dallas del Puente Nuevo, el arco de triunfo desapareció en provecho de una representación de Luis XIII a caballo atravesando el puente. Se hacía patente, por tanto, la importancia adquirida por esta obra que mostraba de modo tan elocuente el poder del soberano para vencer obstáculos y hacerlo gracias a la técnica. Rivalizando con referencias de la Antigüedad, el puente, ese locus terribilis de Virgilio que permitía el paso de un mundo a otro, se convirtió en una de las imágenes pri-
Fig. 2. Medalla conmemorativa de la constr ucción d e l P u e n t e N u e vo d e Tou l o u s e, 1 6 2 0 . B i b l i o t h è q u e n a t i o n a l e d e Fr a n c e, D é p a r t e m e n t d e s m o n n a i e s, m é d a i l l e s e t a n t i q u e s.
vilegiadas de la promoción monárquica2. Esta representación alegórica del puente, concebido como una superación tanto física como simbólica, se retomó en la gran serie de estampas conocidas como los Almanachs reales, que al final de cada año glorificaban las empresas más sobresalientes de Luis XIV (1638-1715). Producidos y vendidos a gran escala por los comerciantes de estampas de mayor importancia, los almanaques reales, en ocasiones iluminados, decoraban los interiores domésticos de un amplio y sin duda variado público3. En el almanaque correspondiente a 1668 se representó la construcción del monumental tramo aéreo del acueducto para conducir las aguas del río Eure hasta Versalles (fig. 3), proyectado por François Blondel
2
C O N N O C H I E - B O U RG N E , 2 0 0 8 , p p. 4 9 - 6 3 .
3
A DA M C Z A K , 2 0 1 1 , p p. 6 3 - 7 0 .
F i g. 3 . Fr a n ç o i s Jo l l a i n , “ O u v r a g e s m a g n i f i q u e s du roi Louis Le Grand en temps de paix”, 1688, g r a b a d o. B i b l i o t h è q u e n a t i o n a l e d e Fr a n c e, D é p a r t e m e n t d e s E s t a m p e s e t d e l a p h o t o g r a p h i e.
D E L FA S T O A L A P R O PA G A N D A : L A S E S T R A T E G I A S D E D I F U S I Ó N D E L A S O B R A S P Ú B L I C A S E N F R A N C I A . . .
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