“Intervalos ou como instalar ateliês em aeroportos” propõe uma reflexão sobre a utilização dos lugares de passagem como espaço de pensamento e fabricação de imagens. O ensaio expõe, relaciona e assemelha a experiência do estado de espera em saguões de aeroportos com a constituição da própria construção poética que é colocada em aparência. Um pensamento que enquanto encosta na escrita interrompida por deslocamento de Michel Butor abraça as repetições infra-ordinárias de Georges Perec e aperta com força as proposições etnológicas de Marc Augé.