 pessoas foram atendidas através da evangelização, da entrega de bíblias, de kits de higiene bucal e escolares, de corte de cabelo e manicure, histórias e brincadeiras infantis, teatro, pregação da palavra, confecção de horta comunitária, conversa com os adolescentes e orientações médicas às grávidas. Além dessas, muitas casas foram visitadas e mais pessoas foram abordadas nas ruas. PÁGINAS 10 e 11

IGREJA PRESBITERIANA DO BRASIL CONSELHO DE EDUCA ÇÃ O CRISTÃ E PUBLICA ÇÕES

Congresso Nacional de Educação Cristã Paul Jehle Roberto Brasileiro

EDUCAÇÃO QUE TRANSFORMA

O princípio da aliança na família e na igreja local Oficinas práticas e interativas – comunhão e compartilhamento

21 a 24 de abril de 2016 Mackenzie Auditório Rui Barbosa – São Paulo – SP inscrições e informações: www.editoraculturacrista.com.br 0800-0141963


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EDITORIAL

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Planos para as catacumbas

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m seu livro A Intolerância da Tolerância, publicado no Brasil pela Cultura Cristã, Don Carson tem um capítulo sobre “Tolerância, democracia e majoritarismo”, em que ele aborda os rumos da intolerância contra o cristianismo nos Estados Unidos. Isso mesmo, nos Estados Unidos. Citando Joseph Bottum [“A Demand for Freedom”, First Things 198 (dezembro de 2009): 63], ele relata o que se passa por lá: “... o tribunal da Califórnia penaliza médicos por enviar um paciente para outra clínica porque não queriam executar fertilização in-vitro em um casal em concubinato. Um representante do governo em Connecticut propõe uma lei que obrigaria a Igreja Católica a se desvincular de suas paróquias. Um juiz em Montana decide que

profissionais da saúde devem praticar a eutanásia quando solicitada por um paciente. A Comissão de Oportunidades Iguais de Trabalho decide contra uma faculdade na Carolina do Norte por sua tentativa de não fornecer aos funcionários um plano de saúde que cobria anticoncepcionais. Uma instituição de caridade em Massachusetts é obrigada a encerrar suas atividades de adoção. O Nono Tribunal tenta convencer um parque a remover uma cruz memorial em vez de passar a propriedade com a cruz para mãos privadas. Um tribunal de divórcio em New Hampshire ordena uma mãe cristã a parar com o ensino domiciliar da filha porque ela ‘parece refletir a rigidez de sua mãe em relação a questões religiosas’. O presidente permite a

continuação de uma forma reduzida de financiamento para instituições religiosas, mas sob a condição de que essas instituições parem de recrutar com base na sua religião. Um farmacêutico de Illinois recebe ordens para vender medicamentos abortivos ou então fechar seu estabelecimento. A avalanche de ações judiciais para eliminar enfeites de Natal, a mais bizarra de todas as tradições natalinas do nosso país, está começando a recair sobre nós”. Algumas dessas ações são mais graves do que outras, mas todas apontam para a mesma direção: para onde caminha a liberdade religiosa em um país que já foi chamado – embora equivocadamente – de “evangélico”? Há sinais de restrições em outros países democrá-

ticos, como a Grã-Bretanha, e vamos absorvendo essas notícias enquanto não param as informações sobre perseguições nos países islâmicos ou nos pagãos do sudeste asiático. Nessas sociedades, cristãos têm de escolher entre abandonar a fé ou perder a vida. Veja texto sobre “Igreja Perseguida” na página 14. Nas mais “adiantadas”, cristãos têm de escolher entre abandonar a fé ou perder a cidadania e o seu meio de vida e de sustento. Brasileiros com educação superior e vocação empresarial estão se mudando para terras onde possam produzir e progredir, educando seus filhos para um futuro sólido, como eles o entendem. Cristãos de quaisquer estratos sociais devem fazer planos para um histórico retorno às catacumbas.

Ano 56, nº 735 Fevereiro de 2016 Rua Miguel Teles Junior, 394 Cambuci, São Paulo – SP CEP: 01540-040 Telefone: (11) 3207-7099 E-mail: bp@ipb.org.br assinatura@cep.org.br Órgão Oficial da

www.ipb.org.br Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e Publicações Conselho de Educação Cristã e Publicações (CECEP) Clodoaldo Waldemar Furlan (Presidente) Domingos da Silva Dias (Vice-presidente) Alexandre Henrique Moraes de Almeida (Secretário) André Luiz Ramos Anízio Alves Borges José Romeu da Silva Mauro Fernando Meister Misael Batista do Nascimento Conselho Editorial da CEP fevereiro 2014 a fevereiro 2016

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TEOLOGIA E VIDA

Por que os cristãos sofrem? Leandro Lima

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odo pastor, ao longo do ministério, ouve várias vezes essa pergunta, quase sempre a partir de uma situação específica de sofrimento ou provação. Recentemente, alguém me relatou o caso de um estupro de uma irmã crente, e lá estava outra vez a velha pergunta: “por que Deus deixou isso acontecer”? Na verdade, esta é provavelmente a pergunta que os crentes mais fizeram ao longo da História: se Deus é bom, por que deixa seus filhos sofrerem? Antes de tentar olhar para a resposta, é preciso mais uma vez lembrar que isso de fato acontece, ou seja, Deus permite que seus filhos sofram. Casos como esse, ou de crentes assassinados, que sofrem com um câncer, ou que perdem filhos, infelizmente são mais comuns do que gostamos de admitir. Com certeza, há circunstâncias que, humanamente falando, poderiam ser evitadas. Por exemplo, um crente leva uma vida descontrolada, então adquire uma doença que lhe traz muito sofrimento. Mas todos sabemos que isso nem sempre é possível, e existem circunstâncias que simplesmente nos assolam, sem que possamos fugir, nos defender, ou evitar. Jó não poderia evitar a perda

de seus bens, de sua família e de sua saúde. Paulo não poderia evitar as quarenta chibatadas menos uma que ele recebeu cinco vezes dos judeus, pois se tentasse evitar, estaria negando sua fé.

Quando o pecado entrou no mundo, Deus determinou dores para Eva e suor para Adão. Essa é a ordem natural da criação decaída.

Infelizmente, por causa de doutrinas triunfalistas, criou-se a ideia de que Deus jamais deixará seus filhos passarem necessidades se eles forem fieis, se entregarem direitinho o dízimo, se forem submissos aos seus líderes. Esses pobres crentes nem percebem que já estão sendo explorados, humilhados, inabilitados a viver a plena vida cristã, antes mesmo de começar, por líderes que os enganam. Por outro lado, essa questão do sofrimento enlouqueceu tanto alguns pregadores atuais que eles preferiram dizer que Deus nada tem a ver com isso, que ele nem mesmo conhece o futuro, por isso ele não sabe o que pode ou

não acontecer, ainda que esteja ao lado de cada um, pronto a consolar e a seguir o caminho da dor… Sem dúvida, essa mensagem parece mais condizente com a realidade, porém nos deixa com um Deus em quem não podemos confiar, pois ele “não está lá em cima” cuidando de tudo. Ele está “aqui embaixo”, no mesmo barco em que estamos. E quem pode dizer onde esse barco chegará, ou se afundará? Por que Deus permite o sofrimento? É preciso pensar em duas razões. A primeira parte da Queda, e a segunda da própria Redenção. Quando o pecado entrou no mundo, Deus determinou dores para Eva e suor para Adão. Essa é a ordem natural da criação decaída. Por isso dói. E vai continuar doendo até que esse mundo seja renovado. Porém, alguém poderia dizer: mas Cristo nos redimiu! Por que ainda sofremos? Então, lembre-se de que a redenção aconteceu pelo maior ato de sofrimento que esse mundo já viu: a cruz. Paulo entendia que seus sofrimentos pessoais eram um modo de se conformar com o próprio Cristo que sofreu (Fp 3.10). Após ter sido apedrejado em Listra, Paulo se levantou, tirou a poeira, voltou à mesma cidade onde havia sido apedrejado, e apresentou-

se aos estupefatos irmãos dizendo que eles deviam “permanecer firmes na fé; e mostrando que, através de muitas tribulações, nos importa entrar no reino de Deus” (At 14.22). As marcas das pedradas eram um testemunho e tanto nesse sentido. Fazendo eco a essas palavras, Pedro disse que, em alguns casos, pode

Paulo entendia que seus sofrimentos pessoais eram um modo de se conformar com o próprio Cristo que sofreu (Fp 3.10)

ser “necessário” que sejamos contristados por várias provações (1Pe 1.6). E o próprio Pedro nos disse o motivo dessa necessidade: “para que, uma vez confirmado o valor da vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1.7). Portanto, a irmã que sofreu tão dolorosa e horrível ofensa, além é claro de procurar as autoridades para que, dentro do possível, tomem as providências, precisa acima de tudo

buscar refúgio em Deus. Porém, não deve olhar para Deus como um tirano insensível que nada sabe a respeito de sofrimento, nem o imaginar um Deus frágil, que só pode sofrer ao nosso lado. Antes, precisa reconhecer que nos caminhos misteriosos de Deus, esse foi o terrível modo determinado a permitir que a fé seja mais preciosa que ouro. E todos que estão ao lado dela precisam lembrar que Deus é justo juiz, e não deixará sem punição o perverso, porém, talvez, essa punição não aconteça nesta vida. Eu termino com algumas palavras de Reinhold Niebuhr: “Nada que é perfeitamente digno pode ser feito nesta vida; então precisamos ser salvos pela esperança. Nada que é verdadeiro ou belo pode fazer completo sentido no imediato contexto da nossa história; então precisamos ser salvos por fé. Nada que fazemos, ainda que virtuoso, pode ser feito sozinho; então precisamos ser salvos pelo amor. Nenhum ato virtuoso é tão virtuoso do ponto de vista de nossos amigos ou inimigos, como o é do nosso próprio ponto de vista. Então, precisamos ser salvos por aquela forma final de amor, que é o perdão”. O Rev. Leandro Antônio de Lima é Professor do Centro de Pós-Graduação Andrew Jumper.


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VIDA CRISTÃ

Uma nuvem no deserto Duckelman Grosman

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uando uma família é formada, ainda sem os filhos, as expectativas são de que tudo irá bem, que os filhos serão saudáveis, inteligentes, obedientes, prósperos, e seremos todos muito felizes. Em nossos sonhos e planos nunca pensamos que a vinda de um filho pode não ser tão perfeita, não imaginamos que um deles poderá chegar com uma deficiência física, ou mental, ou uma doença degenerativa. Lucas, 24 anos, portador de uma doença rara chamada de Síndrome de Werning Hoffmann (Amiotrofia Espinhal Progressiva) é o primogênito de um lar em que toda a expectativa descrita acima foi realidade. Ao nascer, porém, Lucas ivo de testemunhar o que Este livro foi escrito com o objet s vidas tem sido nossa como de e nós trouxe consigo o inimaginápor feito Deus tem fé. abençoadas no aprendizado da veluma para seus pais, na época ada por sofrimentos e refrigémarc vida de relato o É que nos remete medo e corag e vitórias,edecheios jovens deemsonhos e rios de lutas u e protegeu seu povo ao ao passado, quando Deus cuido dificuldades de uma e os perig os todos de , planos. Seu nascimento afesair do Egito eles uma nuvem em sinal vida no deserto, mantendo sobre do. toue cuida radicalmente o projeto de proteção nhada, em meio a tantos pesido a nossa Assim tem deles paracamionos filho para o dar muito e nos proteger e rigos, Deus nunca deixou de mos. os ou pensaestratégias que pedim mais dolar. Novas pre-ao do do seu povo Deus que tem amado e cuida Que este cisaram ser seu Deus e que “O Seém ourgentemente tamb seja ria, histó da longo or faça resplandeabençoe e te guarde; O Senh nhor tetraçadas, de ti; O muitas vezes ricórdia sem tenha mise cer o seu rosto sobre ti, e (Nm. te o seu rosto e te dê a paz. sobre ti levan Senhor tempo família. a de serem formulaminh à a mim e feito tem como 26)” 6:24das. Os dias se atropelaram em acontecimentos de dor, angústia e aflição. Lucas e os pais enfrentaram um mar de emoções, indagações, frustrações, mas em contrapartida experimentaram de perto o amor de Deus, a paz, o consolo, as providências e os milagres ISBN: 978-85-411-0981-9

9 788541 109819

que um Pai Todo Poderoso, Rei do Universo e criador dele poderia proporcionar a esses filhos. Os planos de Deus para essa família eram outros. O Senhor em sua infinita sabedoria permitiu ao Márcio e Thanan, pais do Lucas, experimentarem o milagre da existência de um filho, mas não da forma idealizada, tradicional e confortável que eles haviam sonhado. De todo o processo vivido, nasceu o livro Uma Nuvem no Deserto que conta a história dos vários sonhos do Lucas, narrado pela mãe Thanan, com o auxílio da excelente memória do filho, que ajudou a compilar os acontecimentos em sua sequência cro-

A mãe,Thanan, o irmão, Pedro e o pai, Márcio, posam para foto com Lucas, para divulgação do livro.

nológica. O livro narra toda a trajetória de encontros e desencontros, de dias de sol e dias de tempestade,

dias de vitórias e dias de lutas, dias de bonança e de calmaria, bem como dias de turbulência e pesar. Nos quais, porém, mesmo nas situações mais imprevisíveis o amor de Deus se fez presente e abundante a sua graça. A família é membro da 1ª 48 anos, caThanan G. B. Saar, IP em Cariacica, no Espírito sada com Marcio e mãe de dois l na área da filhos, profissionaSanto. -Lucas sempre teve o saúde e serva de Deus, mem Presbiteriana bro da 1ª Igrejasonho de ser missionário, do Brasil em Cariacica, onde família. congrega com toda e a consegue isso por meio Lucas Barbosa Saar, 24 anos, do livro, porque conta sua membro e participante do coral Ecos de Louvor da mesma história, mesmo confinado igreja, encontra-se em interna17 anos devição domiciliar àem seu quarto/UTI, vivendo a uma doença degenerativa dependente de que o mantém do acamado, se alimentanum respirador artificial, sem mento volunnenhum movido por sonda, respirando tário, comunica-se com os o alfabeto e ele olhos, ditamosartificialmente através de pisca na letra desejada para frases e este formar palavras, uma traqueostomia, imobilivro que juntos escrevemos. a deixou de ser Também nunclizado do pescoço até os feliz e aproveitar a vida com estudou em suas limitações, pés. Devido à progressão da domicílio, concluiu o ensino e aguarEnem médio, prestou doença que atrofiou todos da no Senhor o momento de r uma realizar o sonho osde cursa seus músculos, Lucas faculdade de Biologia. não anda, não fala, não come. Mas seu cérebro está

em perfeito estado, preservado de sequelas. Isso lhe permite ter consciência, sentimento e percepção de tudo à sua volta, e tornou possível que ele estudasse, concluindo o ensino médio e fazendo o exame do ENEM em 2013. Lucas é esse missionário, ainda com muitos sonhos a serem realizados, mas que sabe viver um dia de cada vez com intensidade e proveito. Através do relato da mãe com sua história de submissão à vontade de Deus, ensina-nos, nas páginas do livro, a viver uma vida abundante e ter o coração aberto e atento na percepção dos milagres que acontecem à nossa volta a todo momento. Duckelman Grosman é tia do Lucas e colabora com a divulgação da história de vida dele (Texto adaptado).


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AUTARQUIAS

Conheça a Tesouraria da IPB A Tesouraria da Igreja Presbiteriana do Brasil é uma importante autarquia, e cabe a ela cuidar de toda a parte financeira da Igreja, desde os pagamentos, até recebimento de ofertas e prestar contas anualmente, de todo o movimento financeiro do Supremo Concílio à Comissão Executiva da IPB. O Tesoureiro da IPB é eleito mediante voto em escrutínio secreto pelo Supremo Concílio, para um mandato de quatro anos.

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atual Tesoureiro da IPB é o Presb. José Alfredo Marques de Almeida, eleito para o quadriênio 2014/2018, tendo já exercido a função desse maio de 2012. “Observamos ao longo do exercício que as igrejas estão cada vez mais conscientes de que devem enviar os seus dízimos ao Supremo Concílio. A curva das igrejas contribuintes continua ascendente com 85 novas igrejas cadastradas pela Tesouraria. Hoje somos 3030 igrejas e congregações cadastradas, das quais 2039 remeteram seus dízimos e ou contribuições à Tesouraria (67%). Reconhecemos que existe ainda um longo caminho a percorrer até que tenhamos 100% de igrejas fiéis”, admite José Alfredo. A Tesouraria tem realizado o workshop intitulado “Por dentro das finanças”, e é uma importante ferramenta, usada para treinamento e capacitação de tesoureiros, pastores e pessoas da IPB, interessadas no que ocorre nas áreas de orçamento, finanças e contabilidade de uma igreja. São encontros de dois dias, quando são

Presb. José Alfredo é o tesoureiro da IPB

ministradas palestras pela Tesouraria e pela Junta Patrimonial, Econômica e Financeira. Assuntos como: orçamento, documentos fiscais, imposto de renda, RPA e relação trabalhista são abordados no encontro. “Esses eventos são também divulgadores do trabalho da Tesouraria e têm contribuindo para a formação de uma cultura dizimista em nossas igrejas. Entendemos que cada igreja é uma parceira da Tesouraria possibilitando à IPB cumprir sua missão proclamadora das boas novas de salvação em Cristo Jesus”. Para realizar um

workshop é necessário entrar em contato com o presidente do Sínodo que jurisdiciona a igreja local. O evento é custeado pela Tesouraria, com uma taxa de inscrição por participantes. O objetivo é alcançar o maior número possível de pastores e tesoureiros, mas o workshop também é aberto aos tesoureiros das sociedades internas, do Presbitério e do Sínodo. A Tesouraria busca, ainda, estabelecer canais de comunicação com as igrejas, enviando carta agradecendo aquelas que são dizimistas/parceiras, e outra carta estimulando as que não são dizimistas a serem. Mostramos a essas

igrejas a seriedade com que os recursos recebidos são aplicados. Todo trabalho é realizado pela equipe. Internamente a Tesouraria é dividida em dois setores: Financeiro, que cuida da arrecadação, relacionamento com as igrejas e órgãos, gestão do escritório, pagamento das contas, controle dos repasses das verbas votadas aos órgãos, pagamentos dos missionários, dentre outras funções; e pelo setor Contábil que executa todo o serviço de contabilidade da denominação. Tal serviço reveste-se de fundamental importância pois abrange as atividades dos seminários e dos órgãos que pres-

tam relatório dos gastos e investimentos efetuados em nome da IPB. A equipe da Tesouraria possui perfil técnico, composto de contadores e administradores de empresa e está apta a prestar um serviço de excelência e preparada para atender as demandas dos órgãos internos e dos diversos gestores ordenadores de despesas na IPB. “Agradeço a Deus a oportunidade de servi-lo como Tesoureiro da sua Igreja, mas não posso deixar de reconhecer o empenho e zelo do time da Tesouraria, os quais deram ao nosso trabalho a verdadeira eficácia”, conclui José Alfredo.


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PRESBITERIANISMO EM FOCO

Made in USA: teses sobre o Brasil Marcone Carvalho

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riqueza dos arquivos e bibliotecas norte-americanos é mundialmente reconhecida. A organização dos acervos e das coleções de periódicos causa boa impressão em todos que visitam esses ambientes. Ali está guardado o que há de melhor em termos de produção científica nacional e internacional. Devido ao fato do Brasil ter sido evangelizado por missionários norte-americanos, é natural que por lá existam muitos materiais sobre o nosso país. Alguns deles são preciosidades desconhecidas ou inexploradas entre nós. A produção acadêmica norte-americana relacionada ao protestantismo brasileiro é antiga. Referimo-nos ao saber produzido nas universidades, seminários e centros de pesquisa. Alguns artigos apareceram nas duas primeiras décadas do século passado, sendo a primeira tese de doutoramento apresentada em 1923, no Southern Baptist Theological Seminary. Há 100 anos os americanos estão estudando e publicando a nosso respeito. Seguem alguns exemplos. Destacamos os seguintes trabalhos: 1. McINTIRE, Robert Leonard. José Manoel da Conceição: His life and times (José Manoel da Con-

ceição: sua vida e época). Dissertação de mestrado: Princeton Theological Seminary, 1946. McIntire foi missionário em nosso país de 1943 a 1965. Além da referida dissertação, ele produziu, anos depois, sua tese: 2. McINTIRE, Robert Leonard. Portrait of a half-century: 50 years of presbyterianism in Brazil, 1859-1910 (Retrato de meio-século: 50 anos de presbiterianismo no Brasil, 1859-1910). Tese de doutorado: Princeton Theological Seminary, 1959. A tese foi publicada em 1969; 3. BROWN, Charles Malvern. A history of the Presbyterian Church, U.S.A., in Brazil (Uma história da Presbyterian Church, U.S.A. no Brasil). Tese de doutorado: Ohio State University, 1947; 4. GRAHAM, Ann Elizabeth. The contribution of Ashbel Green Simonton to mission work in Brazil (A contribuição de Ashbel Green Simonton à obra missionária no Brasil). Dissertação de mestrado: Biblical Seminary (atualmente New York Theological Seminary), 1952; 5. VIEIRA, David Gueiros. A historical study of the missionary work of Dr. George W. Butler and an analysis of his influence on Brazil (Um estudo histórico do trabalho missionário do Dr. George W. Butler e

Um dos principais arquivos sobre o Brasil está na Biblioteca do Seminário de Princeton

uma análise de sua influência no Brasil). Dissertação de mestrado: University of Richmond, 1960; 6. WOODY, Joseph R. The Brazil Plan of mission-church relations: an experience in partnership (O Brazil Plan de relações missão-igreja: uma experiência em parceria). Dissertação de mestrado: Union Theological Seminary, 1961. Brazil Plan (ou Modus Operandi) foi o nome dado ao acordo de cooperação entre os missionários e os brasileiros, em 1917; 7. PIERSON, Paul Everett. A younger church in search of maturity: The history of the Presbyterian Church of Brazil from 1910 to 1959 (Uma igreja jovem em busca de maturidade: a história da Igreja Presbiteriana do Brasil de 1910 a 1959). Tese de doutorado: Princeton Theological Se-

minary, 1971. Pierson foi missionário no Brasil de 1955 a 1973. A tese foi publicada em 1974; 8. SISK, Herbert Hoover. A model program of preschool education for the schools of the Presbyterian Church U.S. in Brazil (Um programa-modelo de educação pré-escolar para as escolas da Igreja Presbiteriana do Sul no Brasil). Tese de doutorado: George Peabody College for Teachers, 1973; 9. MYERS, Judy. Educational intentions and practices of the Presbyterian Church of the United States in Northeast Brazil: a case study of the Agnes Erskine School and the Quinze School (Intenções e práticas educacionais da Igreja Presbiteriana do Sul no Nordeste do Brasil: um estudo de caso dos colégios Agnes Erskine e Quinze de

Novembro). Tese de doutorado: Georgia State University, 1980; 10. SANTIAGO-VENDRELL, Angel Daniel. Contextual theology and revolutionary transformation: The missiology of M. Richard Shaull, 1942-2002 (Teologia contextual e transformação revolucionária: a missiologia de Richard Shaull). Tese de doutorado: Boston University School of Theology, 2008. Richard Shaull serviu como missionário no Brasil de 1952 a 1962, tendo exercido forte influência sobre uma geração de estudantes. Foi publicada em 2010. Esses são alguns trabalhos acadêmicos cuja temática contempla o presbiterianismo ou algum personagem presbiteriano. Existem outros que, por tratarem do protestantismo brasileiro em geral, também lançam luzes sobre o nosso passado. Disso decorre uma dupla necessidade: a de catalogação e a de um esforço para que tenhamos exemplares dessas teses e dissertações ao nosso alcance. Alguns desses títulos, infelizmente, não dispõem de uma única cópia em nosso país. Em outra ocasião, Presbiterianismo em foco tratará dos livros, artigos e revistas que nos dizem respeito. O Rev. Marcone Bezerra Carvalho é historiador e colaborador regular do Brasil Presbiteriano


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SEMINÁRIOS IPB

Primeiro índio formado em Seminário da IPB Para o JMC a formatura do seminarista indígena foi motivo de grande satisfação e louvor a Deus

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érgio Rivero Gomes foi o primeiro índio a se formar em um seminário da Igreja Presbiteriana do Brasil. O seminário é o JMC -- Rev. José Manuel da Conceição, que tem esse nome para homenagear ao primeiro pastor evangélico brasileiro (ordenado na Igreja Presbiteriana do Brasil em 17/12/1865), que antes de sua conversão era um padre Católico. Agora, o JMC se alegra por formar bacharel em teologia o primeiro índio da história do seminário, preparando-o para o trabalho na igreja indígena. Sérgio nasceu na aldeia Sassoró, localizada no município de Tacuru – MS, aproximadamente 300 km de Dourados. Aos 6 anos começou a frequentar a escola na base da Missão Caiuá, onde ouvia os missionários falando de Jesus que veio libertar o homem do pecado, por meio da sua morte e ressurreição. “Vivia em um conflito interno, uma inquietude que não parecia ter fim, mas a palavra de Deus sempre mexeu comigo. Nessa época estava com 14 anos e a aldeia estava sofrendo muito com suicídio de adolescentes e eu tinha medo que isso ocorresse comigo. Foi nesse período que Deus

abriu minha mente e coração, em uma escola bíblica de férias, a partir da leitura de João 14.1 feita pelo missionário. Então, compreendi que era pecador e que Jesus me resgatou e pagou pelo meu pecado, tornando-me filho de Deus”, conta Sérgio. Desde sua conversão, Sérgio sentia a vontade de realizar trabalhos como os missionários pregando a palavra de Deus para o seu povo. “Expressava essa vontade aos missionários que trabalhavam na base da Missão Caiuá e eles foram me preparando para o ministério até chegar ao Seminário JMC”. De acordo com Sérgio, estudar no Seminário Presbiteriano JMC foi uma experiência única. “No início, foi difícil para adaptar-me ao ritmo de estudos tão profundos, ministrados por professores altamente competentes. Em todas as matérias tive de esforçar-me intensamente por causa da dificuldade em português, já que a minha língua materna é a caiuá, mas, pela graça de Deus deu tudo certo, com uma experiência muito construtiva, porque aprendi por meio de profundo estudo teológico e exegético a ser mais criterioso com o ensino da Palavra, liturgia e

pregação. Além disso, Sérgio considera válido de ter convivido com uma nova cultura, cosmovisão e com pessoas de vários estados. Ele acredita que estudou teologia no lugar certo. “Sou grato a Deus por esse seminário ter recebido a mim e minha família tão bem e tenho a esperança que mais indígenas venham estudar nessa casa de profetas, para pastorear e ensinar o seu povo com fidelidade à Palavra de Deus”. De acordo com ele, o curso teológico ajudará a trabalhar no contexto dos indígenas, sem negociar os princípios e as convicções bíblicas. A formação Reformada proporcionou-lhe conhecimento teológico para transmitir conhecimento própria língua. “Além disso, ajudou-me a olhar o contexto sofrido do meu povo a partir de uma cosmovisão biblicamente orientada, levando em conta as questões: éticas, políticas e sociais, pois a fé bíblica se relaciona com todas as esferas da vida”, explica. O recém-formado pretende pastorear a igreja da qual era membro, Igreja Indígena Presbiteriana no Brasil. Para ele, os desafios para o futuro são diversos, mas destaca: levar a mensagem

Sérgio no dia de sua formatura no JMC

transformadora de Cristo de maneira fiel; consolidar a fé Reformada nas aldeias alcançadas e introduzi-la nas não-alcançadas; buscar parcerias com outras igrejas presbiterianas, por ser o primeiro índio Caiuá a se formar em um Seminário Presbiteriano. “Eu precisarei de parceiros para enfrentar esses desafios, e vencê-los, para a glória de Deus, conclui Sérgio. Para o diretor do JMC, Rev. Ageu Magalhães, Sér-

gio está preparado para o ministério que Deus tem proposto a ele na igreja indígena, pois recebeu todas as ferramentas para analisar a cultura e pregar o evangelho de Cristo de modo fiel e bíblico. “Ele foi um dos bons alunos que tivemos. Esforçado, focado no ensino e piedoso. Estou certo de que o Sérgio, com vida de oração e de estudo da Palavra, será um pastor muito usado por Deus. É a minha oração”, alegrou-se.


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FAMÍLIA MISSIONÁRIA

Família Rios Carta dos missionários Gessé e Iolanda, que atuam na África do Sul desde 2002.

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ntes de “fecharmos” o ano, tivemos um maravilhoso encontro aqui na Cidade do Cabo no dia 08 de dezembro, com lideranças reformadas da África do Sul e Namíbia, desejosos de ter o apoio e participação da Agência Presbiteriana de Missões Transculturais (APMT) no Projeto Kunene for Christ (www.kuneneforchrist.com), o qual visa a evangelização e treinamento de lideranças reformadas na Angola. O objetivo desse encontro foi planejarmos uma viagem missionária conjunta a Angola em 2016 para realização de evangelização e treinamento em igrejas de orientação reformada naquele país. Pedro Vicente, cego angolano convertido ao evangelho em Cape Town e atualmente residindo na

Namíbia, foi apresentado ao grupo e passará a fazer parte de equipe para futuros trabalhos. Dia 08/12 estive, a convite, representando a APMT num seminário sobre plantação de igreja promovido por igrejas reformadas dos subúrbios do Grassy Park e Mitchel’s Plain em Cape Town. A Igreja do Kenilworth vem reagindo bem à chegada do novo pastor nacional, Rev Seth Buttle. Percebemos uma clara disposição em apoiar iniciativas missionárias e participar de projetos transculturais. Também nos trouxe bastante alegria presenciar a quantidade de crianças que, ao longo do ano, frequentaram a Escola Bíblica Dominical. No encerramento das atividades de 2015 ocorrido no dia 06/12, havia mais de vinte

crianças presentes. Iolanda e Philipe estão mais contentes ainda pela contribuição direta que puderam dar através do ensino. Estamos testemunhando o crescimento do trabalho infantil, fruto de oração, perseverança e dedicação. Nossa apelação contra a negativa dos vistos de trabalho continuam sem uma resposta do Departamento de Assuntos Internos da África do

Sul (Home Affairs). Fomos informados de que a partir do dia 27/11 poderíamos ter o resultado a qualquer momento, mas essa espera pode durar meses. Enquanto isso, não podemos deixar o país. Depois de um tempo com relativa estabilidade na saúde, voltamos a enfrentar algumas dificuldades. Iolanda está bem, apenas entristecida com a despedida de amigos (família missio-

nária da APMT que seguiu para o campo definitivo). Os filhos Guilherme, Philipe e Leonardo estão bem. Motivos de gratidão a Deus: pelos filhos; pelo crescimento do Dpto. Infantil da igreja; pelo meu tratamento médico. Motivos de intercessão a Deus: pelo impasse sobre os nossos vistos e pela solicitação do visto do Leonardo e pela possibilidade de bolsa de estudos para o Leo seguir no mestrado; pela nossa saúde e do Guilherme; pelos estudos para Validação do Diploma e por passagens para viagem ao Brasil no final de março para a semana presencial na conclusão do curso; pelo nosso sustento financeiro em face à crise econômica atual. Juntos, fazendo discípulos.

Dia da Mulher Presbiteriana E

sse dia começou a ser comemorado a partir do 1º Congresso Nacional das SAFs, realizado no ano de 1941, na IP do Riachuelo, Rio de Janeiro. Ficou resol-

vido naquele Congresso adotar-se o 2º domingo do mês de fevereiro como o Dia da Mulher Presbiteriana, como uma homenagem a Dona Cecília Rodrigues Siqueira, que na época era a Secretária Geral do Tra-

balho Feminino, cargo em que permaneceu por mais de quinze anos consecutivos, de 1938 a 1954. Ela foi uma grande líder e sempre ocupou destacado lugar em seu ministério como mulher, mãe e esposa de pastor. Viajou por todo o país, participando de congressos, organizando SAFs, Federações e Confe-

derações Sinodais. No Brasil e no exterior empenhou-se em defender e divulgar as atividades da mulher presbiteriana, uma mulher comprometida com Cristo Jesus, fiel à missão que lhe foi confiada, quer como esposa, como mãe, como membro da igreja, como cidadã de nosso país. Quando deixou o cargo de Se-

cretária Geral, o Supremo Concílio de 1954, reunido em Recife (PE) atendendo ao pedido da Confederação Nacional do Trabalho Feminino, oficializou, então, o 2º domingo de fevereiro como o Dia Nacional da Mulher Presbiteriana. Já o Dia Nacional da SAF é comemorado no dia 11 de novembro.


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FORÇAS DE INTEGRAÇÃO

Semeando o Amor Projeto social desenvolvido pela CNHP tem objetivo de envolver homens presbiterianos de todo o Brasil

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m setembro de 1966 realizou-se em Campinas, SP, o 1º Congresso Nacional dos Homens Presbiterianos, quando foi escolhido como “Dia do Homem Presbiteriano” o 1º domingo do mês de fevereiro. Falar dessa comemoração é falar de UPH -- União Presbiteriana de Homens -- e dos trabalhos que tem realizado. Um deles é o projeto chamado “Fundo Nacional de Investimento Voluntário dos Homens Presbiterianos – Fundo UPH”. O objetivo geral é levantar recursos financeiros voluntários junto aos homens presbiterianos de todo o país, para viabilizar ou potencializar os projetos das UPHs, Federações, Confederações Sinodais e da CNHP -- Confederação Nacional de Homens Presbiterianos -- objetivando multiplicar as ações evangelísticas e missionárias dos homens no Brasil e fora dele. O projeto foi baseado em versículos do livro de Êxodo, capítulo 35 e 36: “Esta é a palavra que o SENHOR ordenou, dizendo: Tomai, do que tendes, uma oferta para o SENHOR; cada um, de coração disposto, voluntariamente a trará por oferta ao SENHOR... e veio todo homem cujo coração o moveu e cujo espírito o impe-

liu e trouxe a oferta ao SENHOR... Vieram homens e mulheres, todos dispostos de coração. Dentro do objetivo geral, as UPHs devem desenvolver ações como: apoiar as iniciativas evangelísticas e missionárias das UPHs, Federações e Confederações mais necessitadas, subsidiando os meios para suas realizações, como doação de material evangelístico (“Novo Testamento da UPH” e “O que a Bíblia diz”); colaboração com a sociedade no desenvolvimento dos projetos sugeridos pela CNHP , como o projeto “Bandeirantes da Fé” que, ligado diretamente às Secretarias de Ação Social e Evangelização da CNHP, visa a ação social e a evangelização. O Fundo UPH visa, também, patrocinar as iniciativas evangelísticas e missio-

nárias de grande impacto, coordenadas pela CNHP ou por ela delegada, e viabilizar o desenvolvimento de novos projetos, como por exemplo, a evangelização na copa em 2014, e “O que a Bíblia diz”. Dar suporte financeiro a trabalhos evangelísticos e missionários nos países vizinhos ao nosso Brasil, coordenados pela CNHP. De acordo com o projeto, os recursos arrecadados pelo Fundo UPH serão utilizados exclusivamente em atividades evangelísticas e missionárias diretas, tendo em vista o crescimento do Reino de Deus e a glória do Senhor Jesus Cristo. Dentro do projeto, fica estabelecido, ainda, que todos os projetos aprovados, necessariamente, deverão estar alinhados com a linha teológica, ética e princípios da IPB, e que o gerencia-

mento do Fundo UPH é de responsabilidade exclusiva da CNHP, por meio de conta bancária específica, separada da conta da tesouraria da CNHP, mediante assinatura do presidente e do tesoureiro da CNHP ou outro irmão qualificado, membro da diretoria, que receba delegação específica para tal função. Anualmente, todas as UPHs, Federações e Confederações poderão submeter à CNHP os projetos a serem desenvolvidos pelo Fundo UPH, os quais serão avaliados e priorizados pela diretoria e pela C.E. CNHP. Anualmente, a CNHP analisa um ou mais projetos específicos a serem priorizados no ano, de acordo

Mais informações acesse www.capelaniahospitalar.org.br

com a arrecadação do Fundo UPH e expectativa de recebimento. A primeira prioridade permanente para o uso do Fundo UPH, é a divulgação da Palavra de Deus. Este ano, o subtema do quadriêno (2015--2018) é “Homem Presbiteriano Semeando o Amor”, dentro do tema central que é “Eis que o Homem Presbiteriano saiu a Semear (A Palavra -- 2015 / O amor -- 2016 / A paz -- 2017 / O perdão -- 2018). A CNHP tem investido em ações que façam com que cada vez mais UPHs se envolvam no trabalho dentro de sua igreja, sendo benção e auxiliando na propagação do evangelho.


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CAPA

Projeto Mission

Jovens de diferentes partes do Brasil uniram-se à Confederação Naciona Tahysa Macedo

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ntre os dias 8 e 17 de janeiro, 49 jovens de todo o Brasil saíram de suas casas e de seu conforto para servirem um ao outro com amor (Ef 5.13) em diferentes cidades do estado da Amazônia. Os seguintes estados foram representados: PR, RJ, SP, MG, ES, CE, PA, RO, MA. A secretária de responsabilidade social da CNM, Poliana Rocha, e o vice-presidente sudeste da CNM, Lucas Gouvea, também participaram dando todo apoio. Muitos desses jovens se conheceram no PMF e juntos nós vimos o agir e o cuidado de Deus em nosso meio, pois desde os primeiros dias já éramos uma família! Chegamos para o projeto a fim de abençoar vidas com a pregação do evangelho, mas nós fomos os mais abençoados. Rio Preto da Eva, Lindoia, Novo Remanso e a comunidade indígena dos Mura ficarão em nossa memória, coração e oração! Cerca de 550 pessoas foram atendidas através do evangelismo, da entrega de

bíblias, de kits de higiene bucal e escolares, de corte de cabelo e manicure, histórias e brincadeiras infantis, teatro, pregação da palavra, confecção de horta comunitária, conversa com os adolescentes e orientações médicas às grávidas. Além dessas, muitas casas foram visitadas e mais pessoas foram abordadas nas ruas. Outras duas comunidades indígenas também receberam bíblias, kits escolares e de higiene bucal. Nós ainda tivemos o privilégio de contribuir para a construção de uma oca igreja na comunidade dos Mura e de doar cadeiras para três dos locais atendidos. Nós oramos e cremos que a igreja de Cristo crescerá nesses locais. Nosso desejo é que sigamos o exemplo de Jesus, que mais jovens se despertem para o trabalho missionário e que o trabalho continue em nossa localidade por todo o ano (Mt 9. 35 a 38). Até o PMF 2017! Tahysa Macedo é Secretária de Missões da Confederação Nacional de Mocidade da Igreja Presbiteriana do Brasil.

Foto oficial dos Jovens

PMF 2016 contou com 49 jovens e líderes nest

Construção de ocas na comunidade dos Muras

Jovens envolvidos com voluntariado e amor ao próximo

Evangelismo

Crianças brincam em atividades especiais para elas

Atendimento de manicure para os moradores

Adolescentes

Crianças de Rio Preto Eva

Plantio de horta em alguns bairros visitados

Satisfação e


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nário de Férias

al de Mocidade para mais um tempo de evangelização e amor nas férias Compartilhar a Palavra...

(Daniel Sperber CS Oeste de Belo Horizonte)

ta edição

Culto com moradores de Lindóia

o nas casas

“Um momento marcante foi na cidade Rio Preto da Eva, onde numa visita com mais dois jovens à casa de uma senhora nós vimos a necessidade de diálogo e principalmente de conforto cristão. Ela é convertida e batizada há 8 meses em outra igreja evangélica, mas há 6 meses estava impedida de ir à igreja por motivos familiares e de saúde. Confortar a irmã e poder conversar sobre a palavra e a vontade do Senhor com ela foi um momento marcante. Conversamos sobre vários temas pertinentes ao evangelho, oramos com ela e lhe demos uma bíblia mais nova de presente. Tenho certeza que Deus nos queria ali e nos usou nesse momento.”

Profunda gratidão à Deus... Serviço de corte de cabelo

s recebem estudo bíblico

muito cansaço no fim do PMF

Pulseira do Plano de Salvação para evangelização

(Poliana Rocha, Carajás, Secretária de Responsabilidade Social da CNM) “Existem inúmeras possibilidades para falar do PMF 2016. Contudo, não conseguiria encontrar um começo que não fosse a expressão da profunda gratidão Àquele que a si mesmo se deu por nós, nos fazendo exclusivamente seus. Assim, aqueles que são comprados por Seu precioso sangue se tornam zelosos em toda boa obra. Nossos dias junto àquelas famílias foi a expressão de um povo remido que ama ao Senhor. por isso, continuemos a amar, tanto aos de perto quanto aos de longe.”

Minha primeira participação... (Julia da Silva - Ceará)

“O PMF 2016 foi uma experiência inesquecível e minha primeira participação em atividades de missões da CNM. O que mais me encantou nesses dez dias foi a unidade do corpo de Cristo. Mesmo sendo jovens de várias partes do país e, muitos sem se conhecerem, formamos uma grande família unida com o mesmo propósito: pregar o evangelho e glorificar o nome do Senhor. Eu pude sentir o cuidado do Pai celeste desde as pequenas coisas como a chuva, a sombra, as estrelas, o nascer e o pôr do sol. Em apenas uma semana, cresci e amadureci de forma que apenas o amor e bondade do Senhor podem explicar. Eu sou grata ao nosso Deus por cada experiência e misericórdia. Que esse tenha sido o primeiro de muitos outros PMFs de que irei participar! E que eu possa continuar sendo instrumento nas mãos do nosso Criador.”

Jovens dispostos...

(Juci Mesquita - Setentrional)

“O que mais me chamou a atenção no PMF foi a simplicidade e o amor de Deus no rosto de cada jovem que trabalhou até o fim sem reclamar e sempre com um sorriso no rosto, foi sem dúvida uma experiência edificante.”


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FALECIMENTO

Buenaventura Gimenez

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o dia 13 de janeiro de 2016, descansou no Senhor o Rev. Buenaventura Gimenez López, missionário da APMT e membro do presbitério Unido de São Paulo, o primeiro paraguaio ordenado ao ministério presbiteriano, fruto do esforço missionário transcultural da IPB. Complicações decorrentes de um câncer no intestino foram a causa da morte, após a segunda cirurgia para a retirada de um tumor. Deixou preciosa companheira, a missionária Marisa Celestino de Gimenez, e três filhos Joel, Eliezer e Anita. Ainda na adolescência encontrou-se com Jesus no ministério do Rev. Evandro Luiz da Silva, pioneiro do presbiterianismo em terras guaranis, que esteve na localidade de KM 15, na cidade de Belém, norte do país, evangelizando a Dom Marcos Gimenez e Ña Nhorita, seus progenitores.

Ordenado em 1983, completaria 33 anos de ministério. Iniciou seus estudos teológicos no Instituto Bíblico Eduardo Lane em 1979, concluindo-os com o Bacharelado em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul (1980-1983). Ainda nos tempos da antiga Junta de Missões Estrangeiras (JME), tendo sido ordenado ao ministério pelo Presbitério de Dourados/MS, assumiu o pastorado da Igreja Presbiteriana de Concepción (1984--1987), campo pioneiro do presbiterianismo paraguaio. Ao campo pertenciam também as congregações de Hugua Rivas, Belém e 25 de abril. Joel, seu filho mais velho, nasceu nesse período. Recebendo da parte de Deus a visão de alcançar a capital do país, ainda sem trabalho presbiteriano organizado, iniciou o ano de 1988 já em Asunción, trabalhando em duas frentes: com o

Rev. Isaac Kim, missionário coreano, no bairro Campo Grande, norte da capital, e no Bairro San Vicente, próximo da região central da cidade. Nessa primeira etapa de sua missão na maior cidade do país, nasceu seu segundo filho, Eliézer (1989). Em 1990 concentra-se apenas na congregação do Bairro San Vicente, embrião da futura Igreja Presbiteriana Central de Asunción. Nessa segunda etapa ministerial na capital nasce sua filha caçula,

Ana Beatriz, chamada carinhosamente pelo diminutivo Anita. Paralelamente ao seu ministério de plantação de uma Igreja em Asunción, envolveu-se com destaque no ensino, tendo sido professor e capelão no Colégio Presbiteriano Canaán na cidade de Nemby, professor do Seminário Presbiteriano de Asunción, capelão do Colégio Presbiteriano Ebenezer, Asunción e capelão do Instituto Presbiteriano Paraguay-Brasil em San Lorenzo. Tendo adoecido no princípio deste século (descobriu-se portador de Lúpus), ainda permaneceu, mesmo com dores e limitações, em sua tarefa pastoral, influenciando a muitos com o amor de Deus através de Cristo. Em seu sepultamento, além de pastores e missionários coreanos, paraguaios e brasileiros, o prefeito de Nemby (ex-aluno) e o governador do

departamento Central também marcaram presença. O Rev. Marcos Agripino, executivo da APMT, e o Rev. Sérgio Paulo, vice-presidente da agência, representaram a APMT, trazendo também palavras de conforto e solidariedade da parte do Rev. Roberto Brasileiro. Ademais desses, muitas pessoas, que um dia foram marcados por seu forte carisma e mansidão, vieram prestar uma última homenagem ao amado pastor agora recolhido pelo Pai Celeste. Nesse dia, sua companheira de três décadas fez o uso final da palavra ressaltando que, entre muitos logros ministeriais, seu grande legado seriam três, seus três filhos: todos formados, conhecedores do evangelho e bem encaminhados na vida. Partiu em paz e cumpriu sua jornada, assumindo as fileiras da Igreja Triunfante ao lado do seu Senhor.

FORÇAS DE INTEGRAÇÃO

ReUPA 2016 O ReUPA é um projeto da Confederação Nacional de Adolescentes (CNA) que que tem por objetivo realizar um evento que atenda as UPAs das regiões sul, centro-oeste e norte. O ReUPA visa a comunhão e a edificação dos adolescentes, sócios da União Presbiteriana de Adolescentes (UPA), gerando maior relacionamento entre eles, dentro da mesma região. De 21 a 24 de abril, acontece o

ReUPA Sul, no Recanto do Vale, em Guarapuava (PR). O último evento contou com a participação de mais de 400 adolescentes e líderes dos estados do Paraná, Santa Catarina e apenas um do Rio Grande do Sul. O valor de investimento é de R$ 215,50. De 26 a 29 de maio, é a vez da região centro-oeste, no acampamento AD, em Cocalzinho (GO), com investimento de R$230,00. O último evento aconteceu em Cuiabá e con-

tou com a participação de mais de 500 adolescentes e líderes. Na região norte, o ReUPA será no Hotel Fazenda Minuano, em Presidente Médici (RO), nos dias 22, 23 e 24 de Julho, inscrições a R$215,00 por pessoa. O primeiro ReUPA norte foi realizado em 1997 no Acre, com a Confederação Nacional de Adolescentes – CNA/ UPA - que conta com o apoio da Sinodal de UPA do Sínodo Noroeste do Brasil – SNB, desde o início.

Na programação os adolescentes contam com um tempo de encontro e reencontro com Deus, através das mensagens e desafios lançados. Além disso, também há oportunidades para comunhão, diversão, congraçamento entre novos e velhos amigos, noite dos talentos. Para mais informações acesse o site www.upa.org.br.


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MEMÓRIA PRESBITERIANA

No BRASIL E NO MUNDO

Pastor preso na Coreia do Norte cava buracos o dia todo

Lançado a 5 de novembro de 1864, o jornal presbiteriano Imprensa Evangélica mostrava estar atento ao que ocorria no mundo e não abandonava sua postura apologética e O protestantismo mais velho do que o romanismo, a vulgata mesma sendo a testemunha.

O pastor Hyeon Soo Lim, de 60 anos, tem cavado buracos todos os dias cumprindo sua pena de prisão perpétua na Coreia do Norte. Os trabalhos forçados fazem parte da pena. O trabalho é realizado oito horas por dia, seis dias por semana abrindo buracos para a horta do presídio. A prisão de Hyeon Soo Lim aconteceu em janeiro de 2015, ele é acusado de tentar derrubar o regime coreano, sendo que o seu único crime é ser um missionário da Igreja Presbiteriana Coreana Luz de Toronto. Ele entrou na Coreia do Norte a partir da China e foi preso enquanto prestava missão humanitária no país de Kim Jong-un. Nascido na Coreia do Sul, Lim tem orado para que os dois países se reunifiquem. “Todos os dias oro pelo país e pelo povo, oro para que o Norte e o Sul se reunifiquem, para que uma situação como a minha não aconteça mais”, declarou. Fonte: Gospel Prime (por Leiliane Roberta Lopes)

FALECIMENTO

Nereu Mesquita Faleceu no dia 29 de dezembro de 2015 aos 93 anos o Presbítero Nereu Mesquita Garcia. Ele foi o fundador da Igreja Presbiteriana de Pindamonhangaba, em São Paulo e membro ativo de todos os trabalhos da amada igreja. Deixa a esposa Regina, filhas, genros, netos e bisnetos.

Lembrar-se-ha que o termo •Protestantes• foi primeiramente applicado aos Reformadores em Spires, ha trezentos annos, pouco mais ou menos. O nome, porém, não é moderno, mas antigo. No livro 2º de Paralipomenos, cap. 24 ver. 19, lê-se: «E lhes enviava prophetas que os fizessem tornar para o Senhor, os quaes, por mais que protestassem, elles lhes não querião dar ouvidos.» Na Vulgata lê-se assim: «Mittebatque eis prophetas ut reverterentur ad Dominus, quos protestantes, illi audire nolebant.» Portanto, segundo a mesma Vulgata, a traducção authorizada da Igreja Romana, forão protestantes aquelles que testificarão contra a idolatria de Judá e Jerusalém nos tempos antigos. (Jornal estrangeiro.)

evangelística, bem como sua preocupação devocional. Os textos que seguem, transcritos com a ortografia original, publicado em março de 1866 são exemplo disso: com perseverança; a submissão voluntária aos decretos de um ser omnipotente e infinitamente bom, traz comsigo inesgotável consolação. Não é a uma fatalidade cega que se obedece, é sim a um ser intelligente e cheio de amor, que colloca sempre o bem ao lado do mal, e frequentemente o bem no próprio mal, por combinações superiores impenetráveis á nossa intelligencia apoucada e muito limitada, mas que conduzem a um fim anticipadamente designado pela sua vontade eterna.» (Extrahido.) ––––––––– ∗ ––––––––– Sitio.

––––––––– ∗ –––––––––

S. João XIX, 28. Do denegrido Golgotha nos serros Lá echôa o martello, estrugem ferros; Lá se ergue o atroz madeiro assustador, Lá assoma esse corpo macerado, De um Deos que, para remir-nos do peccado, Tomou a humana fórma, e resignado Arrosta a morte, a dôr.

Os soffrimentos do christão. • Para os que soffrem, Deos, que é a fonte de eterna justiça, misericordia e bondade, tem reservado, além deste mundo, incomprehensiveis compensações. Não devemos murmurar, pois, a providencia de Deos para comnosco; sofframos tudo com paciência; lutemos

Lá chora a triste mãi angustiada, Vendo aquella cabeça tao amada, Do seu Deus, do seu Filho, a se encostar Sobre o peito, sem força e sem alento.... Oh! se ao menos, nas azas do tormento. Veloz viesse o frio passamento, Taes tratos acabar?!...


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Igreja Perseguida

Promessas no Egito E

m 2013, o Egito viveu uma onda de violência resultante da polarização entre islamitas e militares. Apesar de não estarem diretamente envolvidos no conflito, muitos cristãos foram vítimas. Mas durante a celebração de Natal de dezembro de 2015, realizada na Catedral Ortodoxa Copta de São Marcos, em Abbasiya, o presidente egípcio Abdel Fattah Al-Sisi prometeu, em seu

discurso, que irá reconstruir todas as igrejas e casas que foram incendiadas naquele ano. “Por favor, aceitem nossas desculpas pelo que aconteceu… se Deus quiser… no próximo ano não haverá uma única casa ou igreja que não tenha sido restaurada“, disse o presidente Sisi, de acordo com publicação do site Egyption Streets. A afirmação se refere à queima de igrejas e casas

de cristãos coptas após a saída do presidente Morsi, da Irmandade Muçulmana, derrubado por um golpe militar em julho de 2013. No período, mais de 50 igrejas e instituições coptas foram incendiadas ou invadidas no Egito. Centenas de casas, empresas e escolas também foram alvo dos ataques, que ainda fizeram pelo menos 11 vítimas fatais entre os cristãos. Ore conosco pelo

Egito, para que uma importante promessa como essa não venha trazer divisão nem incitar novamente a violência entre cristãos e muçulmanos no país. Ore também pelo presidente e outros governantes egípcios, para que exerçam seus mandatos com justiça e promovam a paz e a igualdade. Fonte: www.maisnomundo.org (Com informações do site Egyption Streets)

Orem por nós P

or favor, orem por Said Aka* (59), um ancião em uma igreja em uma aldeia do Tajiquistão. Por dez anos, ele deixou outros cristãos na aldeia se reunirem em sua casa para os cultos de domingo e um grupo de estudo bíblico. No entanto, cerca de um mês atrás, Alimjon*, seu filho mais novo, voltou da Rússia, onde passou os últimos oito anos. Antes de deixar o Tajiquistão, Alimjon sabia que seus pais eram cristãos e ativos na fé. Mas enquanto na Rússia, ele adotou uma forma extrema do islamismo, o que causou tensão severa no seu retorno para casa. Alimjon ficou furioso ao descobrir que seus pais ainda realizavam reuniões em sua casa com os cristãos locais. Ele disse a seu pai e mãe que ele iria quebrar os braços e pernas de qualquer um

que fosse a sua casa com uma Bíblia. Daquele ponto em diante, Alimjon não deixou os membros da igreja local entrarem em sua casa, e disse-lhes que ali não era mais um lugar seguro para praticarem sua fé. Ele disse aos membros da igreja que chamaria os

mulás e os moradores locais para punir os crentes em Cristo. Said pediu perdão aos outros cristãos pelas ações de seu filho. Motivos de oração: 1. Pelos membros da igreja de Said Aka enquanto procuram um novo lugar de culto. 2. Para que Deus proteja Said

e sua esposa da ira de seu filho, Alimjon. 3. Para que o coração de Alimjon se abra para o evangelho de Jesus Cristo. * nomes são alterados por razões de segurança https://www.opendoorsusa. org/ christian-persecution/stories/tag-blog-post/son-forbids-christian- -couple-to-host-church-inside- -home/


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EDIFICAÇÃO

A palavra de Deus é espada “Tomai a espada do Espírito que é a Palavra de Deus” (Ef 6.17).

Frans Leonard Schalkwijk

A

Palavra é a espada de Deus. Ele mesmo tem essa espada na mão para lutar contra seus inimigos; e Satanás, o inimigo maioral, treme (2Ts 2.8). Deus não precisa de aço: a sua Palavra basta e cada igreja e cada pessoa precisa ter cuidado com essa espada (Hb 4.12; Ap 2.16)! Mas, agora, veja o mila-

gre: quando, pela graça divina, alguém se arrepende de todo coração, ele recebe na mão essa espada do Espírito Santo! Assim, ele se torna soldado de Cristo e vai à luta. Não contra irmãos, mas contra os inimigos de Cristo, que são a velha natureza pecaminosa que resta no crente e no mundo ao seu redor, e contra o próprio Satanás. Sejamos imitadores de Cristo também no uso da

espada. O exemplo registrado em Mateus 4 nos mostra que, na luta contra a maligno, o Senhor Jesus não tentou negociar, mas usou logo a sua espada, a palavra do seu Pai celestial dizendo: “Está escrito...!” (Mt 4.4,7,10). Sejamos cuidadosos discípulos nunca largando essa espada. E sempre atentos a outros truques diabólicos que fazem nossa mão tremer, como dúvidas, críticas, descaso e indiferença pela Palavra. Muitos que têm a Palavra de Deus, não a usam, mas deixam a espada enfiada na bainha. Outros a usam,

mas nem acreditam nela, criticando-a. A espada deles não corta bem, pois está cheia de irregularidades e sem fio. Outros não acreditam mais no poder da Palavra; têm a Bíblia na mão, mas é como se fosse uma espada de plástico, de brinquedo! E se forem mestres, pior: quanto dano é causado, especialmente se mestres são levados pelo inimigo (Tg 3.1). Por isso, deixemos a espada como ela está, “não indo além do que está escrito” (1Co 4.6), não acrescentando, nem diminuindo (Ap 22.18,19). E sempre usemos esta espada do Es-

pírito com mão firme: com oração (Ef 6.18). Senhor Jesus, faze de mim um bom soldado Teu. Amém. Extraído de Meditações de um Peregrino, de Frans Leonard Schalkwijk, Cultura Cristã, 2014.

PROJETO SARA

Família de grande valor “...

pus o povo, por famílias, nos lugares baixos e abertos, por detrás do muro... inspecionei, dispus-me e disse: não os temais; lembrais-vos do Senhor, grande e temível, e pelejai pelos vossos irmãos, vossos filhos, vossas filhas, vossa mulher e vossa casa” (Ne 4.13-14). Neemias foi usado por Deus para reconstruir os muros de Jerusalém. A obra ia avante e já estavam fechando as brechas.

O povo tinha ânimo para trabalhar. Entretanto, foram desprezados e zombados por adversários: “Que fazem estes fracos judeus?”. O ânimo foi substituído pelo desânimo e estavam dispostos a parar a obra (Ne 4.1-14). Neemias reuniu o povo por famílias. Ele se preocupou com o bem estar de cada uma delas. Ele estava reconstruindo, protegendo e defendendo um dos projetos mais sublimes de

Deus: as famílias de Israel. Este ano vamos ter o desafio no Projeto Sara de orar diariamente por nossos queridos, dando o devido valor, conforme Deus idealizou. Mesmo que ataques de ordem moral, espiritual ou qualquer que seja a postura do mundo, não podemos nos moldar e nos conformar. Precisamos proteger nossas famílias e apresentá-las diante de Deus de modo digno do evangelho a que fomos

chamados, transformando nossas mentes e corações conforme sua boa, agradável e perfeita vontade (Rm 12.1-2). O relacionamento do casal precisa ser cuidado a todo instante. Os filhos precisam ser conduzidos a Cristo incansavelmente (Dt 6). Toda a família precisa estar com os olhos fixos em Deus para se conduzir de acordo com os princípios fundamentais que ele mesmo estabeleceu

para cada família. A razão de buscarmos a Deus é porque ele nos amou primeiro e de forma definitiva. Ele nos enviou Jesus para nos dar vida, e vida em abundância. Esse é o desafio: viver uma vida que o agrade, para sua glória. Quando correspondemos a esse tão grande amor, com certeza teremos uma vida plena e dividendos eternos para todos aqueles a quem tanto amamos.


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O CONSULTÓRIO BÍBLICO REVISITADO

A editoria do Brasil Presbiteriano “Consultório Bíblico”, assinada primeiramente pelo Rev. Galdino Moreira (18891982) e em seu último formato redigida desde 1977 pelo Rev. Odayr Olivetti (1928-2013), abençoou durante vários anos os assinantes do órgão oficial da IPB. Para alcançar um número maior de novos leitores e assinantes, este jornal republica aqui textos selecionados do “Consultório”, o que planejamos fazer mensalmente, certos dos benefícios dessa leitura para a família presbiteriana.

O pecado para morte Odayr Olivetti

P

ergunta – “Qual é o pecado para morte? 1João 5.16 fala de crente ou de incrédulo?” Resposta: consideremos: 1. A carta é dirigida a crentes em Cristo. Consiste de exortações que visam ao crescimento da vida cristã, e de doutrina como fundamento das exortações. A distinção entre o crente e o incrédulo, entre os crentes e o mundo, entre os filhos de Deus e os do Maligno transparece clara na epístola toda. Se o texto em foco não se dirigisse a crentes, se poderia dizer que seria a única parte da carta a se dirigir a não-crentes. 2. No capítulo 5, depois de falar da vitória da fé em Cristo e da segurança eterna do crente – segurança alicerçada em sua união com Cristo e atestada pelo testemunho da Trindade Santa e Bendita, o apóstolo trata da intercessão mútua dos cristãos. (No capítulo primeiro, trata da confissão pessoal do crente para o perdão dos próprios pecados; no capítulo 5, fala da intercessão em favor de irmãos caídos em pecado.)

3. Examinem os amáveis consulentes 1João 5.13-16 seguindo este roteiro conciso: 13 – Os crentes em Cristo têm a vida eterna; 14,15 – Base da súplica bem-sucedida do crente em Cristo: que a oração seja segundo a vontade de Deus; 16 – Um objetivo específico da súplica: orar pelo crente faltoso, desde que o seu pecado não seja para morte. 4. Pensemos um pouco no versículo 16. Em primeiro lugar, se evidencia aí que as pessoas envolvidas são irmãs na fé (“Se alguém vir a seu irmão...”). Em segundo lugar, todo e qualquer cristão, de acordo com o princípio do sacerdócio universal dos crentes, deve interceder pelo irmão faltoso. Em terceiro lugar, a intercessão particularmente requerida pelo apóstolo é a que é feita quando o irmão caiu em pecado que não é para morte. Nesse caso, o intercessor pode ter certeza de que a sua oração será ouvida. 5. Seguindo-se o contexto anterior (versículos 1315), veja no box a sequência lógica:

1º Quem crê em Cristo, vive. 2º Quem crê em Cristo sabe que Deus ouve e atende as súplicas feitas segundo a sua vontade. 3º Deus não somente quer que o crente em Cristo viva, mas também o garante (Jo 10.10, 28-30). Assim, pedir a restauração do crente faltoso é orar segundo a vontade de Deus. 4º O apóstolo valoriza extraordinariamente esse ministério de intercessão, a ponto de dizer que aquele que intercede, ele mesmo dará vida ao faltoso. A expressão no original grego é: “... pedirá e lhe dará vida”. João pretende ensinar nessa frase que o homem tem poder para comunicar vida real, espiritual, eterna a outros. Se pretendesse, iria contra os seus demais escritos inspirados, nesta e nas outras epístolas, no evangelho e em Apocalipse, bem como contra o ensino global da Escritura. Para evitar mal-entendidos, as traduções geralmente acrescentam a palavra “Deus”. Mas isso enfraquece a mensagem apostólica, que procura salientar a beleza divina da intercessão, a profundidade da relação do crente em Cristo com Deus e a importância da instrumentalidade humana de que Deus se serve. 5º Há pecado para morte. Isto é, há crentes que, tendo participado ricamente de todas as experiências, privilégios e deveres cristãos, contudo apostataram da fé aberta e obstinadamente, repudiando Cristo, seu evangelho e sua igreja. Essa atitude revela incredulidade, impiedade e blasfêmia contra o Espírito Santo (ver Mt 12.31,32), proclamando nula a ação regeneradora e santificante do Espírito de Deus. Entretanto, ao contrário do que diz certa versão, o

apóstolo não diz que não adianta orar em tal circunstância, e tampouco o proíbe. Não o recomenda, porém. Ele não diz: “Por esse digo que não ore”. Diz: “Por esse não digo que ore” (literalmente: “não sobre esse digo que ore”). 6º Continuando a argumentação, afirma o apóstolo que, embora toda injustiça seja pecado, nem todo pecado é para morte (versículo 17). Toda transgressão da lei de Deus é pecado – suficiente para a condenação eterna do transgressor. Mas João se dirige a crentes, e estes, graças à sua entrega pessoal a Cristo, estão liberados do caráter mortal dos seus pecados. 7º Na sequência (v. 18), o apóstolo confirma isso, dizendo que o crente verdadeiro, aquele que de fato nasceu de Deus, não peca – isto é, não comete pecado para morte. Outra vez, quer para evitar mal-entendidos quer por falha em captarem a profundidade do ensino apostólico, bem como o sólido entrelaçamento lógico da sua argumentação, versões há que enfraquecem o texto original, que declara que “todo aquele que é nascido de Deus não peca”. É evidente que o autor inspirado se refere ao pecado para morte. Sim, porque, noutro sentido, o mesmo apóstolo afirma várias vezes que crentes verdadeiros, ele incluído, pecam. Ver, por exemplo, 1.7 a 2.1. Não é a virtude do homem que faz que o crente vero não peque. Nem a proteção de outros. É a proteção de Deus que o guarda. Todo aquele que é nascido de Deus é guardado por Aquele que nasceu de Deus, nosso “Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo” (1Jo 2.1).


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Voltando à sequência geral: 6. Poder-se ia perguntar: como saber que alguém pecou para morte? Vejamos: 1º A apostasia obstinada põe de manifesto o crente falso, e o leva a progredir na senda da impiedade. Quando isso acontece de maneira tristemente notória e prolongada, é possível julgá-lo nos termos do texto apostólico. Esse ponto nos lembra Apocalipse 22.11: “Continue o injusto fazendo injustiça, continue o imundo ainda sendo imundo; o justo continue na prática da justiça, e o santo continue a santificar-se”. 2º É bom lembrar o que já indicamos antes, que o apóstolo não proíbe orar pelo apóstata, nem afirma que não adianta orar. Diz apenas que não recomenda essa intercessão. 3º Orar em favor dos outros nunca será um mal em si. 4º Será um mal se, por exemplo, interceder por apóstatas renitentes e blasfemos significar nossa negligência em relação a irmãos que tropeçam e caem, mas sofrem com os seus erros e precisam do nosso incentivo para a sua restauração. Os advogados de Judas Iscariotes deveriam se dedicar a orar e trabalhar em favor de pecadores para os quais ainda há esperança, no espírito da passagem que acabamos de estudar, e de Tiago 5.19,20: “Meus irmãos, se algum entre vós se desviar da verdade, e alguém o converter, sabei que aquele que converte o pecador do seu caminho errado, salvará da morte a alma dele, e cobrirá multidão de pecados”.

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CELEBRAÇÃO

Jubileu de Diamante Com 60 anos de ministério pastoral, rev. Dante participa de culto de ação de graças na IP de Santa Cruz, Rio de Janeiro

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o dia 17 de janeiro de 2016 foi celebrado o Jubileu de Diamante de 60 anos de ordenação ao Sagrado Ministério do Rev. Dante Sarmento de Barros. O culto de ação de graças ocorreu na Igreja Presbiteriana de Santa Cruz, local de licenciatura e ordenação do rev. Dante, em 15 de janeiro de 1956, além de ser a primeira igreja pastoreada por ele. Foi uma manhã de muita alegria para os irmãos presentes, bem como pastores de outras igrejas e para o conselho da Igreja. O mensageiro foi o Rev. Josias Ramos, e o Presbitério da Guanabara, foi representado pelo Rev. Ely Gonçalves, que entregou um quadro com uma poesia do Rev. Thiago Rocha. Rev. Ely foi ovelha do Rev. Dante na Igreja de Santa Cruz. Houve também a participação do Pastor Gilson do Carmo Batista, pastor da Igreja Batista Memorial de Santa Cruz e historiador especializado na história das igrejas de Santa Cruz. Ele representou as Igrejas Batistas da região, denominação que muito cooperou no trabalho da Igreja Presbiteriana de Santa Cruz durante o período do Rev. Dante, e presenteou o amado pastor com um livro contando o

Benção Apostólica impetrada pelo Rev. Dante, que teve os seus braços amparados pelo Rev. Guilherme Gomes, Secretário Executivo do PCVD e pelo Rev. Ilianque Heringer.

início da história do Presbiterianismo em Santa Cruz. Atualmente, rev. Dante é Pastor Emérito das IP de Santa Cruz e de Riachuelo. A emerência lhe foi concedida em 17 de maio de 1997, pelo Conselho da

das conversas que tinham em gabinete e as risadas gostosas e sinceras do Rev. Dante. O centenário Coro da Igreja de Santa Cruz, Coro Belmiro Antônio de Souza, participou com dois hinos.

Esquerda para direita: Rev. Ed Wilson, rev. Dante e rev. Ilianque Heringer.

IP Santa Cruz. Rev. Otávio Henrique de Souza que foi pastor na Igreja de Riachuelo quando o Rev. Dante recebeu a Emerência por aquela igreja, lembrou

O Conselho da Igreja Presbiteriana de Santa Cruz marcou essa data de ação de graças presenteando o pastor jubilado com uma placa comemorativa e re-

gistrando o agradecimento a Deus pela vida e ministério do Rev. Dante que foi pastor nesse campo por 10 anos (1954 a 1964). No final da cerimônia a oração de despedida foi feita pelo Pastor Gilson do Carmo e Benção Apostólica impetrada pelo Rev. Dante, que teve os seus braços amparados pelo Rev. Guilherme Gomes, Secretário Executivo do PCVD e pelo Rev. Ilianque Heringer. De acordo com Rev. Ed Wilson Lopes Bezerra, pastor efetivo da IP de Santa Cruz, os motivos para agradecer a Deus são muitos, pois o trabalho desenvolvido pelo Rev. Dante e sua esposa, Dona Maria Helena Prado Venturini de Barros, foi de grande valia para a região. O Presidente do Supremo Concílio, Rev. Roberto Brasileiro, enviou carta louvando a Deus pelo ministério profícuo do Rev. Dante, e a Presidente da República, Dilma Rousseff, enviou uma mensagem parabenizando o Rev. Dante. “A Deus toda glória! Sabemos que tudo está nos planos de Deus, e que nele podemos realizar grandes coisas para a expansão do Reino”, conclui Rev. Ed Wilson.


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PASTORES DA IPB

50 anos de Sagrado Ministério Celebrando 50 anos de pastorado, o Rev. Carlos Aranha Neto despede-se da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo com culto de ação de graças

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o dia 12 de dezembro de 2015, foi realizado no templo do da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo (IPUS), culto de ação de graças pelos 50 anos de pastorado (1965-2015) do Rev. Carlos Aranha Neto, e seus 25 anos de ministério na IPUS. No púlpito estavam presentes os membros do Conselho da IP Unida, os pastores auxiliares Rev. Célio Azevedo e Rev. Flávio Machado, o pregador e presidente do PRUN Rev. Ademir Aguiar, o Sec. Executivo do PRUN Rev. Joselma Gomes, o Presb. Hermínio Cancian – representando a Igreja Presbiteriana de Hortolândia (onde ele foi pastor por 2 anos), Presb. Márcio Iamarino, representando a Igreja Presbiteriana de Campinas (que pastoreou por 23 anos). O pregador na ocasião foi o Rev. Ademir Aguiar (atual presidente do Presbitério Unido e Sínodo Unido). As participações musicais foram do Coral da Igreja Presbiteriana Unida de São Paulo, e do Coral Rev. Zacarias de Miranda da Igreja Presbiteriana de Campinas. Cada coral entoou dois hinos, sendo o último (Bênção Antiga) cantado pelos dois corais em conjunto. Também participou o Coro Mas-

culino da Igreja Unida, do qual Rev. Carlos fazia parte. De acordo com rev. Carlos Eduardo Aranha, filho do rev. Carlos Aranha Neto, o culto foi um desejo do próprio Rev. Carlos, de dar graças a Deus por 50 anos de ministério pastoral. Em determinado momento do culto, o Conselho entregou a placa de Pastor Emérito, aprovado por Assembleia da Igreja. Também foi homenageado pelo Presbitério, Sínodo, UPH e Coral Masculino da Igreja Unida. Para Rev. Carlos Eduardo, a relação com seu pai sempre foi de grande aprendizado. “Ele sempre foi uma escola viva pastoral. As experiências pelas quais ele passou na relação com Igreja e lideranças sempre serviram de aula, e portanto, a observação no exemplo favorece

em muito naquilo diante do que me deparo”, declara. Rev. Carlos Aranha Neto iniciou seus estudos para o Sagrado Ministério no Seminário Presbiteriano do Sul – Campinas no ano de 1965, e sua jubilação ocorreu após 25 anos de dedicação na IPUS (1990 - 2015). “O Rev. Carlos é muito amoroso e deixará muitas

saudades, mas entendemos que esse é o tempo de descanso e agradecemos à Deus por sua vida e de sua família”, compartilhou Letícia Boletti, membro da IPUS. Rev. Carlos está oficialmente aposentado, mas irá ajudar em Campinas participando na Igreja Central, atendendo convites para pregar em outras igrejas,

podendo auxiliar no preparo de novos pastores também. Sua esposa, Lia Dias Aranha Neto, continuará nas atividades como uma atuante membro da igreja. O casal tem três filhos: Rev. Carlos Eduardo, casado com Marineide, que lhes dão três netos: Cadu (casado com Fanny), Gustavo (casado com Gabriela) e Flávia Stella. O segundo fiho é o Newton Roberto, casado com Maria Emília, e tem duas filhas: Raquel e Hadassa. A terceira filha é a Luciene, casada com Eduardo Abrunhosa. A Igreja Unida ainda está em processo de escolha de um novo pastor efetivo. Os dois auxiliares foram designados pelo presbitério para atuarem ali como pastores evangelistas neste ano, até que um novo pastor efetivo seja eleito pela Igreja.

Convocação CE 2016 A Secretaria Executiva do Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil, convocou a Comissão Executiva do SC/IPB para reunir-se ordinariamente, de 5 a 8 de abril de 2016, nas dependências da sede da Igreja Presbiteriana de Brasília. Os documentos que serão examinados na reunião deverão ser encaminhados à Secretaria Executiva do SC/IPB até o dia 07 de março de 2016 (data da postagem). A Comissão Executiva tem a importante função de gerir toda a vida da Igreja como associação civil, preencher as vagas que se verificarem nas comissões, permanentes e especiais, zelar pela pronta e fiel execução das ordens emanadas do plenário do Supremo Concílio, dentre outras atividades.


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IGREJA EM AÇÃO

A visão do presbiterianismo em Alto Jequitibá Igreja centenária em Alto Jequitibá (MG) mantém associação cultural e educacional para ser referência na sociedade e benção para a região.

I

nstituída em 20 de março de 2000, a Associação Presbiteriana Cultural e Educacional (APCE) é uma entidade civil, de utilidade pública e sem fins lucrativos, pertencente à Igreja Presbiteriana de Alto Jequitibá (IPAJ), em Minas Gerais. Essa organização surgiu com o propósito de dar continuidade à obra desenvolvida pelo antigo Colé-

finiu as diretrizes a serem seguidas pela organização, cuja missão e visão são promover práticas educacionais e culturais coerentes com os princípios da ética cristã e ser referencial na prestação de serviços por sua fraterna e eficiente hospitalidade, por sua adequada e confortável infra-estrutura de suporte e por sua integração participativa com a co-

APCE

gio Evangélico, levando em consideração as suas vocações naturais e históricas, adaptada às suas potencialidades e à realidade do tempo presente. De acordo com os coordenadores, o objetivo é que a APCE seja capaz de transformar-se em uma organização referencial na prestação de serviços à comunidade. A liderança da IPAJ de-

cursos de treinamento, eventos culturais e outros. Além disso, a APCE oferece condições de receber ex-alunos do Colégio Evangélico, caravanas de Igrejas e turísticas, servir a comunidade local em eventos, festividades, atividades esportivas e administrar o Museu Histórico da Instituição, os imóveis sob sua responsabilidade, dentre outros.

é responsável pela emissão de pareceres periódicos sobre as suas contas, de forma a subsidiar sua aprovação pelo Conselho Deliberativo. A Igreja Presbiteriana de Alto Jequitibá nasceu de colonizadores evangélicos alemães luteranos, que chegaram na região em 1868 para construir uma igreja. Eram famílias cristãs que procuravam ser

da Igreja foi 09 de março de 1902. O segundo templo era uma necessidade urgente. Foi construído para abrigar 700 ouvintes e inaugurado em 08 de outubro de 1911. Foi erigido

fiéis ao Senhor. O primeiro templo foi inaugurado no dia 15 de outubro de 1987, construído por Henrique Eller. Era simples, com paredes de pau a pique, esteios de madeira e coberto de taboinhas de cedro, sem forro. O assoalho era de tábuas de jequitibá. Os bancos não tinham encosto. Era denominado “Casa de Oração”. A data marcada para a organização

onde se encontra hoje o Edifício de Educação Religiosa. Em 2016 a igreja comemora 114 anos, sendo berço do Presbiterianismo em todo o leste do estado de Minas Gerais. Para mais informações sobre a Associação Presbiteriana Cultural e Educacional (APCE) e a Igreja Presbiteriana Alto Jequitibá (IPAJ), acesse www. ipaj.org.br

IP Alto Jequitibá

munidade local. A atuação da APCE está, ainda, orientada no propósito de servir às comunidades de Alto Jequitibá e das diversas regiões do país, proporcionando condições para o desenvolvimento de diversos tipos de atividades, como sediar congressos, seminários, simpósios, conferências, encontros de famílias e casais, cursos profissionalizantes,

A estrutura organizacional da APCE é constituída por uma administração central, exercida pelo Conselho Deliberativo, o qual conta com a assessoria do Conselho Consultivo, ambos designados pela IP Alto Jequitiba. A fiscalização da gestão financeira da APCE é exercida pelo Conselho Fiscal com suporte de uma contadoria profissional, o qual


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Boa Leitura Abrigo no temporal (Paul David Tripp)

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Entretenimento e reflexão O Brasil Presbiteriano não necessariamente endossa as mensagens dos filmes aqui apresentados, mas os sugere para discussão e avaliação à luz da Escritura.

que essas reflexões o com uma esperança da vez mais forte com ados pelo sofrimento.”

d Tripp

cia do seu próprio sofrimento e sua ao auxiliar pessoas em momentos r por temporais na vida, mas, mais encontrar abrigo. Este livro ajudará encontrar abrigo.”

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a vida? Pode, se você se aprofundar mporal é Paul Tripp em sua melhor za, vigor e relevância conectada diemas baterem à porta, faça um favor como entesourar nada menos que ndas deste salmo repleto de graça.”

O fortalecimento necessário

grejas, Sovereign Grace Ministries;

em face ao sofrimento.

. D.Min.) é pastor, escritor e palestrante Paul Tripp Ministries, sua visão o levou stã e a viajar pelo mundo pregando e os, escreveu Como as pessoas mudam, erra de palavras, O que você esperava?, nfusão que vale a pena (com Timothy ação perigosa (todos da Cultura Cristã). o casal têm quatro filhos adultos.

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segunda-feira, 24 de agosto de 2015 16:04:30

ta, protege a igreja de ser cooptada pela cultura ou de tornar-se uma subcultura de gueto. Décadas de ensino de teologia são transformadas aqui em capítulos acessíveis, práticos.

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O autor escreve a partir da experiência do seu próprio sofrimento e sua habilidade como pastor e conselheiro, ao auxiliar pessoas em momentos difíceis. Ele sabe como é passar por temporais na vida, mas, mais importante do que isso, ele sabe onde encontrar abrigo. Esse livro ajudará qualquer pessoa que esteja esperando encontrar abrigo. Quando os problemas baterem à porta, faça um favor a si mesmo: deixe esse livro ensiná-lo como entesourar nada menos que 52 verdades transformadoras de vida vindas do salmo 27, repleto de graça. Deus no redemoinho (David F. Wells) Neste importante livro, David Wells começa o processo de relacionar à prática sua influente crítica da cultura moderna e da igreja. Aqui nós temos uma teologia prática para conduzir a vida da igreja com base na realidade de um Deus de Santo-amor. Essa maneira de entender e pregar a doutrina de Deus, Wells acredi-

Contornos da Filosofia Cristã (L. Kalsbeek) Há quem suponha estar livre de qualquer influência filosófica, podendo desenvolver seu pensamento livre de construções filosóficas. Trata-se, porém, de um autoengano perigoso. Todos partem de pressuposições, de certas convicções básicas, e estão amarrados a todo o tipo de concepções, mesmo sem o saber. Não conhecê-las, porém, é o modo mais eficaz de se deixar dominar por elas. Esse livro não foi planejado para filósofos, mas para pessoas interessadas em filosofia. Um livro para pessoas que desejam conduzir sua vida responsavelmente, e que reconhecem de forma consciente o mundo confuso e espiritualmente dividido em que vivemos. Uma dose de percepção filosófica contribui para o aprofundamento dessa consciência.

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Stars Wars – O despertar da Força (2015) O lançamento [em dezembro] de uma nova versão de Star Wars é um momento importante para o testemunho cristão. Claro que podemos dar de ombros, afinal, os filmes dessa série não são novidade. Ou podemos e devemos perceber que se trata de uma ocasião para ajudar nossos filhos e netos a entender a cultura em que vivem a fim de pregar o evangelho para ela com mais precisão. Nessa saga famosa, digna de respeito, encontramos vários ideais excelentes, como coragem, amizade, amor e espiritualidade, que ajudam a explicar o sucesso da série. No entanto, comparada ao relato apresentado por Star Wars do mistério e da dignidade da vida humana, a resposta da Bíblia se mostra incalculavelmente mais convincente.

Para salvar uma vida (2010) Jake Talor é um jovem que tinha tudo: fama, uma bolsa de estudos pelo time de basquete e uma namorada que era a garota mais desejada do colégio. O que poderia ser melhor? Por outro lado Roger Dawson não tinha nada. Não tinha amigos nem esperança. Roger sempre era humilhado e deixado de lado. Jake e Roger eram melhores amigos quando crianças, mas a popularidade de Jake os afastou, uma vez que Roger não era tão despojado quanto Jake. Roger toma uma decisão que impactou a vida de Jacke. Então ele passa a ver o mundo de outra forma questionando o seu modo de viver, percebendo que a mudança poderia lhe custar seus amigos, sua namorada, seus sonhos e sua reputação.

Estão todos bem (2010) Frank Goode (Robert de Niro) sempre trabalhou em uma fábrica de cabos telefônicos, dedicando sua vida a sustentar a família. Aposentado e viúvo há oito meses, ele aguarda a vinda dos quatro filhos -- David (Austin Lysy), Robert (Sam Rockwell), Rosie (Drew Barrymore) e Amy (Kate Beckinsale) --, espalhados em várias cidades, para um churrasco em família. Entretanto, de última hora eles desmarcam o compromisso. Querendo vê-los, Frank desobedece a recomendação de seu médico e decide visitá-los em suas casas. É quando descobre que há algo de errado na vida dos filhos, que sempre contaram tudo para a falecida mãe, mas esconderam do pai. Um segredo principal precisa ser revelado.

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