Concurso cultural - 10 anos de oportunidades e transformação social

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Concurso Cultural

10 anos de oportunidades~ e transformacaç, ão social


Coordenação Bráulio Quirino Siffert – Coordenação de Comunicação – Reitoria Angélica Renata de Castro - Núcleo de Biblioteca - Reitoria Comissão de avaliação Carla Pereira Silva - IFNMG - Campus Diamantina Maria Flávia Pereira Barbosa - IFNMG - Campus Arinos Wesley Thales de Almeida Rocha - IFNMG - Campus Almenara Veranilda Lopes Moura Fernandes - Pró-Reitoria de Ensino - Reitoria Luciana Gusmão de Souza Narciso - Pró-Reitoria de Ensino - Reitoria Andreia Pereira da Silva - Coordenação de Comunicação - Reitoria Diagramação Marcos Aurélio de Almeida e Maia Desenho da capa Guilherme de Aquino Leite


Apresentação

Em dezembro de 2018, o Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) celebrou 10 anos de existência, levando oportunidades e transformação social para dezenas de cidades das regiões Norte e Noroeste de Minas e Vales do Jequitinhonha e Mucuri. Para fechar as comemorações com chave de ouro, estudantes e servidores foram convidados a enviar produções artísticas que expressassem o impacto, a importância e o alcance dessa primeira década. Como estamos em uma região culturalmente rica e nossa instituição fomenta o aprendizado e a expressão por meio da arte, o resultado não poderia ser diferente: dezenas de crônicas, fotogra as, poesias e desenhos de ótima qualidade foram enviados para o concurso cultural, e as 20 melhores produções estão publicadas neste livro. Assim, convidamos estudantes, servidores, funcionários, colaboradores e toda comunidade para ler, ver e sentir de forma prazerosa e re exiva que o IFNMG há dez anos vem abrindo novos mundos para o solo árido da metade norte de Minas Gerais. Um solo árido que, como diz uma das crônicas selecionadas, “se nutre de gente que transforma e revolve a terra que antes seca, hoje dá frutos e se fertiliza a cada dia”. Aprecie!

Professor José Ricardo Martins da Silva Reitor do IFNMG




TÍTULO:

Um poema AUTOR:

Olden Hugo Silva Farias Servidor do IFNMG Campus Almenara

Tantas lições se aprendem na escola, diversas e de todos os tipos. Imprevisível, entretanto, era que precisamente aquela lição se aprendesse ali, em uma das inumeráveis instituições da Rede Federal. Não é causa de dor mencionar a morte do meu pai nessa conjuntura, porque um elenco de motivos se põe como explicações naturais a qualquer um, dissuadindo todo julgamento que possa haver quanto a uma possível indiferença ou frialdade diante da perda da referência paterna. Uma razão simples e su ciente é o fato de que ele faleceu quando eu era ainda criança, não havendo, portanto, a oportuna convivência que cresce o apego. Outro fato esclarecedor é que, com o divórcio, ele se distou de minha mãe e, então, de mim, por vários quilômetros e tempos. Sei muito pouco do meu pai por informações escassas vindas da minha mãe e por fábulas controversas de parentes e amigos da família. O que disseram sobre ele ter previsto uma grande conturbação política no país, sobre ter prenunciado a criação de escolas públicas mais vigorosas do que as privadas e sobre ter antevisto uma crise ambiental avassaladora no planeta não foi bastante para ser taxado de vidente. O que foi dito também acerca de ter lido Euclides da Cunha e Pessoa aos quinze anos não o construiu um crítico literário menor em mesas de bar. Admito, por minha vez, que busquei pouco por mais informações sobre ele. Trago a convicção de que o embrulho que minha mãe me entregou aos meus doze anos, a rmando o presente do meu pai a mim, trata-se de um porta-retratos. Primeiro, pela óbvia percepção ao apalpar o embrulho envelhecido, de formas aquadradadas e de peso compatível com uma estrutura leve; segundo, porque minha mãe me disse, do que jamais me esqueci, que, em tempos de raras fotos, havia, de que ela se lembrasse, apenas um registro de meu pai e eu juntos. Minha certeza desse porta-retratos com o seu rosto evidente, que já se des gurava em minha memória, me fez paralisia, durante anos, diante do embrulho que deveria ser aberto. Qualquer um teria medo das próprias emoções imprevistas. Natural seria atribuir a tudo isso minha di culdade em aceitar meu lho, que está para nascer. Sinal de acovardamento, em contrapartida, seria efetivar essa atitude. Decidi abrir o presente porque uma angústia abrasiva parecia limar meu coração. Ter um lho me aparentava uma morte lenta e diária, uma abnegação de noites de descanso e uma renúncia a tantos projetos pessoais. Era agravante meu divórcio gêmeo daquele de meu pai, e era uma sobrecarga incomensurável um lho sem aguardo. A mim tratava-se de um desprendimento pouco espontâneo da uência natural das minhas emotividades. Concluí que não estava pronto para abrir o embrulho nem para nascer um pai.


Cheguei à aula mais cedo. Busquei forças na paisagem do Vale. O sol quase a se pôr me contemplava com o presente nas mãos. O verde improvável trazia a mim o odor de chão. As árvores se perdiam incontáveis na visão que pouco distinguia o m da terra e o início do céu. A sala de aula em que estudo é a mais alta, talvez da cidade. Minha vista era privilegiada: bois pastavam ao longe, pássaros circundavam os prédios estudantis, elevações rochosas inquebráveis surgiam monumentais em gradações de verde e em formatos de eternos gigantes deitados a repousar secularmente. O braço robusto d’água espelhava luz. Do alto do campus do IFNMG, se via uma linda mescla da natureza mais rudimentar com a urbanidade metamorfoseada pela in uência patente de uma Educação máxima. O que chegou junto do cheiro de vento era o canto das seriemas que emagreceram minha solidão e não me deixaram sofrer tanto. Era o momento certo, embora tudo, para abrir o embrulho que continha, em minha convicção, o porta-retratos. Minha mão direita, quase que por vontade própria, rasga a primeira tira. Con rma minha visão a estrutura que traz a foto. Tive uma respiração funda para ver o rosto de meu pai. Olhei. Não era foto alguma. Vi um poema, curto, manuscrito, datado, assinado por ele, decerto inédito e irrepetível: “Uma vida se gasta e se desgasta em razão de outra. / Uma vida vive porque outra se deu. // O real amor é assim: / um rio que se vai, mas deixa a fertilidade / para a terra que ca; / os pais que se dão / para que os lhos possam ter lhos.” É de se con rmar a vidência de meu pai. Ele falou certamente da própria morte para que eu nascesse, e a viu com clareza. Ele previu, e não vejo agora explicação razoável a isso, que eu abriria o embrulho ao lado do monumental senhor Jequitinhonha. E sabia da criação desta escola grandiosa em que acabo de aprender que quem não estiver disposto a dar a vida por outra pessoa não deve ter um lho. Alguém que chegou para o início da aula me viu enxugar os olhos.


TÍTULO:

Evolução AUTORA:

Giovana Martins Rabelo Estudante do IFNMG Campus Montes Claros

Enquanto corações ambulantes se encontram e se desencontram no coração maior da cidade, outros tantos percorrem toda ela para desembarcar no canto calmo – que também acelera – e é diferente de todos os outros. E eles vêm de outras vidas vividas às vezes muito perto, às vezes um bocado longe. É o canto que aglutina faces e histórias, misturando tudo na rotina calorosa do norte de minas gerais. É o lugar, que nos faz tropeçar às vezes na pronúncia, mas que nos conduz a caminhos antes inimagináveis. E então é segunda-feira. É despertar para o dia e sorrir com ele. E as rotinas se encontram. No caminho se esbarra entre olhares com seres humanos que carregam em si a plena potência da existência. É um lembrete para a vida, vida que voa enquanto pisca. É um lembrete de que a essa hora da manhã, não fosse o desenrolar dos anos, estaria recebendo nesse instante o zelo da mãe que dizia sempre para olhar para os dois lados da rua e cuidar de prestar atenção nas aulas. "Um dia você vai querer se formar, comece cedo a se preparar". E nesse piscar de saudade de casa, eis que retorna-se à realidade: o tempo voou e falta pouco para eu me formar na faculdade. Mais algumas chacoalhadas do ônibus lotado e pronto: descemos eu e outros tantos nesse canto que já virou lar. São olhares enviesados e sorrisos tenros que se encontram dia após dia. Encontro de gerações e de vidas que, antes paralelas, hoje são tão parecidas. É a rotina de quem busca. E nesse buscar incessante, encontramos na mesma estante, aquele livro que o professor recomendou. E da escolha ao empréstimo, muitas vidas perpassam enquanto se ta absorta e lentamente o mundo que se abriu junto ao livro. O dia se faz enquanto o convívio e os laços se refazem e se fortalecem com aquele café na cantina. A vida se renova ali, e o sorriso das "tias da limpeza" puri cam a cor verde das arvorezinhas que na primavera revelam suas cores. Entre um voo e outro de um pássaro no céu, o entardecer por entre as folhas que abraçam os banquinhos é como se nos colocassem de novo no colo, como quando crianças. E apesar das duras noites de sono perdido e provas desesperadoras, são as sutilezas do cotidiano que revigoram este lugar. Em uma década de ascensão, foi palco de muitas metamorfoses e, mais que formar pro ssionais, transformou vidas. Vidas que juntas impactam e reverberam. E o solo árido se nutre de gente que transforma e revolve a terra que antes seca, hoje dá frutos e se fertiliza a cada dia. E assim vai, passo a passo, fazendo seu caminho. E modi ca, muda o uxo cotidiano de tantas vidas...


Do bom dia ao boa noite, são as várias formas de cooperar uns com os outros que tornam todos que ali crescem, humanos. E para crescer num lugar tão fértil, o tempo e a idade que parecem às vezes nos distanciar, colocam-nos sentados na plateia do auditório principal e, ndada mais uma palestra, cumprimentamo-nos na saída ao nos sentir como pessoas que se reconhecem não mais por serem jovens e adultos, mas como aprendizes que se unem e se somam. E um lugar que compromete a formar pro ssionais quali cados, forma também laços, amores, amizades e pessoas cada vez mais conscientes do seu próprio valor. Em um ambiente de puro desenvolvimento, impossível não se envolver. Impossível não enxergar a vida com outros tantos olhos; que se cruzam, que se entendem, que se reconhecem e que fazem uns dos outros, espelho do novo mundo aberto pelas portas do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais.


Ele nasceu em uma das regiões mais pobres do Brasil. Parto difícil. Reza a lenda que foi a fórceps. Nasceu numa tarde comum, igual a qualquer outra. Sem festa, sem cerimônia, sem surpresa... Ele apenas nasceu. TÍTULO:

O Instituto da esperança

Desde antes do seu nascimento, sempre fora uma promessa e tanto. Promessa de que contribuiria para mudar, ou ao menos tentar mudar a realidade do lugar de onde viveria – realidade essa que muitas vezes preferimos deixar de lado. As expectativas sobre essa mudança eram tão grandes que colocaram nele o sobrenome do lugar de onde nasceu. Talvez para que nunca se esquecesse da sua origem, ou talvez fosse um mero adorno.

AUTOR:

Marco Stálin Jardim Sena Estudante do IFNMG Campus Teó lo Otoni

O tempo foi se passando, e, para aquele que desde o início percorreu um caminho muito difícil, passando até mesmo pela subnutrição, nalmente conseguiu vencer. Os primeiros anos, todos sabemos, são decisivos. O caráter foi se formando na lida diária com as di culdades sempre encontradas no meio em que vivia. A vida nunca foi fácil. Várias características de sua personalidade tornaram-se notórias como, por exemplo, a sua insatisfação sobre a desigualdade que estava ao seu redor. Ele não conseguia entender o porquê de alguns conseguirem alcançar o sucesso sem o mínimo esforço enquanto outros morriam buscando pelo menos uma vida descente e mesmo assim não conseguiam. Na maioria das vezes não encontrava respostas para suas dúvidas. Acabava deixando de lado por um tempo, mas sempre voltava a bater na mesma tecla. Era um ciclo vicioso? Com o passar do tempo, aquela criança, mesmo que com pouca idade se pôs a pesquisar a m de sanar sua incessante dúvida: "Por que tanta desigualdade? ". Nunca chegara a nenhum resultado exato para aquele que era o motivo da sua insônia. Seu sentimento mais se assemelhava a uma obsessão do que a uma mera dúvida. O mais próximo que ele chegou do que procurava foi a descoberta de alguns sinônimos para seus questionamentos: injustiça, atraso, pobreza, corrupção... Pouco a pouco uma única palavra passou a resumir todos os seus diálogos e pensamentos: equidade. Por diversas vezes voltou a pensar e a re etir; porém, agora tinha mais desenvoltura no seu pensamento. Ao invés de apenas se perguntar como resolver o problema, passou a buscar possíveis propostas de intervenção. Antes ele se perguntava: " Por que tanta desigualdade? ". Agora ele se pergunta: "Por que não balancear as oportunidades para darmos oportunidades iguais para contextos sociais distintos? ". Assim como qualquer um ao longo do tempo, seu desenvolvimento era notório, ele amadureceu de uma forma geral de modo demasiado impressionante.


Outra importante característica que tornou-se quase que uma assinatura dele, é a sua persistência. Mesmo encontrando di culdades na sua tentativa de mudar a realidade em que estava inserido, se recusava a desistir. Foi por causa desse desejo, que vinha tomando conta dele como um todo, que resolveu parar de pensar e começar a agir. Se esforçou ao máximo para tentar mudar sua realidade, bem como, a de várias pessoas ao seu redor. Seus dias têm sido marcados por fazer o possível para sempre deixar todos num mesmo patamar. Isso deu oportunidade a muitos, que antes nem sequer possuíam esperanças de uma mudança de vida, (mesmo que em seus sonhos mais otimistas). Pouco a pouco, aquela pobre região do Brasil vai mudando de situação. Mesmo que com passos curtos, a evolução é considerável. Ele foi um agente muito importante nessa transformação. Apesar de tamanho êxito no seu mais ambicioso desejo (no seu único motivo de paz), que era um ambiente mais justo e igualitário, ele sofreu e sofre para continuar transformando e ajudando tantas pessoas, uma vez que, sua própria existência depende dos rumos políticos que o Brasil toma. Está aí um impasse: não adianta ter tamanha índole se uma simples mudança no país pode acabar com tudo. Isso o deixa abalado, mas não intimidado. Segue rme e forte, com foco apenas em seu objetivo, ignorando as possibilidades de fracassar. Difícil de acreditar que o esforço de uma simples criança mudou e muda a vida de tantas pessoas. Sim, uma criança. Apenas 10 anos de idade. Mesmo não sendo um ser humano, ele faz coisas que somente os mais nobres sentimentos do mundo são capazes de fazer: melhorar a vida das pessoas que mais precisam. O trabalho da criança está apenas começando, e não tem previsão para término, pois é in nito... O nome dessa criança é instituto federal. O Instituto da esperança


TÍTULO:

Nos caminhos do IFNMG AUTORA:

Lilian Gonçalves de Melo Servidora do IFNMG Campus Araçuaí

Sim, agora ele iria estudar no CEFET. Desde a época em que chegou à cidadezinha de Januária como Colégio Agrícola, todos da cidade sabiam que era um bom lugar para estudar. Sim, agora ele estudaria ali. A mãe, todas as manhãs acordava preocupada em fazer o leite com tody e arrumar o lanche. Era o orgulho da família ter um membro da casa que estudasse no CEFET. Era difícil, mas ele conseguiu. Os caminhos até o CEFET eram longos, a ele, o novo aluno, deveria pegar o ritmo. Deveria, todos os dias, ir e voltar para o CEFET. O primeiro contato com essa nova rota era desa ador, via vários alunos, vindos de diversos caminhos, a seguir para os caminhos do CEFET. Os meios de condução eram diversos: ônibus, motos, pedestres, carros e bicicletas. Esse novo aluno ia de bicicleta. Agora teria que estudar mais, pois era aluno do CEFET. Enfrentava sol, chuva, calor e frio. Mas gostava tanto daquele lugar que não se importava com isso. Só não gostava quando a bicicleta furava o pneu. Oh, era dramático, vinha na bagagem de algum colega segurando a bicicleta com o pneu furado. Ao adentrar naquela instituição, era o mesmo que está inserido em um novo mundo. Era engraçado, vários professores, várias salas, muitas pessoas. As aulas eram ótimas, mas as de informática eram as melhores. Naquele ensino, o novo aluno via um universo de novas possibilidades, novos caminhos. Ia todos os dias almoçar em casa, teria que almoçar rápido, pois não podia chegar atrasado. Sempre cava pensando... quais seriam os caminhos que todos esses alunos irão traçar? É difícil saber, mas no seu interior tinha certeza que seriam caminhos prósperos, pois eram oriundos daquele lugar. Depois, com mais da metade do curso de ensino médio e técnico concluído, o CEFET tornou-se IFET. O novo aluno não entendeu muito a mudança. Mas disseram que era para melhorar. E melhorou mesmo. Os caminhos agora seriam aumentados, novas possibilidades. A cada semestre, novos sujeitos seguiam aquela mesma rota, novos sujeitos estavam inseridos nos caminhos dessa nova instituição. E veio a formatura, foi uma realização familiar. O único integrante daquela família era agora formado pelo IFET. Era um orgulho! Ele era federal, ensino médio e integrado. A mãe, juntamente com o lho, sabia as di culdades vivenciadas, os trabalhos, teatros, madrugadas, nais de semana e a rota diária. Agora, aquele aluno iria se separar dos seus amigos, dos professores. E o caminho? Seria outro? Não, claro que não.


O IFET muda-se para IFNMG, com essas mudanças surgem novos cursos, novas graduações. Agora, aquele aluno faria faculdade nessa instituição. O vestibular foi tranquilo, pois os caminhos do IFNMG, antigo CEFET, levam para essa realização. Agora, aquele lugar, não causava estranhamento, era sua casa, seu lugar. Via os novos alunos e pensava: de onde eles vinham? Não sabia, havia apenas a certeza que esses alunos agora faziam parte dos caminhos do IFNMG. O novo aluno precisava trabalhar, com o m da graduação, m das bolsas de PIBIC, era preciso escolher: trabalhar em que? No seu íntimo, o aluno sabia que os caminhos do IFNMG levariam a novas conquistas. Essa percepção foi certa. Lembrou-se de Drummond, que dizia: havia uma pedra no meio do caminho. No concurso, foram várias pedras no meio do caminho, mas os caminhos do IFNMG levaram a vitória. Sim, ele foi aprovado. A mãe, cheia de orgulho dizia: claro, meu lho, era aluno do IFNMG!


TÍTULO:

Esgueirando-se pelo Campus AUTORA:

Lara Fernandes Pereira Estudante do IFNMG Campus Teó lo Otoni

Esgueirando-se pelo Campus, encontrou um espelho xado em uma parede branca. Encarou seu re exo projetado na superfície de vidro, e reparou em sua própria face. Olheiras suaves abaixo dos olhos, algumas espinhas espalhadas pela pele e um pequeno lampejo de vivacidade em suas pupilas. Tons de rosa se mesclavam nas pontas de seus os escuros, e dois pequenos brincos prateados enfeitavam timidamente sua orelha esquerda. O uniforme do IFNMG se destacava em sua pele morena clara, com uma minúscula mancha do chocolate que havia comido mais cedo. Suspirou, erguendo o olhar para seus orbes negros, divagando em acontecimentos diversos que ali ocorreram. Esgueirando-se pelo Campus, presenciou momentos sutis, que, constantemente, passam despercebidos pelos olhares daqueles que se encontram absortos em seus mundos. Presenciou ocasiões diversas que lhe provocaram os mais distintos sentimentos. Se apossou de memórias que acidentalmente ela veio a incumbir. Esgueirando-se pelo Campus, viu abraços apertados, desengonçados, demorados e cheios de carinho. Viu o consolo para as tristezas ser presenteado por meio do afeto, as di culdades serem superadas por meio do apoio e as diferenças serem compreendidas através do amor. Ela viu pessoas de classes, ideias e realidades distintas buscando aprender mais sobre o próximo, aprendendo com as divergências e se tornando mais empáticas com aqueles ao seu redor. Esgueirando-se pelo Campus, viu lágrimas uindo por diversas faces, devido à diversos motivos. Prantos de melancolia em momentos difíceis, de felicidade por grandes conquistas e de comoção por pequenos gestos. Ela viu rios emergirem dos olhos e sorrisos brotarem dos lábios de pessoas sisudas ao perceberem que haviam superado seus limites. Esgueirando-se pelo Campus, viu os mais variados beijos, e todos possuíam algo em comum: a paixão. Amigos mostrando seu apoio com um simples selo na testa, o amor por animais que aquela garota abrangia ao beijar várias vezes o cachorrinho que ali estava, o carinho que aquele casal possuía ao trocar um tímido beijo de despedida, eram as diversas declarações por ela presenciadas. Ela viu beijarem as paredes por agradecimento a todas as oportunidades que obtiveram.


Esgueirando-se pelo Campus, viu os mais belos sorrisos resplandecendo e contagiando as pessoas ao redor. Desde tímidos risos até as mais altas gargalhadas já preencheram seus ouvidos durante sua estada no Campus. Ela viu a felicidade se transformar em gesto e ser compartilhada entre alunos e servidores por meio de sorrisos alegres e brilhantes. Esgueirando-se pelo Campus, viu o mesmo espelho diversas vezes, xado na parede branca do colégio, mas tão pouco tempo ela passava tando-se naquela superfície de vidro. Suspirou, saindo de seus devaneios e mais uma vez encarando seus orbes negros. Ela viu um vulto pelo re exo, que correu ao notar que ela o havia reparado. Sorriu para si mesma, concluindo que não era a única pessoa a se esgueirar pelo Campus vendo os acontecimentos diversos que ali ocorriam.





TÍTULO:

A inspiração é fruto da conexão com a natureza AUTORA:

Vitória Rocha da Silva Estudante do IFNMG Campus Salinas


Tร TULO:

Hรก dez anos plantando sementes e colhendo conhecimentos AUTOR:

Eduardo Rodrigues Santos Estudante do IFNMG Campus Teรณ lo Otoni


TÍTULO:

Primavera do Norte AUTOR:

Júlio Cipriano da Silva Neto Servidor do IFNMG Campus Pirapora


Tร TULO:

Recomeรงo AUTORA:

Giovana Martins Rabelo Estudante do IFNMG Campus Montes Claros


TĂ?TULO:

Re exo de uma estrutura educacional AUTORA:

Dayane Fernandes Nascimento Estudante do IFNMG Campus Almenara




TÍTULO:

Insubordinada Conjunção AUTOR:

Cristiana Silva Mendes Cangussú Ex-Servidora do IFNMG Campus Arinos

Caí da cama E acordei poeta Com ressaca de ânsia, Pensei na paz do zero. Um gosto escuso Pelo esgotamento. O mundo E suas mágicas possibilidades. As quebras e rebeldias, Escrevo verso em poesia. Pensei no francesinho Bergson, No no trato das atualizações e virtualidades. Com a última or do Lácio, Djavaneei: E se? Classi cá-la gramaticalmente Dói e alumbra menos Se pensar no peso e prazer, Bastante bruto De tudo que posso, Tendo o mundo por quintal. Então globalizo minhas quimeras: If! Pequena como o se, Na pátria do Cruzeiro, Tal palavra ganha cores oníricas Com sabor de vitória madura, inalienável.

Se na gringa if é se, No Brasil, If é sim! São onze estrelas pulsando No céu sertanejo do norte de Minas Gerais. São paragens de alegrias, De transformações, De sonhos, Mudança de tantas e tantas vidas – Escola. 10 anos, 11 mil alunos, 655 servidores, 629 professores. O peso da matemática se contrai Ao lado da grandeza transformadora da educação. Quem morde de seu improvável fruto Tem suas condenações Adestrar o abstrato é tarefa de gigantes. A recompensa jaz no Éden do saber. Esse que modi ca e fortalece E dá, a quem se dedica a ele, a glória inconteste Da evolução pelo conhecimento. IFNMG: 10 anos de possibilidades e melhorias educativas Na vida do povo norte mineiro!


TÍTULO:

IFNMG: a escola que transforma AUTOR:

Maria Victória Fernandes Vaz Estudante do IFNMG Campus Teó lo Otoni

Milhões de jovens hoje sofrem Com a falta de perspectiva, Mas talvez o que falte mesmo, Seja apenas uma iniciativa. O IFNMG traz consigo, Esse ideal de pesquisa, ensino e extensão, E que no Norte de Minas ressalta, O potencial dessa região. Durante 10 anos, Educação gratuita e de qualidade se faz como objetivo, A m de atingir todas as classes, E tornar o ensino algo coletivo. Pessoas que nunca sonharam em ter algo E que não tinham uma oportunidade, Através de cursos, projetos e ensino, Conseguem se sentir en m, parte da sociedade. São poucos anos de existência, Se comparados ao alcance dos seus projetos, Que atingem alunos do campo e da cidade, E estes veem no instituto, A chance de mudar sua realidade. A partir disso, O IFNMG vem se tornando mais que uma instituição educacional, E cada vez mais vai se rmando, Como um instrumento de transformação social.


TÍTULO:

Uma Educação Referência AUTORA:

Ana Clara Santos Marques Estudante do IFNMG Campus Pirapora

Vindo de uma escola pública Ou de uma escola particular Estudar em um Instituto Federal É um sonho que se pode realizar Em qualquer lugar do Brasil Onde menos se imaginar Onde quer você esteja Um Instituto Federal haverá Ele lhe dará liberdade E um futuro de prosperidade As barreiras para os seus sonhos Ele te ajudará a derrubar O caminho parecerá difícil Percebe-se desde o início Mas apoio você terá Para as di culdades enfrentar O ensino desse lugar Em seus 10 anos de existência É tido como referência E onde quer que você vá O conhecimento adquirido irá lhe acompanhar


TÍTULO:

Aprendizado forja sonhos AUTORA:

Luíza de Almeida Guimarães Estudante do IFNMG Campus Teó lo Otoni

Houve grande transformação Naquele jovem sem direção Ao entrar em um campus Com um caderno na mão Família desvalorizada História pouco notada Para muitos ele era um nada Mas o rapaz tinha a mente focada As mais severas di culdades Ele enfrentou O material acabou O lanche faltou A nota abaixou O rapaz chorou Mas seu sonho gritou E a cabeça levantou O curso chocou Quase reprovou Mas não se abaixou Focou, estudou, passou Com direcionamento do professor Que por ele batalhou Aprendeu que o negro tem valor Que o suicídio gera pavor Que a mulher tem sua voz Que o mundo é do jovem E ele é livre para sonhar

E o único capaz de mudar Aprendeu mais que as materias poderiam ensinar Aprendeu a seu carater forjar A não se calar A sempre lutar A valorizar a cultura, a arte, o ser A viver para ver E atuar Para o Brasil crescer Durante esse tempo O campus ajudou O dinheiro que davam O sustentou Bate e volta pra casa E a família sonhou Depois de três anos O menino formou Na faculdade passou E seu sonho realizou Olhou para trás E pode pensar "Instituto Federal Obrigado por me preparar E me transformar Para esse dia chegar".


TÍTULO:

Signi cado do IFNMG AUTOR:

Luiz Victor Soriano da Conceição Estudante do IFNMG Campus Teó lo Otoni

De longe, Como apenas um instituto pode ser notado. De perto, Percebe-se que faz com que o lugar em que vive seja mudado. Formando técnicos competentes Tanto em informática quanto em meio ambiente. Em seu sistema, preza-se pela igualdade, Oferecendo a todos os alunos, as mesmas oportunidades. Trabalhando para que atividades extraescolares se tornem práticas, Como artes diversas ou olimpíadas de matemática. Não elogiado apenas no ensino das exatas, humanas ou ciências naturais, Mas também no dom de realizar transformações sociais. Capaz de fazer na desigualdade, uma alteração, Graças a seus projetos de pesquisa e extensão . Com tais características e ações, descritas através de fonemas com repetições, Posso com certeza dizer, Como é bom ser estudante do IFNMG.




TĂ?TULO:

A face do tijuco AUTOR:

Guilherme de Aquino Leite Professor Substituto do IFNMG Campus Diamantina


TÍTULO:

Uma educação humanizadora faz brotar a transformação social AUTOR:

Alessandro Batista Alves Lopes Monção Estudante do IFNMG Campus Montes Claros


Tร TULO:

IFNMG: Transformando vidas e construindo o futuro AUTOR:

Matheus Silveira Borges Servidor do IFNMG Campus Januรกria


TÍTULO:

A chuva de conhecimento só será ofensiva para a ignorância AUTORA:

Brenda Soares Batista Estudante do IFNMG Campus Teó lo Otoni


Tร TULO:

Estรก germinando AUTORA:

Laura Miranda Lemes Estudante do IFNMG Campus Diamantina





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