
1 minute read
IAT identifica quase 8 hectares de desmatamento em Quitandinha
Com a ajuda de imagens de satélites para identificação do crime ambiental, o Instituto Água e Terra (IAT) embargou uma área de 2,2 hectares em Quitandinha. O local era composto por uma Floresta Ombrófila Mista, com a presença de araucárias e imbuias, entre outras espécies, e foi desmatado para se transformar em pasto. O proprietário foi notificado para comparecer ao IAT para esclarecimentos e apresentar defesa. A multa é estimada em mais de R$ 40 mil, cálculo que será finalizado após a verificação de todos os danos ambientais. Ele terá também de fazer a recomposição da área. Uma motosserra também foi apreendida por falta de documentação.
A chácara embargada foi desmembrada de uma propriedade ainda maior, de 24 hectares, que também apresenta pontos de supressão da vegetação. De acordo com o Núcleo de Inteligência Geográfica e da Informação (NGI) do IAT, a área total de desmatamento chega a 7,93 hectares, sen- do 0,17 hectare de Área de Preservação Permanente e 1,22 hectare de Área de Reserva Legal, o que qualifica o crime ambiental.
Advertisement
A divisão do terreno original, com a venda de duas partes, não foi informada ao IAT. Também não houve substituição do titular do Cadastro Ambiental Rural (CAR) e os outros dois proprietários também precisarão dar explicações ao órgão ambiental.
Ainda segundo o NGI, o corte de árvores teve início em 2020 e prosseguiu até fevereiro deste ano, quando o maior "clarão" vegetativo foi identificado pelos técnicos do núcleo. "O CAR é a identidade da propriedade. Se os proprietários vendem e não atu- alizam o cadastro, serão notificados em caso de irregularidades. Quem optar por andar na ilegalidade será identificado", afirmou o diretor-presidente do IAT, Everton Souza. "Precisamos que as pessoas nos informem para que não fiquem solidários em caso de ações fora do padrão. O CAR tem de estar sempre atualizado".
A Engenheira Florestal e responsável técnica pelo NGI, Aline Canetti explicou que o desmatamento em Quitandinha foi detectado via sistema Global Analysis and Discovery, da Universidade de Maryland, que está à disposição do IAT. "Realizamos uma análise completa do imóvel a partir de imagens de satélite multitemporais, de alta resolução, validando a detecção dos desmatamentos, bem como sua sobreposição com Áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal", destacou. "Fizemos uma varredura, que mostrou desmatamentos mais novos e mais antigos". A matéria, da Agência Estadual de Notícia é do dia 16 deste mês e o arquivo pode ser encontrado no site do governo estadual.