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Diário Popular

OPINIÃO

Quarta-feira, 9 de outubro de 2013

FRASES “Quanto mais partidos você tiver, menos identificação programática, característica partidária, menos a sociedade tem os partidos como referência. Então, acho que é preciso dar um basta nisso, desestimulando definitivamente a criação de partidos”. Do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendendo a rápida votação do projeto de lei (PLC 14) que dificulta a criação de legendas.

“O senador da República da Bolívia Roger Pinto Molina foi colocado em um carro diplomático daquela representação e, depois de um épica jornada de 22 horas e 1,6 mil quilômetros, alcançou a liberdade”. De Fernando Tibúrcio, advogado do senador, pedindo ao Supremo Tribunal Federal (STF) o arquivamento do habeas corpus no qual o parlamentar pedia um carro ao governo brasileiro para deixar a Embaixada do Brasil em La Paz.

“A política é o imponderável. Muitas vezes a sua intenção hoje não se realiza amanhã por absoluta desconexão com a realidade”. Do senador Aécio Neves, aventando a hipótese de Marina Silva ser candidata à Presidência.

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ESPAÇO PÚBLICO

CARTAS À REDAÇÃO

Joel do Sax e Neném do Violão se apresentam na Happy Hour IPATINGA - Os clientes do Shopping do Vale têm um ótimo show no Happy Hour de outubro que traz a musicalidade e o talento da dupla Joel do Sax e Neném, a partir das 18h30, do dia 9 de outubro, na Praça de Alimentação e Lazer. A dupla já se apresentou outras vezes com muito sucesso no centro de compras e agora volta com um repertório diversificado, repleto de MPB e pop rock. Os artistas são bem conhecidos na região, com cinco anos de carreira apresentando-se em espaços culturais, restaurantes e bares, mas também levando

sua música a outras cidades do estado. Joel e Neném participam ainda de um projeto que leva o ensino musical a escolas municipais e estaduais

de Ipatinga, despertando talentos entre os estudantes e realizado pelo 14º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais.

ARTIGO

O plano C de Marina Foi um uma reviravolta histórica digna de um roteiro de um thriller dos bons com final totalmente inesperado. Um ato político insólito e inédito pela sua ousadia e desprendimento, algo completamente fora dos cânones da política brasileira marcada pelo extremo individualismo e egocentrismo recorrente. No plano internacional também não consigo encontrar similares. Aparentemente incompreensível: como uma candidata que chegou a 26% tendo alternativas para viabilizar sua postulação, ainda que complicadas, difíceis, opta por apoiar outro com um patamar de 7%? Marina teve a coragem de fazê-lo e seu ato foi de estadista: analisou o que o Brasil precisava, fez uma lúcida e desassombrada análise das circunstâncias e desdobramentos e deu uma volta por cima desconcertante que ninguém seria capaz de prever. Ela poderia ter facilmente encontrado um partido para lhe “dar legenda” e se candidatar a presidente. Teria um partido tradicional, sério, como o PPS. Passaria a campanha tendo que explicar porque dez dos seus doze deputados haviam votado com os ruralistas na votação decisiva do Código Florestal, inclusive um, ruralista, particularmente truculento, de Rondônia. Se optasse como alguns sugeriam por um partido da “sopa de letrinhas” invariavelmente se veria assombrada pelos esqueletos e mais esqueletos pulando dos armários de cada um deles. Eu, pessoalmente, estava disposto a conviver com a primeira hipótese(PPS) mas me preocupava não só a sua performance ambiental como o tom político mais geral: Marina e todos nós, em geral, podemos ser altamente críticos dos rumos atuais do governo mas incorporamos boa parte do saldo de 2002 para cá. Somos críticos, mas não oposição sistemática, como vem sendo o PPS. Internamente à Rede haveria muito ranger de dentes. Nada disso seria fatal, a priori, mas, certamente, um fardo. E a opção por algum nanico lato senso, por sua vez, seria extremamente perigosa. Outra alternativa era simplesmente ficar de fora com Marina jogando um papel de a bandeirada da sociedade civil podendo fazer uma anticampanha programática com em algumas eleições dos anos 80 e 90 fizemos com as “listas verdes”. Isso, no entanto, nos remeteria a uma era mais antiga do movimento ambientalista. Foi o que Marina chamou de opção “Maria Teresa de Calcutá”. Nenhuma dessas possibilidades era atraente. Mas elas pareciam as únicas que restavam à Rede. Pessoalmente eu me dispunha, já há bastante tempo, apoiar Eduardo Campos caso Marina não fosse candidata. Era notoriamente meu plano B. Mas sempre encarei isso como uma opção individual minha e de Sérgio Xavier, algo absolutamente inviável de ser emplacado na Rede. Fazer essa proposta para o coletivo, na noite fatídica

(*) Alfredo Sirkis

da decisão do TSE pareceria uma insensatez passível de linchamento político --simbólico, entenda-se—além de representar uma insensibilidade sem tamanho com nossa candidata. Ninguém teria coragem de propor um despautério desses, a não ser... a própria Marina! Ela já vinha cozinhando a coisa com seus botões quando começou a falar em “plano C”, pouco antes de cairmos numa discussão perfeitamente dispensável que começou com uma reclamação dela, de efeito retardado, sobre uma afirmação que eu fizera, uma hora antes e que lhe soara injusta sobre a Rede. Fora uma discrição da nossa heterogeneidade com uma alusão aos evangélicos que lhe pareceu ofensiva quando essa não havia sido absolutamente minha intenção --alias, sou dos quadros de esquerda laica um dos que tem melhor diálogo com esse segmento, por diversos motivos, inclusive familiares. A reclamação dela acendeu meu pavio --notoriamente curto-- numa hora de stress e cansaço acentuados. Não vou aqui falar mais sobre esse pequeno incidente. O fato é que minha impaciência e irritação me levou a privar-me da continuidade daquela discussão e, sobretudo, do final do novelo de lã que Marina começava naquele momento a tecer, pacientemente, sem que ninguém o percebesse. No final do novelo havia um Deus-ex-machina: uma reviravolta no processo eleitoral brasileiro de 2014. Os “spin doctors” do Planalto jamais o preveriam! Ao, nas suas próprias palavras, “derrubar o aviãozinho de Marina na pista de decolagem” buliram com a lei das consequências inesperadas: potencializaram a candidatura de Eduardo Campos que tem um potencial bastante evidente: uma estrutura política nacional, uma articulação com prefeitos. Um histórico de esquerda inatacável. E um legado de gestão: trata-se do governador mais popular do país, reeleito com uma votação consagradora e aberto a novas ideias, particularmente às de sustentabilidade. Marina identificou aí alguém que se comportara fraternamente com a Rede –para além daquela cordialidade política interessada-- alguém com quem pode se tentar um caminho de aliança programática para aprumar os rumos de um país cuja governança entra em pane. Uma aliança eventualmente plausível de ganhar e de governar. Solitariamente ela encontrou e depois conseguiu fazer valer ante quase todos sonháticos de uma alternativa arriscada certamente mas menos problemática que as anteriores. Quem sabe uma decisão que entrará para a história como um gesto ousado, humilde e desprendido que surpreendeu e depois mudou o Brasil.

(*) Alfredo Sirkis é jornalista, escritor e deputado federal (PSB).

VAGAS PREFERENCIAIS, PARA QUEM SÃO? Como cidadão, sinto-me no direito de reclamar e trazer a público a falta de educação e de respeito dos motoristas do Vale do Aço com quem tem DIREITO às centenas de vagas preferenciais pela cidade. Muito se tem falado sobre a violência no trânsito, mas o que os cidadãos têm feito a respeito? Passei por uma situação no início do mês que me gerou, como cidadão que respeita as leis, malestar e muita indignação. O que seria um passeio tranquilo pelo Shopping do Vale do Aço se tornou um transtorno. Dia 01/10, eu e minha mãe, uma senhora de 65 anos, fomos ao Shopping do Vale do Aço fazer umas compras e resolver uns assuntos. Quando chegamos ao estacionamento, ela estava na direção de nosso veículo e TODAS AS VAGAS sinalizadas para idosos estavam ocupadas por carros sem identificação de idoso, o cartão fornecido pela Prefeitura da cidade. Em Ipatinga, por lei, maior de 60 anos tem direito a utilizar um cartão de identificação e utilizar as vagas destinadas a eles estando de posse desse cartão. Ao constatar que nenhuma das vagas disponibilizadas para esse fim no Shopping estava disponível por conter carros sem identificação (tinha até um táxi de Santana do Paraíso estacionado sem identificação numa vaga para idoso) fui até o segurança do estabelecimento e expus a situação. Ele seguiu o protocolo e acionou seu superior.Ao relatar a minha indignação com a situação, o chefe dasegurança do estabelecimento me informou que nada poderia ser feito, visto que a fiscalização do estacionamento deveria ser realizada pelas polícias Militar, Civil ou de Trânsito, (nem ele sabia) mas nenhuma estava atendendo mais aos pedidos doestabelecimento, causando transtornos para os motoristas que seguem à risca as leis de trânsito. Segundo ele, desde o final de 2012 as polícias entraram em desacordo e não fiscalizam mais o estacionamento. Não sei se por lei isso é correto, não sei de quem é a responsabilidade. O que sei é que estão num jogo de empurra: o Shopping do Vale do Aço e as polícias que deveriam fiscalizar. Por fim, o chefe da segurança pediu que eu tentasse acionar qualquer uma das polícias, mas que seria em vão e que, se eu conseguisse levar alguém que faça fiscalização para lá eles, ficariam muito gratos, pois não conseguiam uma fiscalização há muito tempo. Eu argumentei que, por duas vezes, um segurança do Shopping pediu que ela retirasse o veículo do local, pois estava sem sinalização. Providenciamos o Cartão do Idoso e mesmo assim não conseguimos estacionar nos locais reservados para eles. Ele informou que nada podia fazer e que se eu fui abordado é porque NÃO TIVE SORTE e tinha segurança lá no estacionamento, porque eles pedem para retirar quando veem, mas que o Shopping não tem efetivo suficiente para tal fiscalização. Por fim deixamos o carro longe das vagas reservadas para idosos e fomos resolver nossos assuntos. Não liguei para a polícia nem fiz uma notificação ao Shopping, pois fui avisado por quem nos atendeu que nada aconteceria se fizéssemos tal notificação. A minha indignação não é só com o estabelecimento, nem com a polícia, mas principalmente com o cidadão que não respeita as leis, não tem discernimento que aquelas vagas são para pessoas com dificuldades de locomoção, que precisam das vagas para terem menos caminho a percorrer e menos riscos ao caminhar dentro do estacionamento. E quando penso que está tudo resolvido, vejo do outro lado do estacionamento para idosos um carro ocupando duas vagas, exatamente no meio da faixa. O que me aborrece como cidadão é que não há conscientização, não há respeito, não há humanidade nos motoristas do Vale do Aço. Salvo exceções, o que vejo é que não temos mais motoristas, e sim pilotos de guerra, onde se dar bem a qualquer preço é a regra que tem que ser seguida. Lamentável. Lucas Ornelas, cidadão indignado e comunicador social.


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