EDITORIAL Quarentena, distanciamento social, uso de máscara, etiqueta respiratória, álcool gel nas mãos, higienização das compras feitas no supermercado… A pandemia de Covid-19 exigiu novos hábitos de higiene que se tornaram indispensáveis para evitar a propagação do coronavírus – ainda que se relativize ou mesmo desacredite a importância desses cuidados. Protocolo de higiene é o tema do segundo volume do Jornal do Zinga – edição extra e também a matéria principal: uma compilação de cartazes com avisos sobre as medidas sanitárias para o controle da pandemia fixados nos comércios de Florianópolis. Essa compilação é uma proposição da edicoes agua para cavalos (saiba mais sobre o projeto na página @aguaparacavalos no Instagram). Apresentamos também dados relativos à Covid-19 no bairro Ingleses, informações sobre o uso de máscaras e uma breve entrevista com um vendedor de máscaras que trabalha em um ponto movimentado do Zinga.
“Cloroquina não é cura!”: a mensagem escrita em um muro na esquina da rua do Centro de Saúde Ingleses alerta para a recomendação enganosa da Cloroquina – medicação utilizada no tratamento da malária – como cura para a Covid-19, que foi largamente propagandeada inclusive pelo presidente do Brasil. Não há evidências científicas da eficácia do remédio para tratar a infecção pelo coronavírus. Além disso, como advertiu a Fundação Oswaldo Cruz em junho, o medicamento pode ser nocivo quando utilizado de forma inadequada e sem orientação médica. Em agosto, o Ministério da Saúde apontou a distribuição nacional de mais de 5 milhões de comprimidos do remédio como medida de enfrentamento da pandemia – à época, o Brasil já somava mais de 100 mil mortos pela doença.
- crítico, literário, noticioso e recreativo do bairro Ingleses Florianópolis, Santa Catarina, Brasil - Outubro/2020 @jornaldozinga | issuu.com/jornaldozinga
EDIÇÃO
EXTRA vol. 2
PROTOCOLO DE HIGIENE
Santa Catarina foi um dos primeiros estados a restringir atividades e fechar o comércio por conta da Covid-19, e também um dos primeiros a flexibilizar tais restrições em abril, ainda no início da pandemia no Brasil.
E
m Florianópolis, as primeiras medidas para prevenção e combate à transmissão da Covid-19 foram tomadas em março, com a publicação de decretos estaduais e municipais que inicialmen-
te restringiram os eventos com aglomeração de pessoas e depois também determinaram a suspensão do transporte público e o fechamento do comércio considerado não essencial, como bares, restaurantes,
hotéis, shoppings e grande parte das lojas de rua. No dia 19 de março, a imprensa noticiava que as ruas de Florianópolis amanheceram desertas naquela quinta-feira. Em meio a tantas mor-