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jornalomestredasobras.com.br Ano 01 • nº 03 • Piracicaba/SP • Janeiro/Fevereiro de 2011 Apoios:

Coifas pag. 03

Paisagismo e seus estilos pag. 04

CASA&REFORMA

PAISAGISMO

Trabalhos em Altura

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SEGURANÇA DO TRABALHO

FEIRAS E EVENTOS

9º ABIMAD Feira Brasileira de Móveis e Acessórios de Alta Decoração. Data 16/02/11 até 19/02/11 Local: Centro de Exposições Imigrantes - São Paulo Informaçoes: www.abimad.com.br 14º DAD Salão Internacional de Decoração, Arquitetura e Design Data 14/03/11 até 17/03/11 Local: Expo Center Norte - São Paulo Informaçoes: www.feiradad.com.br 19º FEICON - BATIMAT Feira Internacional da Indústria da Construção Data 15/03/11 até 19/03/11 Local: Pavilhão de Exposições do Anhembi - São Paulo Informações: www.feicon.com.br 9º EXPO REVESTIR Feira Internacional de Revestimentos Data 22/03/11 até 25/03/11 Local: Transamérica Expo Center - São Paulo Informações: www.exporevestir.com.br 6º KITCHEN & BATH EXPO Feira Internacional de Produtos e Acessórios para Cozinhas e Banheiros Data 22/03/11 até 25/03/11 Local: Transamérica Expo Center - São Paulo Informações: www.kitchenbathexpo.com.br Nesta Edição: Use adesivos para mudar a cara das paredes decoração. pag. 02 Piso de PVC acabamento. pag. 05 Na hora de cobrir a casa, que telha escolher? fique atento. pag. 07 ETE Ponte do Caixão está com 70% de conclusão das obras utilidade pública. pag. 08 O Futuro das lâmpadas incandescentes elétrica. pag. 10 A importância da certificação de qualidade nas construções brasileiras. espaço do profissional. pag. 12

ENTREVISTA COM O DIRETOR REGIONAL DO SINTESP entrevista. pag. 11

Conheça as vantagens do utilidade pública. pag. 09

CONSTRUCARD CAIXA


Ano 01 - nº 03 - Piracicaba/SP - Janeiro / Fevereiro de 2011 02

DECORAÇÃO

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Use adesivos para mudar a cara das paredes

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os tempos de hoje, as pessoas estão buscando novos produtos para aplicação em paredes, que não danifiquem e que sejam de fácil remoção. Usaram-se por muitos anos as tintas texturizadas, que se tornaram grandes vilãs alguns anos mais tarde. Elas limitam a realização de novas pinturas, pois sua remoção não é nada fácil, causando transtornos e inconveniências (como custos altos) na hora de reformar o imóvel. Com criatividade, você mesmo poderá mudar a cara de um ambiente e deixá-lo ainda mais elegante. Como isso é possível? Com os adesivos decorativos que já fazem parte da decoração contemporânea.

A aplicação desse material é muito fácil, não necessita de mão-de-obra especializada, e pode ser retirado sem danificar a sua parede, tendo assim a opção de trocá-lo quando lhe for conveniente. Há inúmeras opções de cores, formas, desenhos e tamanhos, para todos os tipos de ambientes, e se ainda assim você não achar nenhum que te agrade, existem empresas especializadas em fazer adesivos sob medida, com o seu desenho ou foto preferida.

Essa é uma dica para que todas as pessoas possam decorar suas casas com infinitas possibilidades, baixo custo e modernidade, deixando a casa com um aspecto mais interessante se comparado a reformas com tintas e outras aplicações. Solte a imaginação e entre nessa onda! Fonte: www.bonde.com.br (Vanessa Trad)

Com designs que vão dos clássicos aos mais malucos possíveis, feitos de vinil, os adesivos decorativos têm ocupado o lugar de quadros e enfeites não só nas paredes, mas também no chão e no teto, e às vezes nos três ao mesmo tempo. As opções de desenhos e cores são inúmeras

EDITORIAL Leitor amigo, o informativo O Mestre das Obras chega a sua 3ª edição e comemora junto com vocês a chegada de mais um ano. Gostaríamos de agradecer o apoio de todos os colaboradores e anunciantes que confiaram na proposta do informativo. Com conteúdos atualizados e de grande valia para quem está construindo, reformando, decorando, entre outros assuntos abordados nas páginas desse veículo de comunicação, pudemos comprovar o retorno satisfatório dos anunciantes e leitores, através de depoimentos sobre vendas de produtos, serviços e dicas para o dia a dia da construção. Nesta edição de Janeiro/Fevereiro abor-

damos assuntos dos mais diversos ramos da construção, ótimas dicas de decoração para quem gosta de mudar a cara dos ambientes, paisagismo e seus estilos para quem vive em harmonia com a natureza, uma entrevista com Durval Monteiro Spada, Técnico de Segurança do Trabalho, formado pelo SENAC de Piracicaba. Em “Fique Atento” trazemos para você uma super matéria: Na hora de cobrir a casa, que telha escolher? O Semae traz para nós tudo o que está acontecendo em prol da população Piracicabana, na página utilidade pública. A importância da certificação de qualidade nas construções brasileiras é um assunto pertinente

abordado na última página do informativo, na sessão “espaço do profissional. Esses e outros temas você só encontra aqui no informativo O Mestre das Obras, o canal de comunicação da construção. Feliz 2011 repleto de saúde, paz e realizações pessoais e profissionais para toda a população Piracicabana, este é o desejo de toda a equipe editorial do informativo O Mestre das Obras.

EXPEDIENTE: Informativo mensal - Ano 01 - nº 03 - Piracicaba/SP - Janeiro/Fevereiro de 2011 - DISTRIBUIÇÃO GRATUITA e DIRIGIDA. Tiragem: 4.000 exemplares. Os anúncios, matérias e informações bem como opiniões e declarações contidas neste informativo são de responsabilidade única e exclusiva de seus autores, não sendo necessariamente coincidentes com as da Equipe Editorial. Criação, edição e Diagramação: Fábio Grecchi. Comercialização: Claudinei 19 8127-7575 IMPRESSÃO: A TRIBUNA PIRACICABANA


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CASA&REFORMA

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Coifas: cada vez mais indispensável em qualquer cozinha. Conheça as principais A características e diferenças entre coifas e depuradores

cozinha deixou de ser apenas o lugar de cozinhar para se tornar também um ambiente social e o ponto de encontro da casa. Por isso, não há espaço para maus odores e gordura no ambiente e, a coifa se torna cada vez mais indispensável em qualquer cozinha. Além de tirarem o cheiro de fritura do lugar, as coifas e os depuradores de ar ajudam a eliminar a fumaça e os cheiros que podem transformar a cozinha em um ambiente enfumaçado e engordurado. As coifas e os depuradores renovam o ar. A diferença entre um e outro está no destino que este ar recebe depois que entra no aparelho. Nas coifas, por exemplo, o ar sugado é filtrado e depois expelido da cozinha por meio de tubulações. As tubulações podem ter saída pelo teto, pelas laterais, pelo forro ou pela parede. As coifas não precisam de saída de ar se forem usados apenas como depuradores. Já no depurador, o ar é filtrado e jogado mais uma vez para o ambiente. Os depuradores são indicados para locais onde não é possível instalar as tubulações. Muitos modelos podem exercer as duas funções, dependendo apenas do modo de instalação.

À hora de instalar

Ao contrário da instalação das coifas mais antigas, em que era necessário que-

brar paredes e providenciar dutos para garantir a exaustão da fumaça e o cheiro de gordura, as versões atuais permitem o uso em qualquer cozinha sem reforma. A escolha da coifa certa ensina o arquiteto Ricardo Grangera, passa pelo dimensionamento do espaço disponível no ambiente, a distribuição de outros eletrodomésticos e o tamanho do fogão: "Se for um de quatro bocas, por exemplo, a coifa deve ser um pouco maior que o fogão". A coifa deve ser instalada numa parede plana. Paredes laterais ou armários devem estar pelo menos a 50 mm de distância da coifa. Certifique-se de que a parede onde ela será instalada é resistente para suportar o seu peso. Se o produto for instalado numa parede de gesso, recomendamos não instalar o produto antes de contatar um representante deste tipo de revestimento. A coifa deverá ser instalada a uma altura mínima de 650 mm e máxima de750 mm

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dos queimadores do cooktop ou fogão.

Dicas:

Quanto menor for a distância entre a coifa e o cooktop ou fogão, maior é a possibilidade de se formarem bolhas de água na região inferior da coifa, resultante da subida do vapor de água. Para obter um melhor rendimento, ligar a coifa 5 minutos antes de iniciar qualquer tipo de cozimento e desligar a mesma de 10 a 15 minutos após o término para que todo o ar saturado do ambiente seja eliminado. Antes de efetuar qualquer operação de limpeza ou manutenção, retire o cabo de alimentação da tomada ou desligue o disjuntor. Para aumentar a vida útil do seu produto e evitar manchas, faça a limpeza interna e externa com frequência. Fonte: http://www.magazineluiza.com.br/portaldalu imagens: arquivo funcional coifas


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PAISAGISMO

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Paisagismo e seus estilos

ara definir o jardim que queremos em nossa residência, além de termos o cuidado da escolha de um bom profissional, temos que ter em mente a variedade de opções, estilos e técnicas de plantio, assim, nós poderemos enxergar uma diversidade maior e optar pelo tipo que mais se enquadra nas nossas características pessoais. Com o desenvolvimento social, o homem que vive basicamente no meio rural, transporta-se às cidades, adaptando-se ao meio urbano. Infelizmente o crescimento acelerado desse meio, faz o homem deixar de lado riquezas naturais, como a vegetação e suas árvores nativas, dando vida a prédios, residências, comércios e ao crescimento desordenado da cidade. No final do século XVIII surge no Brasil a tentativa de reaproximação do meio ambiente com jardins adaptados que buscam estimular a sensibilidade à paisagem: “O Paisagismo”. Essa preocupação levará à integração dos elementos da flora no próprio traçado da cidade, assim como nas residências e nos prédios, resultando como reação e, ao mesmo tempo, solução ao problema do adensamento urbano e residencial. O homem começa a perceber a qualidade de vida proporcionada pelo paisagismo. Con-

forme o dicionário Michaelis, o paisagismo é (paisagem+ismo) 2 Arquit Estudo complementar da arquitetura que consiste nos processos de preparação e realização de paisagens. Destacamos, portanto que o paisagismo é um estudo e planejamento das melhores formas de se adaptar plantas de diversos tipos cada qual com suas características, em uma paisagem, natural ou não, proporcionando leveza, beleza, produtividade, manutenção de recursos naturais e qualidade de vida aos que dela desfrutarão. O paisagismo possui um forte cunho ecológico, biológico, sustentável e social. No paisagismo existe a opção de jardins com plantação de: chá, temperos, ervas medicinais, especiarias de ervas in natura, formando-se pequenas hortas. Esse tipo de escolha foi se desenvolvendo e tornou-se uma necessidade ou até mesmo um hobby para os dias atuais. Mas existem os jardins que foram se desenvolvendo com a história do paisagismo e hoje ainda perduram, formando os estilos. O Jardim Tropical que têm caminhos de contornos naturais, sua essência é descontraída e avessa a podas e simetrias, o Jardim Desértico que reproduz uma paisagem árida, o Jardim Italiano que tem um contexto bastante clássico e funcional, mas não tão rígido e for-

mal como o Jardim Francês, o Jardim Inglês que é uma revolução contra os padrões rígidos e simétricos de outros estilos, o Jardim Japonês que transmite paz e espiritualidade e o Indiano que são muito associados às construções. Vimos, portanto, que para cada época existe um estilo de jardim, porque há inúmeras formas de se moldar o paisagismo. Combinar a personalidade com o que se almeja também gera um estilo: um lugar para tornar sol, um espaço para as crianças brincarem, um canto para o churrasco. Mais do que um elemento da fachada, o jardim pode abrigar áreas para descanso e lazer, transformando-se numa extensão da casa. O jardim se integra à obra, se comunica com ela, reforça a vida de uma edificação proporcionando a maior permanência das pessoas nas áreas em que ele existe. O paisagismo é uma escolha, e além de melhorar a qualidade de vida de quem optou executar e manter um jardim dentro de casa, é uma opção participativa e ativa na contribuição do desenvolvimento sustentável de uma sociedade. Artigo enviado pelas autoras: Arquitetas e Urbanistas Jackelinne Sotomayor e Karolinne Sotomayor - www.paisagismobrasil.com.br


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ACABAMENTO

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Piso de PVC da Interfloor vem suprir a necessidade do mercado por produtos hipoalergênicos Revestimento Interfloor é um produto fácil de limpar que evita a propagação de ácaros e a absorção de substâncias potencialmente alérgicas

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oje em dia para atender as pessoas com algum tipo de problema alérgico, a rede hoteleira tem oferecido a seus clientes quartos hipoalergênicos. Para isso buscam produtos diferenciados, como é o caso das linhas para pisos e paredes da Interfloor - empresa italiana de revestimentos fabricados em 100% PVC. Durável e impermeável, o que torna a manutenção e a limpeza facilitadas, o revestimento Interfloor é ideal para habitações e quartos hipoalergênicos, uma vez que reduz o acúmulo de poeira e a proliferação de ácaro, muito comum em outros produtos e um dos maiores vilões das pessoas com problemas alérgicos. A higiene diária é fácil e rápida, pois basta utilizar um pano limpo umedecido com solução composta por água e produto neutro o que gera a economia de água no processo de limpeza. O revestimento Interfloor é apresentado em régua na medida de 15,24 x 91,44 cm, com espessura de 3 mm, possibilitando a composição de ambientes despojados e "clean", com um ar de modernidade, tanto em paredes como em pisos. As placas podem ser montadas de diversas maneiras, de acordo com a paginação desejada, seja de forma longitudinal, perpendicular ou quadriculada. O produto também pode ser composto com materiais como porcelanato, placas metálicas e carpetes. Pode ainda ser facilmente recortado para formar desenhos personalizados ou mesmo um logotipo, dependendo da paginação e das necessidades do projeto de decoração.

Entre as principais vantagens do revestimento de PVC da Interfloor estão a durabilidade e a estabilidade dimensional (é montado com juntas secas), características que o qualificam para ambientes de alto tráfego. A instalação é simples: as placas são leves (1,4 g/cm3) e podem ser coladas em superfícies existentes, tais como tacos, cerâmica, pisos elevados e contrapisos cimentados, proporcionando rapidez em casos de reformas. Além disso, possui propriedades de absorção acústica, deixando o ambiente livre do famoso "toc toc" dos sapatos e, ainda, são resistentes à maioria dos reagentes químicos, impermeáveis a gases e líquidos e auto-extinguíveis, pois não propagam chamas. Recentemente a Interfloor conquistou a certificação do Selo Sustentax de Sustentabilidade com Qualidade, dentro do segmento de construção civil, reforçando a ideia de uma empresa consciente e alinhada aos conceitos de preservação ao meio ambiente.

A Interfloor possui padrões com textura que remete à madeira de demolição. Entre eles estão: o Rustic Black, o Carvalho Rústico, o Ebanizado e o Jatobá. Além disso, a linha de madeira é complementada pelos padrões: Polar, Amêndola, Nogueira, Duna, Macchiato e Ipê, todos disponíveis na medi-

da de 15,24 x 91,44 cm. A empresa também oferece a linha Metalizada, que conta com duas opções, a Metal e a Ferri, no tamanho de 45,72 X 91,44 cm. Todos os produtos têm a espessura de 3 mm. Créditos: Arch Representações Ltda - Indaiatuba - SP - Email: contato@archvendas.com.br Site: www.EspacoArch.com.br


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SEGURANÇA DO TRABALHO

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Trabalhos em Altura - Auditorias de Segurança e importância do resgate Foto: http://laerciojsilva.blogspot.com

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ssistimos, cada vez mais, à tentativa de resolução de diversas obras ou serviços que implicam a realização de trabalhos em altura, através do inerente recurso às diferentes técnicas de acesso vertical, sem que se avalie convenientemente o tipo de trabalho a efetuar, o local a utilizar, a forma mais correta de como o desempenhar e/ou, sobretudo, os meios existentes para que tal aconteça nas devidas condições de segurança. 1. Levantamento das necessidades Ao sermos contratados para a execução de um trabalho em altura, devemos desde logo ter em conta os seguintes pontos: • Tipo de trabalho; • Riscos envolvidos; • Local do serviço; • Condições existentes; • Tempo de execução; • Método a utilizar; • Periodicidade; • N.º de técnicos implicados; • Materiais necessários. A partir deste momento, é possível ter uma primeira ideia do serviço a realizar mas, obrigatoriamente, deverá ser feita uma deslocação ao local dos trabalhos para se efetuar uma avaliação mais concreta e pormenorizada, através de uma auditoria de segurança. 2. Auditoria de segurança No local dos trabalhos, deveremos então proceder a uma análise cuidadosa do serviço para que, numa primeira fase, se efetue a seleção do método de acesso ao local mais adequado, tendo em conta a seguinte prioridade de soluções de proteção e segurança:

• Utilização de equipamentos de proteção coletiva; • Recurso a meios mecânicos de elevação; • Colocação de redes de segurança; • Instalação de linhas de vida fixas ou temporárias; ou, em alternativa e/ou complemento; • Utilização de equipamentos de proteção individual; • Recurso a meios manuais de elevação; • Recurso a técnicas de acesso por corda; • Seleção e utilização de EPIs anti-queda. Quando um técnico trabalha em altura devemos ter sempre em conta a necessidade de dispormos de um plano de resgate para podermos atuar de forma imediata, em caso de qualquer problema ou queda. Não estamos somente nos referindo ao fato desse técnico poder cair no vazio ou ficar suspenso numa linha de vida, mas também na possibilidade de o mesmo poder sofrer de uma queda de pressão ou tontura (para não pensarmos em nada mais grave) e se encontrar a uma altura

de 10, 20, 30 metros ou mais. O problema surge verdadeiramente na hora de fazer descer o técnico desta altura, sobretudo quando ele não o pode fazer por si próprio. Quando realizamos um plano de resgate temos que ter em conta que este deve ser o mais detalhado e seguro possível; por exemplo, para trabalhos numa plataforma elevatória que pode eventualmente aceder a todos os locais onde podemos ter um técnico a trabalhar, como numa ponte-grua, um poste, uma cobertura, etc. Infelizmente, com este tipo de equipamento de elevação nem sempre conseguimos aceder a todos os locais pretendidos, principalmente devido ao tipo de máquinas, aos obstáculos existentes, à distância e posicionamento dos locais, entre outros fatores. Como tal, além da necessária instalação e da utilização de proteção coletiva e individual adequada para os técnicos que trabalham em altura, devem igualmente estar disponíveis equipamentos e sistemas de resgate ou de auto-resgate. Dentro dos equipamentos de auto-resgate, estes devem incluir equipamen-

tos anti-queda retráteis com sistema de evacuação incorporado, ou seja, em caso de queda de um técnico, o anti-quedas faz o seu travamento automático assim como o respectivo amortecimento e, posteriormente, evacua em descensão a uma velocidade controlada até ao solo. Existem também outros equipamentos disponíveis de auto-resgate que são os sistemas de evacuação, também a uma velocidade controlada, onde podemos descer vários técnicos de forma alternada e continuada até alturas na ordem dos 120 a 130 metros, com uma cinta de salvamento ou maca própria para o efeito, de forma a que a sua descida se realize a uma velocidade constante de 0,8m/s. No que se refere aos equipamentos de resgate, há de se levar em em conta que alguém que sofre uma queda e que fica em suspensão, num dispositivo de amarração ou numa linha de vida, deve ser resgatado o mais rapidamente possível, devido ao efeito que o tipo de arnês em uso produz no técnico, podendo este até ficar inconsciente pelo fato de ter havido o eventual bloqueio e corte de fluxo sanguíneo na artéria femural, o que lhe pode originar graves lesões. Com a utilização de um kit de resgate em descensão um técnico pode efetuar o resgate de outro colega sem dificuldade e sem ser um grande especialista na matéria, pois este tipo de kits estão já completamente montados e preparados para este tipo de operações e sem a possibilidade de haver enganos na sua manipulação. Desta forma, e em menos de 10 minutos, qualquer técnico pode resgatar outro colega de forma fácil e segura. Fonte: www.revistaseguranca.com - Escrito por Jorge Lozano


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FIQUE ATENTO

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Na hora de cobrir a casa, que telha escolher? Se a estrutura da madeira de seu telhado já está pronta, será necessário adaptá-la ao novo tipo de telha pois as cargas atuantes e dimensões das telhas são diferentes. Cada tipo de telha tem suas exigências específicas quanto ao posicionamento e disposição do madeiramento. Além disso, é importante verificar se pontos de apoio do telhado e eventualmente as paredes e a estrutura que recebem seu carregamentos, estão aptos para receber o novo carregamento. As telhas de concreto são mesmo competitivas em termos de custo e possuem elevada resistência mecânica. Todavia, são mais pesadas e estão sujeitas a eflorescências (manchas brancas típicas de todo material cimentício). Para prevenir estes problemas sua produção precisa ser controlada, devendo-se exigir garantia neste sentido. Assim como as telhas cerâmicas, as telhas de concreto estão sujeitas a variação de tonalidade. No primeiro caso devido ao processo de queima, muitas vezes artesanal, no segundo inerente ao processo de produção onde se utiliza pigmentos. Existem fabricantes no mercado que oferecem garantia de até 20 anos para as telhas de concreto, mas verifique as condições específicas do termo de garantia. Para este tipo de telha, por exemplo, é interessante optar por modelos com as bordas arredondas para evitar as quebras mencionadas por seu aplicador. Saiba também que para estes dois tipos de telha existem normas técnica da ABNT e você deve exigir que elas cumpram todas as características aplicáveis ao caso de sua obra. As telhas cerâmicas se destacam pelo potencial de isolamento térmico, mas o material sozinho não é garantia de bom desempenho.

É preciso verificar a geometria dos componentes, notadamente a espessura, muitas vezes inferior ao necessário. Elas também costumam ter elevada absorção, o que contribui diretamente para a formação de bolor e proliferação de fungos. Como existem muito mais fabricantes, procure fazer uma seleção criteriosa para evitar surpresas. Para tomar a decisão mais correta considere sempre os custos totais do material aplicado por m² e os benefícios existentes, considerando os aspectos particulares de sua

obra, como adequação do prazo de entrega ao cronograma, estrutura já existente, disponibilidade de mão-de-obra, cumprimento da norma e garantias envolvidas. Uma decisão segura envolve conhecer e confiar na indicação da revenda sobre seus parceiros. Por - Bruno Badan

Cada vez mais competitivo, mercado de telhas e coberturas apresenta diferentes soluções". www.sxc.hu/Royce Hansman

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aredes erguidas, a casa toma forma. Chega a hora da cobertura, proteger todo o trabalho feito até então e mais do que isso, proteger a família que ali residirá. No mercado atual da construção civil, os campeões de venda ainda estão divididos entre telhas cerâmicas e telhas de concreto. Alguns leitores do informativo O Mestre das Obras solicitaram que esta coluna esclarecesse qual era o melhor tipo de telha para cobrir sua casa, uma vez que estavam habituados com as tradicionais telhas cerâmicas e foram persuadidos pela loja de material de construção a pensar na telha de concreto. O maior medo de tais pessoas em relação às telhas de concreto é deste produto quebrar nos cantos, ser difícil de cortar e manusear devido ao seu peso. Pois bem, o informativo O Mestre das Obras saiu em busca da resposta e traz ao leitor. Os telhados com telhas de concreto têm sim suas particularidades e seria recomendado a contratação de aplicadores já acostumados a lidar com o material. Os cortes das telhas, o esquema de transporte no canteiro, a colocação no telhado e os cuidados no manuseio são outros, exigindo adaptações no método de execução. Você deve lembrar daquela cena comum que presenciamos no manuseio das telhas cerâmicas, quando elas, muito leves, são literalmente jogadas de um operário para outro, tanto para descarregar caminhões, quanto para levar para cima do telhado. Pois bem. Se esta prática é comum para telhas cerâmicas (embora inadequada do ponto de vista da segurança do trabalhador), para as telhas de concreto ela não pode ser repetida, pois as telhas tem de fato um peso bem superior. As telhas devem garantir a segurança das residências contra a ação do vento, poeira, ruídos, sol, chuva, granizo e outras intempéries. Por isso, usar telhas de qualidade é fundamental para garantir um bom resultado, porém não suficiente.


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UTILIDADE PÚBLICA

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ETE Ponte do Caixão está com 70% de conclusão das obras Foto: Divulgação Semae

primeira Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do município que funcionará pelo sistema aeróbio, que não produz gás sulfídrico (H2S) – responsável pelo mau cheiro – está com 70% das obras concluídas, no que se refere à parte civil (fundações e estrutura). Pelo cronograma executivo da ETE Ponte do Caixão, a previsão é que essa Estação comece a funcionar no final do primeiro semestre de 2011. “Esse é o prazo, caso não ocorra nenhum imprevisto. Mas com a ETE Ponte do Caixão, em 2011, Piracicaba elevará o seu tratamento de esgoto de 30 para 70%”, destaca Vlamir Schiavuzzo, presidente da autarquia. Além da Ponte do Caixão, o Semae está investindo na construção da ETE Santa Rosa/ Capim Fino e no projeto de outra grande Estação de Tratamento, a ser construída na região de Santa Teresinha, através de Parceria Público Privada (PPP). Com essas ETEs, a cidade tratará 100% do seu esgoto, conforme determina o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Ponte do Caixão firmado entre o município e o Ministério Público, cujo prazo deve ser cumprido até 31 de dezembro de 2012. ano, a construção da ETE Ponte do Caixão bamento, a arquitetura das edificações, montaNa ETE Ponte do Caixão, a autarquia in- está dentro do cronograma executivo atual”, gem dos equipamentos mecânicos necessários para o tratamento de esgoto”, detalha Mickel vestiu R$ 32,7 milhões de recursos próprios, enfatiza Schiavuzzo. para disponibilizar tratamento de esgoto a cerAtualmente, as obras estão sob a respon- Machado Estão sendo construídos, além das fundaca de 150 mil habitantes dos bairros localiza- sabilidade da empresa COM Engenharia, dos à margem esquervencedora de novo ções e parte estrutural, três tanques – cada um da do rio Piracicaba, processo licitatório. tem 72 metros de comprimento por 35 metros "Com a ETE Ponte do Caixão, exceto os da bacia Para cumprir o cro- de largura e seis de diâmetros – onde o esgoto em 2011, Piracicaba elevará o seu do Piracicamirim. nograma executivo, será tratado pelo processo aeróbio. Após essa As obras da Estação ressalta Mickel Ribei- fase, o esgoto vai para três decantadores, onde tratamento de esgoto de 30 para foram retomadas há ro Machado, gerente é separado o lodo, que é descartado em aterro, 70%”, destaca Vlamir Schiavuzzo" da COM Engenha- e a água tratada retorna ao rio Piracicaba. “A pouco mais de seis ria, foram contrata- água é 100% tratada e o controle de pureza meses, após interrupção, por divergências de preços, do contrato das 120 pessoas para trabalhar no local, que será feito por medição da oxigenação”, diz o com o consórcio formado pelas empresas M. possui 46 mil metros quadrados. “Estamos na gerente da COM Engenharia. Tabet e Tejofran. “Apesar de as obras terem etapa mais difícil, que é a execução das estru- Fonte: ASSESSORIA DE IMPRENSA: Serviço Municipal de ficado paralisadas por aproximadamente um turas de concreto. Depois disso, faremos o aca- Água e Esgoto de Piracicaba (Semae)

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UTILIDADE PÚBLICA

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CONSTRUCARD CAIXA O Construcard Caixa é aceito em mais de 45 mil estabelecimentos comerciais credenciados"

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estinado às pessoas físicas, o CONSTRUCARD CAIXA é uma linha de crédito para aquisição de materiais de construção, incluindo armários embutidos, piscina, equipamentos para eficiência energética, como aquecedores solares, e de acessibilidade, como elevadores, entre outros. O CONSTRUCARD CAIXA é aceito em mais de 45 mil estabelecimentos comerciais credenciados e o limite mínimo é de R$ 1.000,00 e o máximo de acordo com a capacidade de pagamento do cliente. O CONSTRUCARD CAIXA tem carência de 2 a 6 meses, que é o período de utilização, o prazo de paga-

mento é de até 58 meses, com prazo total de até 60 meses. As compras são realizadas por meio de cartão magnético, e o lojista credenciado recebe o valor total da compra diretamente em sua conta, em até 2 dias da data da compra, sendo uma grande oportunidade de incremento nas vendas, além de permitir ao cliente negociar os mesmos descontos de uma compra à vista.

Quais os principais diferenciais oferecidos pelo Construcard CAIXA em relação aos outros bancos? Produto único no mercado; Ampla rede de lojistas credenciados (mais de 45.000); . Taxa de juro entre as mais baixas do mercado; Comodidade no pagamento das prestações mensais, debitadas automaticamente em conta corrente; Prazo de carência de até 6 meses e prazo de amortização de até 58 meses, prazo total de até 60 meses. Consultas às lojas pela internet, no site da CAIXA (www.caixa.gov.br); Credenciamento de grande número de lojas de material de construção, de armários e mistas (material de construção e armários);

Dentre suas características, podemos destacar: Para o consumidor: • A facilidade na hora da compra, possibilitando negociação com lojista por ser pagamento à vista, por meio do cartão CONSTRUCARD CAIXA; • A comodidade de débitos mensais dos encargos automáticos em conta corrente; • A elasticidade de até 06 meses para utilizar o limite contratado pagando somente os juros do valor utilizado (compras); • O prazo de até 60 meses da operação, somados os períodos de utilização e de amortização; • Uma das mais baixas taxas de juro do mercado; • Disponibilidade de crédito a partir de R$ 1.000,00 e o máximo de acordo com a capacidade de pagamento do cliente. Para o lojista: • Recebimento do valor à vista; • Segurança na operação; • Sem risco de crédito; • Operação ágil e sem burocracia. Fonte: Assessoria de Imprensa - Caixa Econômica Federal


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ELÉTRICA

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O futuro das lâmpadas incandescentes A Há décadas que utilizamos as lâmpadas incandescentes e que estas satisfazem plenamente as nossas necessidades de iluminação. O que é que se ganha com a sua substituição por lâmpadas alternativas? O Comissário Europeu da Energia, Günther Oettinger, responde a esta pergunta.

União Européia decidiu proibir as lâmpadas incandescentes tradicionais a partir de 100W, prevendo a sua substituição por lâmpadas mais ecológicas. Todas as lâmpadas que desperdiçam energia estão sendo gradualmente retiradas do mercado europeu. Até 2020, estas medidas permitirão poupar energia suficiente para satisfazer as necessidades energéticas de 11 milhões de agregados familiares por ano e reduzir as faturas anuais de eletricidade no setor doméstico, em média, em 25 euros.

Uma mudança gradual As novas regras baseiam-se em princípios científicos rigorosos e traduzem a vontade das organizações de consumidores e da indústria. A fim de que os consumidores e as empresas possam se adaptar gradualmente a esta mudança, os dispositivos de iluminação ineficientes serão eliminados progressivamente no espaço de alguns anos.

Lâmpadas mais duradouras e baratas As lâmpadas modernas mais eficientes oferecem vantagens adicionais em relação às suas predecessoras. Ao passarem a utilizar lâmpadas fluorescentes compactas, os agregados familiares e as empresas estão a reduzir o seu impacto nas alterações climáticas e, simultaneamente, a poupar algum dinheiro. O custo inicial das novas lâmpadas, mais elevado do que o das lâmpadas tradicionais, é rapidamente amortizado, uma vez que utilizam um quarto ou um quinto da eletricidade consumida pelas lâmpadas incandescentes e duram 6 a 10 vezes mais. Durante o seu tempo de vida, uma lâmpada fluorescente compacta permitir-lhe-á poupar cerca de 60 euros. É igualmente provável que à medida que mais pessoas forem comprando as novas lâmpadas estas fiquem mais baratas. As lâmpadas LED são o futuro? Os díodos emissores de luz (LED) são outro tipo de lâmpada de baixo consumo energético que oferece ainda mais vantagens. São tão eficientes quanto as lâmpadas fluorescentes compactas, não contêm mercúrio e duram muito mais tempo.

As lâmpadas tradicionais otimizadas Para facilitar a transição, pode continuar a utilizar um tipo de lâmpada incandescente melhorada com tecnologia de halogêneo. As lâmpadas deste tipo parecem-se muito com as lâmpadas antigas e emitem o mesmo tipo de luz e com a mesma qualidade assim que são ligadas. Maior leque de escolha Paradoxalmente, a proibição de lâmpadas de alto consumo proporciona aos consumidores uma escolha mais ampla. Com efeito, em resposta à procura de alternativas, as empresas estão lançando no mercado novos tipos de lâmpadas mais rapidamente do que o teriam feito se as lâmpadas tradicionais não fossem retiradas do mercado.

Embalagem e segurança A legislação sobre as lâmpadas prevê requisitos em matéria de embalagem e rotulagem. Assim, quando comprar uma lâmpada, consulte a embalagem para ficar sabendo quanto tempo esta durará, quanta energia consome e a qualidade da luz que emite, bem como a melhor forma de se desfazer das lâmpadas usadas ou partidas. Também existem regras da UE sobre a eliminação de lâmpadas fluorescentes compactas, que exige cuidados especiais. Tão brilhantes quanto as outras Ao contrário do que se pensa geralmente, as lâmpadas fluorescentes compactas emitem a mesma quantidade de luz do que as lâmpadas tradicionais. Verifique o fluxo luminoso indicado na embalagem. As regras da UE também exigem que seja indicado na embalagem o tempo de vida da lâmpada, partindo do princípio de que é ligada e desligada uma vez em cada hora de funcionamento. E se pretender uma lâmpada que possa ser ligada e desligada mais frequentemente, existem lâmpadas fluorescentes compactas fabricadas especialmente para esse fim. Fonte: http://ec.europa.eu - Por Günther H. Oettinger Comissário Europeu da Energia

lâmpada HALÓGENA ENERGY


Ano 01 - nº 03 - Piracicaba/SP - Janeiro / Fevereiro de 2011

ENTREVISTA

Durval Monteiro Spada, Diretor Regional do SINTESP Durval Monteiro Spada, casado, Técnico de Segurança do Trabalho, formado pelo SENAC de Piracicaba, Bacharel em Ciências Contábeis, pós-graduado em Gestão de Pessoas e Ergonomia. Exerce atualmente o cargo de Técnico de Segurança do Trabalho na Caixa Econômica Federal e Diretor Regional do Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho do Estado de São Paulo – SINTESP, tendo iniciado a carreira de Técnico no SEMAE – Serviço Municipal de Água e Esgoto de Piracicaba em 1996.

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Mestre das Obras: O que é ser um Profissional de Segurança do Trabalho? Qual a formação necessária para ser um profissional? Durval Monteiro Spada: Ser Técnico de Segurança do Trabalho é muito gratificante, principalmente quando o trabalho prevencionista tem resultados positivos, evitando acidentes e/ou doenças no trabalho, que invariavelmente trazem perdas para o trabalhador e sua família, prejuízos para o empregador e à saúde publica. O profissional tem que ter comprometimento com os trabalhadores e com a empresa onde atua. Para ser Técnico de Segurança do Trabalho é necessário ter o ensino fundamental (segundo grau) e fazer em torno de dois anos de curso técnico especifico, onde vai conhecer trinta e quatro normas regulamentadoras de Segurança e Medicina do Trabalho, além de desenvolver a qualidade de se relacionar com trabalhadores e empregadores de todos os níveis de formação. MO: Por que a escolha da profissão? Há quanto tempo você está no ramo? DS: Tinha uma empresa onde comercializava abrasivos, produto que pode ser considerado, quando usado inadequadamente, de alto potencial de risco de acidentes. Após fornecer disco de desbaste para um cliente, um

empregado foi atingido por fragmentos desse disco e foi hospitalizado em estado grave. A princípio achava-se que o produto tinha defeito de fabricação, então acionamos o fabricante que enviou um técnico para avaliar as causas do acidente. Verificamos que a máquina, uma esmerilhadeira, usada pelo trabalhador era do tipo pneumática, ou seja, acionada por pressão do ar. Essa máquina era ligada em uma rede de ar com dez máquinas, então o técnico solicitou que todas fossem ligadas ao mesmo tempo e depois desligadas uma a uma, até que àquela máquina cujo disco havia fragmentado, ficou funcionando sozinha e ao medir a velocidade da mesma notou-se que o giro estava em 12.000 RPM (rotação por minuto), enquanto a recomendação do disco era para 8.500 RPM. Poderíamos ter responsabilizado pessoas erradas pelo acidente de trabalho. Foi por esse acontecimento que alguns anos depois resolvi ingressar na profissão de Técnico de Segurança do Trabalho em 1993, quando surgiu o primeiro curso em Piracicaba, pois anteriormente, só havia curso de Supervisor de Segurança com duração de seis meses. MO: O que pode acontecer com uma empresa que não respeita as leis de segurança do trabalho? DS: São várias as consequências para a empresa e seus titulares. Toda e qualquer des-

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pesa do trabalhador com o acidente de trabalho deve ser paga pela empresa, tais como, hospital, médico, remédios, transportes e os primeiros 15 dias de afastamento, sendo a partir do 16º o trabalhador acidentado, recebe o benefício do INSS. A legislação vem se aperfeiçoando e todo acidente do trabalho com lesão tem que ser aberto um boletim de ocorrência e se confirmada a responsabilidade da empresa, esta tem que indenizar o acidentado ou a família em caso de acidente fatal. A pergunta chave é – Quem deu causa ao acidente? E aí se pode responsabilizar civil e penalmente desde os titulares da empresa até os profissionais de saúde e segurança se estes negligenciaram. Uma novidade na legislação foi um decreto em Outubro de 2010, onde a Previdência Social acionará o Ministério do Trabalho para verificar se houve negligência da empresa no acidente ou doença do trabalho e se confirmado todo o benefício pago ao trabalhador pela Previdência será cobrada através de ação regressiva contra a empresa. MO: Os profissionais da classe têm alguma associação ou sindicato que presta assessoria, em Piracicaba? DS: O Sindicato dos Técnicos de Segurança do Trabalho tem sede no município de São Paulo e mais dez sub-sedes no Estado. Hoje a sub-sede de Campinas mantém um escritório em Piracicaba, onde se desenvolvem reuniões, cursos, treinamentos, seminários e troca de experiências e se localiza na Rua Alfredo Guedes, nº 380 – Bairro Alto, do qual sou diretor regional. MO: Quais dicas você daria para quem está ingressando na carreira de Técnico em Segurança do Trabalho? DS: Pela responsabilidade que envolve a profissão de Técnico de Segurança do Trabalho, que preserva a saúde e a segurança dos trabalhadores, além de evitar passivos traba-

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lhistas para as empresas e conseqüentemente evita transtornos à sociedade, eu aconselho aos que estão ingressando nessa carreira muito comprometimento e investimento no aprimoramento dos conhecimentos sobre a área, que não parem de se qualificar, participem das atividades da categoria, façam especializações buscando o crescimento profissional. Hoje temos diversas formas de aperfeiçoamento, ou seja, cursos, treinamentos, feiras anuais sobre equipamentos de proteção individual e coletiva. O profissional que está atualizado é valorizado no mercado de trabalho. A convenção coletiva da categoria estabelece dez dias por ano para o Técnico que não trabalha aos sábados e doze dias para quem trabalha, para participar de eventos de qualificação.


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ESPAÇO DO PROFISSIONAL

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A importância da certificação de qualidade nas construções brasileiras.

Normas que regimentam a construção civil e seus produtos, são elementos decisivos na escolha do consumidor

Com a construção civil em alta, é cada dia mais comum encontrar profissionais da área como pedreiros, encanadores, eletricistas, pintores, dizendo que estão colocando obras em fila de espera. De fato, há muito trabalho à ser feito e pouca mão-de-obra. Já no cenário da indústria, o aquecimento do setor de construção traz uma série de novas marcas antes desconhecidas do público consumidor e profissionais de aplicação. Neste momento, quem está construindo ou reformando se pergunta: Como posso diferenciar os produtos na hora da compra? O produto mais barato é a melhor opção? Qual a garantia de que estou comprando uma marca idônea? O Brasil tem hoje órgãos certificadores para os produtos do segmento construção civil nas mais diversas áreas. Cada segmento tem as normas padrão (conhecidas pela sigla NBR – Norma Brasileira) que fornecem todos os parâmetros para que o produto tenha um desempenho aceitável na casa do seu respectivo usuário. Um outro certificado importante é o concedido pelo Ministério das Cidades; trata-se de um programa chamado PBQP-H (Programa Brasileiro da Qualidade e Produtividade do Habitat), que certifica empresas para que estas possam par-

ticipar inclusive de obras patrocinadas pelo governo, como as do programa “Minha casa minha vida”. Este programa garante que o produto que está sendo adquirido, passa por rigorosos testes de qualidade e tem seu desempenho aprovado segundo as normas-padrão brasileiras. Obviamente, para que as empresas con-

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sigam estas certificações faz-se necessário muito investimento em matéria-prima de qualidade, tecnologia e processos fabris. Por isso quando notar que dois produtos dentro de um mesmo segmento tem uma diferença muito grande de preço, procure saber qual o motivo – pode ser que uma delas não seja certificada.


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