Bp 724 marco 2015 final2

Brasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 56 nº 724 – Março de 2015

Viagem Missionária UMP 2015: Paraguai O primeiro Projeto Missionário de Férias (PMF) da gestão 2014-2018 aconteceu e foi benção na vida de todos que contribuíram, oraram e integraram a equipe.

Entre os dias 5 e 25 de janeiro, dezenove jovens de diferentes sinodais se reuniram para levar o amor de Deus e o evangelho aos paraguaios. Desde o início percebeuse a ação e o cuidado de Deus com a obra que ele mesmo atribuiu como privilégio.

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Conheça a FEP Fundação Educacional Presbiteriana atua desde 1969 oferecendo bolsa de estudo restituível para interessados em cursar universidade ou pós-graduação.

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67 anos de CEP

Casa Editora Presbiteriana está completando mais um ano de vida. Servindo a IPB há 67 anos, ela tem sido motivo de gratidão a Deus por parte dos presbiterianos, uma vez que tem suprido nosso povo com literatura de qualidade nas mais diferentes áreas de interesse e necessidade. PÁGINA 7

Brasil Presbiteriano

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EDITORIAL

Brasil Presbiteriano

Para lembrar e orar

P

or que cristãos são perseguidos? Por que somos tão odiados? Por que alguns são capazes até de morrer para ter certeza de que os cristãos serão eliminados? Como devemos reagir?

Não devemos odiar os inimigos da fé cristã, mas compreender que o problema deles nem é conosco.

Segundo Jesus, “Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim” (Jo 15.18). Foi por saber disso que, ao experimentar oposição, a igreja de Jerusalém orou a Deus, dizendo: “Por que se enfureceram os gentios, e os povos imaginaram coisas vãs? Levantaram-se os reis da terra, e as autoridades ajuntaram-se à uma contra o Senhor e contra o seu Ungido; porque verdadeiramente se ajuntaram nesta cidade contra o teu santo Servo Jesus, ao qual ungiste, Herodes e Pôncio Pilatos, com gentios e gente de Israel, para fazerem tudo o que a tua mão e o teu propósito predeterminaram” (At 4.25-28) e, em vez de orar por fogo do céu contra os opositores, sua súplica ao Senhor foi: “... agora, Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e

prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus” (v.2930). Deus ouviu aquela oração de um modo notável. Ele não destruiu os inimigos de Cristo – isso os aguarda no futuro –, mas capacitou os crentes a cumprir a sua missão: “Tendo eles orado, tremeu o lugar onde estavam reunidos; todos ficaram cheios do Espírito Santo e, com intrepidez, anunciavam a palavra de Deus” (v.31).

Retaliar, nem pensar, mesmo se os cristãos tiverem poder para isso.

As ações da Igreja Romana contra os judeus ao longo da História, matando os que ela chamava de “assassinos de Cristo”, resultou de seu afastamento das Escrituras – e é justo lembrar que tanto judeus como gentios participaram do assassínio de Jesus. Não podemos esquecer que existe a inimizade, mas ela é dirigida contra Cristo e “... a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra (...) as forças espirituais do mal” (Ef 6.12). Na verdade, ela foi instituída por Deus mesmo, conforme anunciado a Satanás, por ocasião da Queda: “Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar” (Gn 3.15).

Depois da terrível experiência da Queda, era inevitável a inimizade entre Satanás e a descendência da mulher, aliás, seu descendente.

Atento ao aviso divino a respeito do que lhe faria o descendente dela, “o dragão se deteve em frente da mulher que estava para dar à luz, a fim de lhe devorar o filho quando nascesse” (Ap 12.4). Associado à maldade humana, depois de séculos de tentativas de extinção da linhagem messiânica, Satanás usou Herodes para tentar eliminar Jesus (Mt 2.13). Tendo fracassado, “... perseguiu a mulher que dera à luz o filho varão” (Ap 12.13), dirigindo seu ódio contra os cristãos: “Irou-se o dragão contra a mulher e foi pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” (v.17).

Não podemos esquecer.

Pouco depois de sair do Egito, Israel teve uma terrível experiência que, conforme lhes disse Moisés, não poderia ser esquecida jamais: “Lembra-te do que te fez Amaleque no caminho, quando saías do Egito; como te veio ao encontro no caminho e te atacou na retaguarda todos os desfalecidos que iam após ti, quando estavas abatido e afadigado; e não temeu a Deus. Quando,

pois, o SENHOR, teu Deus, te houver dado sossego de todos os teus inimigos em redor, na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá por herança, para a possuíres, apagarás a memória de Amaleque de debaixo do céu; não te esqueças” (Dt 25.17-19).

Amaleque não existe mais. Não foi eliminado por Israel, que se saiba, mas o que sobrou foi com certeza arrastado pelos assírios na realocação de povos conquistados que destruiu a identidade deles.

Permanece, porém, a certeza de que um inimigo nos espreita.

O que lhes fizemos? O mesmo que os israelitas tinham feito aos amalequitas que covardemente os atacaram: nada. Por isso, “não te esqueças”. O que fizeram os vinte e um cristãos egípcios executados pelo Estado Islâmico? Eles tiveram a “odiosa” (para o inimigo) ousadia de professar o nome de Jesus. O problema desses inimigos é com o nosso Senhor.

Vamos lembrar e orar: “Senhor, olha para as suas ameaças e concede aos teus servos que anunciem com toda a intrepidez a tua palavra, enquanto estendes a mão para fazer curas, sinais e prodígios por intermédio do nome do teu santo Servo Jesus” (v.29-30).

Ano 56, nº 724 Março de 2015 Rua Miguel Teles Junior, 394 Cambuci, São Paulo – SP CEP: 01540-040 Telefone: (11) 3207-7099 E-mail: bp@ipb.org.br assinatura@cep.org.br Órgão Oficial da

www.ipb.org.br Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e Publicações Conselho de Educação Cristã e Publicações (CECEP): Clodoaldo Waldemar Furlan (Presidente) Domingos da Silva Dias (Vice-presidente) Alexandre Henrique Moraes de Almeida (Secretário) André Luiz Ramos Anízio Alves Borges José Romeu da Silva Mauro Fernando Meister Misael Batista do Nascimento Conselho Editorial da CEP –

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Antônio Coine Augustus Nicodemus Gomes Lopes Cláudio Marra (Presidente) Heber Carlos de Campos Jr. Misael Batista do Nascimento Tarcízio José de Freitas Carvalho Ulisses Horta Simões Valdeci da Silva Santos Conselho Editorial do BP – fevereiro 2014 a fevereiro 2016:

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Brasil Pres biteriano da Igreja é Presbiter órgão oficial Ano 56 iana do nº 723 – Fevereiro Brasil de 2015

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fevereiro 2014 a fevereiro 2016:

Várias igrejas acampa presbit mentos eria e adolesc de carn nas realizam nhão foraentes. É um aval para jove espaço ns da sed par al, trei nament e, cresciment a comuo de lide ta de o eva rança e espirituvidas. Os ngelização ferr e restaur amende ado acampamen tos com ação de ração e bus moment tiveram início em ca da Palavra os de Deu meados s, de 180 0.

Alexandre Henrique Moraes de Almeida, Anízio Alves Borges, Clodoaldo Waldemar Furlan, Hermisten Maia Pereira da Costa, Márcio Roberto Alonso Edição e textos: Cibele Lima E-mail: bp@ipb.org.br

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Um Dia

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Diagramação: Aristides Neto Impressão:

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TEOLOGIA A VIDA

Intercessão pela Família de Deus Hermisten Costa

E

m suas constantes orações, recordando sempre de seus irmãos, Paulo revelava a sua fé em Deus e o seu amor. A fé e o amor presentes entre os crentes efésios transbordam na vida e nos escritos do apóstolo (Ef 1.16).

Algo em especial me chamou a atenção no final das provações de Jó. Ele confessa ter aprendido muito com Deus e com as suas ações. Deus repreende os amigos de Jó pela sua precipitação e por dizer coisas não verdadeiras a respeito do Senhor.

Por determinação de Deus, eles agora deveriam apresentar um sacrifício ao Senhor. Jó intercederia por eles (Jó 42.7-9). O curioso no texto é que até agora a situação de Jó não havia mudado; ele continuava de luto pelos seus filhos, sem bens e sob os efeitos dos males que lhe sobrevieram. No entanto, relata o texto: “Mudou o SENHOR a sorte de Jó, quando este orava pelos seus amigos; e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra” (Jó 42.10).

Jó não questionou a ordem de Deus, não fez menção de a quantos sofrimentos seus amigos, devido a uma má teologia, lhe submeteram.

Simplesmente obedeceu.

Esse foi possivelmente

o último teste de Jó. Ele obedeceu a Deus e, então, o Senhor o abençoou: “....e o SENHOR deu-lhe o dobro de tudo o que antes possuíra” (Jó 42.10).

Não transformemos isso em um joguinho com Deus. Não sejamos tentados a pensar: vou interceder pelo meu irmão.

Enquanto isso o Senhor vai duplicar os meus bens.

Nesse caso, se Deus duplicar a sua sensibilidade

festa de forma poderosa a sua misericórdia sobre nós até mesmo, conforme a nossa necessidade e sua vontade, com bens materiais.

Paulo não orava apenas genericamente, mas, também pela igreja de Éfeso, intercedendo por ela (Ef 1.16-17). Ele cultivava em sua memória a situação de seus irmãos, tendo ciência de suas lutas, dificuldades, fraquezas, tenta-

de nutrir nenhuma preocupação de que Deus rejeite as nossas orações em favor da Igreja, visto que o nosso Rei celestial nos precedeu para fazer intercessão por ela, de modo que, ao orarmos por ela, estamos apenas nos diligenciando por seguir seu exemplo” (João Calvino, O Livro dos Salmos, São Paulo: Paracletos, 1999, Vol. 1, [Sl 21.1], p. 456).

A prática da intercessão

“Devemos estar atentos às necessidades de nossos irmãos e interceder por eles. Nessa prática revelamos a nossa sensibilidade espiritual” será uma coisa magnífica.

Mas, também não funciona assim.

Temos aqui a ilustração de um princípio de obediência e total consagração. Conseguir superar as nossas dificuldades e apreensões para pensar e orar pelos nossos irmãos é por si só algo resultante da graça operante de Deus. Isso já é uma grande bênção! A partir daí as nossas angústias parecem diminuir, adquirimos um novo olhar e perspectiva e, nesse processo, inclusive, Deus nos abençoa e mani-

ções e vitórias (Rm 1.9,10; Fp 1.3; 1Ts 1.2; 2Tm 1.3; Fp 1.4-5).

Quando oramos pela igreja, por nossos irmãos, e até mesmo por nossos inimigos, estamos agindo como o nosso Senhor. Ele também intercedeu por seus discípulos, por seus inimigos, seus algozes e, também, intercede por nós, pela Igreja. Intercedemos fundamentados em sua obra. A nossa confiança e consolo é saber da eficácia da intercessão de Cristo.

Calvino está correto ao escrever: “Não carecemos

revela a nossa irmandade em Cristo Jesus e nosso amor fraternal. Devemos estar atentos às necessidades de nossos irmãos e interceder por eles. Nessa prática revelamos a nossa sensibilidade espiritual.

Quando intercedemos pelos nossos irmãos, estamos dividindo as suas cargas, amenizando o seu sofrimento e fortalecendo o seu coração.

Paulo roga aos crentes romanos que “luteis juntamente comigo nas orações a Deus a meu favor” (Rm 15.30). Calvino comenta:

“Pelo termo luteis ele indica as dificuldades nas quais é colocado, e ao suplicar a ajuda deles nessa batalha, ele nos mostra a sensibilidade que deve inspirar as orações formuladas pelos crentes em favor de seus irmãos. Diz ele que realmente devem tomar parte nas aflições de seus irmãos como se estivessem colocados nas mesmas circunstâncias difíceis. Também mostra o efeito que tais têm orações. O crente que apresenta um irmão ao Senhor proporcionalhe uma grande medida de apoio ao receber uma porção das aflições dele sobre si mesmo. Se porventura nossa força depende das orações dirigidas a Deus, então o caminho mais seguro para fortalecermos nossos irmãos é orando a Deus em favor deles” (João Calvino, Romanos, 2ª ed. São Paulo: Parakletos, 2001, [Rm 15.30], p. 517-518).

Não há ninguém neste mundo que não necessite das orações de seus irmãos. Desenvolvamos, portanto, essa prática com sincera sensibilidade e confiança no cuidado providente de Deus. Ele, soberana e misericordiosamente, leva em consideração as nossas orações em seus propósitos eternos.

O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa integra a equipe de pastores da 1ª IP de São Bernardo do Campo, SP.

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HISTÓRIA DA IGREJA

Série Presbiterianismo na América do Sul

Chile Marcone Bezerra Carvalho

O

estabelecimento do protestantismo no Chile teve início com o Rev. David Trumbull (18191889), enviado ao país pela Foreign Evangelical Society, mas também vinculado à American Seamen’s Friend Society e à American Bible Society. Trumbull, congregacional, graduou-se em Yale (1842) e em Princeton (1845).

Recém-ordenado, desembarcou em Valparaíso no dia 25.12.1845. Seu raio de atuação incluiu pastoreio, capelania, imprensa, à defesa dos direitos civis, e à educação secular. Com sua iniciativa, foi organizada a Sociedade Bíblica de Valparaíso (1861). A vinda do Rev. Nataniel Gilbert para Santiago em 1862 foi um significativo reforço. Após 1866, mais missionários chegaram. Dois deles foram o Rev. Alejandro Merwin, que se uniu a Gilbert, e o Rev. Sylvanus Sayre, que foi para Talca. Nessa fase foram organizadas a Primera Iglesia Evangélica Chilena, em Santiago (1868), e a Iglesia Evangélica Chilena, em Valparaíso (1869). Importantes acontecimentos se deram nos anos seguintes. Em 1871, foi ordenado o primeiro pastor chileno: José Manuel Ibáñez Guz-

mán. Em 1873, por dificuldades financeiras, toda a obra da Sociedade Evangélica Estrangeira (SEE) foi transferida para a Junta de Missões da Igreja Presbiteriana dos EUA. Com exceção de Trumbull e Gilbert, congregacionais, os demais missionários eram presbiterianos. Surgia, assim, a Iglesia Presbiteriana de Chile (IPCh). A Primera Iglesia Evangélica Chilena passou a ser Primera Iglesia Presbiteriana e a Iglesia Evangélica Chilena tornouse Iglesia Presbiteriana de Valparaíso. Nessa década foram alcançadas as cidades de Concepción, Copiapó e Tocopilla. O Presbitério do Chile – formado pelas igrejas de Santiago, Valparaíso e Concepción e ligado ao Sínodo de Nova York – foi organizado em 1883, mesmo ano em que o Seminário Presbiteriano foi aberto. Em resumo, falecido o missionário pioneiro (1889), os alicerces estavam lançados.

A multifacetada atuação de Trumbull no país, como pastor, polemista, defensor dos direitos civis e educador, deu-lhe notoriedade e respeito, fazendo com que obtivesse a cidadania chilena.

Até meados da década de 20, o crescimento da denominação foi lento, porém contínuo. As estatísticas

para o ano de 1930 mostram 24 comunidades (igrejas e congregações), 31 missionários, 14 pastores chilenos e 1392 membros comungantes. Havia igrejas no norte (Tocopilla, Copiapó) e na região central (Santiago, Valparaíso, Viña del Mar, Rancagua, Curicó, Concepción e Chillán). Foram organizadas a Liga Feminina Evangélica (1923), a Federação da Juventude Presbiteriana (1932) e, mais tarde, a Federação de Homens Presbiterianos (1950).

Entre 1925 e 1940, a Igreja Presbiteriana do Chile (IPCh) experimentou uma fase de estagnação. O liberalismo teológico dos missionários, atitudes corporativistas, diferenças culturais com os nativos, baixo salário dos pastores nacionais e divergências relacionadas à administração do campo fizeram com que o referido período fosse marcado pela frieza espiritual. Esse foi o cenário que fomentou a era dos cismas no presbiterianismo chileno (19441972). Em 1944, um grupo se desligou da IPCh e fundou a Iglesia Presbiteriana Nacional de Chile (IPNA).

A controvérsia modernistafundamentalista, o desejo de uma igreja menos dependente do exterior, a maçonaria e, principalmente, o surgimento do Grupo de

Acción Evangélica (1941) – movimento de valorização da ortodoxia bíblica, em oposição ao crescente liberalismo –, foram os fatores que deram origem à IPNA. A ala mais conservadora entre os missionários se uniu à nova igreja, ficando na IPCh os menos conservadores e os liberais. Com a divisão, a IPCh sofreu uma considerável baixa: 6 igrejas e 900 membros. Mais do que numérica, a perda foi qualitativa. Saíram os mais dedicados e também mais fiéis na contribuição financeira.

Infelizmente, a organização da IPNA não esgotou os problemas existentes e, em 1960, foi organizada a Iglesia Presbiteriana Fundamentalista Bíblica (IPFB), oriunda da IPNA e que se ligou ao movimento de Carl McIntire.

A IPCh se tornou autônoma em 1964, quando se desligou da missão americana e organizou o Sínodo Presbiteriano. Liderada por Horacio González Contes-

se (1903-1988), principal nome da denominação na segunda metade do século 20, a independência eclesiástica era um anseio de grande parte dos pastores e presbíteros chilenos. O processo de saída dos americanos havia começado na década de 50 e se estendeu até os anos 70. Através da Comissão de Missões e Relações Ecumênicas (COEMAR), órgão da igreja americana, fora decidido o envio de ministros brasileiros para assumir as igrejas cujo pastorado estava vago, haja vista que o número de obreiros nativos era insuficiente. Foi nesse contexto que a primeira leva de pastores da IPB desembarcou no país.

De meados da década de 50 até 1967, por lá trabalharam Anísio Saldiba, Rubem Alberto de Souza, Nephtali Vieira Júnior, Odayr Olivetti, João Emerick de Souza e Sílvio Pedrozo.

Vale lembrar que o primitivo Seminário teve vida curta (1883-1898). Sem uma

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casa de profetas, os poucos candidatos da IPCh eram enviados para seminários de outras denominações.

Recorreu-se, também, à ordenação ao sagrado ministério de presbíteros regentes.

Em meio a essas condições, a denominação não conseguiu retomar o crescimento.

Pelo contrário, continuou se dividindo. Alguns pastores entraram em conflito com Horacio G. Contesse, e desligaram-se da IPCh, contabilizando mais dois rachas: em 1968 saíram a 3ª IP de Santiago, que passou a se chamar Iglesia Evangélica Presbiteriana “La Unión Cristiana”, e a Iglesia Presbiteriana de Talca; maior e mais prejudicial foi a dissidência que resultou, em 1972, na Iglesia Evangélica Presbiteriana (IEPCh). Essa denominação, em anos recentes, contou com pastores da IP Independente do Brasil em seus quadros (Celso Cézar Machado, Jefferson Caldeira e Valdecir Fornel).

Nas últimas décadas do século, a estagnação se manteve e a IPCh deu sinais de cansaço e declínio.

Segundo o Rev. Odayr Olivetti, missionário em Concepción e Santiago de 1961 a 1965, “a principal causa da estagnação e das divisões foi a mortal influência do modernismo teológico que impregnou o Sínodo de Nova York, ao qual pertencia o Presbitério do Chile”.

O fato é que, por mais que tenham existido homens e mulheres comprometidos com Deus, diminuiu o número de membros e muitos

filhos de crentes não conheceram ao Senhor, deixando a igreja. Um dado que ilustra esse difícil período é que, na capital do país, se passaram 47 anos sem que fosse organizada uma única igreja. Essa situação de decadência fez com que, no fim dos anos 90, alguns líderes e membros se reunissem semanalmente para orar e discutir o futuro da denominação. Disso resultou uma proposta ao Sínodo para revigorar a IPCh e retomar o caminho do crescimento. E assim foi definido um plano de ação, embrião do atual “2025: 50 iglesias y 50 pastores”. O plano reconhecia a necessidade de pastores de tempo integral, da plantação de novas igrejas e da criação de um seminário teológico. Decidiu-se, então, contar com a ajuda de pastores brasileiros.

Era essa a situação da IPCh quando o Rev. Rosther Guimarães Lopes, o primeiro deles, chegou ao país em 2001. O bom trabalho por ele realizado à frente da Iglesia Presbiteriana Cristo Mi Pastor fez com que, rapidamente, outros brasileiros fossem para o Chile. Desde então, pelo despertamento da liderança nativa, pela contribuição dos pastores da IPB e devido à boa preparação ministerial de uma nova safra de pastores chilenos, a denominação tem passado por um processo de revitalização e expansão. Com a criação do Seminário Presbiteriano José Manuel Ibáñez Guzmán em 2001, a mão de obra nacional tem sido

capacitada. Outros têm se formado em Seminários da IPB. A IPCh tem vivido um novo tempo. Voltou a sonhar. Nos últimos dez anos, foram organizadas três igrejas em Santiago e uma em Temuco, havendo dez congregações em funcionamento. Os pastores enviados pela IPB que atuaram ou têm atuado nessa fase são: Rosther Guimarães Lopes, Gidélcio Ferreira Lola, Leandro de Almeida Pinheiro, Fábio Bezerra Lima, João Marcos Rocha, Cleto Nunes de Souza, Pedro Nunes Lino, Samuel Santos Bezerra, Danillo Scarpelli Dourado, João Petrecelli, Amós Cavalcanti Pereira Farinha, Rolando Antônio Zapata Rojas, Marcelo Rocha, Ronaldo Roque Dourado (missionário da APMT), Heiler Maciel e Geovane Martins (evangelista).

Existem outras denominações presbiterianas no Chile. São elas: Iglesia Presbiteriana Unión Coreana (1979) e Iglesia Presbiteriana Coreana (1982), ambas voltadas para os imigrantes e descendentes coreanos; Iglesia Presbiteriana en América, braço da Presbyterian Church in America (PCA), presente desde a década de 80 e que conta com um pastor egresso da IPB, Egimar Ribeiro Oliveira; e a Iglesia Presbiteriana Bíblica (IPF), surgida em 2002, dissidência da IPFB. Acredita-se que todos os presbiterianos do país reúnam em torno de 10 mil pessoas.

O Rev. Marcone Bezerra Carvalho é historiador e colaborador regular do Brasil Presbiteriano.

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No BRASIL E NO MUNDO

O perigo das religiões Foto: Divulgação TV EBC

A série “Retratos da Fé”, produzido e veiculado pela rede TV Brasil (EBC – Empresa Brasil de Comunicação), transmitiu em fevereiro um programa em que a rotina de fé de quatro “personagens” presbiterianos foi apresentada.

No vídeo, aparecem: Um pastor recém-ordenado de Campina Grande, Rev. Augusto Brayer, contando que seu chamado para o pastorado surgiu com o trabalho dentro da igreja.

Na Catedral Evangélica de São Paulo (IPI), com a participação do Rev. Valdinei, acontece a transmissão ao vivo, pela rádio web da igreja. No vídeo, o pastor analisa a importância do trabalho de evangelização à distância, via rádio e internet.

Em Vitória (ES), um grupo de jovens se reúne no salão principal da igreja presbiteriana para atividades em comum. Liderados pelo jovem André, eles oram, assistem filme sobre um tema atual, debatem sobre o que assistiram e procuram meios para aplicar à vida.

Em Curitiba, Vera Lúcia é a personagem e conta que se converteu há cinco meses. Em um domingo de muita angústia, ela e o marido resolveram procurar a igreja, onde foram acolhidos imediatamente.

De acordo com o site da TV Brasil, “a série ‘Retratos de Fé’ oferece um espaço para que grupos religiosos transmitam sua mensagem de fé e possam expressar o sagrado de sua doutrina de forma direta, sem nenhum tipo de mediação, interferência ou proselitismo”.

A cada semana, um episódio abre espaço para que um determinado credo possa se expressar livremente na tela, apresentando suas concepções, crenças, cerimônias, vivências e manifestações religiosas, num verdadeiro aprofundamento religioso. É a época do “todas as religiões são iguais”. Cada um pode crer no que quiser, desde que não afirme que a sua crença é verdadeira e não saia por aí pregando a sua fé.

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AUTARQUIAS DA IPB

Conheça a FEP Fundação Educacional Presbiteriana atua desde 1969 oferecendo bolsa de estudo restituível para interessados em cursar universidade ou pós-graduação

O

desafio de fazer um curso superior é uma realidade em grande parte das famílias brasileiras.

Muitas vezes, a ajuda em parte do valor pago já tem um significado muito importante no orçamento familiar, proporcionando a realização de um sonho.

Existe na Igreja Presbiteriana do Brasil uma autarquia que surgiu com o claro objetivo de ser um braço ajudador no meio educativo e cultural. A FEP – Fundação Educacional Presbiteriana – foi fundada em 1969 e desenvolve propostas que atendam às necessidades de quem procurar a autarquia.

A composição do Conselho de Curadores é feita pelo Supremo Concílio da IPB e, posteriormente, uma reunião do Conselho Curador elege a diretoria. O Rev. Avaci José dos Santos é pedagogo e diretor-presidente da FEP. Com ele, a diretoria eleita em 1995 se mantém até hoje com os mesmos membros, totalizando dezessete anos de ministério e trabalho, com os presbíteros Carlos Eduardo Pereira (advogado), Ivan Edson Ribeiro Gomes (engenheiro) e João Evangelista Oliveira Coelho (advogado).

“Nós recebemos esse privilégio, trabalhamos com temor a Deus e entendemos como sendo nosso ministério. Sabemos que o Senhor tem nos chamado, e nos dispomos a continuar servindo”, entusiasmase o Rev. Avaci.

A FEP concede bolsa de estudos restituível com teto máximo de R$720,00 com o objetivo de auxiliar no pagamento da mensalidade de graduação ou pós, escolhida pelo aluno que procura a autarquia.

A ajuda é oferecida no momento em que o aluno está justamente com os recursos financeiros mais escassos. Passados os anos de estudo, o bolsista inicia o processo de pagamen-

Conselho de Curadores da FEP

locação de prédios e salas comerciais. Com o levantamento financeiro, um estudo é realizado, prevendo a quantidade de bolsas

Diretoria

to do valor emprestado, fazendo isso no período correspondente à duração dos anos de estudo.

Os recursos de que a FEP dispõem provém da

que poderão ser oferecidas. Além dos imóveis em São Paulo, está em fase de construção uma quadra de esportes que será locada na cidade. Os recursos

levantados serão investidos em novas bolsas de estudos.

Toda a logística e planejamento do escritório, com sede na região central de São Paulo, é submetida ao Conselho de Curadores para eventual aprovação e posterior execução pela diretoria. As propostas são analisadas permitindo que mais pedidos de bolsas sejam alcançados, sem que os recursos sejam esgotados. A autarquia é autossustentável e os membros do Conselho e da Diretoria são voluntários em todos os trabalhos, que desenvolvem dentro de suas competências profissionais e como liderança da Igreja, pastores e presbíteros.

Para o Presb. Ivan Edson,

secretário da FEP, o trabalho ainda têm muito para alcançar e desenvolver, mas os grandes avanços têm demonstrado que estão no caminho certo. “Nós passamos por momentos bem mais complicados no início da nossa gestão em 1995, quando assumimos.

Mas com a graça de Deus e com muito trabalho hoje auxiliamos quem solicita a bolsa e é uma benção poder ajudar”, comemora.

Muitos casos vitoriosos de bolsistas e ex-bolsistas foram mencionados pelos obreiros da FEP, bons resultados que motivam a continuação do trabalho da Fundação incentivando a educação por meio da Igreja Presbiteriana do Brasil.

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AUTARQUIAS DA IPB

Casa Editora Presbiteriana completa 67 anos Mais saudável do que nunca, nossa Editora Cultura Cristã continua trabalhando para reformar o Brasil por meio da literatura, servindo a Deus no serviço à IPB e abençoando outras denominações também.

A

Casa Editora Presbiteriana está completando mais um ano de vida. Servindo a IPB há 67 anos, ela tem sido motivo de gratidão a Deus por parte dos presbiterianos, uma vez que tem suprido nosso povo com literatura de qualidade nas mais diferentes áreas de interesse e necessidade.

Com livros, currículo para a Escola Dominical e material de apoio para as força de integração – nossas sociedades internas –, a CEP tem batalhado para glorificar a Deus e reformar a igreja no Brasil por meio da literatura.

Há vários anos a CEP vem operando no mercado com o nome fantasia Editora Cultura Cristã. A razão para isso é a certeza de que suas publicações

podem edificar também não-presbiterianos que, porém, veriam em seu nome oficial uma barreira para sua aproximação.

A medida provou-se correta, porque um número significativo de irmãos e igrejas de outras denominações passou a comprar os livros da CEP e adotou para a sua escola dominical o Currículo Cultura Cristã. Na verdade, um bom número de comunidades pentecostais passou a conhecer e mesmo apreciar a beleza e caráter bíblico da Teologia Reformada.

Por isso podemos afirmar que a CEP está de fato trabalhando para reformar a igreja no Brasil por meio da literatura.

A Cultura Cristã está atenta às necessidades da

IPB. Num tempo em que algumas igrejas locais veem murchar suas escolas dominicais, a Editora tem enviado equipes de revitalização para diferentes partes do Brasil, de norte a sul e de leste a oeste, para ministrar o que tem sido chamado de “minicongressos de Educação Cristã”. Em eventos com abertura na sexta à noite e com vários grupos de trabalho simultâneos ao longo do sábado, oficinas específicas e bem práticas são oferecidas para treinamento dos professores locais. Da parte dos oficineiros, o custo para os organizadores locais é baixo, uma vez que inclui apenas transporte, alimentação e hospedagem do grupo.

Os interessados nesses

eventos de revitalização devem entrar em contato com o Editor, Rev. Cláudio Marra (claudiomarra@ cep.org.br) para obter detalhes e agendar uma data.

Outra evidência da dedicação da CEP a servir nossas igrejas foi a criação de uma nova revista para a Escola Dominical, segundo um conceito inteiramente inédito e procurando responder perguntas da liderança, tais como “O que fazer quando começam as férias? A superintendência deve juntar as classes?

Que material usar? E as datas comemorativas?”.

Buscando auxiliar o Departamento Infantil nessas situações a CEP lançou uma nova revista para uso na escola dominical em períodos especiais como recesso escolar e datas

comemorativas. A revista Dia D+ tem 13 lições avulsas com planos de aulas para menores e maiores, atividades diferenciadas, além de visuais em cartazes e em PowerPoint.

A cada ano será lançada uma nova edição da revista Dia D+ com lições para os domingos especiais ou de férias. Para os domingos do ano em que o departamento ou classe continua com os estudos regulares, será escolhido o trimestre de sua preferência na matriz curricular.

Os que desejarem mais informações, poderão postar sua pergunta na fanpage da Editora (https:// w w w. f a c e b o o k . c o m / EditoraCulturaCrista), escrever para cep@ cep.org.br ou ligar para 0800-0141963.

MISSÕES

Congresso Regional do CONPLEI O

CONPLEI, Conselho Nacional de Pastores e Líderes Evangélicos Indígenas, realiza de 09 a 12 de abril, o Congresso regional Indígena, nas dependências do acampamento Shalon, em Santarém (PA).

Com o tema “Cultura

e fé : Fortalecendo a Interculturalidade”, o evento tem o objetivo de reunir em torno de 700 indígenas provenientes das seguintes etnias das regiões oeste do Pará, leste do amazonas e do estado do Amapá: WaiWai, Hixkariana, Katxuyana, Tunayana, Kahiyana,

Tiriyó, Txikiyna, SataréMawé, Munduruku, Zo’é, Arara, Juruna, Assurini, Araweté, Parakanã, Xikrin, Kayapó, Xipaya, Kuruaya, Apalaí, Waiãpi, Galibi, Karipuna, Palikur e outras etnias convidadas, bem como representantes da Igreja evangélica brasileira e pessoas ligadas à

causa indígena.

Para isso, o Conplei pede o apoio financeiro da Igreja brasileira e de pelo menos 150 voluntários para serviços de Divulgação; Mobilização de recursos; Cozinha; Recepção; Logística; Segurança; Saúde; Ministério Infantil; e Som e Multimídia.

INVESTIMENTO: - Indígenas: R$ 50,00 - Não indígenas: R$ 120,00 INSCRIÇÕES: Solicite sua ficha de inscrição pelo e-mail: conplei. santarem@gmail.com Informações: Telefone: 93.9812.17324 - TIM / 9919.19850 / 9912.47676 - VIVO

Brasil Presbiteriano

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HISTÓRIA DA IGREJA

458 anos do 10 culto Reformado no Brasil

A audácia de confessar a fé No prefácio do livro A tragédia da Guanabara (Cultura Cristã) Domingos Ribeiro incluiu texto do Rev. Erasmo Braga (1877–1932) sobre o martírio dos cristãos reformados em decorrência de sua fé.

“V

ai se alargando o martiriológio da Igreja de Cristo no Brasil.

Ainda rubra corre a torrente, quando o céu chora sobre o sangue do último mártir, e a memória dos primeiros não tem um monumento sequer no coração de seus confrades. É tempo de se levantarem as campas. Tirem-se as relíquias, e sejam elas alçadas! São os nossos troféus.

Não há no mundo quem tenha mais vivo monumento dos seus mártires que nós. Nem o Coliseu com as suas arcarias soturnas: o rugido das feras há muito que emudeceu.

Ali, porém, naquela belíssima Baía de Guanabara, está a ilha, onde primeiro, em terras da América, os fiéis comemoraram a morte do Salvador. Ao cimo da colina, uma fortaleza, como então. Seu nome perpetúa a memória execranda do carrasco. Lá, ao rebentar dos arrecifes, as mesmas ondas que sorveram os corpos dos mártires, vêm cobrir de branca espuma a rocha que serviu de cadafalso. E o mar ainda ruge como no dia do martírio. Templo, cadafalso e jazigo.

Jean de Lery, o historiador da expedição de Villegaignon, para que no dia das retribuições não se lhe leve em conta o olvido, empreendeu narrar os martírios de seus irmãos na terra do Brasil.

Quebraram-se uma por uma as promessas do ambicioso almirante; Richier é injuriado em plena congregação; os sermões são criticados com veemência pelo íntimo do chefe da expedição; por fim, violenta, estoura a apostasia.

Disputava-se sobre a doutrina dos Sacramentos, e Chártier, o outro pastor que Calvino enviara, voltou à Europa, levando apelo às Igrejas-mães. Sozinho, a lutar contra a violência, Richier e os fiéis foram obrigados a deixar o forte e ir para o Continente.

Depois de muito sofrer, puderam, um dia, ver-se a bordo de um navio que os devia repatriar. No alto mar, porém, o velho barco fazia água, e tão desgraçadamente, que o depósito de víveres inundara.

Era necessário diminuir os de bordo; e tocou a cinco deles voltarem numa chalupa para a terra, onde tanto sofreram.

Villegaignon os recebeu com toda a bondade. Os remorsos, porém, que lhe torturavam a alma, levantavam a cada canto um fantasma e, como Caim, o apóstata e assassino, temia que um braço vingador viesse, de um golpe, cercear-lhe a ambição. E os pobres homens tornaramse suspeitos de traição e espionagem. Resolvido a eliminá-los, buscava ainda o vil perseguidor um véu para encobrir o crime.

Sabia bem o mesquinho que a mesma fé ardente no coração dos confessores reduzidos a cinzas lá na pátria, mais ardente que as brasas das fogueiras, também inflamava o coração das suas vítimas: lembrouse que era ali o representante de Henrique II. Era direito dos governadores, em nome do rei, exigir dos súditos uma confissão de sua fé. O almirante ordenou, portanto, que em doze horas respondessem aos artigos de fé que lhes enviara. (...)

Jean du Bourdel escreveu; os outros assinaram a sua Confissão de Fé.

Recebido o documento, o tirano o fez vir à sua presença. Jean du Bourdel,

Matthieu Verneuil e André la Fon vieram; Pierre Bourdon, aflito por moléstia, ficara no continente.

Estavam prontos, disseram, a sustentar a Confissão. Enraivecido, ordenou Villegaignon que os metessem no cárcere a ferros. Durante a noite, todas as horas ia revistar as algemas, a porta do cárcere, rondar as sentinelas.

Os servos de Deus, entretanto, oravam, cantavam salmos e se consolavam mutuamente.

Na manhã de sexta-feira, 9 de fevereiro de 1558, desceu Villegaignon, bem armado, com um pajem, a uma sala. Mandou apresentar du Bourdel, e mandou-lhe explicar o 5.° artigo da sua confissão. Ao responder du Bourdel, uma bofetada do apóstata fezlhe jorrar sangue da face, e Villegaignon mofara das suas lágrimas de dor.

Conduzido ao suplício, ao passar pela prisão, bradava aos seus companheiros que tivessem bom ânimo, pois breve seriam livres desta triste vida.

Cantando salmos, subiu à rocha; orou, e, atado de pés e mãos, o algoz o arrojou às ondas.

Seguiu-o Matthieu Verneuil. Às suas súplicas que o poupasse, tivesse-o como escravo, respondia o verdugo, menos valor tinha que o lixo do caminho: Tendo orado, exclamando: “Senhor Jesus, tem piedade de mim”, desapareceu no mar.

Pierre Bourdon, fraco, debilitado pela moléstia foi obrigado a levantar-se, e levado para a ilha. Lá percebeu o que o esperava.

Ao pressentir o lugar onde sofreram seus irmãos não se entristeceu, pois tinham ali obtido a vitória. Cruzou os braços, elevou os olhos ao céu; orou. Antes de morrer, quis saber a causa de sua morte. Respondeuse-lhe que era a sua assinatura de uma Confissão herética e escandalosa. O rugido do mar não permitiu mais ouvir a sua voz clamar pelo socorro e favor de Deus, e o seu corpo desapareceu no abismo das águas.

E foi assim naqueles tempos que os nossos irmãos pagaram com a vida a audácia de confessar a sua fé; e, hoje, muita gente balbucia, hesita, ante o sorriso mofador, de qualquer insolente.”

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PLANTAÇÃO DE IGREJA

Nova igreja é organizada no coração de São Paulo Alderi Matos

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o dia 25 de janeiro de 2015, data do 461º aniversário da capital bandeirante, foi solenemente organizada nas imediações da Avenida Paulista a Igreja Presbiteriana Paulistana (IPP). Esse trabalho é fruto da visão missionária do Rev. Davi Charles Gomes, atual chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie, e de seu pai, Rev. Wadislau Martins Gomes. Em 2007, quando era diretor do Centro Presbiteriano de Pós-Graduação Andrew Jumper, Dr. Davi convidou os Revs. Heber Carlos de Campos e Alderi Souza de Matos para fazerem parte da liderança desse projeto. Esses pastores e seus familiares começaram a se reunir dominicalmente no final daquele ano, no apartamento do Dr. Heber, no bairro de Higienópolis.

Em agosto de 2008, a congregação passou a ter suas reuniões no Hotel Renaissance, na Alameda Santos, paralela à Avenida Paulista, onde permaneceu por pouco mais de três anos. Em outubro de 2011, os cultos passaram a ser realizados no Hotel Intercontinental, na mesma rua, onde continuam até o presente.

A ideia era testemunhar de Cristo no principal centro cultural e financeiro da maior cidade do

país e uma das maiores do mundo. Desde o início teve-se em mente uma igreja de linha nitidamente reformada, com forte ênfase na pregação e ensino das Escrituras, e um culto ao mesmo tempo reverente e espontâneo, com elementos tradicionais e contemporâneos. Ao longo dos anos, o pequeno grupo inicial experimentou notável crescimento com a chegada de indivíduos e famílias da região dos Jardins e de muitas partes da cidade.

Enquanto alguns já eram crentes, outros estavam abraçando pela primeira vez a fé cristã. Hoje, a IPP é uma igreja vibrante composta de pessoas de todas as faixas etárias, principalmente jovens casados

do Presbitério Alto Tietê (PRAT), a congregação ficou filiada àquele concílio. Além desses pastores, a comissão organizadora

Rev. Davi falando à igreja

teve os seguintes integrantes: Rev. Mauro Sérgio Aiello (relator), Rev. Jorge Corrêa dos Santos

Liderança da IPP

e solteiros. Muitas vezes os cultos contam com a participação de 100 a 130 pessoas.

Como os Revs. Davi e Wadislau residem em Mogi das Cruzes e são membros

candidatos a oficiais. Em seguida, reunidos 75 dos membros em assembleia, foram eleitos cinco presbíteros (Custódio Filipe de

Filho, Pb. Gildo Ribeiro Gonçalves, Pb. Giovani Aparecido Valente e Pb. José Roberto Albrecht.

As atividades tiveram início às 08h30, quando foram examinados os

Jesus Pereira, Everton Levi Matos do Nascimento, Heleno Cassimiro de Vasconcelos, Márcio Baccan Conte e Rinaldo Januário Lotti Filho) e cinco diáconos (Eduardo Carlos de Campos, Fausto Vieira, Francisco Eduardo Bessa, Ricardo Ulbricht e Rinaldo Januário Lotti).

Além dos muitos membros comungantes, a igreja conta com expressivo número de menores.

Concluída a assembleia, o Dr. Davi Gomes conduziu a liturgia do culto de adoração a Deus, estando presentes cerca de 180 pessoas. Foi portador da mensagem o Rev. Roberto Brasileiro Silva, presidente do Supremo Concílio da IPB. Com base em Marcos 9, ele se dirigiu aos novos oficiais e à igreja, desta-

cando cinco qualidades a serem cultivadas: não pensar em si, mas nos outros (v. 1-5); consagrar-se plenamente a Deus (27-29); ser servos, não senhores (33-37); aprender a tolerar e respeitar os outros (3841) e ter zelo pelo que são e fazem (42-48). Após a mensagem, os presbíteros e diáconos foram ordenados com imposição de mãos de todos os pastores e presbíteros presentes, sendo a oração de ordenação feita pelo Rev. Roberto Brasileiro.

Aqueles já ordenados previamente foram investidos em suas funções. Por fim, o Rev. Mauro Aiello declarou organizada a Igreja Presbiteriana Paulistana, que permanecerá com a mesma equipe pastoral.

A IPP se alegra por ter inspirado o surgimento de três outras comunidades: Igreja Presbiteriana Semear (Brasília), Igreja Presbiteriana Aliança (Limeira) e Igreja Presbiteriana da Barra Funda (São Paulo). Além disso, patrocinou os estudos teológicos do candidato ao ministério Ronaldo Barbosa de Vasconcelos, que foi ordenado pelo Presbitério Alto Tietê no dia 1º de fevereiro de 2015 e irá pastorear a congregação presbiteriana de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Ao Deus trino toda a glória!

O Rev. Alderi Souza de Matos é o historiador da IPB.

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CAPA

Confederação Sinod

UMP Nacional Realiza viage Tahysa Macedo

O

primeiro Projeto Missionário de Férias (PMF) da gestão 2014-2018 aconteceu e foi benção na vida de todos que contribuíram, oraram e integraram a equipe. Entre os dias 5 e 25 de janeiro, dezenove jovens de diferentes sinodais se reuniram para levar o amor de Deus e o evangelho aos paraguaios. Desde o início percebeu-se a ação e o cuidado de Deus com a obra que ele mesmo atribuiu como privilégio. O projeto teve início ainda no Brasil, no estado do Paraná. Lá, os jovens foram acolhidos pela IP de Foz do Iguaçu, pastoreada pelo Rev. Gilson Moreira. Hospedados na igreja durante a primeira semana do projeto, o período contribuiu para que a equipe se conhecesse e preparasse todo o material e atividades que seriam utilizados no Paraguai.

Partindo do Brasil, o destino foi a cidade de Santa Rita, no Paraguai, onde permaneceram durante a segunda semana do projeto. Irmãos da IP de Santa Rita del Monday e o Rev. Sandro Motta de Lima receberam a equipe e, juntos, colocaram em prática as atividades planejadas: evangelização nos bairros próximos à igreja e em uma

Escola Bíblica de Férias na cidade de Santa Rita

creche, entrega de café da manhã no hospital local, Escola Bíblica de Férias e futebol com as crianças do entorno, nas dependências da própria igreja.

Na terceira semana o grupo viajou para o próximo destino: a cidade de San Lorenzo. Na IP de San Lorenzo, primeira igreja visitada na cidade, foram recebidos pelo Rev. Eulógio Gimenez Lopez e por membros da igreja. Ali realizaram a evangelização com as crianças na igreja, na

praça e na congregação em Ñu Porã através do futebol. Além disso, desenvolveram atividades na IP de Asunción, onde encontraram o Rev. Buenaventura Gimenez Lopez, primeiro pastor presbiteriano do Paraguai, e com Rev. Marcos Paulo Vieira, também pastor na igreja local.

Na IP Asunción, a abordagem para a evangelização foi um pouco diferenciada: em uma comunidade bem próxima à igreja, chamada Cambala, os jovens com-

Rev. Buenaventura recebe cadeiras para a Igreja Presbiteriana em Assunción

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dal Leste Fluminense

em missionaria ao Paraguai Breves testemunhos No PMF-Paraguai eu pude aprender na prática que muitas e muitas pessoas ao redor deste mundo necessitam desse amor que eu e você podemos demonstrar com a maior prova de amor que Deus deu ao entregar seu único Filho por amor de muitos. O amor não tem língua, não tem raça ou nacionalidade. Dê valor à vida, ame a Deus! Ñandejara ta nde rovâsa, que significa “Deus te abençoe”, na língua guarani.

Felipe Militão, Confederação Sinodal de Duque de Caxias

Equipe PMF 2015

partilharam um pouco do amor de Deus na praça e na rádio local. Nas duas igrejas, o grupo participou das atividades semanais e dos programas dos cultos. Graças à providência de Deus e contribuição de alguns irmãos, foi possível ajudar três igrejas locais, de diferentes maneiras: compra de projetor (datashow) e caixa de som com microfone para a igreja de Santa Rita; compra de cadeiras, pintura da igreja e compra de placa de identifica-

ção para a igreja de San Lorenzo; e compra de cadeiras para a igreja de Asunción.

O legado deste PMF foi além de bens materiais.

Chamados missionários foram despertados e outros confirmados, amizades transculturais nasceram, e os laços de amor por outra nação foram estreitados. A visão de todos os participantes foi ampliada, pois, desde o início do projeto foi possível compreender mais claramente o que

Deus deseja para os que se dispõem.

Muitas histórias foram contadas e modificadas a partir do PMF. Histórias na vida de quem se doou durante esses dias, e de quem recebeu. Qual será a sua história? Ore, contribua e vá! Mantenha-se informado através do site oficial: http://www.ump.org.br/ O PMF 2016 será divulgado em breve!

Tahysa Macedo é secretaria de missoes nacional de Mocidade (20142018)

O PMF marcou muito a minha vida e confirmou ainda mais o meu chamado! Eu entendi que o amor é a linguagem universal, e foi exatamente o que fizemos lá, nós amamos aquelas pessoas e aquele país!

Deus se manifestou através do amor que tínhamos como grupo e isso foi fundamental! Servos uns dos outros pelo amor, essa frase resume o que vivemos no Paraguai.

Servimos e amamos por ele e para ele!

Paula Camargo, Confederação Sinodal de Curitiba O PMF me ajudou a ter entendimento sobre o reino. Antes, meu coração estava encaixotado no Brasil, hoje tenho uma visão mais esclarecida sobre ir até “Samaria, e até os confins da terra”. Ele me fez ver a importância de atender ao ide completamente, me envolver como cristão de todo chamado.

Lucas Gouvêa, CS Triângulo Mineiro

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IGREJA EM AÇÃO

Um pequeno barco e uma grande missão Ao longo de 110 anos, a IP de Manaus tem levado as boas novas do evangelho por terra firme e pelos rios da Amazônia

A

IP de Manaus celebrou ano passado 110 anos. Em seus registros históricos, a ênfase na evangelização da Igreja, fundada em novembro de 1904, é uma marca predominante, mantida com o passar dos anos. Foi na década de 70 que aconte-

Amazonas e Madeira.

Além da evangelização, as equipes fazem atendimento nas áreas de saúde e social.

A IP Manaus possui duas frentes gerais de missões: urbanas e ribeirinhas. As missões urbanas abrangem em especial as célu-

Barco Missionário JJ Mesquita

ceu um crescimento vertiginoso e relevante na IP Manaus, com a visão de alcançar os ribeirinhos da região amazônica.

Como resultado, atualmente a IP Manaus mantém nove barcos para conduzir missionários locais e parceiros até as cidades, comunidades e aldeias ainda pouco evangelizadas, ou não alcançadas. As embarcações viajam regularmente para as calhas dos rios Solimões, Negro,

las nos lares. São mais de 380 lares que se reúnem semanalmente, para evangelizar e viver a vida cristã caminhando juntos na mesma fé. Só na cidade de Manaus são trinta congregações plantadas em diferentes bairros da cidade.

Missões ribeirinhas são os trabalhos desenvolvidos pelos barcos missionários na região do Amazonas, que possui mais de 1.100 rios e afluentes, não tendo muitas estradas. Nesses

rios, habitam muitas vidas, caboclos e índios, que vivem em áreas remotas, a maioria com acesso somente pela água, e são o alvo do amor de Deus, um desafio já aceito por membros e colaboradores da IP Manaus.

De acordo com Rev. Djard Cadais de Mores, pastor de missões na IP Manaus, todo o trabalho é focado em levar saúde, visitar casas, escolas, vilas, e sempre evangelizar, e como resultado desse trabalho, a igreja já está presente em 109 lugares no vale amazônico. “Estamos dispostos a receber qualquer equipe de igrejas irmãs do nosso imenso Brasil, para uma viagem missionaria por sete dias no rio Amazonas, provendo cura do corpo e da alma.”

Ele conta que seu ministério é fruto do trabalho da própria IP Manaus e que a visão missionária sempre esteve no DNA da liderança e da membresia. Certa vez, em uma das viagens missionárias nos barcos, uma das conversões deixou um marco importante para a visualização do trabalho que o Senhor tem despertado a igreja. “Na comunidade Amândio, fizemos o trabalho médico e, ao final da tarde debaixo de uma manguei-

ra, tínhamos cem pessoas aguardando o culto. Após a mensagem e o chamado para a decisão, três mulheres sinalizaram a intenção de receber a Cristo. Uma delas, chamada Berenice Brasil, pediu a palavra e, erguendo a voz avisou a todos os que ali estavam, e que a conheciam muito bem, que a partir daquele momento estava mudando de vida, para andar com Cristo”, conta o Rev. Djard.

Berenice era a benzedeira de toda aquela região e, naquele momento, fez sua pública profissão de fé.

Hoje, ela tem sua canoa motorizada, é líder local, missionária e plantadora de igreja no Lago Preto, onde nasceu e onde Deus a usou para frutificar.

A IP Manaus tem, ainda, o ministério com jovens e adolescentes que, segundo Rev. Djard, é “um trabalho para a moçada de 12 a 90 anos, desde que caminhem firmes, e saibam se cuidar”.

Os eventos de grande porte da juventude são os acampamentos evangelísticos, em parceria com igrejas americanas. Os jovens da IP Manaus participam de um acampamento cristão na Geórgia, chamado Christmas Camp.

Além dele, há o “English Camp”, um acampamen-

to em Manaus, realizado há sete anos. “São seis dias de imersão na língua inglesa, com permissão da IP Manaus e Christ Community Church de Chicago. Ali, vinte e cinco americanos nativos ensinam a língua, fazendo um misto de aula de inglês, esportes radicais e muita evangelização, tudo no nosso próprio acampamento”, explica Rev. Djard.

Cerca de 300 jovens participam dos acampamentos, atraindo cada vez mais jovens e adultos, ampliando o alcance da Palavra de Deus. Os novos convertidos são discipulados na própria igreja.

Para Rev. Djard, ver a igreja avançar e novas vidas serem alcançadas pelo evangelho é o grande privilégio do trabalho com Cristo. Os desafios, segundo ele, são grandes, tanto de logística quanto financeiros; tanto na igreja como corpo, quanto nos ministérios e nas missões, mas a grande vantagem é que esse trabalho não é do homem. “Rogamos ao Senhor da Seara que envie trabalhadores porque todos os recursos estão com ele. Devemos nos apresentar ao nosso General. A IP Manaus tem paixão pela vida, a vida de Cristo em nós, conclui.

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MISSÕES

Projeto Missão Caiuá 2014 “Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma, de todas as tuas forças e de todo o teu entendimento; e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Lc 10.27).

Clodoaldo Furlan

E

m três datas de outubro e novembro de 2014 (10-12.10; 31.10- 0211; 21-23.11), foi realizado o Projeto Missão Caiuá 2014, organizado pelo Sínodo Sudoeste Paulista (Presbitérios de Botucatu, Itapetininga, Itapeva, Médio Paranapanema e Tatuí), Presbitério Norte Paulistano e Presbitério Norte Novo Paraná.

Foram sete ônibus de voluntários, que se dirigiram a Missão Evangélica Caiuá com intuito de realizar o DIA DO MACKENZIE VOLUNTÁRIO. O projeto atendeu mais de três mil indígenas, dentro do trabalho que a Missão Caiuá desenvolve juntos as tri-

bos em toda a região, com milhares de ações solidárias.

A direção do projeto coube aos Presb. Clineu Francisco e Clodoaldo Furlan, juntamente com as lideranças dos Sínodos e Presbitérios que têm abençoado e participado do projeto.

Foram arrecadadas e entregues doações para o trabalho da Missão Caiuá: 30.294 peças de roupas; 21.900 fraudas; 3.326 produtos de higiene pessoal; 1.837 pares de calçados; 904 Bíblias e livros; 1.196 acessórios vestuários; 526 roupas de cama e mesa e 1.179 outros itens. A nossa querida Sociedade Auxiliadora Feminina (SAF) tem com

Projeto Missão Caiuá 2014

muito amor e competência trabalhado na arrecadação e organização das doações. Nossa gratidão às lideranças e sócias das SAFs locais, Federações e Confederações. Louvado seja o nome de nosso Deus!

Agradecimento especial à Universidade Presbiteriana Mackenzie que, com apoio

e visão do “Bem Faz Bem”, tem provido a realização desse grande e abençoado trabalho social. A direção e execução é muito bem executada pela Gerência de Responsabilidade Social e Filantropia. O Mackenzie Voluntário tem abençoado dezenas de milhares de pessoas por todo o nosso

país. Bênção de Deus!

Agradecimento também ao Diretor Executivo da Missão Caiuá, Rev. Beijamim Bernardes que, com seu trabalho missionário há mais de trinta anos à frente da Missão Caiuá, juntamente com sua esposa Dna. Margarida, tem permitido a realização desse trabalho tão abençoador pata todos os participantes, pois ... “Mais bem-aventurado é dar do que receber”.

Estamos nos preparando para o Projeto Missão Caiuá 2015 que, se Deus quiser, será uma grande bênção! Contamos com todos!

O Presbítero Clodoaldo Furlan é Presidente do CECEP.

Bíblia manuscrita no Mackenzie Alunos, funcionários e visitantes dos campi Mackenzie escrevem versículos bíblicos em projeto lançado pela Chancelaria.

A

Chancelaria da Universidade Presbiteriana do Mackenzie São Paulo, realizou no dia 19 de fevereiro, o lançamento do projeto “Bíblia Manuscrita”, uma das ações em comemoração aos 145 anos do Instituto Presbiteriano Mackenzie.

O evento marcou o início da transcrição da Bíblia de forma colaborativa, na qual até o mês de maio cada pessoa pode transcrever

um ou mais versículos na sequência, formando uma grande obra coletiva.

De acordo com o Rev. Jorge Corrêa dos Santos Filho, idealizador do projeto, a proposta foi inspirada por uma ação promovida pela Sociedade Bíblica do Brasil (SBB) e será repetida no Mackenzie. “A Bíblia Manuscrita visa resgatar o orgulho Mackenzista, uma vez que a Escritura, a

Bíblia Sagrada, é um livro presente desde os seus primórdios e está fortemente atrelada à história do Instituto”, explicou Para o chanceler, Davi Charles Gomes, trata-se de uma oportunidade para que mais pessoas conheçam melhor a Bíblia.

Com a colaboração da assessoria Mackenzie São Paulo.

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IGREJA PERSEGUIDA

Carnaval do Terror Antônio Renato Cunha

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esta última semana, enquanto no Brasil se viam desfiles de carros alegóricos, o Iraque foi palco do desfile de 21 curdos, enjaulados e levados para uma praça pública, sob a ameaça de decapitação. Agências de notícias informam que o vídeo teria sido gravado em Kirkuv.

Posteriormente, cristãos egípcios sequestrados na Líbia foram exibidos em uma praia antes de serem decapitados diante das câmeras. No dia 3 de fevereiro o palco montado foi para assistirmos um piloto jordaniano sendo queimado vivo e assim nos perguntamos: – Quem será a vítima da semana? Qual será a próxima barbárie?

O problema atinge também a Nigéria, que atualmente sofre com as ações do Boko Haram, entidade que pretende implantar um Estado Islâmico ao norte

E

daquele país. O Estado que passaria por um processo eleitoral no dia 14 de fevereiro transferiu para o dia 28 de março a realização do sufrágio, segundo informações da Agência Brasil.

O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou que Estado Islâmico justifica suas práticas violentas sob o manto da religião e provoca os governos de todo mundo para declarar guerra ao extremismo religioso.

Assim convocou os países para auxiliar na erradicação da pobreza, propagação dos Direitos Humanos e condena a intolerância religiosa.

O Vaticano, tradicionalmente conhecido pelas suas posições contrárias às guerras e ao uso da força, declarou na última semana por meio do Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado da Santa Sé, apoio para uma possível intervenção internacional

da ONU na Líbia.

Percebemos assim, que o Oriente Médio, África, Europa, Ásia, América do Norte, vivem momentos de extrema tensão causada por práticas extremistas e assim, o Conselho de Segurança da ONU já avalia a possibilidade de criação de uma força de coalizão para intervenção no território da Líbia. Após a queda do Ditador Muamar Kadafi, várias lideranças foram levantadas nesse

país e quatro forças estão lutando pelo poder territorial na região.

Feitas essas abordagens, primeiramente precisamos agradecer a Deus por toda a liberdade que temos em nosso país, liberdades de manifestação, cultural, de culto, pensamento, todas constitucionalmente asseguradas. Em seguida, devemos refletir sobre os perigos que essas propostas generalistas podem trazer. Estamos às portas

de uma guerra que erradamente pode ser vista como religiosa. A dificuldade está exatamente em definir quem é o adversário terrorista. Os movimentos extremistas misturam ações políticas com valores religiosos nesta ciranda de disputa do poder. Quando o líder americano convoca todos os países e religiões para lutar contra o terrorismo, não especifica quem é o adversário e consequentemente legitima intervenções em qualquer Estado que abrigue terroristas.

Assim, as ações precisam ser cirúrgicas no combate ao terrorismo, sob o risco de afetarmos ainda mais a relativizada Soberania dos Estados.

Oremos pelos nossos missionários e pelas igrejas cristãs espelhadas pelo mundo.

Antônio Renato Cardoso da Cunha é Diácono da Igreja Presbiteriana do Rio de Janeiro, Doutor e Mestre em Direito e Coordenador do Curso de Direito do Mackenzie-Rio.

Cem anos de ensino

m uma fazenda a aproximadamente 4 km da cidade de Castro, no Paraná, está a Associação do Instituto Cristão de Castro (AIC). Uma grande área verde, com 300 hectares, que comporta o Colégio do Instituto Cristão de Castro.

Em 2015, o colégio fundado em 24/10/1915 pelo missionário norte-americano Harry P. Midkiff, completará 100 anos. O colégio oferece o curso de Ensino Médio e Técnico Agropecuário, e é mantido pela AIC, formada por duas mil cotas. A IPB é sócia

majoritária, representada por sete membros eleitos pelo Supremo Concílio, e as demais cotas são distribuídas entre pessoas físicas.

Em continuidade com os trabalhos da Associação, no dia 21 de março, a partir das 10h, integrantes da AIC estarão reunidos em assembléia geral ordinária, conforme edital de convocação, para deliberar sobre a eleição do Conselho Administrativo e Conselho Fiscal, apresentação do balanço geral de 2014, dentre outros assuntos.

Membros nomeados pelo Supremo Concílio: Rev. Osvaldo Henrique Hack Presb. Rogério Donato Kampa Presb. Romildo Nunes Ferreira Rev. William Lacy Lane Rev. Darly Thomé da Silva Rev. José Carlos Valentim Presb. José Arnaldo Ferreira

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REENCONTRO DE PASTORES

Depois de 30 anos Formandos da turma Reverendo João Calvino do SPN se reencontram no Recife.

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Setembro de 2014 foi marcado por muita alegria e saudosismo entre um grupo de pastores amigos. É que após 30 anos de formados em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte (SPN), localizado na cidade de Recife (PE), a turma “Reverendo João Calvino”, se reencontrou.

O primeiro grande encontro entre pastores durou três dias, de 5 a 7 de setembro de 2014, e ocorreu na capital do Estado de Pernambuco. A turma Rev. João Calvino ingressou no seminário no mês de março de 1981, com 51 alunos matriculados. Um dos participantes da turma e que participou do Reencontro foi o Rev. Emanuel de Meneses Costa, da IP 12 de Agosto, localizada em Aracaju, capital do Estado

de Sergipe. Segundo ressalta, após três anos de intensos estudos, a turma concluiu o curso de bacharel em Teologia em dezembro de 1984, mas com apenas 33 formandos do total que havia iniciado o curso.

Meneses destaca que o encontro da turma de 1981 foi o primeiro de uma série que ocorrerá anualmente.

“O próximo reencontro da Turma João Calvino, se Deus assim nos permitir, será nos dias 5 a 7 de setembro deste ano, programado para Aracaju”, comemora o reverendo, já antecipando que o Reencontro para o ano de 2016 já está marcado, e ocorrerá em Belém do Pará.

CENÁRIO DA FESTA O primeiro Reencontro da

Alegria e gratidão marcou o reencontro

turma de 1981 contou com a participação de catorze pastores com suas respectivas esposas: Adilson Souza Santos e Denise Heitz (IP Central em Campo Grande, Cariacica, ES); Alan Moraes de Oliveira Jr. e Enilce Oliveira (Comunidade Missão VIDE em Uberlândia, MG); André Luiz Machado (Juiz de Direito em Recife-

FALECIMENTO

Rev. Daniel Manoel Faleceu no dia 18 de fevereiro, Rev. Daniel Manoel, professor nas disciplinas de Português e Grego, que deu aulas por 30 anos no Seminário José Manoel da Conceição (JMC), em São Paulo.

Rev. Daniel, estava pastoreando a Igreja Presbiteriana Independente de Vila Paulo Silas, também em São Paulo.

Ele sofreu um parada cardíaca e não resistiu. O sepultamento foi realizado no cemitério dos Protestantes.

O Seminário JMC emitiu uma nota oficial, lamentando o falecimento, e louvando a Deus pela vida do reverendo, que serviu de forma abençoadora na Igreja Presbiteriana do Brasil.

PE); Antônio Fontes Martins de Souza e Abigail Silva (IP do Calhau em São Luiz, MA); Edson Parisi (IP da Boa Vista em Recife, PE); Emanuel de Meneses Costa e Cheiler de Fátima Costa (IP 12 de Agosto em Aracaju, SE); Geraldo da Silveira Filho (IP do Belvedere em Belo Horizonte, MG,); Geremias Linhares dos Santos e Maria

Telma Linhares (IP em Sousa, PB); João Marcus de Melo Silva e Mabel Rodrigues (IP do Itapoã em Brasília, DF); Jonas Cunha (Belém-PA); José Antônio Gonçalves e Maria Laura Aguiar (IP Independente em Conceição do Tocantins, TO); Marcílio Domingos Gama e Ezia Gama (Congregação Presbiterial das Rendeiras em Caruaru, PE); Mauríci Ramalho e Leísa Galvão (IP Moriá em Salvador, BA); Neemias Alexandre (IP em Jequié, BA) Embora não tenham colado grau com a turma de 1981, participaram também do Reencontro, os pastores Theobaldo Barbosa;Halley Franco (IP em Candeias, Jaboatão, PE), e Gedeão Ferreira da Silva (IP em Tegipió, Recife, PE).

Brasil Presbiteriano

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AÇÃO SOCIAL

O amor em obras Centro de Tratamento Alternativo, criado pela 1a IP Itajaí, completa 23 anos e reafirma a marca da igreja, na evangelização e no amor dedicado à sociedade

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1ª IP Itajaí criou em 1992 o Centro de Tratamento Alternativo Pró-Vida (CTA Pró-Vida).

Em fevereiro comemorouse 23 anos do projeto, que tem como objetivo, acolher pessoas do sexo masculino, dependentes de substâncias psicoativas, portadoras, ou não, do vírus HIV e/ou doentes de Aids.

Durante o tratamento, o Pró-Vida estabelece o princípio da dignidade humana, promovendo reabilitação e reinserção familiar e social, através de um programa terapêutico, melhorando a recuperação e investindo em reeducação de pessoas com

problemas decorrentes do uso de drogas.

O projeto atende dia e noite, todos os dias da semana, para receber pessoas que precisem de ajuda. Na secretaria, o atendimento é de segunda a sexta-feira em horário comercial. Para o diretor executivo, Luís Augusto Prates da Costa, o trabalho no Pró-vida é uma extensão dos ministérios da IP Itajaí, de onde é membro, e um privilégio que Deus tem concedido à igreja.

De acordo com Cecilia Serapião dos Santos, secretária do CTA PróVida e também membro da igreja local, o Centro possui trinta leitos para

acolhimentos (tratamento) e doze leitos na Casa de Apoio pós-tratamento. As pessoas acolhidas contam com inclusão à entidade e ao tratamento, assistência à saúde física e nutricional, assistência psicológica e social, terapias esportivas, despertar espiritual e capacitação profissional.

Todo o programa é realizado por funcionários capacitados e qualificados em suas áreas, e é desenvolvido para tratamento dos internos, com duração de seis meses, período em que são realizadas as atividades citadas.

O projeto tem caminhado, durante esses 23 anos com total apoio do

Conselho e dos membros da igreja, que completa em agosto 64 anos. Tal apoio é fundamental para a manutenção dos trabalhos e para seu dinamismo, motivando o crescimento do que já está sendo realizado. Algumas conversões são fruto direto do trabalho e, de acordo com Cecília, muitas histórias de conversão e transformação foram escritas a partir do tratamento recebido. “Muitos recuperados e salvos por Jesus permaneceram conosco e se tornaram membros da IP Itajaí. Temos exemplos de um diácono, um presidente de UPH, um líder da UPA e suas respectivas

MISSÕES

O evangelho no sertão O

sertanejo João tem 39 anos e mora no sítio Quipauá, em Jardim do Seridó (RN). Durante uma visita evangelística esse homem, que nunca tinha ouvido falar de Jesus até novembro de 2014, foi alcançado com o evangelho.

A história do sertanejo foi apresentada por meio de um vídeo, publicado no site e

nas redes sociais, pelos missionários do Conexão IDE. Trata-se de um ministério pessoal e familiar que atua na área da música (louvor e adoração), e realiza evangelização e assistência social no sertão nordestino, recrutando voluntários, enviando missionários e aplicando seminários, pregações e treinamentos aos interessados no serviço do Reino.

“Ocorreram três conversões. Uma das mais marcantes foi a do seu João que, juntamente com sua esposa, após uma longa e gostosa exposição do evangelho, entregou-se em lágrimas ao Salvador Jesus Cristo”, relatou Jader Medeiros, líder do Conexão IDE. Para assistir ao vídeo, acesse conexaoide.com.br/ videos.

famílias”, conta.

O grande desafio é o sustento do CTA Pró-Vida.

As doações podem ser realizadas e são bem-vindas, pois, a cada nova pessoa que se apresenta necessitando de atendimento e tratamento, maior a confirmação de que o trabalho está no caminho certo e de que a Igreja precisa manter o projeto.

Para mais informações sobre com ajudar, e como procurar ajuda no CTA Pró-Vida, ligue para (47) 3346-5193 ou escreva para ctaprovida.org@gmail. com. Acesse o site: www. primeiraipbitajai.com.br/ ministerios/pro-vida.

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FORÇAS DE INTEGRAÇÃO

Uma experiência missionária L

ucas Gouvêa Chagas é vice-presidente sudeste da Confederação Nacional de Mocidades e participou pela primeira vez do Projeto Missionário de Férias (PMF) da Confederação. “Eu decidi ir pela experiência, pois nunca tinha participado de nenhum trabalho em outro país. Soube das viagens missionárias, ouvi testemunhos de alguns irmãos que estiveram na viagem anterior, e isso me motivou.”

Membro da IP Getsêmani em Patrocínio, Minas Gerais, Lucas explica que sua igreja é de zona rural, pequena e muito missionária. Dessa forma, ele rece-

beu apoio com oração e ofertas financeiras para o projeto, o que possibilitou também o apoio às igrejas do Paraguai.

“Desde pequeno ouvi falar de missões em outros países, mas sinto hoje que não conhecia mesmo o que é o trabalho missionário em outros países. Eu me surpreendi e fui tocado de forma grandiosa, como também todos meus amigos. Aprendemos a viver melhor como Igreja do Senhor nos aspectos de comunhão, confissão de pecados, apoio mútuo, e trabalho.”

Para Lucas, a participação trouxe amadurecimento e despertamento mis-

sionário, e a viagem permitiu o compartilhamento da Bíblia e das dúvidas ante o preparo para a abordagem evangelística. “É uma oportunidade única – mesmo que vá outras vezes – que sem dúvida me aproxima do Senhor Jesus Cristo e do seu Reino. O auxílio mútuo, promovido pela viagem em grupo, traz mais amadurecimento e faz diferença para nós e para as pessoas alcançadas, pois elas veem em nós a Igreja de Cristo, um pouco mais de perto. É como se a Igreja andasse pelas ruas da cidade buscando ajudar e influenciar a sociedade.”

Outras viagens acontecerão e o desafio aos jovens

Lucas com crianças na cidade de San Lourenzo, Paraguai.

brasileiros é para que se comprometam com Cristo e seu Reino. “Aproveitem e criem oportunidades de amadurecimento e de desenvolvimento de seus dons. Deus nos dá o privilégio de o conhecermos

e devemos nos entregar totalmente aos seus pés para fazer a nossa parte.

Oremos uns pelos outros, para que Cristo seja glorificado mais e mais através da nossa vida”, conclui Lucas.

Ministério da IP de Praia Grande entre universitários “Ninguém despreze a tua mocidade; pelo contrário, torna-te padrão dos fiéis, na palavra, no procedimento, no amor, na fé, na pureza” (1Tm 4.12).

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o início de 2014, após encontros de jovens da IP de Praia Grande/SP com universitários cristãos, surgiu a ideia de formar um grupo de estudo da Bíblia no meio acadêmico. Nosso objetivo inicial era nos fortalecer na fé e na ousadia de ser cristão em um ambiente tão difícil, onde há princípios e valores contrários a Palavra de Deus.

Com o fortalecimento do grupo o trabalho avançou,

alcançando universitários não cristãos. A ênfase, que até então era edificação, passou a ser também evangelização. Nós vimos a mão de Deus agindo, trazendo universitários que não imaginávamos. O grupo cresceu tanto em número quanto em conhecimento. Foi uma benção.

Como estratégia inicial, abordamos alguns assuntos: Honestidade, Egoísmo, Racismo, Ética, Origem da

vida, Liderança, Amor ao Próximo, entre outros. A evangelização se deu através desses estudos realizados conforme a Palavra de Deus, com temas cotidianos dos universitários possibilitando que todos participassem de um abençoado debate.

Queremos lançar o desafio a você universitário: faça parte de um grupo.

Peça capacitação e direção ao Senhor. Esperamos que

Jovens em grupo de estudos

nosso testemunho sirva de incentivo. E que tudo seja

feito para honra e glória do nosso Deus.

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SEMINÁRIOS DA IPB

JMC: culto e recepção O Seminário Presbiteriano Rev. José Manoel da Conceição celebra 35 anos e recebe presidente do Supremo Concílio da IPB

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Dois eventos marcaram as atividades do Seminário Presbiteriano José Manoel da Conceição (JMC) no dia 11 de fevereiro. Novos alunos foram recebidos, com um almoço especial de boas vindas, oferecido pelos alunos. De acordo com Rev. Ageu Magalhães, diretor do Seminário, a boa iniciativa mostra a marca do amor cristão e do respeito mútuo, sem trotes ou atividades vexatórias. Além disso, foi comemorado no mesmo dia o aniversário de 35 anos de atividades do JMC. No início da noite, os alunos se reuniram na

capela para uma conversa com o Rev. Roberto Brasileiro, presidente do Supremo Concílio da IPB, acompanhado pelo Rev. Juarez Marcondez, Secretário Executivo do SC/IPB. Os seminaristas acompanharam duas horas de instrução pastoral, e o Rev. Roberto respondeu perguntas sobre decisões do SC e situações próprias do ministério sagrado.

“Destaco a ênfase do Rev. Roberto sobre o cuidado que o futuro pastor deve ter com sua esposa e com seus filhos, atentando para nunca deixá-los de lado em seu ministério. Excelente também a orientação a

que os alunos não façam pós-graduação logo ao sair do Seminário, mas, antes, gastem pelo menos três anos no ministério para, só depois, pensarem nisso”, conta o Rev. Ageu.

O culto de louvor a Deus pelo aniversário do JMC aconteceu a partir das 19h30 na Igreja Presbiteriana do Calvário, com a igreja cheia. O coral entoou três hinos edificantes durante o culto. Estiveram presentes o Rev. Ageu, acompanhado do Rev. Roberto Brasileiro, Rev. Fernando Hamilton Costa, pastor da IP do Calvário, Rev. Daniel Fogaça, presiden-

te da JURET/SP e Rev. Fôlton Nogueira, pregador da noite.

De acordo com o diretor, Fôlton Nogueira foi o primeiro aluno matriculado no JMC e diretor do Seminário durante dez anos. “A profunda mensagem no salmo 19 mostrou com exemplos históricos do início do Seminário como a missão daquele que estuda ou estudou no JMC é a proclamação da perfeita revelação de Deus.”

Ao final do culto, Rev. Roberto orou e impetrou a bênção apostólica. Rev. Daniel Fogaça fez após o encerramento saudações e agradecimentos aos pre-

sentes e, em poucas palavras, salientou como o JMC tem formado pastores não apenas para o Brasil, mas para todo o mundo.

Nas palavras do Rev. Ageu, o encerramento das celebrações foi realizado com corações gratos por tudo o que Deus realizou em 35 anos de JMC. “Somos gratos pelo que Deus tem realizado em nossos dias, e pelos planos e sonhos que, mercê de Deus, ainda temos a cumprir. Que ele nos abençoe, e continue derramando graça, para que este Seminário glorifique cada vez mais o seu santo Nome”, concluiu.

MISSÕES

Família missionária na Romênia C

onstança, historicamente conhecida como Tomis, é a mais antiga cidade, dentre as ainda povoadas, da Romênia.

Durante o comunismo, o ortodoxismo, religião oficial do país, que hoje conta com quase 90% de toda a Romênia, colaborou com o serviço secreto comunista, abrindo as portas de suas sinagogas para espiões do governo. Ainda hoje é ensinado aos fiéis

ortodoxos, que os evangélicos são parte de uma seita e, como tais, devem ser retaliados, com recomendação de não aceitar relacionamentos com os crentes.

No meio desse emaranhado de crenças e muitas dúvidas sobre fatores religiosos, existem alguns poucos cristão que coexistem em perfeita harmonia entre si. Somando todas as igrejas evangélicas pre-

sentes em Constança, são apenas oito, e todas estas juntas, somam um pouco mais de 500 membros, cerca de 12% de toda a população.

As igrejas Presbiterianas eram, até pouco tempo, desconhecidas por todo a comunidade cristã local.

A Igreja Presbiteriana em Mangália, onde está o rev.

Ronaldo André, missionário da APMT (Agencia Presbiteriana de Missões

Transculturais), é uma delas. “Cremos fortemente que a presença de igrejas reformadas em Constança e região, é de suma importância, pois a baixa qualidade dos ensinos neopentecostais, pode comprometer o desenvolvimento da evagelização local. Agora é a vez de focarmos nossas forças na região do Leste Europeu”, afirma rev. Ronaldo.

O trabalho dessa famí-

lia missionária consiste na plantação de igrejas reformadas atuantes, e preparação de novos obreiros e pastores, para as igrejas que serão plantadas.

Rev. Ronaldo é casado com Fernanda e têm duas filhas, Meggie (9 anos), Emily (5 anos) e mais um bebê que está chegando.

Até o final desta edição, Fernanda estava grávida de 9 meses. Ore por mais essa família missionária.

Brasil Presbiteriano

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LOUVOR E ADORAÇÃO

Conselho de hinologia, hinódia e música da IPB C riado em 1999, o CHHM visa, em primeiro lugar, unir a denominação e servi-la nacionalmente conforme suas necessidades, em assuntos relacionados ao ministério de música.

O CHHM tem buscado ações que possibilitem que o ministério música da IPB alcance o seu verdadeiro e real valor dentro da liturgia e, da mesma forma, para que os ministros de música entendam esse valor. Para tanto, procura manter seu foco principal na realização de simpósios de música, seminários, palestras e debates sobre os temas “A Música na Igreja”, “O Culto Reformado” e “O

Músico como Adorador” em diferentes regiões do Brasil.

Iniciativas têm sido tomadas para divulgar o trabalho do CHHM na IPB em âmbito nacional, buscando ampliar a divulgação dos princípios bíblicos para o culto.

Neste tempo em que há uma maciça oferta da mídia de diversos estilos musicais, cantores e grupos, há que se tomar especial atenção quanto à música que tem sido utilizada nos cultos da Igreja Presbiteriana.

O grande volume de CDs lançados e divulgados de forma ostensiva faz com que seja necessário redobrarmos nossa atenção

quanto às escolhas musicais que fazemos, e não só isso, mas também disponibilizarmos para a igreja opções de músicas com bom conteúdo teológico e de boa qualidade. Nem sempre o que é divulgado pela mídia representa o “novo cântico” mencionado no salmo 33.3.

Assim, é necessário haver equilíbrio e critérios de avaliação para que a IPB possa ter um serviço de música condizente com os princípios bíblicos que adota.

Uma vez que a Igreja pertence ao Senhor, logo, os cultos são para o Senhor; a mensagem pregada é a Palavra do Senhor; as músicas são para a glória do Senhor e nós somos ape-

nas servos desse Grande e Maravilhoso Senhor. Como filhos, servos e adoradores que somos, cabe a nós viver e cantar o que diz Apocalipse 7.12, “O lou-

vor, e a glória, e a sabedoria, e as ações de graças, e a honra, e o poder, e a força, sejam ao nosso Deus, pelo séculos dos séculos.

Amém.”

CONSELHO DE HINOLOGIA HINÓDIA E MÚSICA Presidente: Profa. Laura Aimbiré Moraes de Barros – SP Secretária: Profa. Miriã Brasileiro Silva – PR TITULARES Profa. Adriana Heringer Gomes – SP Rev. Edson Borges – DF Rev. Heleno Guedes Montenegro Filho – RR Rev. Jairo de Souza Santos Jr. – GO Rev. Marcelino Ranuzzi da Silva – MG SUPLENTE Rev. Índio Mesquita – GO Executivo: Rev. Cláudio Roberto Cardozo – SP CONTATO: lauraimbire@yahoo.com.br / prclaudiocardozo@yahoo.com.br

Ações do CHHM neste momento Laura Aimbiré Moraes de Barros

A

s reuniões recentes do CHHM têm discutido e delimitado os planos de ações dentro do projeto do CHHM para este quadriênio. Louvamos a Deus porque esta gestão está bastante motivada e com sintonia de pensamento, todos são de um “mesmo parecer” (de acordo com 2Co 13.11), embora cada um ofereça sua contribuição conforme sua personalidade.

Submissos ao Supremo

Concílio da IPB, seguimos as recomendações da Carta Pastoral e Teológica sobre Liturgia na IPB, aprovada no SC/2010. Isso posto, o teor das reuniões não tem enfocado tanto as importantes formulações teóricas e teológicas, mas de como fazer essas recomendações serem compreendidas pelas igrejas.

Por isso, nossa determinação é de trabalhar em consonância com as demais autarquias e sociedades internas da IPB, o que já está sendo realidade com

o CECEP, a APECOM, planos para agir junto com a JMN, já atuamos em importantes eventos da UPA e SAF. Teremos em breve nossa primeira experiência na iniciativa de visitar os seminários, com um curso de uma semana no Seminário Presbiteriano do Norte.

Queremos andar de mãos dadas com a nossa igreja.

O momento agora está particularmente efervescente pela concretização do cargo do Executivo tão sonhado e esperado.

Pela dadivosa generosidade da Editora Cultura Cristã, na pessoa do seu Superintendente, o Presb.

Haveraldo Vargas Jr., que nos cedeu uma sala, o CHHM agora tem um endereço! Assim, urge que organizemos e sistematizemos o trabalho, precisamos planejar a agenda para que tudo possa ser cumprido conforme planejado. E Deus sempre tem uma tremenda capacidade de nos surpreender e nos colocar diante do “mar vermelho” – pois

justamente neste primeiro semestre é que temos agendados 100% dos compromissos deste ano, pelo menos até o momento, com média de dois grandes eventos ao mês até junho. Estamos marchando na fé de que cada evento será executado a contento, acima de tudo para a honra e glória do Senhor Jesus, é a ele que servimos. Ore por nós, precisamos deste suporte!

Laura Aimbiré Moraes de Barros é Presidente do Conselho de Hinologia, Hinódia e Música da IPB

Brasil Presbiteriano

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Boa Leitura O Cristão Presbiteriano

Numa época, como a presente, em que muitos cristãos evangélicos estão confusos quanto às suas convicções doutrinárias, é salutar a leitura de um livro como este, que mostra a coerência e a consistência da fé bíblica e reformada.

Este livro não foi escrito para especialistas ou acadêmicos, e sim para membros de igrejas, candidatos ao ministério, presbíteros, regentes e, especialmente, presbiterianos em potencial.

lisa as bases bíblicas e históricas para os papéis dos homens e das mulheres na igreja. Em um tempo em que muitos debatem sobre o que a mulher não pode fazer, Doriani oferece um guia prático sobre as muitas maneiras pelas quais as mulheres podem servir na igreja hoje. A obra provê um guia útil para pastores, líderes de igreja e especialmente para mulheres que desejam usar seus dons espirituais para o avanço do reino de Deus.

Entretenimento e reflexão O Brasil Presbiteriano não necessariamente endossa as mensagens dos filmes aqui apresentados, mas os sugere para discussão e avaliação à luz da Escritura.

Cristianismo sem Cristo

O Filho de Deus

Mulheres e Ministério

Mulheres e ministério ana-

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Deixamos Cristo fora do cristianismo? Nossa fé e prática são culturais ou cristãs de fato? O autor denucia o cristianismo que menciona Cristo, mas o deixa de lado, apresentando uma mensagem trivial, sentimental, irrelevante, um evangelho moralista, de auto-ajuda e bem-estar pessoal, egoísta.

Leia com atenção para identificar os vícios da igreja atual e a apresentação da resposta para voltarmos ao caminho do Senhor.

Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.br ou www.facebook.com/editoraculturacrista ou ligue 0800-0141963

(Son of God)

O Grande Desafio

(The Great Debaters)

Hobbit: A Batalha dos Cinco Exércitos

Vindo de uma pescaria fracassada, Pedro (Darwin Shaw) encontra Jesus Cristo (Diogo Morgado), que o convence a seguilo. Logo Cristo reunirá 12 apóstolos que têm por missão espalhar seus ideais pela Terra.

Entretanto, por mais que pregue o amor ao próximo e a compaixão, sua crescente popularidade desperta a ira de pessoas importantes de Jerusalém.

A traição de um de seus apóstolos, Judas (Joe Wredden), faz com que Cristo seja capturado e levado a julgamento.

Melvin Thompson (Denzel Washington) é um brilhante professor e amante das palavras.

Embora tenha convicções políticas que possam atrapalhar sua carreira, ele decide apostar nos seus alunos para formar um grupo de debatedores e colocar a pequena Wiley College, do Texas, no circuito dos campeonatos entre as universidades. Mas o seu maior objetivo é enfrentar a tradição de Harvard diante de uma enorme platéia.

Inspirado em fatos reais.

(The Hobbit: The Battle of the Five Armies) Após ser expulso da montanha de Erebor, o dragão Smaug ataca a cidade dos homens.

Depois de muita destruição, Bard (Luke Evans) consegue derrotá-lo. Não demora muito para que a queda de Smaug se espalhe, atraindo os mais variados interessados nas riquezas que existem dentro de Erebor. Enquanto isso, Bilbo Bolseiro (Martin Freeman) e Gandalf (Ian McKellen) tentam impedir a guerra.

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