Jornal MB Mais Brasil

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SP de 26/10 à 01/11/2013

CAMPANHA DROGA MATA EM DEFESA DA JUVENTUDE E DA FAMÍLIA BRASILEIRA

DROGAS: COMO ENFRENTAR? Profa. Dra. Katia Varela Gomes

basta afastar a pessoa de um ambiente considerado nocivo, pois é este ambiente que deverá ser transformado e enfrentado pelo sujeito. Essa é uma possibilidade de tratamento pela transformação do contexto e não afastamento de sua realidade. Para garantir essa condição, o Programa Nacional de Atenção Comunitária Integrada a usuários de álcool e outras drogas, do Ministério da Saúde, oferece serviços como CAPS ad, Unidades Básicas de Saúde, Consultórios de rua, Casas de Acolhimento que auxiliam na construção de uma rede de apoio e assistência ao usuário dependente de drogas. Os Centros de Atenção Psicossocial Álcool e outras drogas (CAPS AD) são centros de atendimento gratuitos à população que oferecem tratamento aos usuários abusivos e dependentes de álcool e outras drogas e aos seus familiares. O tratamento envolve: atendimento individual, atendimento em grupo, oficinas terapêuticas, visitas e atendimentos domiciliares, atendimento à família, atividades comunitárias. Para os casos de maior gravidade poderão ser oferecidos atendimento para desintoxicação. Ressaltamos que a principal função de um profissional da área da saúde mental é garantir a atenção digna e humana aos usuários de um serviço de saúde pública, garantindo seus direitos e possibilidades de escolha em sua vida. Para obter maiores informações sobre os CAPS ad próximo a sua residência, poderão consultar a Unidade Básica de Saúde próximo a sua residência ou entrar em contato com o CRATOD – Centro de Referência Álcool, Tabaco e outras drogas: http://www. saude.sp.gov.br/cratod-centro-de-referencia-de-alcooltabaco-e-outras-drogas/

Kátia Varella Gomes é doutora em Psicologia Social, pesquisadora na área de dependência química, professora na graduação e pós-graduação da Universidade São Francisco e psicóloga no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras drogas – CAPS ad.

Criada há 30 anos, pelo comunicador e festeiro das periferias Mauro Borges, 61anos, a premiada campanha nacional de educação e prevenção as drogas e a violência no Brasil - Projeto Droga Mata - nasceu na Vila Matilde, cresceu na Zona Leste e tem como missão penetrar em todo o Brasil e no mundo, com o objetivo de orientar os pais e as crianças de hoje, para se evitar ter que punir os jovens e os adultos de amanhã, sempre alertando a todos para o fato de que a verdadeira felicidade poderá ser encontrada em muitos lugares, mas, com

certeza, jamais será encontrada no falso, ilusório e destruidor mundo das drogas, proibidas ou liberadas, como o cigarro comum e as bebidas alcoólicas em geral. Somente em 1993, o Mutirão Droga Mata foi devidamente autorizado pelo CONEN/SP - Conselho de Entorpecentes do Estado de São Paulo, já foi realizado com grande sucesso e enorme participação popular, em dezenas de bairros, litoral e interior, com diversas atividades esportivas, recreativas e culturais, além de palestras e farta distribuição de

jornal, folhetos, cartazes, adesivos e outros materiais sobre o tema. Trata-se da única campanha contra as drogas já feitas no Brasil que em 15/12/1999 teve a coragem de penetrar até no maior presídio da América Latina: Carandiru, levando a mensagem do projeto para mais de 5 mil presos e 3 mil familiares dos detentos, tendo ocorrido num clima de paz, harmonia e respeito entre a população carcerária e a equipe “Droga Mata”, comprovando, definitivamente, a força e a credibilidade da campanha até no mundo dos mais perigosos marginais e ex-

cluídos pela sociedade. As maiores e mais importantes autoridades do país já manifestaram total apoio para a campanha Droga Mata, como também a população de um modo geral, educadores, empresários, jornalistas, radialistas, além de astros e estrelas como o Rei Roberto Carlos, Ivete Sangalo, Rei Pelé, Victor & Leo, Zezé di Camargo e Luciano, KLB, Claudinha Leitte, Chitãozinho & Xororó; Regina Casé, Angélica, Gugu Liberato, Ana Hickmann, Heródoto Barbeiro, José Luiz Datena, Íris Stefanelli, Xuxa Meneghel, Neymar Jr., outros.

AIDS,DROGAS E VIOLÊNCIA Escreveu: *Jorge Schemes

Intimamente relacionado ao uso de drogas, estão os altos índices de violência, criminalidade, doenças sexualmente transmissíveis, Aids e o abuso sexual contra crianças e adolescentes, que na realidade deve ser classificado como violência e exploração sexual infanto-juvenil. Pois, “qualquer contato de natureza sexual entre uma criança ou adolescente e uma pessoa de maior idade, ainda que seja com aparente consentimento, é inapropriado em razão da própria idade e do nível de maturidade dessa criança

ou adolescente, que carecem de desenvolvimento emocional, intelectual e físico para que, de maneira consciente, possam permitir tal contato”. Sendo que a realidade destes fatos apresenta índices cada vez mais alarmantes, faz-se necessário a elaboração e implemen-tação de projetos de prevenção às drogas e a Aids na perspectiva da redução de danos. A Constituição Federal de 1988 no artigo 196 garante: “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantindo mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doenças e de outros

agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a sua promoção, proteção e recuperação”. É importante ressaltar que a escola como um segmento de grande abrangência social deve priorizar e intensificar seus trabalhos preventivos, considerando que a grande maioria dos alunos não contraiu alguma doença sexualmente transmissível ou foi infectado pelo vírus HIV, e que a grande maioria ainda não usou ou não usa drogas, mas que se algum vier a se contaminar ou usar, mereça uma abordagem baseada no respeito humano e na cida-

dania. È fundamental que a escola não discrimine o aluno com DST, HIV, Aids ou que seja usuário de drogas, mas que o respeite e oportunize as condições de procurar ajuda, tratamento e recuperação, convivendo dignamente no ambiente escolar. Assim, a implantação e implementação de projetos de educação preventiva às DSTs, AIDS e substâncias psicoativas são uma necessidade para todas as escolas, especialmente as da rede pública, que objetivam desenvolver uma educação para sujeitos deste tempo histórico.

* Jorge Schemes é professor de Filosofia da Educação e Sociologia e Antropologia na ACE – Joinville, SC. Escritor e Palestrante.

Suzana, Serviço de Atendimento ao Usuário da CPTM. O trabalho da Suzana é oferecer informações e apoio aos usuários da CPTM, facilitando as suas viagens e o seu dia-a-dia. Assim como ela, os outros funcionários da CPTM e o Governo do Estado de São Paulo têm o compromisso de tornar o transporte público sobre trilhos mais moderno e eficiente. Porque mais do que ligar 22 municípios paulistas, o trabalho da CPTM é aproximar você de uma vida melhor.

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M CR OG UZ I D ES AS

Como docente e pesquisadora de pós-graduação em Saúde Mental, no módulo “Uso e Abuso de Drogas”, pretendo contribuir com a discussão sobre as práticas em saúde mental, no que diz respeito à atenção ao usuário dependente de drogas. Atualmente, observamos muita preocupação das autoridades e da população em relação aos dependentes de crack. No entanto, em um momento de grande preocupação, algumas medidas são tomadas de forma inadequada, levando a tratar o problema de uma forma superficial e reducionista. Estou me referindo ao incentivo e divulgação da internação (e em alguns casos, a internação compulsória) como única possibilidade de intervenção para os dependentes desta substância. Ao tratar o problema como caso de polícia (exemplo da intervenção militar na “Cracolândia” em São Paulo) ou um problema para as clínicas de recuperação, que afastam a pessoa de seu convívio familiar e comunitário, estamos centralizando a questão apenas na droga – a “grande vilã ou lobo mau”, desconsiderando a complexidade do fenômeno. Nesta lógica, o usuário deve ser afastado de um ambiente “periculoso”. Mas, devemos considerar a questão de outra forma, a dependência às drogas (crack, álcool, cocaína, tabaco, etc.) é um sintoma, como a ponta de um iceberg, revelando outros problemas na vida de uma pessoa – dificuldades familiares, dificuldades/ausência de vínculos sociais, falta de projetos/ perspectiva de vida, etc. A impossibilidade em transformar essas situações poderão resultar no abuso/dependência de drogas, como forma de afastamento de uma realidade objetiva ou subjetiva insuportável. Portanto, não

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