EDIFÍCIO O ESTADO DE SÃO PAULO

Autores Beatriz Toniato- 32316161 Julia Lallo - 32319436 Maria Julia Ayache - 32312512 Maria Luiza Pegini - 32355841 Rafaela Bahia - 32356706

Universidade Presbiteriana Mackenzie Arquitetura e Urbanismo Coordenador de Projeto Maria Isabel Imbronito

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Teoria e História da Arquitetura e Urbanismo I

Sumário: Introdução...............................................4 Contexto histórico..................................5 Os arquitetos...........................................10 Seu entorno............................…..............17 O Hotel Jaraguá e suas características.........................................23 O projeto ..................................................27 O hotel e sua ascensão……………………...34 A queda do hotel.....................................................39 O retrofit e a reabertura..........................40

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Introdução O Novotel Jaraguá fica localizada no centro de São Paulo (Brasil), foi construída em 1946 e inaugurada em 1954.

Os arquitetos Franz Heep e Jacques Pilon fizeram história com a criação do edifício, tendo o mesmo uma grande relevância para a consolidação do centro novo e verticalização da cidade, no qual iremos nos aprofundar neste livro.

Vamos apresentar e estudar seu projeto, citando seu contexto histórico e arquitetura referente à época, sua ascensão e influência na cultura paulista, em que teve um papel importante na modernização da cidade de São Paulo. Além disso, serão analisados o processo de construção e sua remodelação.

Com esta obra, almejamos analisar e evidenciar as diversas maneiras pelas quais um edifício pode exercer influência e intervir na cidade e na população.

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Contexto Histórico

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O Edifício Jaraguá pertence a um período histórico e arquitetônico de grande relevância para a consolidação do centro novo de São Paulo – histórico, como integrante do processo de verticalização da época.

As chácaras vinham, aos poucos, sendo loteadas; ruas e avenidas passavam pelo embelezamento bem ao gosto Belle Epòque.

Com sua localização estratégica, tornouse um dos símbolos da modernidade em São Paulo.

Processo de construção,1950.

Nos anos 40 os empresários investiam o capital em grandes loteamentos periféricos e nas construções de grandes edificações de apartamentos ou escritórios para aluguel, no centro. E nada melhor de que o partido arquitetônico ser voltado para os princípios modernos de racionalização e industrialização, que reduziam o custo da uma obra.

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Mural feito por Di Cavalcanti

Assim se deu a construção do Ed. Jaraguá. O jornal “O Estado de São Paulo”, juntamente com “Diários Associados”, no momento, os dois maiores grupos editoriais, necessitava de uma sede. A idéia da construção da sede em edifício de uso misto com hotel ajudaria na manutenção do prédio e supriria a carência de espaços hoteleiros no centro da cidade.

Foi inaugurado para o IV Centenário em 1954. Abalado pela concorrência após 1970, foi desativado nos anos 1990.

Em 1998 houve grande transformação interna, embora a fachada e volumetria não tenham sido alteradas.

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O Hotel está localizado num dos pontos mais visíveis e estratégicos do Centro Novo, na confluência da Avenida São Luiz com a Avenida Consolação, a Rua Martins Fontes e a Rua Major Quedinho. As dimensões da área central, a acessibilidade e a circulação no Centro eram as grandes questões, que resolvidas, permitiriam uma ligação mais eficaz entre os bairros já existentes e os que estavam se formando.

Quando foi inaugurado, o edifício continha as instalações do jornal O Estado de São Paulo, que ocupavam todo o subsolo até o sétimo pavimento. A estação de rádio ligada à mesma empresa do jornal, que ocupava um andar e meio, com um auditório para 450 espectadores e no hotel havia 226 apartamentos, salas de estar e leitura, bar, restaurante, jardim de inverno, boate e serviços gerais, ocupando ao todo treze pavimentos. Tanto o jornal como a rádio e o hotel possuíam entradas, circulações e elevadores independentes.

Centro de São Paulo na década de 50 Edifício na década de 50

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A nova proposta de Heep previa a adoção de brises móveis e reduzia os 25 pavimentos previstos inicialmente para 21 pavimentos, aumentando o pédireito dos andares inferiores destinados a abrigar o jornal. No quinto e no sexto pavimentos, incluiu grandes terraços com vista para a Praça Dom José Gaspar e a Biblioteca Municipal; no oitavo pavimento, propôs que o volume do auditório passasse do alinhamento da fachada; e, no topo do edifício, colocou um grande relógio.

Houve o uso de elementos característicos do repertório do Movimento Moderno como brises, modulação, estrutura independente, pilotis e integração entre arquitetura e artes plásticas, com perfil e volumetria arrojados, muito bem adaptados ao local.

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Desenho autoral do grupo

Os Arquitetos 10.

Franz Heep (1902-78) Um dos responsáveis pelo projeto do grandioso edifício “O Estado de São Paulo”, Heep nasceu em Fachbach na Alemanha no ano de 1902. Aos 20 anos de idade, cursou arquitetura na “Escola de Artes e Ofícios”, em Frankfurt, começando seus trabalhos no “Departamento Municipal de Construções” da cidade, com seu antigo professor. Em 1928, Franz se muda para Paris, onde ingressa na “Escola Superior de Arquitetura”, nessa nova fase de vida, o arquiteto formado com estilo da Bauhaus, se junta a Le Corbusier e André Lurçat, com quem trabalhou até 1932.

Após a Segunda Guerra Mundial, houve uma grande escassez de novos projetos na Europa, acarretando na chegada de Franz Heep ao Brasil, na cidade de São Paulo mais especificamente. Na capital paulista, Heep atuou de forma importante para o mercado imobiliário, filiando-se, logo de chegada, ao escritório de Jacques Pilon, com quem projeta o famoso edifício “O Estado de São Paulo”, que na época era a sede do jornal, em 1946, trazendo o brise-soleil, um grande elemento moderno.

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Em 1952, o arquiteto alemão abre seu próprio escritório, e começa a projetar edifícios residenciais, de luxo, em sua maioria no bairro Higienópolis e também quitinetes na região central da capital, contando com plantas extremamente funcionais. Seu outro ponto forte na arquitetura eram os edifícios comerciais, destacando-se o “Edifício Itália”, um dos mais importantes na época e destaque no repertório projetual de Heep.

Além de seu papel importante na modernização da cidade de São Paulo, o arquiteto atuou na área acadêmica, lecionando na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1958.

Franz Heep

Além disso, trabalhou como membro do Conselho de Arquitetura da ONU, com o dever de projetar para países latinoamericanos.

Franz Heep deixou seu poderoso legado, principalmente no Brasil, em 1978 quando veio a falecer em Paris

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Obras marcantes

Edifício Lausanne, 1953

Edifício Itália,1954

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Edifício Ouro Preto,1954

Edifício Iporanga,1956

Jacques Pilon (1905-62) Outro nome importante na realização da antiga sede do jornal ”O estado de são paulo”. Pilon nasceu em Le Havre em 1905. Quando tinha apenas 5 anos de idade imigrou com sua família para o Rio de Janeiro, porém com 22 anos voltou para a França, graduando-se em arquitetura na École Nationale de Beaux Arts em 1932, logo depois, retornou ao Brasil, fazendo seu nome e sendo uma importante influência na arquitetura brasileira, principalmente na capital paulista, nas décadas de 1930 até 1960.

Seus estilos de destaque eram o ecletismo e art déco, propagando também o modernismo em muitas obras, Jacques começou seus trabalhos com Francisco Matarazzo Neto, com quem virou sócio após um encontro no projeto “edifício Sulacap", o qual Pilon tinha participação. Juntos criaram seu escritório Pilon e Matarazzo Ltda (Pilmat) em 1934, onde idealizaram grandes projetos, com estilo modernista em sua maioria, ou seja, fachadas com menos detalhes e com características mais geométricas, além disso, participaram de concursos para o Viaduto do chá em 1934, o qual ficaram em terceiro lugar, e para o Viaduto General Olímpio da Silveira em 1939, o qual venceram.

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Em 1939, Jacques Pilon e Francisco Matarazzo quebram sua sociedade, acarretando na criação de seu novo e próprio escritório em 1940, onde Pilon desenvolveu grandiosos projetos com um caráter mais decorativo, com ornamentações nas fachadas, eixos de simetria e divisão tripartite. Assim, em 1947, Franz Heep fecha parceria com o escritório de Jacques e juntos começam uma produção icônica de projetos modernistas, com o uso de brises, caixilhos amplos e grelhas.

Um exemplo é o próprio Edifício O Estado de São Paulo, o qual originalmente contava com uma projeção de art déco e logo após a chegada de Heep, foi renovado com um caráter modernista.

Jacque Pilon.

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O escritório chega ao fim em 1962, quando Jacque Pilon vem a falecer, deixando seu impressionante legado, sendo assim um grande contribuinte para o crescimento e modernização da capital paulista.

Obras marcantes

Viaduto General Olímpio da Silveira,1939

Edifício Paissandu, 1935

Biblioteca Mário de Andrade,1936

Edifício Barão de Iguape,1956

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O entorno

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O bairro República é um distrito situado na região leste do município de São Paulo. Forma, juntamente com o distrito da Sé, o chamado Centro Histórico da capital paulista. Localizam-se aí alguns dos pontos mais famosos do município, como a Praça da República, a Câmara Municipal de São Paulo, o Teatro Municipal, a Biblioteca Municipal Mário de Andrade. É atendido pela Linha 3-Vermelha e pela Linha 4-Amarela do Metrô de São Paulo.

A região é repleta de vários bares, restaurantes, casas noturnas e uma infraestrutura completa de comércio, serviços e transporte, se tornando assim uma região bem completa, e também ocorre uma grande valorização da arquitetura moderna e de galerias.

Porém, também se tornou um local que hoje em dia também esta repleto de moradores de rua, assim, dificultando cada vez mais a hospedagem e vida no local. Aos arredores do hotel existem grandes marcos históricos, Planta entorno do Hotel Jaraguá (em vermelho) dentre eles:

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Galeria Metrópole Foi projetada na década de 1960 pelos arquitetos Salvador Candia e Gian Carlo Gasperini. A Galeria Metrópole se situa na Avenida São Luiz, a qual fazia parte do sistema viário do Plano de Avenidas de 1930, do então prefeito de São Paulo, Prestes Maia. A chamada Galeria Metrópole, é um ícone importante da arquitetura moderna no centro de São Paulo devido às relações que o projeto estabelece com o espaço urbano em seu entorno. A galeria se diferencia por ter contato com o exterior e um jardim em seu centro, tendo uma abertura em forma de quadrado.

O centro comercial era um ponto luxuoso nos anos 1960 e começo dos anos 1970, com diversos bares cheios de universitários, porém durante a ditadura militar sua circulação e permanência diminuíram drasticamente.

Curiosamente, a galeria tem uma grande representatividade na comunidade LGBT, pois, abrigava dois bares frequentados pela comunidade nos anos 50.

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Imagem atual da Galeria Metrópole

Edifício Louvre O projeto inaugurado em 1966 foi projetado por Artacho Jurado localizado na Avenida São João, em frente à Galeria Metrópole. O edifício surge no momento de crescimento e expansão da cidade de São Paulo, assim como uma maior abrangência de pensamento artístico. No térreo existe uma galeria de 45 lojas, uma grande característica do século passado na arquitetura paulista. Os apartamentos são nomeados por nomes de artistas, assim como o prédio leva o nome do Museu Louvre, localizado em Paris, França.

O projeto visto hoje é um destaque, pois, sua característica de destaque é suas cores azul e rosa, e ainda sua construção foi concluída após 15 anos do início do projeto.

O arquiteto foi um grande precursor dos ´´condomínios clubes``, e assim como estes, o Louvre não deixa de ser diferente, sendo um dos últimos projetos de Jurado.

Edifício Louvre, visto da Galeria Metrópole

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Biblioteca Mário de Andrade

Fundada em 1925, é considerada hoje uma das bibliotecas de pesquisa mais importantes do país. A mesma foi construída por Jacques Pilon de 1935 à 1942, no período de transformação arquitetônica no centro de São Paulo, e faz parte de um atrativo multicultural para a cidade de São Paulo pois além de local para estudos e empréstimo de livros, você também pode assistir a peças teatrais, participais de atividades ligadas à arte e a cultura e também admirar a incrível arquitetura de art déco.

Uma curiosidade é que parte de seu acervo é de itens raros, como as primeiras edições de livros de escritores famosos como Machado de Assis e Graciliano Ramos.

A mesma fica em segundo lugar em acervo brasileiro, só perde para a Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

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Praça da República

Praça da República

A Praça da República é um dos mais tradicionais pontos de São Paulo.

Localizada no centro da cidade, a praça é visitada diariamente por pessoas do mais diversos estilos que aproveitam para conhecer o famoso local que guarda um pouco da história da metrópole.

Construída a partir do modelo de urbanização europeia, a praça, que faz uma conexão entre o centro velho e o centro novo, foi eleita em 1894 como a localização da Escola Normal Caetano de Campos. O belo edifício projetado por Ramos Azevedo é hoje a sede da Secretaria Estadual da Educação. Por ser um grande marco no centro, o local já foi palco de grandes manifestações políticas. Mas o que torna essa parte do centro ainda mais conhecida é sua Feira de Arte e Artesanato, é a maior e mais antiga, abriga mais de 600 barracas e comercializa principalmente artesanato vindo de todas as regiões do país e de países estrageiros.

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O HOTEL JARAGUÁ e suas características

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O edifício que atualmente abriga o Hotel Jaraguá apresenta uma volumetria que respeita as normas do Código de Obras Arthur Saboya.

Ele era dividido em três áreas distintas, alojando as dependências do jornal "O Estado de São Paulo", do hotel e da Rádio e Estúdio Eldorado.

Inauguração O Hotel Jaraguá foi inaugurado em soft opening em 18 de agosto de 1953 e oficialmente em 25 de janeiro de 1954. Desde então, tornou-se um destino notável, atraindo personalidades proeminentes do século XX, algumas vão ser retratadas a partir da página 37.

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Rádio Eldorado O sexto andar do edifício do Jaraguá abrigou a Rádio Eldorado, cuja entrada no ar introduziu um novo padrão de programação na radiofonia brasileira, incluindo noticiários e difusão de música de qualidade. A direção artística ficou a cargo de Carlos Vergueiro, notável ator, radialista e jornalista.

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Obras e corrente modernista O edifício passou a ser considerado um dos símbolos da arquitetura modernista em São Paulo, por trazer brises, modulação, estrutura independente, pilotis e integração entre arquitetura e artes plásticas.

O prédio ostenta obras de renomados muralistas brasileiros, como Portinari, Di Cavalcante e Clovis Graciano. Embora "Os Fundadores" de Portinari tenha sido levado para a nova sede do "O Estadão" após a venda, o hotel conta com o painel "A Imprensa" de Di Cavalcanti, um dos precursores da Semana de Arte Moderna em 1922, e com o mural "Os Bandeirantes" de Clovis Graciano.

Mural ”A imprensa" de Di Cavalcante.

"Os Fundadores" de Candido Portinari

"Os bandeirantes", de Clovis Graciano.

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O Projeto O edifício foi inicialmente concebido para acomodar as instalações do jornal O Estado de São Paulo, a Rádio e o Estúdio Eldorado, ocupando os primeiros oito andares.

Originalmente destinados a serem alugados como espaços de escritório, os demais pavimentos chamaram a atenção do hoteleiro José Tjurs, que optou por instalar o Hotel Jaraguá do 9º ao 23º andar.

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Plantas

Primeiro pavimento

Pavimento térreo

Legenda 1. Saguão de convenções 2. Restaurante 3. Cozinha 4. Preparação 5. Banquetes 6. Câmaras frias 7. Administração 8. Circulação do diário de São Paulo

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Segundo subsolo

Planta do pavimento tipo (11º ao 21º)

Legenda

Legenda

1. Saguão de convenções 2. Eventos 3. Auditório 4. Banheiros 5. Vestiários 6. Área do RH 7. Departamento pessoal 8. O diário de São Paulo

1. Cireculação 2. Apartamentos

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Implantação

Legenda 1. Rua interna 2. Lobby 3. Saguão de convenções 4. Bar 5. Acesso de funcionários 6. Confeitaria 7. Doca de serviço 8. Acesso ao diário de São Paulo 9. Edifício Garagem

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Programa de necessidades As áreas subterrâneas e os níveis inferiores, que anteriormente abrigavam a gráfica, instalações, redação e escritórios do jornal, foram renovados e convertidos em um moderno centro de convenções. Agora, o espaço conta com 21 salas, um auditório com capacidade para 280 pessoas e áreas de apoio.

Além dos subsolos, os segundos e terceiros andares estão conectados ao pavimento térreo por meio de escadas rolantes, enquanto o restaurante está localizado no primeiro andar. O hotel abrange não apenas os subsolos, mas também parte do térreo, mezanino, primeiro e segundo andares do prédio anexo, anteriormente ocupado pelo Jornal da Tarde e agora abrigando o Diário de São Paulo, sucessor do Diário Popular.

Em contraste com o projeto original, que previa 263 apartamentos (posteriormente reduzidos para 164 apartamentos e 22 suítes), o hotel foi expandido para incluir 415 apartamentos. As modificações necessárias para a instalação de equipamentos de circulação vertical exigiram uma alteração no layout do andar tipo. Agora, os novos andares-tipo consistem em 19 apartamentos de diversos tamanhos, dispostos ao longo de um corredor que forma um circuito trapezoidal em torno da torre central de circulação de serviço. Esta torre substitui o antigo pátio de iluminação e abriga duas escadas de incêndio e dois elevadores.

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Modulação Passado o retrofit, 10 pilares estruturais foram removidos, e para compensar essa modificação, vigas de distribuição foram empregadas. Essas vigas foram instaladas para aliviar as cargas apoiadas e para permitir um layout mais linear na sala de impressão durante a época do jornal. A remoção dos pilares se mostrou essencial, pois sua presença inviabilizava a disposição linear das máquinas na sala.

Para implementar o canteiro de armazenamento, foi necessário criar dutos de transferência de entulho entre os pavimentos, conectando-os diretamente ao sistema de transporte direcionado aos locais de descarte.

Dado que o edifício ocupa toda a área, essa adaptação tornou-se indispensável.

Além disso, realizou-se a revitalização dos brises originais, que foram decapados e restaurados com tinta poliéster, mantendo as características do projeto original. O sistema de esgoto foi atualizado para um modelo a vácuo, com fechamento utilizando alvenaria e gesso acartonado.

Pilares de apoio do edifício

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A construção O primeiro projeto, elaborado por Jacques Pilon, ocupava 90% do terreno.

Após modificações feitas pelo arquiteto Franz Heep, a ocupação permaneceria essencialmente a mesma, com alterações apenas na disposição do programa e nos pavimentos.

Sob uma perspectiva formal, as intervenções de Heep no partido arquitetônico do edifício conferiram-lhe uma essência moderna.

Detalhes da modulação das fachadas e brises de alumínio (Fotos: Patricia Viceconti Nahas)

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O hotel

e sua ascensão

e.

a

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O início de tudo Na década de 50, a cidade de São Paulo inicia um processo de metropolização, que pode ser caracterizado com o crescimento das cidades, aumento da população e da complexidade da futura metrópole. Com isso, cada vez mais artistas, arquitetos, presidentes e pessoas influentes no mundo, sentiram a necessidade de vir à São Paulo. Visto isso, a cidade precisava de um hotel onde essas pessoas podiam se hospedar com classe e em um local de grande influência na época. Assim, em 25 de Janeiro de 1954 - dia em que São Paulo comemorava seu quarto centenário - , com iniciativa do empresário judeu argentino José Tjurs, abre-se as portas de um hotel que visava revolucionar as estadias em São Paulo, O Hotel Jaraguá.

Edifício Hotel Jaraguá

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José Tjurs

Após inauguração O sonho de qualquer paulistano nas décadas de 50 e 60 era poder usufruir da chave que abria as portas desse novo paraíso, nomeado de Jaraguá

Chave do quarto do Jaraguá

A primeira promoção internacional realizada no Jaraguá foi o I Festival De Cinema de São Paulo, parte integrante os festejos do IV Centenário, que termino por ser o único, não acontecendo jamais o segundo. Atraiu grande vedetes o cinema mundial, assim como vários diretores, entre eles Erich von Sroheinn.

Folder sobre o festival

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Hóspedes

Durante seu anos de glória, o hotel foi a casa de muitos artistas, políticos, e figuras importantes tanto no cenário brasileiro, quanto no global. além de hospedagem, o bar do hotel foi um dos pontos de referência na noite paulista durante meados da década de 60. Segue alguns dos grandes nomes que frequentaram o ambiente: Alain Delon Ella Fitzgerald Sophia Loren Federico Fellini Brigitte Bardot Louis Armstrong Gina Lollobrigida Edith Piaf Tony Curtis Ginger Rogers Mick Jagger Henry Ford II Robert Kennedy Fidel Castro Yuri Gagarin Juscelino Kubitschek Jânio Quadros Louis Armstrong Raul Seixas Erich Von Stroheim Yuri Gagarian em sua saída do hotel Carlos Lacerda

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Estadia real

Além de todas essas celebridades terem preenchido o local com sua história, a pessoa que o hotel mais se orgulha de ter recebido é Elizabeth II, a falecida rainha do Reino Unido, que visitou unicamente o brasil no ano de 1968, no auge do hotel, assim, como todos os famosos, a rainha se hospedou lá também.

Rainha Elizabeth em sua vinda ao Brasil

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A queda do hotel Após os anos 80, o hotel foi vendido pela rede Horsa para a Clímax, de Curitiba. A mudança de proprietário e o surgimento de novos hotéis na região foram os pontapés iniciais para a queda de clientes e influência. O gerente do hotel afirmou em 1999 que mesmo com as mesmas acomodações e serviços, o hotel não recebia mais os mesmos clientes, os padrões de comparação tinham mudado. Com o tempo, o hotel nem transparecia seus anos dourados, o bar virou escritório, o grande saguão se torna um hall sem graça, e assim, cada vez mais vazio, e um público diferente. Em 1998, o hotel é desativado, e escolhido para reforma e assim, se tornar um hotel 4 estrelas, porém, ainda se manteve a fachada, volumetrias e suas características modernistas.

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O retrofit e a reabertura Foi só em 2004 que o hotel passou por um retrofit, acarretando na sua reabertura.

Suas áreas destinada ao jornal e a rádio viraram espaços e salas para reuniões, congressos e eventos, ganhando até mesmo um teatro, nomeado de Teatro Jaraguá. A torre do edifício continuou sendo um hotel, porém com uma reforma atualizada, aumentando de 263 apartamentos para 416, contando com um saguão maior, lojas, academia, business center e uma confeitaria 24 horas.

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O design O arquiteto Miguel Juliano fundamenta a intervenção como um processo de retrofit: "O retrofit do edifício então, é coerente com suas pré-condições: não alterando absolutamente em nada, um detalhe que fosse na volumetria, na arquitetura, nos revestimentos e caixilhos, sendo todos refeitos com o mesmo desenho original do prédio, acontecendo o mesmo com os brises-soleil, retirados, recuperados, repintados e recolocados nas suas cores originais. Houve sim, mudança de uso" (5).

O hotel Jaraguá foi e ainda é símbolo de glamour.

Antes da reforma

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Após a reforma

Outro projeto do retrofit foi a criação de uma rua interna, interligando a rua Martins Fontes com a Major Sertório,ao longo dela, ficaram acessos mais nobres do prédio, ficando apenas entradas de serviço na Major Sertório.

Portanto, a reforma do edifício foi coerente com seu formato e características préexistentes, não sofrendo alterações em sua volumetria, revestimentos, estilo arquitetônico, caixilhos, que foram apenas refeitos como os originais e os brises, que foram restaurados.

Rua interna. Desenho de Valandro Keating 2001

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Plantas depois do retrofit

Térreo

As facilidades conseguidas com a abertura da rua interna, deixou esse hotel ainda mais confortável que seus novos concorrentes e de maior custo de hospedagem.

Legenda 1. Lobby 2. Piano-bar 3. Acesso à convenção e ao restaurante 4. Carga-descarga 5. Loja de conveniências 6. Confeitaria 24 horas 7. Entrada de pessoal

Subsolo

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O auditório possui instalações técico-acústicos suficientes para peças teatrais, tendo mantido programação regular.

O s espaços maiores são para convenções e as áreas mais subdividida destinam-se aos vários serviços de apoio e conforto do pessoal, dotado de moderno sistema central de ar-condicioado.

Legenda 1. Restaurante 2. Cozinha 3. Cambusta 4. Central de room service 5. Dispensa e câmeras frias 6. Nutricionistas e gerantes de comida e bebida

Primeiro andar Legenda 1. Elevadores de hóspedes 2. Fitnes center 3. Elevadores de serviço 4. Suítes 5. Apartamenntos

Sexto andar

Andar tipo

A introdução de ventilação forçada nos banheiros e ar-condicionado nos apartamentos possibilitou uma ocupação mais eficiente do espaço interno, o que possibilitou a implementação de uma segunda escada e a melhoria das instalações para serviços diversos.

Essas mudanças visam conformidade com normas de segurança e melhoram o conforto e a qualidade do ambiente nos edifícios.

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BARBOSA, Marcelo Consiglio.A obra de Adolf Franz Heep no Brasil. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo - Universidade de São Paulo.2002.

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ESTUDO DE CASO: HOLIDAY INN SELECT JARAGUÁ, ANTIGO HOTEL JARAGUÁ by Autora Patrícia, Viceconti Nahas, São Paulo,, Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, 2016 BRUAND, Yves. Arquitetura Contemporânea no Brasil. São Paulo: Editora Perspectiva, 1991.

Cadernos Brasileiros de Arquitetura: Arquiteto Miguel Juliano - Pensamento e Obra. São Paulo: Schema Ed., 1977.

BRUST, G. Hotel histórico de SP, Jaraguá recebeu de Mick Jagger a Fidel Castro.

Como é morar na República, Centro de São Paulo?

DE OLIVEIRA, A. O Charme do Jaraguá No Centro de São Paulo.

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45.

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