território e fotografia | BIXIGA

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FOTOGRAFIA E TERRIRÓRIO BIXIGA

joão pedro oliveira puntoni

METODOLOGIA

O objetivo desse trabalho foi entender como a fotografia pode ser um processo de descoberta para analisar o território e suas cama das

Como a composição de suas edificações, ruas e avenidas podem representrar a paisagem urbana e seu complexo tecido?

O que descobrimos quando utilizamos a câmera fotográfica e seus recorte como elemento de contato com a cidade e suas camadas históricas?

Foi realizada uma deriva no bairro histórico do Bixiga com o auxílio de um mapa previamente realizado. O mapa que possuia os princi pais edifícios tombados serviu somente de auxíio para determinados momentos onde, em deriva, me afastava muito do coração do bixi ga. Busquei percorrer primeiro as fornteiras do bairro:

corredor norte sul; viaduto dr. plinio de queiroz; viaduto julio mes quita filho

A partir disso foi criado essa coletânea de imagens com a intenção de colocar em debate as questões listadas acima e testar uma me todologia de aproximação ao terrirório mediada pela fotografia e todas as suas formalidades e poéticas.

FRONTEIRAS
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FRONTEIRAS

O Bixiga tem como suas fronteiras grandes vias e viadutos como o corredor norte sul e o dr. Plínio de Queiroz. Nas regiões que tocam essas grandes obras de infraestrutura que rasgam o tecido urbano se percebe ruínas urbanas (como o outdoor proibido em 2006 com a lei cidade-limpa) e ocupações infor mais de baixa renda em lotes estreitos. Durante anos de gestão do PSDB São Paulo construiu inúmeros viadutos sem nenhuma preucupação com seu impacto na cidade e criando kilômetros de áre as subutilizadas e muitas vezes perigosas sob as suas sombras. Aqui vemos como a comunidade se apro pria da cobertura do viaduto para criar vida urbana e contribuir para o bairro.

FRONTEIRAS

Ao ver que estáva fotografando em frente a sua casa dona Fran me convidou para entrar e foto gráfar o seu jardim do qual tinha muito orguho. Em um lote de miolo de quadra cercado por altas empenas cinzas Fran mora com suas duas filhas cada uma em um sobradinho.

“Acho tão lindo como em meio a tanto cinza podemos fazer o nosso cantinho verde” _ Dona Fran

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CASA DONA FRAN CASA DONA FRAN
CASA AMARELA

Em um ato de sorte, logo ao sair da casa de dona Fran, seu Miguel interessado pela câmera fotográfica me con vida para conhecer sua casa. Dono de uma fábrica de caixilharia e apaixonado por anti guidades resolveu construir encima de seu escritório de vi dro espelhado uma casa com materiais reaproveitados de uma demolição de uma vila de 1920 na rua treze de maio.

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CASA AMARELA
METRÔS

METRÔS

Durante a deriva cruzei com duas obras de futuras esta çôes de metrô. Uma sendo construída no lacal que antes ficava a lendária escola de Samba Vai-Vai que inclusi ve está sendo cotada pelos moradores para que seja o nome da estação ao invés de Bela Vista, nome previsto pelo governo em apenas mais um ato de irresponsabili dade com o território (1° foto). A outra logo ao lado da casa amarela em situação bem menos adensada que a outra.

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