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moradores
Moradores da área rural do distrito de Joaquim Egídio reclamam que estão sendo prejudicados por constantes quedas de energia elétrica na região. O apagão acontece pelo menos três vezes por semana, e está tornando insustentável a vida dessas famílias. De acordo com os proprietários a queda de energia é causada pela falta de manutenção adequada na rede elétrica, onde há uma concentração de eucaliptos. contribuiu para acelerar tanto o socorro às vítimas e as famílias desabrigadas quanto a recuperação de áreas atingidas pelo fenômeno climático (150 mm de chuvas em 24h). Jamais foi registrado na história do distrito três enchentes consecutivas, eem curto período de apenas 21 dias.
Conselheiros pedem ao MP mais médicos
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Os conselheiros de Saúde da Unidade Básica de Saúde (UBS), do Distrito de Sousas, entraram com uma representação junto ao Ministério Público, no final de novembro do ano passado, contra a Prefeitura de
Campinas. Eles pedem a reposição urgente da equipe médica que conta com apenas dois médicos, sendo que um deles divide o atendimento com Joaquim Egpidio, para atender a demanda de 20 mil usuários.
Subprefeitura de Sousas. Em seu mandato, subprefeito busca a participação dos sousenses na administração da máquina pública
SOUSAS & JOAQUIM EGÍDIO
Reforma. Prédio da subprefeitura ganha nova pintura
Após três enchentes consecutivas em apenas 21 dias, o prédio histórico que abriga a sede da subprefei-
SOUSAS & JOAQUIM EGÍDIO tura de Sousas, passa por reformas internas e externas. A obra em fase final, segue a todo vapor .
Cidadão. Agiliza Sousas tem espera de 20 dias para agendamento

SOUSAS & JOAQUIM EGÍDIO
Retorno. Obras na Mackenzie continuam emperradas
Bolsonaro no olho do furacão
Após a tentativa frustrada do golpe de 8 de janeiro, a corrente política encarnada pelo ex-presidente Bolsonaro demonstrou que não precisa mais de seu mentor para existir.
Capitaneados pelas polícias militar, civil, federal, rodoviária, e patrocinados por empresários sem ideologias e somente de olho nas pautas de seus interesses, os alucinados bolsonaristas, caíram no golpe dos patriotas.
Jair Bolsonaro fez uso de um partido de aluguel para levar adiante seu projeto destrutivo, no período de crise do neoliberalismo, que começou em 2010. Beneficiou-se, em especial, dos mais de trinta anos de mandato como deputado federal, arquitetando um plano neoliberal para o Brasil. Mas, agora Bolso- naro pode estar entrando no olho do furacão com os processos que terá que responder na justiça. Alguns acham que ele pode se tornar inelegível e chegar a ser preso. Outros acreditam que Bolsonaro não volta mais para o Brasil. De qualquer forma, os bolsonaristas não precisam mais do mito.

No entanto, o bolsonarismo se diferencia de boa parte da extrema direita mundial. Em contraste, por exemplo, com o trumpismo e sua defesa de políticas protecionistas, que “trariam de volta” empregos norte-americanos, a extrema direita brasileira acabou se identificando com o receituário neoliberal.
Para encravar tal política, a escolha de Paulo Guedes como ministro da Economia, emplacou o dis- curso na propaganda eleitoral de 2018, quando o economista foi convertido em “posto Ipiranga”, supostamente capaz de resolver todos os problemas nacionais.
Com esse contexto, o bolsonarismo expressa a difusão anterior de uma visão de mundo com essa orientação.
Em compensação, muito da dificuldade da esquerda em lidar com o bolsonaristas adviria precisamente de ter subestimado a ramificação na sociedade brasileira.
Não será surpresa, portanto, se o bolsonarismo recobrar forças e isso depende, na verdade, basicamente do sucesso do governo Lula. No eventual retorno do bolsonarismo se pode até dispensar Bolsonaro. Para tanto, basta encontrar um outro nome que exprima as aspirações que foi antes capaz de acordar.
A cultura em sua maior crise
Mantendo a marca da resistência, setor luta para sobreviver
Sensação de bem-estar, felicidade, satisfação. Esses são alguns dos sentimentos trazidos pelas manifestações culturais. Em época de isolamento social, podemos dizer que a cultura é uma das maiores responsáveis por uma tentativa de se chegar o mais próximo possível da sanidade mental. Tivemos que nos reinventar e reorganizar nossas vidas. Não foi diferente com a cultura. Os shows deram lugar às lives, espetáculos foram transformados em transmissões. O presencial deu lugar ao virtual.
O setor, que já vinha passando por um desmonte devido às diversas ações de precarização dos governos atuais, sofreu um baque. Tudo saiu do lugar. Shows, gravações, peças de teatro, estreias de filmes, tudo ficou para depois. E como se mantêm os espaços culturais e os profissionais nesta crise?

O Circo Voador, centro cultural localizado na agitada Lapa, no Rio de Janeiro, fechou as portas e parou todas as suas atividades como shows, oficinas e a creche-escola mantida pela instituição. Teve que se reinventar. Entre as novas ações que o Circo realiza estão a promoção de bate-papos semanais pelo Instagram, com lideranças, ativistas, voluntários e realizadores de ações que estejam ajudando o próximo no combate ao novo coronavírus. Criou-se também o Circo Voador no Ar, transmissões de shows que acontecem na casa pelo canal do Youtube, às sextas e sábados, às 22 horas.
Profissionais com dificuldades e papel do poder público
Os profissionais do setor da cultura também tiveram suas vidas alteradas. Em sua maioria autônomos, muitos viram-se em uma situação precária com a impossibilidade de trabalhar. Iniciativas de coletivos estão fazendo a diferença na tentativa de contribuir com a comunidade. No setor audiovisual, um grupo de profissionais criou, antes da pandemia, o coletivo Filma Rio, com o objetivo de reunir os profissionais, debater a situação do setor e pensar em perspectivas. Declarada a pandemia e pensando nos profissionais que não tinham como se sustentar, organizaram uma “vaquinha” on-line para arrecadação de verbas para compra e distribuição de cestas básicas.
O horizonte de nações que passam por momentos trágicos como o que estamos passando se repete: primeiro há cortes marcantes nos investimentos, mesmo nas manutenções de instituições públicas de ensino, pesquisa e cultura. Assim como são as áreas que voltam a ter atenção governamental mais tardiamente. É trágico o que nos espera”.
O suporte do Estado não chegou à classe artística no primeiro momento. O auxílio emergencial não contemplou o setor cultural e foi necessária a aprovação de uma lei específica, a Lei n.o 14.017, de 29 de junho de 2020. Conhecida como Lei Aldir Blanc, em homenagem ao compositor morto por COVID-19, ela aprova o valor de R$ 3 bilhões para auxílio de profissionais e iniciativas culturais durante a pandemia.
Reinvenção. A palavra que apareceu várias vezes neste texto é cada dia mais presente quando pensamos em cultura. O setor precisa pensar não só em como passar por esta crise, mas também em como continuar vivo após a pandemia de COVID-19. Segundo Carlos Smith “Lencinho”, da equipe de comunicação do Circo Voador, “é chato ouvir toda hora ‘vocês terão que se reinventar’, mas é uma verdade em vários aspectos. E, quando isso tudo acabar, o papel de cultura será o de sempre: alegrar, questionar, refletir, emocionar e provocar”.
Segundo o Sistema de Informações e Indicadores Culturais (Siic) 2007-2018, estudo que consolida informações de diferentes pesquisas do IBGE, o setor cultural abrangia, em 2018, mais de 5 milhões de pessoas, de acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), representando 5,7% do total de ocupados no país. O valor adicionado à economia pelo setor em 2017 foi de cerca de R$ 226 bilhões.
O setor é grande em termos econômicos. É o meio pelo qual uma nação se reconhece. É difusor de ideias, debates e reflexões. A cultura é um setor vivo e pulsante que vai renascer quando a pandemia passar.
Vanessa Almeida/UFRJ
