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Apagão na área rural em Joaquim Egídio castiga moradores

Sandra Venancio

Moradores da área rural do distrito de Joaquim Egídio reclamam que estão sendo prejudicados por constantes quedas de energia elétrica na região. O apagão acontece pelo menos três vezes por semana, e está tornando insustentável a vida dessas famílias.

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De acordo com os proprietários das fazendas, a queda de energia é causada pela falta de manutenção adequada na rede elétrica, onde há uma concentração de eucaliptos. Com isso, galhos grandes atingem a rede elétrica e causam curto-circuito, rompendo o fornecimento de energia.

Questionada pela reportagem do Jornal Local, a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), concessionária responsável pelo fornecimento de energia no local, informou que haverá uma reunião com os moradores e diversas secretarias da Prefeitura de Campinas para apresentar um cronograma de trabalho no local.

Já o representante da CPFL informou que foram destinados R$ 1.7 milhão de investimento na região, com 12 quilômetros de troca da rede elétrica. Mas moradores reclamam que o valor é insuficiente para a manutenção. Eles também desacreditam que essa reu- nião poderá trazer resultados, pois já foram feitas outras mas que acabou tudo em promessas. Sobre o descontentamento dos moradores, o representante disse que, se as ações não surtirem efeitos, a CPFL vai adotar novas estratégias, mas que não soube explicar quais os procedimentos.

Problema recorrente

Segundo Gustavo Neubern, morador do Pico das Cabras, o problema é recorrente e se agravou nos últimos meses devido ao período de chuvas. “A árvore e o cipó estão cruzando a fiação. Cada vez que dá uma chuva, fecha curto, desarma os fusíveis e ficamos sem energia por quase uma semana”, conta.

Ele e os vizinhos da fazenda já ligaram por diversas vezes para reclamar na CPFL, mas nada está sendo feito de concreto. “Eles dizem que estão indo, que vão resolver. Marcam reuniões, mas o problema continua”.

Sem eletricidade, Gustavo reclama que as quedas se tornaram mais constantes e que, é necessário dar uma atenção especial aos produtores rurais e donos de restaurante que perdem os alimentos pela falta da energia elétrica.

“Eu moro há três anos em Joaquim Egídio próxi- mo à Morungaba. Nós temos um grupo de WhatsApp para comunicação dos moradores da área rural, e o problema da falta de energia em nossa região é pontual e unânime. Quando chove qualquer vento ou chuva a energia cai”, reclama.

De acordo com os moradores, a empresa não entrega um serviço de qualidade, um serviço essencial como a comida e segurança.

“Hoje, ficamos sem energia durante seis horas e não há previsão de retorno. A conversa é sempre a mesma: que estão tomando providências e que a causa do problema é a queda de raios, queda de árvores, de poste, erosão do barranco. Desde dezembro do ano passado a energia vem caindo de forma intensa”, finaliza Gustavo.

Da mesma opinião é o morador José Zulck. “Todos os dias temos interrupções de energia. Já ficamos de três a sete dias sem energia. Para pegar água precisa que a bomba funcione. Já fiz reclamação na CPFL, mas eles não dão retorno”, completa.

Reposicionar as redes, cortar os eucaliptos, galhos altos dentro das fazendas e fazer uma rede de linha alternando pela esquerda e direita, é uma das sugestões dos moradores para resolver um pouco os problemas.

Melhorar a manutenção da rede elétrica Os moradores são unanimes em dizer que o final de semana é crucial. Há um excesso de demanda, com isso, há queima de fusíveis, oscilação e desligamento do disjuntor que cai.

O proprietário de uma pousada no Pico das Cabras relata que teve muitos prejuízos nos negócios. No final do ano passado, uma família hospedada em seu estabelecimento foi embora, pois não tinha energia elétrica. Ele precisou ressarcir o cliente, prejudicando a imagem da empresa.

“De 5ª a sábado é comum ficarmos sem energia. Domingo não tem bebida gelada e comida”, diz um outro morador. De acordo com os en- ornamentação com detalhes que se remetem àqueles ainda existentes na platibanda do prédio. O prédio mantém suas características arquitetônicas parcialmente preservadas, e o uso do imóvel tem se mantido o mesmo desde sua construção. uma doação, uma Parceria Pública Privada (PPP) com a Prefeitura de Campinas. Do outro lado, a Prefeitura tem que fazer todos os trâmites legais para receber a doação, como a publicação em edital, o patrimônio tem que constar no inventário do órgão, e etc. Em nota, a Prefeitura declarou que a Secretaria de Serviços Públicos iniciou o trabalho no local na semana passada, após projeto desenvolvido pela Emdec. Porém, há uma fiação catódica, que protege o gasoduto, que está muito superficial. E, por isso, o serviço foi suspenso até que isso seja ajustado. A Prefeitura já está em diálogo com a empresa para resolver esta questão e prosseguir com a obra. O custo estimado é de 180 mil reais. que, além de comida estragada, a água da casa, que depende da bomba elétrica, também está em falta. “Estou há cinco dias sem puxar água e a hora que acabar a água da caixa não sei o que vou fazer, vou ter que sair daqui”, disse.

Prejuízos para produtores trevistados é necessário a revitalização da rede elétrica, troca de meia fase para evitar quedas longas, troca de poste de madeiras por concreto, renovar linhas de transmissão, corte de galhos de arvores com copa grande, eucaliptos, para que os galhos não interrompam a linha de transmissão.

No último apagão, o comerciante Leo Zanata perdeu toda a produção porque a estufa parou de funcionar pela falta de energia e, com isso, 90 galinhas morreram.

O comerciante diz que já tem um prejuízo estimado em R$ 7 mil e mais R$ 2 mil/por dia com a queda de produção, pois as galinhas ficam estressadas e atrapalha o ciclo reprodutivo.

Zulck ressalta que a manutenção da CPFL é mal gerenciada. “Mapear as áreas mais sensíveis e dar atenção especial aos produtores rurais, principalmente, que mais os que mais estão perdendo com a queda constante de energia, são ações fundamentais que a concessionária de energia precisa ter”, finaliza.

O aposentado, que prefere não se identificar, diz

“Há meses acontece a falta de energia. Mas de seis meses para cá, a coisa piorou e, do nada, há o desligamento da energia. Por um bom tempo, com a troca de poste e a mudança da linha básica de transmissão, além das podas de arvores, não resolveu o problema e só foi piorando”, conta.

Responsabilidade da concessionária

Segundo os moradores, vários protocolos foram feitos na CPFL. Depois de uma semana, o fornecimento de energia foi normalizado, mas devido à recorrência, o Jornal Local entrou em contato com a CPFL para saber quando o problema será resolvido. Em nota, a CPFL respondeu apenas que os canais de atendimento estão disponíveis para quem quiser informar casos de falta de energia.

Construção de uma segunda ponte é uma das prioridades da gestão”

Pedro

Oliveira

Sandra Venãncio

O Jornal Local traz ao leitor uma entrevista exclusiva com o subprefeito de Sousas, Pedro Oliveira. Perguntamos sobre os planos para os proxímos dois anos de mandato. Na reportagem, o subprefeito faz um breve resumo das atividades desenvolvidas no dia a dia à frente da subprefeitura de Sousas. Vamos acompanhar a reportagem.

ENTREVISTA

Como você recebeu o convite do ex-prefeito e agora deputado federal, Jonas Donizette, para assumir a subprefeitura, em 2020?

O Jonas é um grande amigo e o convite foi uma surpresa pra mim, mas encarei como um desafio e aceitei. Na sequência, em 2021, me senti honrado após o prefeito Dário Saadi assumir o cargo e pedir para que eu continuasse à frente da subprefeitura. Venho da iniciativa privada, bem diferente da pública, mas estou aprendendo muito. Nasci e cresci em Sousas, então, pra mim, é uma alegria poder contribuir com o distrito.

Passado dois anos, como você avalia seu trabalho à frente da Subprefeitura de Sousas?

Conforme comentei anteriormente, tenho aprendido bastante e me dedicado muito, diariamente. Durante este período, pude conhecer as principais ne-

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