| GAZETA REGIONAL | 14 a 20 de maio de 2022 |
ESPORTES
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SEQUELAS NASCIMENTO PERDEU O MOVIMENTO DAS PERNAS, MAS ISSO NÃO O FEZ PARAR DE PRATICAR ESPORTES
Mogiano atingido por 7 tiros em uma chacina é sinônimo de superação BRUNO ARIB
Por Júlia Andrade reportagem@leiaogazeta.com.br
O dia 23 de dezembro de 2014 mudou completamente a vida de Wilian Nascimento, um jovem, morador da Vila Cintra, em Mogi das Cruzes. Ele foi vítima de uma chacina, onde foi atingido por sete tiros, sendo três na cabeça. A violência fez com que o rapaz perdesse o movimento das pernas e tivesse a vida virada de ‘cabeça para baixo’ de repente. Nascimento sempre foi um amante dos esportes e, antes da tragédia, já gostava de praticar exercícios físicos e jogar futebol. No entanto, tudo mudou quando o rapaz foi vítima de um ataque.
balas alojadas no corpo. Além disso, outras sequelas ficaram em sua vida, que leva a marca da traqueostomia que precisou fazer após o fato e a perda dos movimentos das pernas.
Wilian Nascimento se dedica a diversas modalidades de esporte
EM BUSCA DO EQUILÍBRIO
A tragédia não o fez parar de lutar pelos seus sonhos
“Eu estava numa praça com amigos quando um carro passou com homens usando toucas ninjas e começaram a atirar em nós, sem falar nada.
Eu estava de costas, então não consegui correr”, relembrou. O mogiano foi atingido nas costas, na perna e na cabeça, e hoje, ainda tem duas
“Minha vida mudou. Sai da UTI e comecei a fisioterapia, os médicos me disseram que eu não iria mais andar, então eu me esforcei e voltei a praticar esportes para fortalecer os músculos. Depois de um tempo, eu consegui andar com andador e, hoje, eu já ando de muleta”, conta. Nascimento, que já não tinha previsão de caminhar,
se dedica a diferentes modalidades no esporte e anda por Mogi das Cruzes para chegar aos locais de atendimento. O paratleta treina há três anos no projeto de Carlos Guimarães, que atualmente é realizado no Centro de Artes Marciais Jackson Durães, em Jundiapeba. Com um sorriso de esperança no rosto, o esportista demonstra dedicação e persistência e diz até onde quer chegar: “Estou focado para querer andar sem [as muletas], mas está difícil, a perna está fraca, tenho que fortalecer, e estou treinando para isso.” A medalha de superação, com certeza, Nascimento já leva consigo, mas além dessa, o rapaz busca outras e já levou para casa uma de ouro e outras duas de prata.
Moradores do Jardim Ivete, em Mogi, pedem reforma em praça da comunidade Os moradores do Jardim Ivete, em Mogi das Cruzes, pedem obras de melhoria na Praça Doutora Nadia Cristina Ribeiro Gomes. O espaço conta com um playground, meia quadra, um espaço livre com jardim e uma horta, sendo que esses dois últimos foram feitos pelos próprios moradores. A queixa de quem vive ali é a falta de manutenção e ampliação dos equipamentos já exis-
tentes no espaço. Para Rodrigo Costa, por exemplo, que trabalha há anos em uma movimentada adega em frente à praça, a revitalização seria essencial. “Há dois anos a gente pede a reforma dessa quadra, na verdade, para que ela seja inteira e não meia quadra [como é atualmente], apenas duplicar”, pede Rodrigo. Além disso, o comerciante conta que algumas vezes, são eles mesmos que realizam a
pintura do espaço para não ficar ‘largado’. A reclamação não é restrita a Rodrigo. Zulmira Cardoso, moradora do bairro há mais de 20 anos, partilha da mesma opinião e reafirma que os cuidados com o espaço partem dos próprios munícipes. “Quem arrumou tudo aqui fomos nós mesmos, os próprios moradores. Plantamos árvores, cuidamos de uma parte para recolher água da chuva.
BRUNO ARIB
SOLICITAÇÕES MUNÍCIPES PEDEM REVITALIZAÇÃO DE QUADRA E ATENÇÃO DA PREFEITURA À PRAÇA DO BAIRRO
INCOMPLETA
Quadra de esportes só funciona pela metade
Cada um foi fazendo um pouquinho”, contou a moradora. A reclamação dos moradores foi levada pela GAZE-
TA à Prefeitura de Mogi das Cruzes, que deverá se manifestar sobre o caso na próxima semana. (J.A.)