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Brasil Presbiteriano O Jornal Brasil Presbiteriano é órgão oficial da Igreja Presbiteriana do Brasil Ano 56 nº 720 – Novembro de 2014

Dia do Presbiterianismo em São Paulo Um evento realizado na Câmara Municipal de São Paulo celebrou a promulgação da lei que institui em São Paulo, 18 de outubro como o Dia do Presbiterianismo. Autoridades da IPB estavam presentes na homenagem recebida na noite do último dia 23. PÁGINA 16

Mackenzie celebra 144 anos

AEB –Uma história marcada pelo trabalho social A Associação Evangélica Beneficente foi criada em 9 de setembro de 1928 e tornou-se uma frente de amplo atendimento, assistindo pessoas de todas as faixas etárias, com creches, atividades musicais e esportivas, cursos profissionalizantes, casas de convivência para moradores de rua, idosos e doentes. No dia 18 de setembro deste ano, celebrou 86 anos de serviço. PÁGINA 15

Simonton e o ebola Culto de Ação de Graças realizado dia 16 de outubro no auditório Ruy Barbosa, campus Higienópolis, celebra os 144 anos do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM). PÁGINA 10

Confira o relato do Rev. Paulo Serafim, missionário da APMT em Guiné-Bissau, África Ocidental. PÁGINA 5


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EDITORIAL

Dia do Presbiterianismo

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instituição em São Paulo de 18 de outubro como o Dia do Presbiterianismo (p.16) levanta importante tema a respeito da fé cristã e do modo como a vivemos. Em seu livro O cristão e a cultura (Cultura Cristã), Michael Horton aborda seu conflito na juventude ao aprender que o mundo é de Deus e ao mesmo tempo que “aqui não é meu lar”. Com estudo bíblico e reflexão ele aprendeu a harmonizar os dois lados, mas isso está longe do que geralmente ocorre em nosso meio. A Igreja foi assaltada em passado recente por ideias racionalistas que promoviam o banimento do sobrenatural. Somente o que a razão humana comprova devia ser crido e o evangelho, em vez de anunciar uma intangível vida eterna, devia tratar do

bem-estar das pessoas aqui e agora. O céu virou sinônimo de saúde e riquezas materiais. Crentes fiéis reagiram. Infelizmente, porém, muitos passaram do ponto. Radicalizaram, ensinando que, para opor-se à pregação racionalista a igreja devia rejeitar inteiramente o engajamento social, com suas cores materialistas e particularmente marxistas. O radicalismo desses crentes não levou em conta o ensino bíblico desde o Antigo Testamento. Se reconhecemos nosso exílio e aguardamos o retorno a Sião, devemos ouvir as palavras de Jeremias aos exilados na Babilônia: “Procurai a paz da cidade para onde vos desterrei e orai por ela ao SENHOR; porque na sua paz vós tereis paz” (Jr 29.7). Foi Jesus mesmo que nos cha-

mou de sal da terra e luz do mundo, pressupondo nosso envolvimento na sociedade e, por isso, intercedendo por nós para que, enquanto no mundo, sejamos guardados do maligno. Viver aqui como cidadãos dos céus não implica alienação social e cívica. A história da igreja dos primeiros séculos mostra crentes envolvidos na sociedade, demonstrando compaixão pelos carentes e desse modo conquistando o respeito e admiração de um império pagão e adversário. A Reforma do século 16 promoveu o resgate da nossa cidadania. O retorno às Escrituras com profundidade e com piedade evitou que o movimento fosse apenas uma reação radical a desvios da Igreja Católica. Ética, política, administração, economia, educação e piedade, tudo se

encaixava sob a soberania de Deus. A precisão doutrinária recebeu especial atenção, mas não era tudo. Daí resultavam as práticas coerentes dos cristãos em todas as esferas. Apesar das reações radicais mencionadas acima, a tradição reformada continuou. A IPB tem demonstrado em sua história o entendimento de que, enquanto cumprimos a missão de pregar o evangelho – poder de Deus para a salvação de todo o que crê, de modo que passam a desfrutar paz com Deus todos os que o abraçam – devemos nos interessar pela cidade em que agora vivemos. Trabalhamos e oramos por sua paz. Plantaremos humildes vinhas, ou, como Daniel, ocuparemos posições de destaque no governo. Faremos diferença.

Brasil Presbiteriano Ano 56, nº 720 Novembro de 2014 Rua Miguel Teles Junior, 394 Cambuci, São Paulo – SP CEP: 01540-040 Telefone: (11) 3207-7099 E-mail: bp@ipb.org.br assinatura@cep.org.br Órgão Oficial da

www.ipb.org.br Uma publicação do Conselho de Educação Cristã e Publicações Conselho de Educação Cristã e Publicações (CECEP): Clodoaldo Waldemar Furlan (Presidente) Domingos da Silva Dias (Vice-presidente) Alexandre Henrique Moraes de Almeida (Secretário) André Luiz Ramos Anízio Alves Borges José Romeu da Silva Mauro Fernando Meister Misael Batista do Nascimento Conselho Editorial da CEP –

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Antônio Coine Augustus Nicodemus Gomes Lopes Cláudio Marra (Presidente) Heber Carlos de Campos Jr. Misael Batista do Nascimento Tarcízio José de Freitas Carvalho Ulisses Horta Simões Valdeci da Silva Santos Conselho Editorial do BP – fevereiro 2014 a fevereiro 2016:

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Alexandre Henrique Moraes de Almeida, Anízio Alves Borges, Clodoaldo Waldemar Furlan, Hermisten Maia Pereira da Costa, Márcio Roberto Alonso Edição e textos: Camila Crepaldi SP 51.929 E-mail: bp@ipb.org.br Diagramação: Aristides Neto Impressão:


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ARTIGO

O Dia-a-dia de Ação de Graças e a Graça de todo dia Hermisten Costa

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princípio de sermos agradecidos a Deus e ao nosso semelhante é amplamente ensinado na Bíblia. Paulo, servo e apóstolo de Jesus Cristo, orienta: “Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus em Cristo Jesus para convosco” (1Ts 5.18). A gratidão é a atitude da alma que reconhece a direção de Deus em todos os episódios de sua existência, daí a recomendação paulina: “Em tudo dai graças”. Nesta atitude não há uma senha mágica, um talismã linguístico, que vise modificar as situações adversas, mas, sim, a expressão sincera de um coração agradecido, que se sente seguro sob o cuidado de Deus (Rm 8.31-39). Conforme lei brasileira (5.110, 22/09/1966), na quarta quinta-feira de novembro comemora-se o Dia de Ação de Graças. Esta lei foi inspirada no desejo do Embaixador brasileiro Joaquim Nabuco que, impressionado com as comemorações deste dia em 1909 na Catedral de São Patrício em Nova York, dissera: “Eu quisera que toda a humanidade se unisse, no mesmo dia, para um agradecimento universal a Deus”. A Lei que criaria esse dia foi promulgada em 1949, passando posteriormente por regulamentações até a sua forma final em 1966.

A origem do Dia de Ação de Graças está relacionada aos Peregrinos (puritanos) em Massachusetts (1621) que ali se instalaram por questões de perseguição religiosa. Depois de alguns anos com uma colheita fraca, agravada por um inverno rigoroso, finalmente tiveram uma farta colheita de milho em 1621.

Nossa gratidão a Deus é resultado da certeza de que ele cuida de nós e que, de fato, não existem eventos casuais, sorte, azar ou fatalismo.

Os índios norte-americanos os ajudaram com suas técnicas de cultivo. Por esse motivo, marcaram uma festividade no outono desse mesmo ano. Além do culto de gratidão a Deus, o cardápio das comemorações constava de patos, perus, peixes e milho. Como forma de gratidão e amizade convidaram índios norte-americanos a participarem da festa; compareceram noventa deles que também trouxeram comidas. A festividade foi realizada ao ar livre, marcada por grande alegria, durando três dias. Essa prática religiosa,

festiva e fraterna se propagou. Em 1863, o então presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln instituiu a última quintafeira de novembro como o dia nacional de Ação de Graças. Posteriormente, inclusive por motivos comerciais, o dia passou por algumas alterações. Nossa gratidão a Deus é resultado da certeza de que ele cuida de nós e que, de fato, não existem eventos casuais, sorte, azar ou fatalismo. Deus é quem nos guarda! Portanto, em todas as circunstâncias, podemos encontrar motivos para agradecer a Deus, certos de que ele é o Senhor da História e nada nos acontece sem a permissão governativa de Deus e que tudo o que nos ocorre tem um sentido proveitoso para a expressão de nossa vida física, psíquica e espiritual. Deus deseja que nos aperfeiçoemos em todos os níveis, tendo em Jesus Cristo, o Filho de Deus, o modelo perfeito para nós (Rm 8.28-30). O profeta Daniel, vivendo no exílio da Babilônia, quando soube que, por decreto do rei Dario, nenhum homem poderia invocar a Deus durante o prazo de trinta dias, entrou no seu quarto e deu graças a Deus conforme seu reverente costume (Dn 6.10). O apóstolo Paulo e seu companheiro Silas, presos

na cidade de Filipos por anunciarem o evangelho, na prisão, “por volta da meianoite .... oravam e cantavam louvores a Deus...” (At 16.25). Essa atitude – que o texto indica que se repetiu por algum tempo – era inusitada e, ao que parece, tão surpreendente aos outros prisioneiros que, conforme registra Lucas, os companheiros de cela se detiveram para ouvir seus louvores (At 16.25). Assim, ao nos aproximarmos do final de mais este ano, devemos dirigir nossas

mentes e corações a recordar os feitos perceptíveis de Deus em nossa existência: a paz, vida, saúde, família, escola, entre outras coisas. A gratidão revela a nossa confiança em Deus, no seu paternal cuidado; por isso, mesmo sem entendermos o alcance dos fatos, devemos, pela fé, agradecer a Deus: “Dando sempre graças por tudo a nosso Deus e Pai, em nome de nosso Senhor Jesus Cristo” (Ef 5.20). O Rev. Hermisten Maia Pereira da Costa integra a equipe pastoral da 1ª IP de São Bernardo do Campo, SP.


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ARTIGO

Drogas, a angústia do nosso tempo Ildemar de Oliveira Berbert

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ão tenho dúvida de que esta semana Deus me colocou diante do sofrimento humano. Foi duro ver a dor de algumas famílias, quase todas relacionadas a filhos dominados pelas drogas causando grande tristeza ao coração dos pais e à vida desses filhos. Visitei no Hospital Evangélico um jovem de 20 anos amarrado sobre uma cama em surto psiquiátrico, fora de si. Orei por ele com o Rev. Adonias Feitosa, capelão do Hospital; ouvi sua mãe e ela me relatou as lutas e sofrimentos. Noites sem dormir, ela e o esposo se expondo em ambientes noturnos seguindo-o pelas ruas. Vergonha, humilha-

ções e medo são elementos comuns do dia a dia desta família. Um quadro dramático, mas não único. Há milhares de pais sofrendo o drama das drogas. Por que essa fuga de tantos jovens e adultos para as drogas? Nossa geração não tem uma razão para viver? Há um vazio na alma? Ou é a filosofia evolucionista que prega que o homem é produto do acaso e a vida não tem sentido e nem há uma esperança? Que tira do homem o sentido de um ser moral criado à imagem e semelhança de Deus e que a ele dará contas? As drogas são a angústia do nosso tempo. As soluções apresentadas pelas políticas, como a legalização da maconha, jamais serão adequadas.

Enquanto isto, os dramas familiares se agravam. As clínicas mantidas por igrejas são atacadas por conselhos federais, numa visão secular e insensível ao sofrimento humano! Sendo que são elas que ainda acolhem essas famílias e buscam a recuperação de pessoas que querem sair do vício. Que Deus tenha misericórdia de nossos filhos. Que Deus tenha misericórdia desses milhares de pais exaustos na luta com filhos drogados. Que Deus, em sua justiça e santa ira freie os apetites insaciáveis do tráfico de drogas em nosso país, patrocinando a miséria e a corrupção! Rev. Ildemar de Oliveira Berbert é Pastor da IP Central de Dourados e Presidente do Presbitério de Dourados

EDUCAÇÃO TEOLÓGICA

Número recorde de inscrições para os Seminários

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e 01 de setembro a 05 de outubro a Junta de Educação Teológica da IPB (JET) recebeu inscrições para o processo seletivo de entrada nos Seminários. Todo ano esse processo de inscrições acontece, seguido do exame vestibular, visando a entrada nos Seminários daqueles que serão candidatos ao

Sagrado Ministério. A novidade deste ano ficou por conta do número recorde de inscrições: 344. Em 2013, o número havia sido de 320 inscrições e, em 2012, de 322 inscrições. Valores bem próximos, mas que contrastam com os anos anteriores: 2011 – 269; 2010 – 277; 2009 – 260; 2008 – 177; 2007 – 193.

Na opinião do coordenador do vestibular, Rev. Ageu Magalhães, esse aumento se deve à boa gestão da JET: “Nos últimos anos, a Junta de Educação Teológica tem realizado uma eficiente gestão dos seminários da IPB. Creio que aqueles Presbitérios que enviavam candidatos para seminários de fora da

IPB estão percebendo que nossos seminários estão cada vez melhores e que não vale a pena correr o risco de uma formação não presbiteriana”. O Rev. Augustus Nicodemus, presidente da JET, enfatiza a necessidade das Juntas Regionais de Educação Teológica, bem como os diretores e pro-

fessores dos seminários, se dedicarem ainda mais zelosamente à formação de homens que estejam qualificados para o exercício do ministério da Palavra, preparando o crescente número de candidatos que vierem a ser aprovados para serem líderes nas igrejas presbiterianas onde Deus os chamar.


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Simonton e o ebola Paulo Serafim

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uando Simonton aqui chegou não havia Ebola, mas outra doença, também mortal na época, que ceifou a vida de vários brasileiros e de alguns missionários, inclusive a sua, dia 09 de dezembro de 1867, aos 34 anos. Apesar disso, as igrejas e as famílias presbiterianas dos Estados Unidos não deixaram de enviar seus filhos para o Brasil, que naquele período, tinha condições de saúde, higiene, educação e infraestrutura precárias como os países afetados pelo Ebola atualmente. É louvável a preocupação das igrejas, das famílias, dos amigos, dos parceiros e das agências missionárias com o bem estar de seus missionários, principalmente porque hoje não há mais lugar para irresponsabilidades a título de heroísmo missionário, sacrificando e expondo a família missionária a sofrimentos desnecessários e traumáticos. Por outro lado, não podemos deixar de fazer a obra de Deus, mesmo que ao fazê-la, sejamos expostos aos riscos de doenças, guerras, desastres naturais e perseguição. Jesus foi cuspido, escarnecido, espancado e morto. Do apóstolo Paulo, conhecemos bem todos os

sofrimentos relatados por ele mesmo por causa da obra de Deus (2Co 11): chicotadas, fome, perseguição, naufrágio, abandono, entre outras coisas. Quantos outros missionários e cristãos de modo geral em todo o mundo não estão sofrendo hoje por causa da sua fé em Cristo e da sua disposição de levar o evangelho àqueles que não o conhecem? Somos missionários na Guiné-Bissau, África Ocidental. Graças a Deus, não temos caso oficialmente registrado de Ebola aqui, o foco da doença está no nosso vizinho, GuinéConakry e em outros dois países da região – Serra Leoa e Libéria –, além de outros países com casos isolados. Portanto, temos razoável tranquilidade para continuar realizando a obra de Deus nesta terra amada por ele e por nós. Ao retornar para o campo, ficamos admirados positivamente com o empenho da população guineense a fim de que a doença não chegue em seus país. Há campanhas regulares de limpezas, fazendo com que o lixo das ruas seja recolhido e colocado em lugares estratégicos para que os caminhões o levem para um local adequado. Em todos os lugares públicos, inclusive nas nossas

igrejas, há na entrada um balde com água misturada com água sanitária para que todos lavem as mãos. Encontramos também muitos cartazes informativos sobre a doença fixados em lugares visíveis. Mas, o que mais me chamou à atenção foi a compreensão do favor de Deus sobre o país, principalmente o que os crentes sempre tem dito: “Deus tem protegido a nossa terra dessa terrível doença até aqui, pois ele sabe das nossas limitações estruturais”. Diante dessas realidades podemos fazer as seguintes considerações: 1. Como escrevi em “O Avanço da Obra Missionária”, Revista Alcance, página 9, primeiro trimestre de 2013: “A obra de Deus sempre foi e será feita à custa de muito suor, lágrimas e até sangue. Basta olharmos para a vida do apóstolo Paulo, para a vida de Simonton e, principalmente para a vida do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo para descobrirmos essa verdade”. Por isso, continuemos enviando missionários para todos os cantos do mundo, inclusive para as regiões afetadas por guerras, doenças, perseguição e desastres naturais, acompanhando e apoiando as famílias missionárias e resguardando a segurança

delas, fazendo os deslocamentos necessários em ocasião oportuna. 2. Que a nossa prudência não se torne em covardia e que a nossa ousadia não se torne em irresponsabilidade. Mantenhamos o equilíbrio para avaliar os riscos, fazer os

reportagens que vemos nos noticiários nem sempre mostram toda a verdade dos fatos, pois seu maior objetivo é a audiência e a venda de jornais e revistas ou manter a população distraída dos reais problemas que afetam o seu dia a dia. CBS SF

ajustes necessários, mas não deixar de fazer aquilo para o que fomos chamados: “fazer discípulos de Jesus de todos os povos da terra, plantar igrejas e demonstrar o amor de Deus através de atos de misericórdia e socorro aos menos desfavorecidos: construindo escolas, hospitais, orfanatos e alimentando os famintos. 3. Ao surgir uma situação difícil em qualquer lugar do mundo, procuremos nos informar com mais profundidade para tomarmos decisões e emitirmos opiniões baseadas em argumentos sólidos e verdadeiros. As

4. Por fim, sejamos uma igreja que ora pelo avanço do evangelho no mundo, pela segurança dos missionários em situação de risco, pelos países afetados pelo Ebola, por guerras, pela pobreza e por todo tipo de opressão. Deus tem grandes coisas para fazer em nós e através de nós. Quando ele deseja realizar algo aqui na terra, sempre desperta sua igreja para orar por esse fim: “Invoca-me, e te responderei; anunciar-teei coisas grandes e ocultas, que não sabes” (Jr 33.3). Rev. Paulo Serafim é missionário da APMT em Guiné-Bissau, África Ocidental


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ARTIGO

O pecado sem perdão Leandro de Lima

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á um pecado mais desagradável a Deus do que todos. É o pecado contra o Espírito Santo. Esse ele não perdoa. Jesus disse: “... todo pecado e blasfêmia serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada. Se alguém proferir alguma palavra contra o Filho do Homem, serlhe-á isso perdoado; mas, se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe será isso perdoado, nem neste mundo nem no porvir” (Mt 12.31-32). O Senhor o chamou de “pecado eterno” (Mc 3.29). João lembra dele ao dizer: “Se alguém vir a seu irmão cometer pecado não para morte, pedirá, e Deus lhe dará vida, aos que não pecam para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que rogue” (1Jo 5.16). Portanto, quem comete esse pecado se coloca além da possibilidade de perdão. Antes de analisar o que esse pecado é, vejamos o que ele não é. Primeiro, o pecado sem perdão não é necessariamente negar a Cristo em alguma ocasião sob pressão. Pedro negou a Jesus, porém, o Senhor o restaurou. O pecado sem perdão é um ato de rejeitálo para sempre. Apesar de Jesus afirmar que o pecado consiste em “blasfemar contra o Espírito”, isso não signi-

fica ofender verbalmente o Espírito. Satanistas são ensinados a falar palavras ofensivas ao Espírito Santo, como se assim estivessem cometendo o pecado imperdoável. Alguém que faz isso pode estar no caminho para cometer o pecado, mas o ato em si de ofender o Espírito não é o pecado imperdoável. Paulo disse que muitos dos crentes haviam sido “maldizentes” antes de se converter (1Co 6.9-11), tendo sido ele mesmo, anteriormente, um blasfemo (1Tm 1.13). Somos advertidos na Bíblia a não entristecer o Espírito (Ef 4.30), porém, isso não é cometer o pecado imperdoável. Nem mesmo o suicídio, em si mesmo, é o pecado imperdoável. Por mais que um suicida, caso tenha conhecido a Cristo, dê evidência de ser um apóstata – como Judas, ao se suicidar –, o pecado da apostasia terá acontecido antes do suicídio. O que caracteriza o pecado contra o Espírito Santo? No contexto em que falou a esse respeito, Jesus se manifestou para a nação de Israel através de seus ensinos (Mt 5-7) e de seus milagres (Mt 8-10), exibindo sinais claros de que era o Messias prometido. Apesar disso, os líderes religiosos não acreditavam nele e foram espreitá-lo a fim de investigá-lo. Queriam apanhá-lo em alguma falta para acusá-lo perante as autoridades. Mateus 12.22

narra que foi trazido até Jesus um homem possesso e ele o curou. Em resposta a isso, a multidão se perguntou: “É este, porventura, o filho de Davi?” (Mt 12.23). A estrutura gramatical da pergunta já antecipava uma resposta negativa, ou seja, a multidão – influenciada pelos líderes – não estava disposta a acreditar que ele fosse o Messias. Esses líderes fizeram questão de reprovar a atitude de Jesus: “... os fariseus, ouvindo isto, murmuravam: Este não expele demônios senão pelo poder de Belzebu, maioral dos demônios” (Mt 12.24). Naquele momento, Jesus respondeu que expulsava demônios pelo poder do Espírito Santo (Mt 12.28). Os religiosos atribuíram ao diabo a obra que Deus estava realizando. Foi nesse contexto que Jesus declarou que a blasfêmia contra o Espírito não seria perdoada. Os fariseus tinham presenciado o ensino e os milagres de Jesus. Eram evidências fortes demais para serem ignoradas. O Espírito lhes testemunhava a verdade, mas eles mais uma vez lhe resistiam (At 7.51). Tinham todas as razões para crer, porém, ainda assim se recusavam. Esse pecado não teria perdão. Portanto, a blasfêmia contra o Espírito Santo que os fariseus estavam cometendo foi uma recusa consciente e deliberada em aceitar que Jesus fosse o Messias, apesar do

poderoso testemunho do Espírito Santo. Eles não só não reconheciam Jesus como o ofendiam. O pecado contra o Espírito Santo é uma rebeldia que vai contra todos os fatos, uma indesculpável indisposição contra Deus, apesar de tudo que se viu e ouviu dele. É uma rejeição categórica e irada contra Deus. É imperdoável, não porque a sua culpa transcende os méritos de Cristo, ou porque o pecador esteja fora do alcance do poder renovador do Espírito Santo, mas sim, porque há também no mundo de pecado certas leis e ordenanças estabelecidas por Deus e por ele mantidas. E no caso desse pecado particular, a lei é que ele exclui toda a possibilidade de arrependimento, cauteriza a consciência, endurece o pecador e, assim, torna imperdoável o pecado. Portanto, o pecado contra o Espírito Santo é uma rebeldia completa contra Jesus que somente é possível depois de conhecê-lo em alguma medida. As considerações acima nos levam a concluir que o crente verdadeiro nunca cometerá o pecado contra o Espírito Santo. De fato, o crente desfruta da segurança da salvação, pois Deus o levou até Jesus, e Jesus não deseja perdê-lo (Jo 6.37-40, 44). Ele é uma ovelha de Jesus, ninguém pode arrebatá-lo da sua mão (Jo 10.27-29). Deus lhe pre-

parou uma salvação com início meio e fim (Rm 8.2930). Nada pode separá-lo do amor de Deus (Rm 8.3139). O Senhor que começou boa obra nele vai completála (Fp 1.6), confirmá-lo e guardá-lo do maligno (2Ts 3.3). O Senhor guardará o depósito dele até o último dia (2Tm 1.12), o livrará de toda obra maligna e o levará a salvo para o reino celestial (2Tm 4.18). Afinal, ele é guardado pelo poder de Deus (1Pe 1.5). Essa última expressão pode estar ligada à ideia de ser guardado para não pecar contra o Espírito Santo. João disse que o crente é guardado para não pecar o pecado para morte (1Jo 5.17-19). Portanto, o crente nascido de Deus não pode cometer o pecado imperdoável porque Deus o guarda e o livra desse mal. Trata-se de um ato de apostasia de alguém que experimentou a fé, mas não se firmou nela e depois a abandonou. Nunca foi um crente (1Jo 2.19). Ainda que o crente verdadeiro não possa cometer o pecado imperdoável, não deve alimentar qualquer sentimento de indolência. As advertências bíblicas são fortes o bastante para que o crente se mantenha alerta, pois “como escaparemos nós, se negligenciarmos tão grande salvação?” (Hb 2.3). Leandro de Lima é professor no Andrew Jumper, JMC e pastor auxiliar na IP Santo Amaro, SP.


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AÇÃO DE GRAÇAS

IP Vale de Bênçãos lança Pedra Fundamental “Ao quarto dia, se ajuntaram no Vale de Bênção, onde louvaram ao Senhor; por isso, chamaram àquele lugar Vale de Bênção, até o dia de hoje” 2Cr 20.26 Jáder Bitencourt Andrade Oliveira

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Congregação Presbiterial Vale de Bênçãos foi instalada pelo Presbitério

ficaram sob a responsabilidade da missionária Jacira Prado Caldas e nesse período o terreno foi adquirido. De 2007 a dezembro de 2008 ficou

o Rev. Humberto Alencar Oliveira Maia, até o final de 2010. A congregação foi organizada em igreja em 10 de outubro de 2010 e recebeu o nome de

sob a presidência do Rev. Wellington Aquino dos Santos, presidente da Comissão Especial do Presbitério para organização da igreja. Foram eleitos como Presbíteros os irmãos Genciano Prado Neto, Moisés de Oliveira Batista e Jáder Bitencourt Andrade Oliveira; e Diáconos os irmãos

o Conselho, para a glória de Deus, dá início à construção do templo, com o lançamento da pedra fundamental dia 4 de outubro passado. “Vive-se um momento de muita alegria e de muita fé. Nossa Igreja só tem quatro anos de organização. Somos uma igreja nova, de um povo sim-

O Novo Templo terá o tamanho de 8 metros de largura, por 18 metros de cumprimento, com capacidade para aproximadamente 250 pessoas

de Itabuna no dia 9 de outubro de 2005. A Comissão designada pelo Presbitério era composta pelo Rev. Idelfonso Trindade, Pb. Vicente Lúcio, Rev. Arnou Sena Lobo e Pb. Newton Aranha. Um grupo de irmãos, depois de muitas orações e súplicas, obteve do Senhor favor e misericórdia. Inicialmente, foi designado para ministrar os atos pastorais o Rev. Wellington Aquino (até dezembro de 2006), da IP de Una. Os trabalhos

o Rev. Antônio Moreira e em seguida foi designado

IP Vale de Bênçãos, pelo Presbitério de Itabuna,

Trabalhos de construção do templo com o lançamento da pedra fundamental ocorreu no dia 4 de outubro

Eroaldo Florêncio Santos, Manoel Messias Vieira de Oliveira, Marcos Luciano Neres e Paulo Antônio Chaussê. Em 2011, seu pastor foi o Rev. Maycon de Souza Camargo; em 2012 foi designado o Rev. Evaldo da Silva Lima; em 2013 o Rev. Davi Leite de Almeida (para atos pastorais, com direção do Evangelista Guilherme Araújo Gonçalves). No ano corrente, assumiu os trabalhos o Rev. Genivaldo Cavalcanti Lima Júnior e

ples, mas cheio da graça de Deus. Cremos que assim como Deus foi com Neemias na reconstrução dos muros de Jerusalém, o Senhor dos Exércitos, será conosco”, alegrou-se o pastor da igreja. O novo templo terá capacidade para aproximadamente 250 pessoas, numa área construída de 752,57m². Até aqui nos ajudou o Senhor! Soli Deo Gloria! Presbítero Jáder Bitencourt Andrade Oliveira é secretário do Conselho


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CONGRESSO

Os desafios da missão transcultural no 7o CBM O congresso teve 67 estandes, cerca de 1500 participantes e tratou sobre os desafios de evangelização entre os povos não alcançados do Brasil e do mundo Isabella Silveira Dias

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e 6 a 10 de outubro aconteceu o 7º Congresso Brasileiro de Missões (CBM), em Águas de Lindóia, SP, com cerca de 1500 inscritos. O CBM é organizado pela a AMTB (Associação de Missões Transculturais Brasileiras) e ocorre a cada três anos. Esse ano o tema foi Realidades que não podemos ignorar: Sudeste Asiático, Ásia Central, Leste Europeu, Mundo Árabe, Europa, Oeste Africano, Diásporas, Desafios Indígenas, Grupos sem Testemunho e Desafios Brasileiros. “O Congresso Brasileiro de Missões é uma marca registrada do movimento missionário brasileiro, completamos mais de 20 anos de história de CBM”, afirma o Rev. Sérgio Paulo, vice-presidente da APMT e

As reflexões bíblicas do congresso foram feitas por Chris Wright (à esquerda), teólogo líder da equipe de trabalho que produziu o documentário de Cape Town 2010.

Rev. Carlos del Pino, palestrante do CBM sobre a secularização da Europa e os desafios do avanço missionário na país.

membro da AMTB. O principal objetivo do Congresso é mobilizar, promover intercâmbios entre as organizações e também parcerias estratégias no decorrer das reuniões durante o evento. “É um momento para conhecer o que se tem feito no Brasil, tanto pelas agências denominacionais, quanto interdenominacionais”, completa ele. As reflexões bíblicas do congresso foram feitas por Chris Wright, teólogo líder

disse o Rev. Carlos del Pino, coordenador da Base Europa da APMT e pastor na Igreja Presbiteriana em Torreledones, na Espanha. O Congresso não foi apenas para a Igreja Presbiteriana e, segundo o pastor, a ideia foi tentar ajudar todas as igrejas presentes a entender melhor o contexto em que os missionários estão inseridos. “Participar do CBM é uma oportunidade para construir novas estratégias e definir novas cooperações da nossa ação, tanto do contexto transcultural no Brasil, quanto fora do país. Para a APMT é uma oportunidade de participação ativa na ação global missionária transcultural”, afirmou Rev. Marcos Agripino, executivo da APMT. O CBM também foi uma oportunidade para vários escritores e missionários

Alguns missionários da APMT também fizeram as preleções durante o congresso, entre eles, o Rev. Cácio Silva e Rev. Ronaldo Lidório.

da equipe de trabalho que produziu o documentário de Cape Town 2010. Alguns missionários da APMT também fizeram as preleções durante o congresso. Os Revs. Cácio Silva e Ronaldo Lidório falaram sobre os desafios entre os povos indígenas e segmentos menos evangelizados no Brasil; Rev. Sérgio Paulo, vice-presidente da diretoria, sobre o papel do departamento de assuntos indígenas, DAI; e o Rev. Carlos del Pino, sobre a Europa secularizada. O CBM foi importante também para mobilizar a igreja brasileira quanto ao contexto missionário na Europa. “São distintas regiões, distintos contextos e diferentes linhas de trabalho e esperamos que Deus toque no coração das pessoas para que elas se sintam vocacionadas para o trabalho missionário na Europa”,

brasileiros lançarem livros sobre o contexto missional. Mônica de Mesquita, missionária de Base da APMT e coordenadora do Centro de Formação Missiológica, lançou seu segundo livro, Missões do jeito que Deus quer – o papel da igreja no envio e no sustento do missionário, da Cultura Cristã. Cácio Silva, missionário entre os indígenas na Amazônia e professor do CFM, lançou o livro Fenomenologia da Religião. E Ronaldo Lidório, consultor nas áreas de Missiologia e Antropologia para diversas organizações missionárias, fez o lançamento o livro Comunicação e Cultura. O livro lançado pela missionária Mônica de Mesquita é uma coletânea de textos dedicados à igreja brasileira. O trabalho foi fruto dos catorze anos caminhando junto aos


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AÇÃO SOCIAL missionários da APMT e acompanhando suas vivências no campo transcultural em situações de abandono por parte das igrejas. “Quando Deus vocaciona alguém para um ministério específico seja ele longe, ou perto, e esse trabalho é um projeto de vida integral do missionário, Deus escolhe pessoas e igrejas para caminhar com esse missionário”, lembra a autora. O objetivo do Congresso foi despertar a visão missionária da igreja brasileira. Diversos conselhos missionários estiveram presentes no evento e puderam adquirir materiais e conteúdos sobre missões para trabalhar nas igrejas locais. “Estamos aqui hoje com a intenção de aprender mais, levar para nossa igreja e trabalhar cada vez mais com missões”, afirmou Patrícia, membro do conselho missionário da IP de Campos, no Rio de Janeiro. Segundo Jorge, também membro do conselho missionário da IP de Campos, o pontapé inicial para criação de um conselho missionário deve vir de um grupo na igreja local que esteja, primeiramente, comprometido em orar por missões. E afirmou também que todo conselho deveria participar de congressos como o CBM, para aprender mais sobre outras culturas, que só engradecem o conhecimento sobre missões. Isabella Silveira Dias é estagiária do Dpto. de Comunicação da APMT.

Evangelização criativa em Cana Verde, MG Filipe Diogo Barbosa

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odos os anos, um grupo de jovens e adolescentes da IP de Cana Verde, MG, se reunia para organizar a EBF (Escola Bíblica de Férias) e programações especiais para o Dia das Crianças. Com isso a equipe de evangelização criativa começou a ser formada e estruturada. Dedicando tempo e esforço, com oração e criatividade, os eventos se tornaram um marco na cidade e as crianças aguardavam com expectativa essas programações. A cada nova programação, teatros, músicas e coreografias eram ensaiadas para que tudo fosse diferente; a equipe foi crescendo e convites foram surgindo para apresentações fora da igreja. A equipe começou a se apresentar em diversos

lugares como APAE, Vila Vicentina, escolas, igrejas, acampamentos, eventos da prefeitura, entre outros. Foi preciso colocar um nome no grupo, algo que expressasse o que realmente estava sendo vivido, uma família com o propósito de levar alegria por onde passasse precisava se chamar Família Alegria. Com o passar dos anos, o grupo foi amadurecendo e se consolidou como equipe missionária de Evangelização Criativa. Desde então as apresentações ocorreram em várias cidades como Divinópolis, Caxambu, Campo Belo, Perdões, Bom Sucesso, Brasília, Córrego Dantas, Poços de Caldas, Nepomuceno, Lavras entre outras. Com treze jovens e algumas crianças, o grupo basicamente evangeliza com músicas e peças teatrais. Em todas as ocasiões é apresentado o plano da salvação para crianças e juniores. Quando os pais participam, gostam tanto que ficam como crianças. Ficamos o tempo todo mesclando teatro, músicas, brincadeiras e histórias bíblicas em apresentações que duram no máximo duas horas. Podem ser

preparadas outras atividades. O grupo já organizou acampamento e até mesmo colônia de férias. Orem pelo grupo, que deseja servir ao Senhor e à sua igreja. Contato: familia.alegriacv@hotmail.com / (35) 99924783 Filipe Diogo Barbosa é integrante da Família Alegria


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GRATIDÃO

Culto pelos 144 anos do Mackenzie Culto de Ação de Graças realizado dia 16 de outubro no auditório Ruy Barbosa, campus Higienópolis, celebra os 144 anos do Instituto Presbiteriano Mackenzie (IPM)

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liturgia foi conduzida pelo presidente do Supremo Concílio da IPB, Rev. Roberto Brasileiro Silva, que lembrou a importância da reverência e do respeito em um momento de culto a Deus. Em seguida um grande coral composto pelos coros do Mackenzie e convidados de igrejas presbiterianas entoou o hino Castelo Forte, composição do reformador Martinho Lutero. Durante o decorrer do culto o coral ainda apresentou mais dois hinos e o presidente do Conselho Deliberativo do IPM, José Inácio Ramos,

orou agradecendo a Deus pelo Mackenzie. O chanceler da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), Rev. Davi Charles Gomes, pregou a respeito das virtudes que devem ser cultivadas pelo cristão. Com uma metáfora sobre a vestimenta, ele lembrou do samba de Noel Rosa, “Com que roupa?”, pontuando a importância de vestir-se com características de um servo de Deus, como citado na Bíblia, em Colossenses 3. 12-14: “Revesti-vos de um coração pleno de compaixão, bondade, humildade, man-

Rev. Roberto Brasileiro e mesa composta por autoridades do Mackenzie

sidão e paciência. Zelai uns pelos outros e perdoai-vos mutuamente; caso alguém tenha algum protesto contra o outro, assim como o Senhor vos perdoou, assim também procedei. Acima de tudo, no entanto, revestivos do amor que é o elo da perfeição”. Ele concluiu recomendando aos presentes que vivam essa identidade cristã, gratos pela salvação em Cristo e contagiando aos demais com esse amor. Após o culto, o Rev. Roberto Brasileiro ressaltou a gratidão a Deus pela existência da instituição. “Comemorar o aniversário do Mackenzie é sempre uma alegria, porque são poucas as instituições que


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chegam a essa idade com a mesma robustez, os mesmos princípios e a mesma linha de ação. Eu considero que 144 é um grande milagre de Deus, porque é Deus quem está sustentando essa vida, e Deus está fazendo milagres por nós”, afirmou. Para o chanceler da UPM, a tradição que existe no Mackenzie tem a ver com a preservação de coisas boas. Segundo ele, assim como as boas músicas perpetuam ao longo dos anos, o Mackenzie se firma graças a uma tradição calcada em princípios que são transcendentes. “Os princípios de serviço a Deus, os quais são uma consequência de sentir-se abençoado por ele e ter o desejo de servir aos outros. Esse tipo de motivação dura mais tempo, não é passageira. As tradições que têm esse tipo de lastro duram mais tempo. É por isso que o Mackenzie continua por 144 anos cumprindo a mesma missão. Desejo que todos aqueles que olham para o Mackenzie e acham que existe razão para se sentir grato, entendam que a glória disso tudo é de Deus que tem mantido essa instituição e nos dado a honra de servi-la”, concluiu. Além do presidente do SC, do chanceler da UPM e do presidente do Conselho Deliberativo da IPM estavam presentes, também, o presidente do IPM, Maurício Melo de Meneses e o reitor da UPM, Benedito Guimarães Aguiar Neto. Assessoria Mackenzie

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Uma nova igreja em Indaiatuba – SP Paulo Gérson Uliano

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Congregação do Jardim Alice em Indaiatuba, São Paulo, foi inaugurada no dia 29 de agosto de 2009. Desde então, uma liderança com grande compromisso e dedicação tem trabalhado integralmente na solidificação e crescimento com trabalhos semanais de evangelismo no bairro. No dia 31 de agosto de 2014 a Comissão Especial nomeada pelo Presbitério de Indaiatuba (PRID), formada pelos pastores, Rev. Paulo Gérson Uliano (relator), Rev. Carlos Antônio Valentim (secretário), Rev. Sérgio Paulo Eler e os presbíteros Cristian Krebsky da Silveira e Raimundo Heliomar Rodrigues Freire, procedeu a organização da Congregação na IP Betel de Indaiatuba. Com 55 membros comungantes e 25 não comungantes, a assembleia elegeu seu primeiro Conselho, composto dos irmãos Edson Alves de Oliveira, Edivaldo Silva Durães e Emanuel Pereira de Almeida Catanho, e sua Junta Diaconal composta pelos irmãos Joel Cardoso, Marcos Corrêa de Melo, Orlindo Dias Mendes e Samuel Lima Neto. Na mesma ocasião assumiu o pastorado da igreja o Rev. Paulo Gérson Uliano. A Comissão Especial também procedeu à licenciatura para o Sagrado Ministério

Licenciatura de Ricardo Machado Manha

Posse do Rev. Paulo Gérson Uliano

Comissão Especial com o Conselho e a Junta Diaconal

do irmão Ricardo Machado Manha, o qual tem trabalhado há vários anos juntamente com a liderança da nova igreja. A igreja de Atos dos Apóstolos crescia porque o Senhor Jesus Cristo dia a dia

ia acrescentando os salvos (At 2.47) usando os homens no poder do Espírito Santo, os quais pregavam com fidelidade, unção e intrepidez a Palavra de Deus. É a graça do Senhor que nos dá alento, unção e nos conserva

No dia 31 de agosto de 2014 foi organizada a IP Betel de Indaiatuba

firmes no testemunho autêntico de nossa fé. Cremos que pela soberana vontade de Deus, foi organizada a IP Betel de Indaiatuba para a sua glória e para que vidas sejam alcançadas pela proclamação e ensino fiel de sua santa Palavra. Que a caminhada da nova igreja seja debaixo da soberana graça de Deus e que todos se unam para o crescimento do rebanho de Deus, fazendo a oração de Moisés – “Seja sobre nós a graça do Senhor, nosso Deus; confirma sobre nós as obras das nossas mãos, sim confirma a obra das nossas mãos” (Sl 90.17). O Rev. Paulo Gérson Uliano é presidente do Presbitério de Indaiatuba e pastor da 1ª IP de Indaiatuba.


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SÉRIE HISTORIADORES PRESBITERIANOS

Caleb Soares, Osvaldo Hack e Marcel Mendes Marcone Bezerra Carvalho

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ilho do evangelista e colportor Januário Antônio da Silva, Caleb Soares da Silva costumava ouvir do pai as aventuras das jornadas evangelísticas. Nascido em 03.01.1939 (Aracaju, SE), viveu em muitos lugares: Aracaju e Salvador (BA), 1939-1940; Garanhuns (PE), 1941-1948, tendo estudado no colégio presbiteriano Quinze de Novembro e de onde, por vezes, acompanhou o pai nas andanças evangelísticas pelo interior

do Nordeste; São Caetano do Sul (SP), 1948; Suzano (SP), em 1949, onde ficou internado no Exército da Salvação; Jacutinga (MG), 1949-1950; Santo André (SP), 1950-1953; São Paulo (SP), 1954; Rio de Janeiro, capital, e Duque de Caxias (RJ), 1955; São Vicente (SP), 1956; Rio de Janeiro, capital, 1957-1958; Jandira (SP), como aluno do Instituto JMC (1959-1960), para o qual fora encaminhado pela Igreja Presbiteriana de Inhaúma (RJ) com vistas

ao sagrado ministério; Rio de Janeiro, capital, 19611962; São Vicente (SP), 1963-1964; e Santos, onde reside desde 1964. Caleb não seguiu a carreira pastoral. Deus o havia reservado para a docência, como professor de língua portuguesa. Graduou-se em letras pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Machado (MG) e cursou o mestrado em linguística pela PUC (RS), tendo também feito uma especialização em literatura brasileira na Faculdade Oswaldo Cruz (SP). Ao longo dos anos, lecionou para o ensino fundamental e médio em escolas de Santos, São Vicente, Cubatão e Itanhaém. No ensino superior, foi professor nas seguintes instituições: Faculdade de Filosofa Ciências e Letras de Registro (SP), Faculdade Ideal (São Paulo, capital), Faculdade de Educação Musical Marcelo Tupinambá (São Paulo, capital) e Universidade Brás Cubas (Mogi das Cruzes, SP). Atualmente aposentado, nos últimos anos tem se dedicado à política (foi candidato a Deputado Estadual em 2014) e aos estudos teológicos. Concluiu o Mestrado em missão urbana no Seminário Servo de Cristo (SP), onde atualmente cursa o Doutorado em ministério. Seu primeiro livro, Januário Antônio dos Pés Formosos (1996), narra

as aventuras e os perigos enfrentados pelos evangelistas e colportores nas viagens pelo Brasil. Posteriormente, veio a publicar: Banks ainda Hoje: Pioneirismo no Vale do Ribeira (1998), A Antioquia do Vale – História da Assembleia de Deus de São José dos Campos (2006), Os Bandeirantes da Reforma – Igreja Presbiteriana de Taubaté: Meio Século dentro da História (2007) e, por ocasião do sesquicentenário da nossa denominação, 150 Anos de Paixão Missionária – O presbiterianismo no Brasil (2009). Esse último é comercializado pela Cultura Cristã. Caleb é membro da Academia Piracicabana de Letras e do Instituto Histórico e Geográfico de São Vicente. De 1996 a 2000, Caleb serviu como secretário de comunicação da Confederação Nacional dos Homens Presbiterianos (CNPH). No âmbito da igreja local, ele tem colaborado como pregador leigo, superintendente e professor de Escola Dominical na IP Jardim de Oração, em Santos, da qual é membro desde a fundação (1967). Casado com Stella Alonso Soares, Caleb é pai de um casal.

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atarinense da cidade de Herval Velho, Osvaldo Henrique Hack nasceu em 6 de março de 1941. De berço presbite-

riano, após o curso primário morou em Joaçaba, ali fazendo o ginásio. Na adolescência, colaborou com os missionários americanos Latham Wright, Adam Martin, Floyd Sovereign e Olson Pemberton Júnior, que atendiam à região do Oeste Catarinense. Mudouse para Curitiba em 1958, a fim de cursar o 2º grau. Da capital paranaense foi para Jandira (SP), onde iniciou sua preparação ministerial no Instituto JMC (1960). De 1961 a 1965, bacharelou-se em Teologia pelo Seminário Presbiteriano do Sul (Campinas, SP), tendo estudado em 1964 no SPN (Recife, PE).

Ordenado em 1966, nesse mesmo ano se instalou em Itajaí, pastoreando a igreja local e dando assistência às cidades de Joinville e São Francisco do Sul. Em 1967, assumiu o pastorado da IP de Florianópolis, dela recebendo o título de pastor emérito em 1992. Os anos na capital catarinense lhe permitiram, conco-

mitantemente ao exercício pastoral, dar continuidade aos estudos assim como o exercício da docência acadêmica. Formado em filosofia na Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC (1971), na mesma instituição concluiu o mestrado em História (1979). Seu vínculo com a UFSC também se deu como professor da casa (1973-1992). O doutorado em História foi feito na Universidade Mackenzie (1983), sob a orientação do Rev. Boanerges Ribeiro. Em 1996, mudou-se para São Paulo. Nessa fase, passou a dedicar-se exclusivamente à vida universitária, exercendo a docência no Mackenzie e, de 1996 a 2003, o posto de chanceler da instituição. Em 2001, concluiu seu segundo doutorado (Ciências da Religião, UMESP) e, um ano depois, fez o pós-doutorado em História (USP, 2002). Complementando sua formação, fez alguns estudos na Université ParisSorbonne e na Harvard University. A experiência acadêmica fez com que participasse de muitas bancas de mestrado e doutorado, tendo orientado outras tantas pesquisas. É um dos fundadores da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI). Hack tem sido participativo na vida conciliar da nossa denominação. Presidiu o Presbitério de Florianópolis em várias ocasiões e os Sínodos Meridional


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(1971-1977), Sul do Brasil (1982-1996) e Integração Catarinense (2007-2010). Serviu como relator ou membro de diversas comissões e conselhos. Jubilado em 2011, atualmente é o relator de duas comissões permanentes do Supremo Concilio: do Instituto Cristão de Castro e de revisão do Manual Presbiteriano. Sua contribuição à nossa historiografia está principalmente ligada ao presbiterianismo nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Seu livro Semeadura Presbiteriana no Sul Brasileiro (Cultura Cristã, 2008) é o único que oferece uma visão histórica da inserção da IPB nessa região do país. De sua lavra, ainda temos: Protestantismo e educação brasileira (1983), Mackenzie College e o ensino superior brasileiro (2002), Educação Teológica Presbiteriana (2002), Raízes Cristãs do Mackenzie e seu perfil confessional (2003), Travessia pelo deserto (2005), Sementes do Calvinismo no Brasil Colonial (2007), Presbiterianismo no Oeste Catarinense (2008), Amor Duradouro (2012) e Terra Prometida e o reino de Deus (2014). Casado com Elisabeth L. Prange e pai de um casal (Margareth e o Rev. Jonathan Luis Hack), ele frequenta a IP de Florianópolis. Tem o título de cidadão honorário de Florianópolis e é membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina, da Academia de

Letras de Governador Celso Ramos e da Academia Evangélica de Letras.

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ilho do pastor Pedro Mendes, da Igreja Batista Independente, e de Luzie Lausmann Mendes, alemã e descendente de huguenotes suíços, Marcel Mendes nasceu em São Gabriel (RS) no dia 26 de dezembro de 1945. Na infância, também residiu em Canguçu. Em 1957, sua família deixou o estado gaúcho e se instalou em São Paulo, capital. Foi batizado aos 12 anos, na Igreja Batista Filadélfia (SP), pelo próprio pai.

Marcel se destacou nos estudos desde cedo. Aluno de escola pública ao longo de todo o ensino fundamental e médio, sempre disputou com o irmão gêmeo os primeiros lugares da classe e da escola. Formou-se em engenharia civil no Mackenzie (1971), conquistando o primeiro lugar da turma. Essa distinção fez com que fosse convidado para ser professor da Escola de Engenharia Mackenzie. Três meses após a formatura, iniciou sua carreira docente. Aos 36 anos, tornou-se o diretor mais

jovem dessa tradicional escola, sendo reconduzido ao cargo em diversas ocasiões. Paralelamente às atividades acadêmicas, dedicouse intensamente ao exercício da engenharia, especializando-se na área de cálculo de estruturas de concreto armado. Fez alguns cursos de extensão e de especialização em áreas ligadas à engenharia civil e à docência no ensino superior. Em 1996, optou pela dedicação integral à academia. Concluiu o mestrado em Educação, Arte e História da cultura no Mackenzie (1999) e, em seguida, o doutorado em História na USP (2005). Tanto no mestrado como no doutorado, Marcel dirigiu sua atenção à instituição ao qual está fortemente ligado: Mackenzie. Sua contribuição à nossa história está relacionada a esse tema. De sua autoria, temos: Mackenzie no Espelho (2000); Tempos de Transição: a nacionalização do Mackenzie e sua vinculação eclesiástica (2006); Arquitetura Mackenzie: Mestres da Transformação (2010, coautoria); Retratos da nossa história: Universidade Presbiteriana Mackenzie (2013, coorganização). Tempos de Transição descreve as relações do Mackenzie com a IPB, especialmente no contexto em que a universidade foi entregue às mãos brasileiras em meio a uma profunda crise interinstitucional, quando, por mais de uma vez, esteve em vias de ser retirada da IPB.

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Seu interesse pelas humanidades é antigo. Chegou a cursar um ano de Teologia na Faculdade Batista de São Paulo (1979) e um ano de Filosofia no Mackenzie, não podendo continuar por falta de tempo. De 1989 a 2008, lecionou História da Igreja no Seminário Batista Independente. Até os 62 anos de idade, participou ativamente da vida eclesiástica da Igreja Batista Independente. Nessa denominação, ele serviu em muitos cargos, dentre os quais, citamos: diácono (1975-1991), presbítero (1991-2009), secretário e tesoureiro da Convenção Geral. Em 2011, tornouse membro da IP Unida de São Paulo, onde atualmen-

te exerce o presbiterato. É casado com Carmem Regina de Ávila Mendes e pai de três filhos e duas filhas. Marcel Mendes tem recebido algumas distinções: “Prêmio Walter Neumann”, por ocasião da sua formatura; reconhecimento do CREA/CONFEA, pelos relevantes serviços prestados à nação; “Prêmio Clio de História”, pela Academia Paulistana da História; “Servidor Emérito” do Instituto Mackenzie; e a “Láurea de Gratidão”, da Associação Evangélica Beneficente, pelos serviços prestados à educação brasileira. O Rev. Marcone Bezerra Carvalho é colaborador regular do Brasil Presbiteriano


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MISSÕES

Você já se imaginou num campo missionário? Ivone Rocha dos Santos Silva

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nquanto conversávamos, compartilhávamos e víamos as fotos de minha viagem missionária a Lima, no Peru, Viviane muito se admirou da presença de várias crianças no estágio. Creio que se perguntava como os pais tiveram coragem de ir com seus filhos; e como filhos adolescentes tiveram a disposição de aceitar o desafio.

Estávamos lá, além dos adultos, cerca de dez crianças e adolescentes: A Susie (18 meses), o Judá (3 anos), o Judazinho (1 ano), Yasmin (7), Jonas (9), Thatyane (9), Thalyta (11), Kaleb (13), Davi (16), Jairo Jr (17), além de outros do local que apareceram para nos ajudar. Alguns deles estão nesse caminho desde que nasceram, como é o caso dos filhos dos missionários Kênia e Jairo. Em seus corações também pulsa o

amor por esse trabalho. É interessante o privilégio desses pequenos em campos missionários, pois além de terem sua visão ampliada do mundo de Deus, já que conhecem muitas culturas, costumes diferentes dos nossos, veem que a fé que une os povos em Cristo Jesus é uma só. Eles também têm muitas vezes o privilégio de se formarem em grandes universidades, como é o caso no Peru, em que o aluno se

habilita em duas profissões e também em duas línguas. Isso pode ajudá-lo muito em várias áreas, e também como missionário. Tudo para a glória de Deus. Esses adolescentes e jovens muito se envolveram na viagem missionária: cuidando dos menores, preparando material para a Escola Bíblica de Férias (Escuela Bíblica de Vacaciones), se envolvendo nas tarefas diárias de manutenção, interagindo com os jovens e adolescen-

tes do local, já que parece ser tão mais fácil para eles se comunicar! Era interessante observar tudo isso. E você? Sente-se um missionário? Já fala sobre o amor e a justiça de Deus? Deus pode ter um plano para que você seja missionário em lugares distantes. Ore para que ele faça da sua vida uma benção para ele e para outros. Ivone Rocha dos Santos Silva e o esposo Rev. José Roberto da Silva, da 2ª IP de Martinópolis-SP, são candidatos a missionários da APMT para o campo de Portugal.

AÇÃO SOCIAL

IP em Aldeia da Serra realiza Projeto Bartimeu Marcelo Coelho

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IP em Aldeia da Serra realizou em junho último mais uma etapa do Projeto Bartimeu pelo 6º ano consecutivo. Idealizado e mantido com as doações do missionário francês Franck Manierka em parceria com a IP em Aldeia da Serra, o Projeto visa o atendimento de crianças e adultos através de consultas oftalmológicas e doações de óculos de alta qualidade. No decorrer do ano são realizadas três fases do projeto; 1ª fase: viabilização de agendamento e realização de exames oftal-

mológicos; 2ª fase: escolha das armações pelas crianças acompanhadas de seus pais ou responsáveis (após as escolhas das armações as receitas vão para o laboratório e retornam após 15 dias); 3ª fase: entrega dos óculos com um culto de louvor e adoração a Deus. O líder do projeto, Pb. Marcos Roque, é o responsavel por todas as etapas e pela mobilização da equipe da IP em Aldeia da Serra. Nos últimos anos, as crianças atendidas são os alunos da Escola Estadual Edegar Simões localizada no bairro Ariston em

Rev. Marcelo, Prefeito Sérgio Ribeiro e Pb. Marcos Roque

Carapicuíba – SP que conta com o entusiasmo de sua diretora, professores e alunos em apoiar o projeto Bartimeu. O Rev. Marcelo Coelho Almeida, pastor da igreja, foi o responsável pela condução do momento devocional que contou com a presença do prefeito

Equipe IPAS

Sérgio Ribeiro e autoridades do município, quando da entrega dos óculos no pátio da escola. O desejo da liderança do projeto é ampliar o atendimento de pessoas por meio de consultas e doações de óculos que desde 2009 chegam a um número de novecentas pessoas,

em sua maioria crianças em idade escolar. Agradecemos a todos pela participação em todas as etapas do Projeto Bartimeu que visa a assistência social e espiritual de crianças e adultos para a honra e glória de Deus. Rev Marcelo Coelho pastoreia a IP de Aldeia da Serra


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CELEBRAÇÃO

Uma história marcada pelo trabalho social Paulo Soares Cintra

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história da Associação Evangélica Beneficente teve início no dia 9 de setembro de 1928, quando foi fundada com o propósito de socorrer membros das igrejas evangélicas acometidos pela tuberculose. Esse legado deixado pelo seu fundador, Rev. Otoniel Mota, ao tempo pastor da Primeira IP Independente de São Paulo, tem sido cuidado com zelo, prudência e orientação divina. Nos seus primórdios, a AEB teve atuação focada no tratamento da tuberculose, conhecida como “peste branca”, que ceifou milhares de vidas, dentre as quais a da filha do Rev. Otoniel. Preocupado com o avanço avassalador da moléstia, ele iniciou na Imprensa Evangélica uma campanha com o objetivo de chamar a atenção para o tema. Paralelamente, partiu para uma ação concreta, implantando em São José dos Campos (SP), cidade cujo clima era considerado ideal para tratamento desse mal, a construção de pequenas casas residenciais onde os portadores de tuberculose poderiam se instalar acompanhados de seus familiares. Mais tarde, essa iniciativa tornou-se uma frente de amplo atendimento, assistindo pessoas de todas as faixas etárias, com creches, atividades musicais e espor-

Vera Wey, Paulo Nathanael Pereira e Sérgio Mendes

Mauro Domenico e Patrícia Bezerra

tivas, cursos profissionalizantes, casas de convivência para moradores de rua, idosos e doentes. Os muitos anos de existência colocam a AEB como protagonista de defesa, planejamento e execução de políticas gestadas ao longo dos anos e voltadas à população vulnerável. Tudo isso tem sido possível graças ao apoio e à participação dos nossos contribuintes permanentes, das parcerias com o Poder Público, o Instituto Presbiteriano Mackenzie, a organização alemã KNH – Kinder Not Hilfe, a Fundação Mary Speers, a Fundação Cerqueira Leite, as Igrejas e aos mais de seiscentos funcionários que nos permitem atender mais de 4.000 pessoas diariamente. A noite do dia 19 de setembro foi marcada por encontros, reencontros e reconhecimento durante o jantar comemorativo dos 86 anos da Associação Evangélica Beneficente, que aconteceu na chur-

pela AEB. David Teixeira de Azevedo, Doutor em Direito pela Universidade de São Paulo, foi o homenageado na área jurídica. Na Engenharia, a AEB honrou Gustavo Roque da Silva Assis, Professor Doutor do Departamento de Engenharia Naval e Oceânica da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (EPUSP). O Sr. Paulo Natanael Pereira de Souza foi reconhecido pela sua longa trajetória na área da Educação e a Vereadora Patrícia Bezerra foi homenageada

rascaria Bovinu’s do Club Homs da Paulista, em São Paulo – SP. O tradicional evento acontece desde 1996 com muito sucesso e, este ano, não foi diferente. Amigos, parceiros, associados e funcionários da AEB desfrutaram de um delicioso jantar acompanhado de uma emocionante cerimônia de homenagens. Personalidades das áreas do Direito, da Educação, da Engenharia e da Defesa dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes tiveram seus trabalhos reconhecidos

Gustavo Assi e Maestro João Guirau

pela sua incessante luta pelos direitos das crianças e dos adolescentes. Como merecedora de reconhecimento, o Coral Evangélico de São Paulo recebeu glórias pela obra exercida ao longo dos seus 65 anos de existência através da Maestrina Dorotéia Kerr. Todos os anos, a AEB também homenageia um(a) funcionário(a) da entidade que se destacou. Maria Eunice Suckow Barros, ou carinhosamente “Nice” como é conhecida pelos colegas, foi reconhecida pelo seu excelente trabalho como diretora do Centro de Educação Infantil da Vila Nova Cachoeirinha. Um sorteio com os artesanatos produzidos nas oficinas do projeto Economia Criativa da AEB aconteceu ao final do jantar para animar ainda mais os convidados, que tornaram-se uma atração à parte pela simpatia e disposição. Dr. Paulo Soares Cintra é conselheiro de honra da AEB.


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GRATIDÃO

Dia do Presbiterianismo em SP Solenidade marcou, no último dia 23, a promulgação da lei que institui em São Paulo 18 de outubro como o Dia do Presbiterianismo

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noite do dia 23 de outubro foi de festa para a IPB. O evento realizado na Câmara Municipal (Palácio Anchieta) fez parte das comemorações que celebram os 150 anos do presbiterianismo em São Paulo. Com início às 19h40, o evento foi aberto pelo presidente e proponente da sessão, vereador Paulo Reis, cumprimentando a todos os presentes e componentes da mesa. Ao falar sobre o porquê de apoiar esse projeto, o vereador Reis destacou a contribuição da IPB ao crescimento de São Paulo. “Quando o prefeito me indicou para assumir esse projeto de lei nós passamos a conhecer a história do presbiterianismo no Brasil e a história do Mackenzie. Temos de destacar as religiões que contribuíram para o crescimento da cidade e, dentre elas, está com grande peso a IPB. Essa é uma homenagem justa que vem, por meio da Câmara Municipal, apresentar o reconhecimento desse trabalho e sua contribuição para a cidade.” A comemoração dos 150 anos da IPB ensejou que os Revs. Alderi Souza de Matos e José Maurício

Passos Nepomuceno procurassem o prefeito Fernando Haddad na busca de implantar um monumento na cidade de São Paulo que lembrasse a história da denominação. Nessa visita surgiu, do prefeito, a ideia de promulgar uma lei que lembrasse esse dia, e não apenas a criação do monumento. Foi por iniciativa dele que os pastores passaram a procurar as autoridades para que a proposta se concretizasse. Após um ano de trabalho, por meio do vereador Paulo Reis, foi promulgada a Lei 16.028, de 14 de julho de 2014, que instituiu o dia 18 de outubro como o Dia do Presbiterianismo no calendário oficial da cidade de São Paulo. “Essa lei, além de lembrar o Dia do Presbiterianismo, proporciona ao povo da nossa denominação um acesso mais fácil a determinados órgãos públicos, uma vez que o presbiterianismo é reconhecido na cidade. Então, na prática é uma lei que abre portas. Mas isso deve nos responsabilizar também. Nós presbiterianos precisamos assumir mais o nosso papel de trabalho em prol da cidade. Esperamos que as novas gerações que

Componentes da mesa e homenageados

darão continuidade a essa história possam lembrar-se desse dia como uma alavanca para a ação social, para a ação política... É um grande privilégio para nós”, ressaltou o Rev. José Maurício. Na sessão, participou o Coral Presbiteriano regido pela maestrina Hozéa Barbosa Stroppa e o Hino Nacional foi executado pela Banda da Guarda Civil Metropolitana. Um vídeo narrado pelo Rev. Alderi Matos, historiador oficial da IPB, foi apresentado aos presentes contando a história inicial da IPB em São Paulo e a importância de tal reconhecimento pelas autoridades. O monumento ainda não foi construído. “O monumento já está todo pla-

nejado em detalhes, com uma placa contendo informações históricas, e nossa ideia era que fosse construído nas proximidades do primeiro local em que a igreja existiu no centro de São Paulo. O problema é que, ao chegar ao departamento que cuida do patrimônio histórico, o projeto de implantação foi vetado, por ser o local um patrimônio tombado. Porém, ainda estamos nos primeiros passos e veremos se há outras opções, um novo local, para que todos possam conhecer a nossa origem e importância. O monumento resgatará a organização do Presbitério do Rio de Janeiro, a ordenação do Rev. José Manoel da Conceição, a primeira sede da Escola Americana e o falecimento do Rev.

Ashbel Simonton, tudo naquele primeiro endereço histórico, na Rua Nova de São José, hoje Rua Líbero Badaró”, explicou o Rev. Alderi. O vereador Reis homenageou todas as igrejas presbiterianas, entregando uma placa comemorativa e alusiva ao Dia do Presbiterianismo ao Rev. Carlos Aranha Neto, pastor da IP Unida, a mais antiga da IPB na cidade. Também foi homenageado, representado todos os pastores da IPB, o Rev. Abel José de Paula. Representando o presidente do Supremo Concílio esteve presente o Rev. Juarez Marcondes Filho. Além dele, também fizeram parte da mesa o Rev. Alderi Souza de Matos, historiador oficial da IPB;


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PROJETO SARA

Reta final! Dr. Marcel Mendes, vicereitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie; Dr. Anaor Donizetti Carneiro da Silva, coordenador de Finanças e Planejamento do Instituto Presbiteriano Mackenzie; Presb. Paulo Mastro Prieto, presidente do Sínodo Leste Paulistano, representando todos os

sínodos da capital paulista; Rev. José Maurício Passos Nepomuceno, pastor da IP de Vila Formosa, representando todos os pastores da cidade de São Paulo; Rev. José Paulo Brocco, presidente da Assembleia Geral da Igreja Presbiteriana Conservadora do Brasil, e a maestrina Hozéa Barbosa Stroppa.

E

stamos na reta final de nossa Maratona Bíblica. Se decoramos um versículo por semana, estamos aptos a declará-los diante de nossos irmãos no próximo Dia da Bíblia. O desafio é grande. Acredito que se nos dedicarmos iremos conseguir dar esse grande testemunho de amor ao nosso Deus que nos chama a guardar no coração a sua Palavra. Temos o privilégio de livre acesso à Bíblia em nosso país. Porém precisamos continuar orando pelos nossos missionários e por aqueles que vivem em países que proíbem a leitura da Palavra de Deus. Vamos nos reunir com os irmãos e nos preparar para

essa grande comemoração. O Dia da Bíblia é uma das principais datas do calendário da igreja. O salmo 119 é uma verdadeira declaração de amor do salmista à Palavra de Deus. O desejo de seu coração era buscar e anelar a lei de Deus. Ele a buscou de todo coração (v.10, 40, 60, 94, 123, 131 ), teve prazer (v.16, 24, 92, 111, 143, 174), decorou (v. 2, 7, 11, 22, 31,34, 57, 69, 109, 176), desejou ardentemente (v.20, 35, 36, 40, 94, 145 ) e declarou seu amor pela Palavra de Deus (v. 47, 97, 127, 165, 167) O salmista era apaixonado pela Bíblia. Vamos demonstrar esse amor pela Bíblia em nossa igreja e

em nossa família. Vamos participar dessa Maratona e que Deus confirme a obra de nossas mãos. Que possamos nos dedicar a esse ministério não só por ser bom e admirável. Mas porque ter a Palavra de Deus na mente e no coração é uma demonstração do que é correto e belo diante do nosso Pai.

MARATONA BÍBLICA – VERSÍCULOS PARA DECORAR Rev Carlos Aranha Neto recebendo a placa das mãos do vereador Reis

Rev Abel foi homenageado, representando todos os pastores da IPB

1º domingo Novembro

“Completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento.” Filipenses 2.2

2º domingo Novembro

“Porque a Palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração.” Hebreus 4.12

3º domingo Novembro

“Porque este é o amor de Deus: que guardemos os seus mandamentos; ora, os seus mandamentos não são penosos.” I João 5.3

4º domingo Novembro

“Procura apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade.” II Timóteo 2.15


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ANIVERSÁRIO

Grupo Escoteiro Baltazar Fernandes de Sorocaba Sandro Henrique Gentile

A

conteceu no dia 12 de outubro a celebração do 49º aniversário de fundação do 171º G. E. Baltazar Fernandes de Sorocaba. A cerimônia aconteceu na IP de Sorocaba, mantenedora do Grupo. Participaram Lobinhos, Escoteiros, Seniores, Escotistas, Pais de Comunidade. Participou também do evento o Rev. Matheus Benevenutto Júnior, pastor jubilado e fundador do GEBF. Falou na ocasião o Rev. Cláudio Marra, que foi Escoteiro do primeiro embrião do Grupo no final dos anos 50. Atualmente Editor da Editora Cultura Cristã e do Brasil Presbiteriano, o Rev. Marra foi o primeiro Monitor da Patrulha Águia. No sábado ele fez para nossos jovens uma leitura cristã da Lei Escoteira e no domingo foi homenageado com um lenço do Grupo, entregue pelo Diretor Presidente Jorge Alvarenga.

Após culto da noite, Vagner Bernardi, sua esposa Elisa e o casal Cláudio e Sandra Marra

Camargo, Akira e Cel. Ed. Campos. Nestes 45 anos, milhares de sorocabanos formaram nossas tropas e foram encaminhados para a vida em sociedade sempre colaborando para o bem da sociedade. Muitos de nossos escoteiros provém de camadas de menor renda da população e a missão do Grupo Escoteiro Baltazar Fernandes é proporcionar à criança e ao adolescente informação, cultura, desen-

volvimento intelectual, liderança, independência, práticas esportivas e contato com a natureza garantindo, desse modo, o respeito à sua condição peculiar de pessoa em desenvolvimento, conforme o Art. 71 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990). NECESSIDADES ESPECIAIS O cuidado com crianças portadoras de necessidades

UM POUCO DE NOSSA HISTÓRIA E OBJETIVO O Grupo Escoteiro Baltazar Fernandes (GEBF) foi fundado em 07 de outubro de 1965, quando oito meninos fizeram a sua “Promessa Escoteira” em cerimônia conduzida pelos Chefes Albino Bueno de

Escoteiros do GEBF ajudando na limpeza do Rio Sorocaba, numa atividade de civismo e ecologia

O lenço dos escoteiros é azul com friso branco. O azul nos lembra da fidelidade de Deus e a fidelidade que devemos a ele e aos irmãos de promessa. O branco indica a pureza que só Cristo nos dá e a pureza de coração e alma que devemos desenvolver. A cruz amarela no centro da Flor de Liz nos lembra a mantenedora (IP Sorocaba), mas também a cruz que nos ilumina e guia na vida, por isso é amarela, como uma luz.

especiais começou quando um garoto chegou com dificuldades na fala. Foi acolhido pelo grupo e com o tempo foi sentindo segurança. A gagueira, antes bem evidente, passou a ser ocasional. Dois anos depois foi diagnosticado com TDH (Transtorno do déficit de atenção com hiperatividade). Com o tempo, tornouse bem seguro, participando de todas as atividades.

Quando aconteceu o Curso de Primeiros Socorros, as avaliações foram todas dissertativas e ele conseguiu o grau máximo. Temos mais quatro jovens com o mesmo diagnóstico, uma jovem escoteira dislexa que hoje já produz alguns textos e tornou-se a escriba de sua patrulha. A fono que a acompanha está encantada com seu progresso Também temos um jovem altista que agora interage com todos. Um dos nossos lobinhos tinha ao chegar dificuldades na fala e motoras. Ficava perto da mãe, deitado em uma manta ou lençol durante as atividades. Hoje, graças a Deus, leva uma vida normal e é ativo no grupo Cada jovem no Movimento Escoteiro é tratado

Rev. Mateus, fundador do GEBF e o Chefe Jorge Alvarenga


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comemora 49 anos de fundação Junta Diaconal da IP de Tatuí re aliza campanha em p rol do GPACI

Meio século na história do escotismo sorocabano. Rev. Vagner Bernardi, o escotista Fábio Morandim, o Chefe Evônio Marques de Oliveira Jr e o primeiro Monitor

como único, com respeito por suas limitações e incentivo para vencer seus obstáculos. O tratamento adotado é a comunicação do amor de Deus em Cristo, a dedicação dos escotistas e a união com as famílias.

Vista parcial do aprazível Recanto da Amizade, da IP Sorocaba

Sensibilizada co m a saúde das crian ças e adolescentes que fazem tratamento no Grupo de Pesquis a e Assistência ao Câncer Infantil (GPA CI), localizada na cid ade de Sorocaba, a Junta Diaconal mobiliz ou a igreja para a re alização da campanh a que arrecadou litros de leite para a institu ição. Durante as três semanas foram arrecadadas mais setenta caixas. Ne de ste ano essa é a segunda campanh de que a igreja te a m participado jun tamente com a Ju Diaconal em favo nta r dos que mais pr ecisam.

Dia da Escola Bíblica Dominical

O Chefe e Capelão Vagner Bernardi dirige atividade dos Lobinhos no Recanto da Amizade

Sandro Henrique Torrezan Gentile [shtgentile@gmail.com] é o Chefe do GEBF de Sorocaba.

Escoteiros do GEBF ajudando na limpeza do Rio Sorocaba, numa atividade de civismo e ecologia

A IP da Cohab, em Presidente Prudente, comemorou o Dia da Escola Bíblica Dominical com a participação especial do Grupo LouvArte, e o lançamento do Projeto “Pra você ler”, que terá seu encerramento no 2º domingo de dezembro, Dia da Bíblia. O projeto, conforme explicaram Alexandra e Telma, coordenadoras do departamento infantil, tem como objetivo a evangelização (do contemplado pelo volume do manuscrito) e crescimento espiritual (àquele que participará copiando). Sua proposta é: copiar com letra legível em caderno de capa dura os 21 capítulos do Evangelho de João. A IP da Cohab ora pelos que receberão o presente e agradece a Deus pelos envolvidos nesse trabalho.


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Boa Leitura Educação e Personalidade 2ª edição revista e ampliada

Nesta 2ª edição, o último capítulo do livro foi significativamente ampliado para apresentar o histórico, os conceitos, a aplicação e as práticas fundamentais da Educação por Princípios, começando pelas suas origens. A Professora Inez Borges entrega um resumo consistente da abordagem Educação por Princípios com o rigor acadêmico que sua maestria propicia, enriquecido pela sua própria experiência de participação em inúmeros eventos e visitação a muitas escolas praticantes pelo Brasil. O livro custa 34,00

150 atividades interativas: 75 para idades de 3 a 5 anos e 75 para idades de 6 a 12 anos. Essas atividades fascinantes relacionadas à natureza e à ciência foram organizadas tematicamente segundo os dias da criação. As atividades incluem sugestões para oração e louvor com o objetivo de estimular as crianças a agradecer e louvar a Deus por seu amor, poder e grandeza. “Como funciona” é uma parte importante para acabar com a curiosidade das crianças. Essas atividades envolventes e divertidas são ótimas para manter a atenção das crianças e ajudá-las a entender e apreciar as maravilhas da criação de Deus. O livro custa 38,00

Perguntas do homem, respostas de Deus

Meu filho está doente

Grande livro da criação de Deus

Este livro de recursos inclui

filhos, dá a elas forças novas para se manterem mais um dia em pé, sem perder a esperança de voltar para casa com seus filhos curados, vê-los crescer com saúde e coração grato a Deus e aos médicos pelo tanto que fizeram. O livro custa R$14,40

A Casa do Aconchego abriga mães cujos filhos estão internados em hospitais ou em tratamento ambulatorial. O objetivo deste pequeno livro é oferecer a essas corajosas mulheres, esperança e conforto para os seus corações sofridos, fortalecendo a sua fé e ajudando-as a continuar na luta. A certeza de que Deus as ama, como também a seus

O homem propõe perguntas que ele próprio é incapaz de responder. O Deus longânimo e compassivo, porém, se aproxima, envolve-o com laços de ternura e compaixão e oferece-lhe as respostas. As perguntas de Jó são irrespondíveis por Jó, mas o Deus Soberano coloca-se em seu lugar para lhe mostrar que a criatura humana é importante para ele, que o sofrimento tem objetivo definido, que a vida transcende os limites hedonistas do “comamos e bebamos, pois amanhã morreremos”, que a esperança não é um sonho apenas, uma fantasia inútil e sem sentido. Na resposta de Deus caminha a certeza de que ele está pronto a nos dar muito além do que pedimos e pensamos. O livro custa R$17,50

Sobre esses e outros títulos acesse www.editoraculturacrista.com.br ou www.facebook.com/editoraculturacrista ou ligue 0800-0141963

No BRASIL E NO MUNDO

Por que Bento XVI espionou Padre Marcelo

Padre Marcelo Rossi, da arquidiocese de Santo Amaro, em São Paulo, imprimiu ritmo às modorrentas missas católicas a partir do final dos anos 1990 e assim galgou o pedestal da fama. Em nome da evangelização do povo, o sacerdote cantor se tornou onipresente em programas de auditório e se transformou no artista cristão mais bem-sucedido da América Latina – amparado pela venda de milhões de exemplares de CDs, DVDs e livros. Padre Marcelo, porém, nunca gozou de prestígio entre a alta cúpula da Igreja Católica, em Roma. No ano em que comemora o 20º aniversário de sua ordenação, ganhou de presente a indigesta notícia de que fora alvo, durante quase uma década, de uma espionagem do Vaticano. Alertado sobre a existência de missas-espetáculo, culto ao personalismo e vulgarização da liturgia, o Vaticano investigou durante anos o sacerdote mais famoso da América Latina, por temer um cisma dentro da Igreja Católica do País. Caso fosse mal avaliado por seus observadores romanos, o sacerdote brasileiro poderia ser impedido de rezar missas e celebrar a comunhão, além de ser obrigado a aposentar sua porção popstar e tudo o que advinha dela – produtos comerciais e a exposição acentuada em meios de comunicação.

Juiz cristão pede demissão para não fazer casamentos de homossexuais

Um juiz de 57 anos renunciou ao seu cargo na Carolina do Norte. Gilbert Breedlove, que também é pastor, trabalhava há 24 como juiz para o Condado de Swain. Entre suas funções de juiz ele realizava casamentos no fórum. Por causa da nova lei do Estado, seria obrigado a realizar casamentos de pessoas do mesmo sexo a partir deste mês. Como isso vai contra sua fé e decidiu abandonar a função. Ainda sem ter idade para se aposentar, ele abriu mão de sua principal fonte de renda e passará a viver com um salário oferecido por sua igreja, o qual é bastante inferior. Ele afirmou que entende claramente as consequências de sua decisão, mas sabe estar fazendo o que é certo, pois Deus é mais importante em sua vida. Seu desejo é que seu exemplo possa incentivar outros magistrados a se posicionar. Ele não está sozinho. John Kallam Jr., juiz do condado de Rockingham, também apresentou sua renúncia, citando sua fé. Kallam afirma que fazer casamentos homossexuais seria “profanar a santa instituição estabelecida por Deus”. Cerca de 400 cristãos reuniram-se em frente ao tribunal que ele trabalhava para mostrar seu apoio. No ano de 2013, no sudeste do Pará, o juiz de paz José Gregório Bento, 75 anos, pediu demissão do Cartório do único Ofício de Redenção, pelo mesmo motivo.


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