Jornal Primeiro Lance

O JORNAL DA CLASSE DOS LEILOEIROS

Ano XXII-nº1165- BRASIL: São Paulo, 01 a 07 de Maio de 2023

R$ 5,00/SP - R$ 6,50/Outros Estados Editor: Passos Camargos

Digital: www.jornalprimeirolance.com.br

ACorregedoria Nacional de Justiça realiza, entre os dias 8 e 12 de maio, inspeção ordinária no Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), para verificação dos setores administrativos e judiciais do órgão e das serventias extrajudiciais do Estado. A inspeção foi determinada pela Portaria CN 23/23 e, por essa, a determinação da disponibilização de sala na sede administrativa do Tribunal com capacidade para 12 pessoas sentadas, contendo computadores conectados à internet e impressora, a fim de que possam ser analisados os documentos e as informações colhidas durante a inspeção, bem como uma sala para o atendimento ao público.

Durante os cinco dias da verificação, não haverá interrupção nos trabalhos forenses, nem serão suspensos os prazos processuais. As atividades ocorrerão sempre no horário das 9h às 18h, período em que devem estar presentes, pelo menos, um juiz e um servidor com conhecimento sobre o local inspecionado para prestar informações à equipe visitante. Também deverá ser dado acesso irrestrito aos sistemas judiciais e administrativos do tribunal até trinta dias após a realização dos trabalhos.

A inspeção no TJPE contará com a participação do desembargador Fábio Uchôa Montenegro, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), e do juiz substituto em 2º Grau Márcio Antônio Boscaro, do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).

Estão convidados para participar da inspeção o procurador-geral de Justiça, o defensor público-geral e o presidente da Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Pernambuco. A agenda também inclui visita institucional à governadora do estado, Raquel Lyra, e ao presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto (PSDB).

O tribunal pernambucano será o sétimo tribunal estadual a receber a inspeção ordinária da Corregedoria Nacional de Justiça sob o comando do ministro Luis Felipe Salomão. Já passaram pelo procedimento os tribunais de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), do Piauí (TJPI), de Roraima (TJRR), do Amapá (TJAP), do Maranhão (TJMA), do Rio Grande do Norte (TJRN) e do Pará (TJPA), conforme texto de Margareth Lourenço, edição de Sarah Barros da Agência CNJ de Notícias.

As Inspeções Ordinárias do CNJ e as Alienações Judiciais Eletrônicas

Sendo de fundamental importância no âmbito do Poder Judiciário, o aprimorar de suas inspeções aos procedimentos relativos à alienação judicial por meio dos leilões eletrônico, inclusive fazendo valer a forma preconizada pelo art. 882, § 1º, do novo Código de Processo Civil (Lei 13.105/2015) através do disposto na Resolução 236 do CNJ, de 13.07.2016.

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A tecnologia e inovação são pilares fundamentais

No cenário atual, onde a tecnologia e inovação são pilares fundamentais para o sucesso de qualquer negócio, o posicionamento de uma empresa frente ao mercado torna-se crucial.

A capacidade de acompanhar as tendências e evoluções do setor, aliada à formação de parcerias estratégicas com grandes companhias pode ser determinante para alcançar um patamar de excelência e liderança.“ “Quando falamos acerca da Bomvalor, primeiro ecossistema de soluções tecnológicas para alienações com o objetivo de criar ambientes de transações seguras, autênticas, neutras e confiáveis, por meio da tecnologia blockchain e em rede colaborativa, vemos tudo isso acontecendo de maneira cada vez mais proativa e dinâmica.

“ “No último dia 19 de abril, a empresa realizou mais um grande e notável leilão junto à Camargo Corrêa Infra e, mais recentemente, no dia 24 de abril, a segunda edição de um Leilão com a Vale S.A. O trabalho com essas duas relevantes organizações mostra a preocupação da Bomvalor com o posicionamento de mercado, estabelecendo uma identidade única e destacando-se pela oferta de produtos ou serviços diferenciados, com base na eficiência operacional, na segurança das transações e na adoção de inovações tecnológicas que agreguem um bom valor aos clientes.“

A parceria entre uma empresa de Leilões e tecnologia como a Bomvalor e duas gigantes do setor de infraestrutura, como a Vale S.A.e a Camargo Corrêa Infra, tem potencial para alavancar negócios e consolidar a posição da empresa no mercado, possibilitando acesso a uma ampla base de clientes e projetos de grande porte,

troca de conhecimentos e tecnologias entre as empresas, oportunidades de expansão geográfica e diversificação de negócios e, por fim, a melhoria na eficiência e redução de custos operacionais. Esses benefícios são sentidos e vivenciados de perto pelos Leiloeiros que pertencem e participam da rede colaborativa.

“Já para as duas companhias, a parceria com a Bomvalor traz inúmeros benefícios, tais como a otimização na venda de ativos e equipamentos, resultando em maior liquidez e retorno financeiro, o acesso a soluções tecnológicas inovadoras para a gestão de projetos e processos, a redução de custos e riscos associados à comercialização de ativos e o aprimoramento das práticas de sustentabilidade e responsabilidade socioambiental.”

Segundo Fábio Kielberman, CEO na Bomvalor, "O posicionamento da Bomvalor no mercado é essencial para garantir seu sucesso e crescimento e, ao estabelecer parcerias estratégicas com grandes players do setor, como a Vale e a Camargo Corrêa Infra, a empresa não só se consolida, como também potencializa oportunidades de negócios e cria sinergias que beneficiam a todos os envolvidos".

Já para Ronaldo Sodré Santoro, fundador e Chairman da Bomvalor, "essa colaboração é um exemplo de como a inovação e a cooperação podem impulsionar o desenvolvimento do mercado e contribuir para a construção de um futuro mais próspero e sustentável". Quem viver, verá!

Fábio Kielberman

A luta constante em uma carreira de jogador de futebol

Apeneira é um momento importantíssimo na vida de qualquer atleta. É a sua chance de mostrar o seu valor, a sua habilidade e a sua resiliência e, quem sabe, conseguir um contrato esportivo que irá mudar a sua vida e permitir que alcance o seu sonho. Porém, fazer peneiras esportivas no Brasil é um desafio. Antes de mais nada, somos de um país com uma dimensão enorme. Portanto, como organizar a logística de uma peneira sem que você deixe pra trás um talento que está do outro lado do país?

O que talvez você não saiba é que você pode contar com a AtletasNow neste processo. Quer entender de tal forma isso acontece e como funciona a plataforma?

A importância das peneiras esportivas

O Brasil é o quinto maior país do planeta, em relação ao tamanho do seu território, com uma população bem espalhada por toda a dimensão.

Por um lado, isso é ótimo. Somos a sexta população mundial, o que significa que existe muito espaço para encontrar talento. Ou seja, o volume de pessoas para avaliar é enorme. O desafio também vem por conta deste volume e do tamanho do país.

É difícil avaliar atletas nos quatro cantos do Brasil, e existe ainda a dificuldade de deslocamento de atletas que se encontram em locais mais remotos. Ao mesmo tempo, é preciso avaliá-los, pois o talento pode surgir de qualquer lugar. Isso se torna ainda mais delicado ao pensar em como funciona uma peneira. Vamos focar na de futebol, que é a mais comum no Brasil, mas todos os esportes têm um modelo de peneira semelhante.

Fase inicial das peneiras esportivas

O processo de avaliação na peneira de um jogador de futebol ocorre em três fases, de acordo com a idade. Isso faz muito sentido, pois é muito irreal pensar que um jogador de 11 ou 12 anos irá ter o mesmo comportamento e a mesma noção que um de 17.

A primeira fase, então, é a categoria de transição esportiva, que ocorre quando o atleta tem 11 ou 12 anos. Neste momento, não existe uma preocupação tão grande com as funções de um jogador dentro do campo de futebol. Os treinos são feitos em campos reduzidos, e com um volume menor de atletas, e as características preliminares do atleta podem ajudar a dizer se vale mais a pena investir em técnicas ofensivas ou defensivas. Apesar de ser interessante entender o comportamento do atleta em um jogo de futebol, também é importante se distanciar um pouco do aspecto mais imediato do esporte. Ou seja, tirar os gols e dar pontos em relação a desarmes ou passes certos, de modo a explorar o esporte de forma mais completa. Neste ponto, se observam os aspectos mais básicos da criança com o jogo, no caso do futebol, com a sua relação com a bola, a comunicação com os companheiros e a compreensão do espaço para o posicionamento sem a mesma.

Maior complexidade

Em seguida, o jogador passa para a segunda fase, que ocorre de 13 a 14 anos, em que ele começa a se especializar. O atleta já irá definir uma posição, elevando o nível dos testes para a sua especialização. Neste caso, existem dois caminhos. O atleta pode mostrar versatilidade e transitar por mais de uma posição, ou se especializar apenas uma. Não existe certo nem errado, ambos são bem valiosos. É nessa idade que se começa a introduzir alguns elementos táticos mais sofisticados, tanto em relação ao ataque e a defesa, como na organização geral da equipe.

O último modelo de peneira ocorre quando um atleta tem de 15 a 17 anos e é a especialização. Ou seja, ele será avaliado como um especialista na sua posição específica. Nesta fase, o jogador precisa ter uma alta capacidade de interpretação do jogo e entender perfeitamente a orientação da comissão técnica. São aplicados treinos diferentes, que testam a capacidade do jogador de agir em um ambiente normal.

Como a AtletasNow pode ajudar neste processo?

Por esta breve explicação, fica fácil entender porque fazer peneiras esportivas é um desafio tão grande, especialmente no Brasil. Cada esporte, em cada faixa etária tem o seu modelo de peneira específico e implementá-lo de forma eficiente é extremamente difícil.

A AtletasNow ajuda tanto os participantes como os organizadores da peneira para que o processo seja ainda maior. Se você é jogador, pode encontrar peneiras próximas de você, ou um pouco mais distantes, da qual não tinha conhecimento. Além disso, esta rede social esportiva tem inúmeros conteúdos para o atleta se sair melhor nas peneiras. Por exemplo, os olheiros procuram muito jogadores inteligentes que conseguem entender bem o jogo, sem contar apenas com a habilidade. Os conteúdos da AtletasNow ajudam a perceber melhor isso e estudar um pouco o jogo.

Já quem organiza a peneira pode ter um acesso a uma biblioteca de jogadores muito maior. A rede social conecta pessoas de todo o Brasil, trazendo informações, estatísticas e vídeos sobre os jogadores. Assim, é muito mais fácil encontrar um jogador de um local um pouco mais remoto. Isso facilita muito o trabalho dos olheiros, que podem fazer uma pré-seleção na peneira e encontrar os potenciais atletas que tem chance de maior sucesso. Isso não se aplica apenas no futebol, pelo contrário. Como o esporte mais popular do Brasil, o futebol tem uma grande oferta de atletas que têm o sonho de se tornar profissional. Porém, outros esportes também são paixões nacional, mesmo sem uma expressividade tão grande.

Conheça a AtletasNow

Com a AtletasNow, fica mais fácil encontrar atletas de outros esportes e convidá-los para uma peneira no seu clube, universidade ou qualquer instituição que deseja trazê-lo para o time e patrociná-lo. www.atletasnow.com

As peneiras esportivas no Brasil não são fácies e ainda precisam evoluir mais. Dadas as dificuldades de dimensão e população do nosso país e o tempo para correr atrás desses jogadores, os processos ainda não são os ideais.

A AtletasNow existe com a missão de aproximar um pouco mais os atletas brasileiros do seu sonho de ser profissional, com os clubes, universidades e organizações que precisam do seu talento. Quer fazer parte desta comunidade esportiva?

Então se cadastre na plataforma, para se aproximar do seu sonho ou encontrar o atleta ideal!

OMS declara o fim da pandemia de Covid

A"Doença respiratória misteriosa mata dois na China e gera alerta nos EUA", dizia o título da reportagem no site da Folha. O texto, datado de 17 de janeiro de 2020, falava de "um novo tipo de coronavírus" na cidade chinesa de Wuhan. "As autoridades de saúde locais tentaram tranquilizar a opinião pública: segundo elas, o risco de transmissão entre humanos, se não foi excluído, é considerado baixo."

Ao menos no início, essa não era uma aposta descabida. Outros coronavírus recém-descobertos, inclusive um que emergira na própria China -o causador da pneumonia atípica Sars, detectado em 2002- tinham causado estragos muito limitados na população humana antes de serem contidos de vez.

Não era o caso do vírus que receberia a designação oficial de Sars-CoV-2. O causador da Covid-19 "aprendeu" a infectar células humanas com relativa eficiência e encontrou diante de si bilhões de potenciais vítimas, sem defesas naturais contra ele. E depois de mais de três anos e quase 7 milhões de mortes, a OMS declarou que a doença não é mais uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (Espii).

A indicação de que uma doença representa uma emergência de saúde global se dá por um comitê formado frente a uma possível ameaça. Os membros desse conselho se reúnem e aconselham o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, se a situação representa ou não uma emergência a nível global.

No caso da Covid, isso ocorreu em 30 de janeiro de 2020. Desde então, os membros do comitê mantinham a posição de que a infecção continuava representando um risco mundial. Isso mudou somente com a última reunião, ocorrida nesta quinta (4), em que o grupo observou que a doença não representa mais uma preocupação para a saúde pública a nível mundial.

O resultado do contato com a Covid-19 foi a mais devastadora pandemia deste século até agora, responsável por desencadear uma espécie de viagem no tempo epidemiológica -rumo ao passado. Pela primeira vez desde o começo do século 20, uma das principais causas de morte em países ricos voltou a ser uma doença infecciosa.

O mesmo aconteceu em países como o Brasil, nos quais, apesar da desigualdade social, a maior parte das moléstias transmissíveis também tinha sido vencida ou contida.

Em boa parte do mundo, a expectativa de vida chegou a diminuir: pouco mais de dois anos de vida a menos no caso de americanos do sexo masculino, de acordo com um estudo publicado em fevereiro de 2022. Os dados mais conservadores, com testes que detectaram diretamente a ação do vírus, indicam que 6,5 milhões de pessoas morreram de Covid-19 até outubro de 2022. Dessas, quase 700 mil eram brasileiras.

O número real, porém, pode ser muito maior. Quando são computadas as chamadas mortes em excesso -ou seja, as que superam o que seria esperado segundo tendências normais de mortalidade, sem a pandemia- as vítimas da doença poderiam chegar a 15 milhões.

Segundo a hipótese aceita pela grande maioria da comunidade científica, o Sars-CoV-2 passou a ter acesso a essa multidão global de novos hospedeiros seguindo um script bem conhecido.

Todas as principais pistas apontam para uma gênese da pandemia num dos "mercados molhados" de Wuhan -um local onde mamíferos silvestres vivos e sua carne ficavam em contato com animais domésticos e pessoas.

Quase todas as grandes doenças pandêmicas da história parecem ter começado assim: como patógenos (causadores de doenças) cujo reservatório natural era uma espécie de mamífero ou ave.

Animais silvestres abrigam imensa diversidade de vírus desconhecidos, e o contato constante com eles em ambientes como o mercado de Wuhan multiplica as chances de que um desses vírus consiga fazer o salto entre espécies.

Concentrações de casos se fizeram notar na cidade chinesa a partir de novembro de 2019, e alguns médicos da região logo alertaram as autoridades de saúde sobre os riscos daquele cenário. Alguns deles, no entanto, chegaram a ser punidos pelo alarmismo, e medidas mais sérias de controle demoraram a ser implementadas. Wuhan é uma metrópole de 11 milhões de pessoas e um movimentado centro de viagens aéreas e por trens de alta velocidade. Em dezembro e na primeira metade de janeiro de 2020, a inexistência de barreiras severas ao deslocamento permitiu que a doença se espalhasse pela China e já começasse a atingir outros países, embora o primeiro caso brasileiro só fosse confirmado no fim de fevereiro daquele ano. A partir daí, a pandemia se tornou muito difícil de conter.

Situações parecidas no passado quase sempre envolveram grandes doses de boataria, crendices e xenofobia, na busca de soluções mágicas para o avanço das mortes e por bodes expiatórios para a situação.

No caso da Covid-19, essas reações previsíveis foram potencializadas pelo buraco negro das mídias sociais e pelos movimentos de extrema direita, com destaque para o trumpismo nos EUA e o bolsonarismo no Brasil. O apego ideológico a "liberdades individuais" a todo custo e a ânsia em manter a economia girando fizeram com que esses movimentos sabotassem as principais medidas de prevenção.

O desastre só não foi maior por causa da mobilização sem precedentes da comunidade científica mundial contra a Covid-19, potencializada por investimentos públicos da ordem de dezenas de bilhões de dólares. Em poucos meses, pesquisadores desvendaram detalhes do ciclo de transmissão e replicação (grosso modo, "reprodução) de um vírus antes desconhecido.

Testes de medicamentos já existentes e o desenvolvimento de novos fármacos aconteceram em tempo recorde, um esforço que culminou com a aprovação das primeiras vacinas contra a doença no começo de dezembro de 2020, um ano depois dos primeiros casos em Wuhan. As imunizações se mostraram seguras e eficazes para proteger a população contra internações e mortes, embora não tenham sido capazes de deter a transmissão do vírus até agora.

Com métodos de sequenciamento ("leitura") de material genético relativamente rápidos e baratos à mão, foi possível monitorar a evolução de um vírus pandêmico em tempo real pela primeira vez na história.Uma sucessão de letras gregas passou a povoar o noticiário, documentando a transformação da cepa original do Sars-CoV-2 de Wuhan. Eram variantes como a gama (a responsável pelas cenas trágicas de pacientes sem oxigênio em Manaus no começo de 2021), a delta (que levou a uma forte recrudescência da doença na Europa e na América do Norte em meados do mesmo ano) e a ômicron.

Por ora, parece que faz sentido colocar um ponto final após a designação dessa última variante. Enquanto formas do Sars-CoV-2 como a gama e a delta surgiram a partir de linhagens independentes entre si, com cada uma delas "descobrindo" seu próprio caminho como parasita cada vez mais eficiente das células humanas, a chegada da ômicron, ao menos por enquanto, encerrou essa dinâmica. Novas variantes, com maior eficiência de transmissão e mais agilidade nos dribles que aplicam ao sistema de defesa do organismo, continuam a surgir, mas todas derivam da ômicron "1.0".

O fim da emergência global trazida pela Covid-19 está longe de significar que novas ameaças pandêmicas demorarão a aparecer. O avanço da chamada varíola dos macacos (a qual, convém lembrar, não tem nada a ver com os primatas, apesar do nome) deixou isso claro, mesmo com seu impacto mais modesto.

Apesar do ceticismo acerca da origem do Sars-CoV-2, e mesmo que algum dia se demonstre uma ligação entre a gênese do vírus e pesquisas em laboratório, os reservatórios de doenças na natureza continuam sendo muito maiores do que qualquer fonte laboratorial. Isso significa que novas pandemias continuarão aparecendo onde quer que o contato intenso entre seres humanos e/ou seus animais domésticos, de um lado, e a fauna silvestre, de outro, seja encorajado por fatores econômicos. A destruição de habitats pelo desmatamento, o tráfico e consumo de animais selvagens ou de produtos derivados deles, o avanço indiscriminado da agropecuária e a crise climática correspondem a uma máquina global de geração de pandemias.

O monitoramento constante de patógenos potencialmente perigosos e o investimento em vacinas e fármacos inovadores podem até evitar muitos danos. Mas, sem uma tentativa de desacelerar a máquina, outras medidas vão servir apenas para enxugar gelo.

VW 17.220 EURO 3 WORKER 2010/2011 - LOC. CONDE/PB