VII Congresso Distrital de Setúbal
Moção Barreiro:

Por um Distrito Seguro
A questão da segurança é crucial, e ainda mais relevante se torna quando o assunto é o distrito de Setúbal. Principalmente quando, mesmo com tudo o que se passa à nossa volta, no nosso dia a dia, os governantes das nossas cidades e do nosso país dão pouco valor à segurança ou ignoram a importância tema.
A estabilidade e segurança da vida das famílias é um fator chave no processo de decisão do sítio onde viver.
O distrito de Setúbal é vizinho da capital do nosso país e, como tal, é imperativo seguir um cânone de exigência governativa que permita valorizar a imagem de um Portugal desenvolvido e seguro. Não só pela importância de se localizar perto da capital, mas também por responsabilidade própria, visto que é uma zona autónoma e é suposto ser um ponto de turismo e emprego sem depender de Lisboa.
Há poucos anos, o Barreiro era o 11° de 18 concelhos da Área metropolitana de Lisboa que registava a maior criminalidade. Hoje, o contexto é outro. O Barreiro saltou para o 2° lugar dos concelhos (de 18) com a pior taxa de criminalidade na AML e o pior no que diz respeito aos municípios da AML que se situam abaixo do Tejo. O Barreiro tem então uma taxa de criminalidade 23% superior à média dos outros municípios e 40% superior à média nacional. No nosso país, nos últimos 20 anos, os crimes reportados por cada 1000 habitantes desceram 9,4%, e na AML desceram 19,25%. Já no Barreiro, o movimento foi contrário, tendo estes aumentado 21,4%. Andamos ao contrário de todo o país, e parece que nada temos feito para que isto mude.
Se a valorização da região e a criação de riqueza na mesma já é por si só uma questão de difícil resolução (com a agravante do distrito viver há décadas sobre o nefasto domínio da esquerda), havendo lacunas na questão da segurança, torna-se quase impossível.
Como é possível termos jovens que querem sair durante a noite, ou mesmo de dia, no nosso concelho, mas têm de o fazer com receio ou porque já foram assaltados, ou porque todos os dias acontece algo que os impacta negativamente no que toca ao seu bem-estar? Como é possível darmos uma resposta forte a este problema quando temos tantas ocupações ilegais numa das áreas que, até há pouco tempo, era um dos maiores espaços de
exploração do Barreiro? E como é possível que, com isto tudo a acontecer, haja uma total inação por parte das autarquias e do governo central?
Uma força de segurança forte e coesa não serve apenas para garantir o normal funcionamento da sociedade e a proteção de cada um de nós. Serve também para garantir que é possível incentivar negócios produtivos na região, e evitar que eles se deslocalizem por sentirem falta das condições de segurança necessárias.
A verdade é que ao longo dos tempos o distrito surge associado a diversos casos de criminalidade que descredibilizam a região. Nestes casos incluem-se por exemplo os concelhos do Barreiro, Montijo e Almada que chegam a ultrapassar concelho conhecidos pela insegurança como a Amadora na taxa de criminalidade.
Estes factos devem preocupar os habitantes do distrito e demonstram que a questão da segurança é crucial e não pode ser esquecida.
Não são só os empresários que encontram entraves à sua fixação pela questão da segurança. O mero cidadão também tem a segurança em conta quando se decide fixar numa região, e é desincentivado a comprar casa em certas regiões onde tendencialmente a criminalidade é mais elevada. A verdade é que construir família numa zona onde as notícias sobre criminalidade abundam não é o pretendido. Por consequência, as pessoas procuram outras regiões, até fora do distrito que lhes deem mais garantias. Esta má reputação é muito prejudicial para essas zonas, que acabam por isolar-se e tornar-se palco de crimes hediondos todos os dias, desde assaltos a homicídios.
A verdade é que muitos receiam construir família em zonas onde as notícias de criminalidade são frequentes. Por consequência, as pessoas procuram outras regiões, até fora do distrito que lhes dêem mais garantias.
Esta má reputação é especialmente prejudicial em certas áreas do distrito que acabam por isolar-se e tornar-se um palco de crimes hediondos, desde assaltos a homicídios.
Por ser um tema que causa tanta revolta aos habitantes do distrito que têm de lidar com esta realidade, existem forças políticas extremistas que procuram aproveitar-se desta tragédia e estão a ganhar terreno eleitoral dado a falta de debate sobre o tema pelas forças moderadas.
A JSD tem de ser a juventude partidária que luta para que os jovens se possam sentir seguros nos seus locais de residência, lazer e de estudo. Logo, não fazendo deste tema a sua única bandeira, deve procurar debatê-lo e arranjar soluções para o resolver.
Propostas:
Como tal, e tendo sido explicada a pertinência do tema, é proposto à Juventude
Social-Democrata do Distrito de Setúbal:
Que considere a defesa da existência de mais iluminação, com especial atenção para algumas zonas identificadas como problemáticas e perigosas, como sendo importante para a segurança dos jovens do distrito;
Que tenha como bandeira política não só o reforço dos meios policiais, como também o alargamento das rotas policiais de patrulha, muito importantes para a segurança das comunidades;
Que passe a defender o reforço dos meios de segurança nas escolas de modo a criar um ambiente mais seguro e menos propício para conflitos.
Fontes:
https://www.ine.pt/xportal/xmain?
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