JORNAL DE NEGÓCIOS / Bom Despacho-MG

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1 Bom Despacho (MG), 31 Maio 2023 Ano XXXIV - Nº 1.654 • Fundado em 12/05/1989 Bom Despacho (MG), 31 Maio 2023 • Grátis 1 exemplar Bom Despacho 111 anos Cooperbom inaugura loja agroveterinária em Samonte Carreta derruba parte de imóvel; motorista foge DER iniciou construção da ponte sobre o Rio Jacaré PC prendeu autor de homicídio bárbaro em BD PÁGINA 12 PÁGINA 11 PÁGINA 3 PÁGINA 7 NESTA EDIÇÃO ALEXANDRE MAGALHÃES Pessoas, lugares e momentos incríveis PÁGINA 10 ROBERTA GONTIJO TEIXEIRA Cento e onze anos: tempo de conciliação PÁGINA 4 FERNANDO CABRAL Crepúsculo e nova aurora do meu avô Mário Morais PÁGINA 14 LÚCIO EMILIO JÚNIOR 111 aninhos da minha segunda cidade PÁGINA 11 ALEXANDRE SANCHES MAGALHÃES Lendárias praças de Bom Despacho PÁGINA 12 TADEU DE ARAÚJO TEIXEIRA Bertolino anuncia financiamento de 60 milhões para Anel Rodoviário Rotina de acidentes e interdições na BR-262 PÁGINA 3

OPORTUNIDADE

Vendo 3 Chácaras de aproximadamente 1.000m2 - R$ 86 mil - SEM ENTRADA e 144 parcelas corrigidas pela Caderneta de Poupança

VENDO

Área de 2, 3, 5 ou 10 hectares a 1,5 km da cidade de Bom Despacho

ACORDEON - Vendo, 80 baixos - 99816.9221

FIAT TORO - Vendo, 2017, flex - 99949.0300

Pedido de Licença Ambiental de Loteamento

A Gomes Desenvolvimento Imobiliário Ltda., por determinação do Departamento municipal de Meio Ambiente de Morada Nova de Minas, torna público que solicitou, por meio do Processo Administrativo nº 005/2023, Licença Ambiental para atividade de Loteamento de Solo Urbano conforme código E04-01-4 da Deliberação Normativa 217/2027, para seu empreendimento localizado no município de Morada Nova de Minas.

p/3005

Pedido de Licenciamento Ambiental LAS/RAS

VS PESCADOS LTDA , representada por seus proprietários, André Henrique Vilarinhos Santos e Augusto César Vilarinhos Santos, por determinação da Prefeitura Municipal de Morada Nova de Minas/Agência Municipal de Meio Ambiente, torna público o parecer técnico de deferimento, que solicitou por meio do processo administrativo/FOBI n° 00359/2022, LAS/RAS, para a atividade de preparação de pescados, estabelecido na Fazenda Saco da Morada, zona rural de Morada Nova de Minas/MG.

p/1605

Adalberto - (37) 99968.5890 SIGA

ÁREA – Vendo, 1.080m2 – Jd. América – Beto – 3522.1521 e 99921.4917

BETONEIRA - Vendo, Menegotti 400 litros, 110v99902.8241

BICICLETA - Vendo, infantil, aro 16, revisada - 99822.1482

CADEIRA BANHO - Vendo, usada - 99863.8631

CASA - Vendo, 3quartos, sala, copa, cozinha, banheiro, quintal e cômodo comercial - Bairro São Vicente - Aceito veículo99845.7926 e 99872.7503

CASA - Vendo, 3quartos, sala, cozinha, 2banheiros e 2 barracões ao lado - Rua Paraná, 282 - Bairro Ana Rosa99926.6797

CASA - Vendo, 3quartos, sala, cozinha, banheiro, garagem e quintal - Judith - 99941.1556

CASA - Vendo, 3quartos, suite, sala, cozinha, banheiro, garagem - Lote 360m - Rua Bolívia, 361 - Jd. América - João (31) 99513.9159 e Leda (31) 97558-9109

CASA - Vendo, 4quartos, 3banheiros, garagem, área lazer, portão eletrônico, aquecedor solar - Bairro Jaraguá98838.9290

CASA - Vendo, 4quartos, sala, cozinha, 2banheiros, garagem, 2 barracões - Travessa Dr. Miguel, 44 - R$ 340 mil998836.8090

CHÁCARA - Vendo, a 1 km do Engenho Ribeiro - 99957.8442

CHÁCARA - Vendo, no Taboão, c/ 2 casas - R$ 270 mil - Aparecida - 99948.3649

COLCHÃO - Vendo, D33 casal, molas Spring, usado - R$ 400, - (31) 99697.5769.

COTA - Vendo, na Praça de Esportes - Júlia Cabral - (31) 99194.0662

ENSILADEIRA - Procuro p/ comprar, usada, EN999983.0226 e 99923.8669

FORD FIESTA - Vendo, Hatch - 99944.0050

FILHOTES - Vendo, de Pastor Alemão - 99868.6172

GRADE PROTEÇÃO - Vendo, para cama solteiro99863.8631

JEEP RENEGADE - Vendo, 2018, 4x4, Longitude, diesel, único dono - R$ 110 mil - João -99118.0100

LOTE - Vendo - Travessa Dr. Miguel Gontijo, 44 - R$ 200 mil - 98836.8090

LOTE - Vendo, 360m - Bairro São Geraldo - 98816.6566

LOTE - Vendo, na Avenida Francisco Paula Lopes - Bairro de Fátima - R$ 48 mil99856.5001

LOTE - Vendo, na Avenida Palmeiras - R$ 75 mil99941.0954

LOTE - Vendo, no Capivari dos Macedo, 360m - 99961.3033

LOTE - Vendo, no São José, 300m, murado - (31) 97142.7865

LOTES - Vendo, 3, juntos ou separados - Rua Wanda Foschetti - Bairro Liberdade(31) 99979.1990

MESA - Vendo, de 6 cadeirasR$ 400, - 99927.4628

MESA - Vendo, de ferro - R$ 240, - 99927.4628

MOTO - Vendo, Turuna, 1983, único dono - 99956.6442

SÍTIO - Vendo, perto Buriti Grande, a 500m rodoviaCésar - 99183.4279

SÍTIO – Vendo, com benfeitoria – Troco por Casa –99985.2832

TELHAS - Vendo, usadas99105.1168

TERRENO - Vendo, 18hectares, c/ casa, pomar e curral, à margem futuro anel rodoviário - 99802.3553

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2 DESTAQUE Bom Despacho (MG), 31 Maio 2023
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DER iniciou ponte sobre o Rio Jacaré

Obra vai substituir a ponte antiga entre Moema e Lagoa, na MG-170, que está interditada há um ano e meio devido ao risco de desabamento

Rotina de acidentes e interdições na BR-262

Começou dia 19/5 a construção da nova ponte sobre o Rio Jacaré, no km 24 da rodovia MG-170, entre Moema e Lagoa da Prata. A obra, feita pelo DER-MG, ficará pronta em dezembro deste ano segundo o órgão.

As equipes de trabalho já fizeram a demolição da antiga ponte, que está interditada desde dezembro de 2021 devido ao risco de desabamento provocado por falhas na sua estrutura. A interdição, segundo o DER, foi necessária por questão de segurança, “uma vez que a estrutura recebe um tráfego diário de aproximadamente 800 veículos leves e pesados”.

A nova ponte terá 49,6m de comprimento e 12,1m de largura. Seu custo previsto é

de R$ 2,8 milhões. Para o diretor-geral do DERMG, Rodrigo Tavares, o início das obras traz alívio para todos. “Sabemos dos inúmeros transtornos causados pela interdição da ponte. Agora este problema está com os dias contados e iremos devolver à população uma estrutura nova e segura”, afirmou.

A rodovia MG-170 é um corredor viário por onde passa grande volume de produtos do agronegócio, com destaque para o milho e a soja. A região também abriga empresas do setor sucroalcooleiro e de laticínios que abastecem o mercado regional e nacional. (Material da Agência Minas editadopeloPortaliBOM/Foto: DER-MG).

No mesmo horário em que uma interdição na serra de Luz era liberada, na manhã de quarta-feira (24/5), outro acidente na ponte do Rio Lambari, entre Bom Despacho e Nova Serrana, fechou a pista no km 462 da rodovia. Segundo a PRF, por volta de 9h um Toyota HB20 que trafegava no sentido Bom Despacho-Nova Serrana bateu na traseira de um VW Gol que estava parado numa fila de veículos por causa de outro acidente ocorrido a 3 km do local. Com o impacto o Gol foi jogado para a frente e bateu na traseira de um Fusca que também estava parado. Havia duas pessoas em cada veículo. A passageira do Gol teve ferimentos graves, enquanto os demais ocupantes dos outros veículos sofreram ferimentos leves e foram socorridos por equipes da concessionária Triunfo Concebra e do Corpo de Bombeiros, sendo levados para a UPA de Bom Despacho. Ainda segundo a PRF, todos os envolvidos são de Bom Despacho. O trânsito no local ficou interditado no local até 10h.

Serra de Luz

A interdição no km 533 da BR262, na serra de Luz, foi liberada às 8h15 da manhã de 24/5, após mais de 24 horas da pista fechada. A interdição ocorreu no dia anterior, após uma carreta tanque com 30 mil litros de álcool tombar e sofrer um princípio de incêndio no

local. O acidente danificou o tanque da carreta, que começou a vazar combustível. Devido ao risco de explosão os Bombeiros interditaram a rodovia nos dois sentidos e permaneceram no local para conter o álcool que escorria pela pista.

Na madrugada de 24/5 a transportadora proprietária da carreta iniciou a transferência da carga para outro veículo. Terminado o transbordo do

combustível os Bombeiros aplicaram o LGE (Líquido Gerador de Espuma) dentro e fora do tanque da carreta acidentada. Segundo o portal iBOM apurou com os Bombeiros, a espuma atua como abafador e resfriador, bem como elimina restos de combustível e gases ainda presentes no tanque, evitando risco de explosão. Feito isso, a transportadora retirou a carreta acidentada do local.

Veja detalhes e fotos do tombamento apontando a câmera do celular para o QR Code abaixo

Cento e onze anos: tempo de conciliação

Ninguém

se livra da sua sombra como não se liberta da consciência (Coelho Neto). - Ao cabo, as mulheres são menos fracas que os homens, ou mais pacientes, mais capazes de sofrer a dor e a adversidade (Machado de Assis).

Bom Despacho celebra 111 anos numa época em que o Brasil vive uma profunda crise de divisionismo. Pelo que me lembro, ou pelo que já aprendi nos livros, nunca tivemos algo assim. Divergências, sempre houve. Republicanos versus monarquistas, parlamentaristas versus presidencialistas, conservadores versus progressistas. Mas nunca faltou entre os grupos a vontade de negociar, a disposição para transigir, o reconhecimento do outro como interlocutor. Mas, a cizânia que se estabeleceu no Brasil de hoje parece ter afastado a disposição para transigir. Principalmente, parece ter eliminado o reconhecimento do outro como interlocutor. Como um igual que tem ideias diferentes.

FERNANDO CABRAL

Fernando Cabral é licenciado em Ciências Biológicas, advogado, auditor federal e ex-prefeito de Bom Despacho

Vivemos extremos na política brasileira. Parece que perdemos a capacidade de argumentar. Em vez de defender nossas ideias, estamos atacando as pessoas. Um agride de um lado; outro agride do outro.

Não há troca de ideias; há troca de ofensas.

Tampouco se dá importância aos fatos. O que tem prevalecido são narrativas mal-ajambradas cujo único propósito é desqualificar o próximo.

Argumentações toscas, infantis, são apresentadas como verdades absolutas.

A gentileza, a civilidade que nossas mães e nossas professoras nos ensinaram foram defenestradas. O hábito de agredir tomou assento permanente nas casas políticas, mas adentrou também as escolas e os templos religiosos. O respeito ao próximo também saiu pela janela.

O exemplo tem vindo de cima.

A Câmara dos Deputados e o Senado Federal se tornaram um espetáculo de horrores. Deputados se digladiam sem observar as mais comezinhas regras de decoro. Um se veste de mulher e ataca as mulheres; outro quer resolver na pancada o que não conseguiu resolver com argumentos; outros tantos gritam, como se urros, berros e ameaças pudessem fazer algum bem ao Brasil.

Deputados e senadores estão levando o palco do Congresso para as redes sociais. Elas viraram uma terra de ninguém. Um mundo sem lei nem grei onde destemperos, ofensas e agressões são pratos triviais servidos a vinte e quatro horas por dia.

Quando questionados, os deputados e senadores dizem que estão usando seu direito de livre pensamento; estão manifestando suas opiniões. Será?

Opinião, no sentido constitucional, é a manifestação de um sentimento, de uma crença. É um gostar ou não gostar; é achar certo ou errado; é afeiçoar ou desafeiçoar; é ter simpatia ou antipatia; é acreditar ou não acreditar. Exatamente por ser sentimento, podemos ter opinião sobre tudo e qualquer

coisa. Para isto não há limites. Podemos achar uma proposta boa ou ruim; podemos achar um governo bom ou ruim; podemos achar uma ideia boa ou ruim.

Opinião não exige prova; não se sujeita ao critério de certo ou errado. Opinião não é fato. Opinião é irmã xifópaga do achismo.

Fato, porém, é diferente de opinião. Fato é um fenômeno; é algo que se observa e que pode ser demonstrado. Aliás, é algo que exige demonstração. Exige prova. E exige prova que possa ser aceita pelos especialistas de cada ramo. Por exemplo, a prova de um fenômeno físico deve ser aceita pelos físicos; a prova de um fenômeno químico deve ser aceita pelos químicos, as provas de um fato jurídico precisam ser aceita pelos juristas.

Opinião não se discute, acatase. Por isso os romanos já dizem: de gosto e de cores não se discute. Opinião não pode ser negada. Opinião não se submete ao contraditório. Não há opinião falsa ou verdadeira. No máximo ela pode ser boa ou má.

Fato é diferente. Fato está sujeito ao contraditório. Qualquer um que anuncie um

fato pode convocado a provar o que diz. A existência de fatos pode e deve ser discutida. A alegação de um fato se sujeita ao contraditório.

Contudo, no Brasil de hoje, nossos políticos têm se mostrado incapazes de distinguir o que é fato e o que é opinião. Estamos retroagindo à época de Galileu Galilei, quando as autoridades postulavam o que era fato e todos tinham que se submeter, sob pena de serem queimados numa fogueira.

Por exemplo, achar que nosso Planeta Terra é feio ou bonito é questão de opinião. Contudo, dizer que a Terra é plana é contrariar fatos. Há inúmeras provas de que a Terra é redonda. Dizer que a Terra é um paraíso ou um vale de lágrimas é matéria de opinião, mas dizer que o sol gira em torno da Terra é ignorância, pois já está demonstrado o fato de que é ela quem gira em torno do sol.

A distinção entre fato e opinião é fundamental para sabermos o que nossa Constituição e nossas leis protegem e o que elas não protegem. Caso contrário, vamos continuar enfrentando os problemas morais e legais que estamos enfrentando: tantas pessoas

acharem que podem dizer o que quiserem, sobre quem quiserem, e que isto está amparado pela liberdade de expressão.

Não está!

Qualquer um pode gostar ou não gostar; elogiar ou criticar; ser a favor ou ser contra. Para isto, nenhuma prova é necessária. Mas, quando se imputa um fato a alguém, aí não é mais matéria de opinião, é coisa que requer prova. Por exemplo, dizer que fulano é um péssimo governador ou que é um bom governador é opinião. Mas, dizer que o governador bate na mulher não é questão de opinião, é questão de fato; exige prova. E, se não houver prova, comete-se um crime contra a honra.

Mas não é só: agredir alguém com palavras, lançando impropérios, xingamentos, insultos também não é opinião, é injúria, um crime tipificado no Código Penal Brasileiro e em quase todos os códigos penais do mundo.

É esta visão equivocada que confunde opinião com imputação de fato e com injúria que trouxe o Brasil a esta situação de profundo divisionismo. Este divisionismo está corroendo nossa civilidade. Precisamos

reaprender a respeitar a opinião alheia. Principalmente, precisamos reaprender a respeitar o próximo. Não precisamos concordar, mas precisamos respeitar.

Devemos reaprender a apresentar nossas ideias com respeito. Precisamos reaprender a conversar, tanto pelo prazer de fazê-lo, quanto pelo prazer de aprender. O divisionismo e os insultos empobrecem e embrutecem o Brasil. Por isto, neste aniversário de 111 anos, o presente que desejo para Bom Despacho é que amigos voltem a ser amigos e possam se sentar para conversar sem agressões; é que primos e irmãos possam se sentar em volta da mesa da cozinha da casa de suas mães e possam trocar ideias como se fazia antigamente; é que o convívio amistoso e respeitoso se restabeleça mesmo entre aqueles que têm ideias divergentes quanto ao que é melhor para o Brasil e para Bom Despacho. Este é meu sonho, e meu sonho é o presente que desejo para Bom Despacho. Que venha o tempo de conciliação. Que renasça o tempo em que possamos trocar gentilezas e ideias sem hostilidade, com respeito e alegria.

4 DESTAQUE Bom Despacho (MG), 31 Maio 2023

Elevador panorâmico no Edifício Bom Despacho

O ano era 1984 e lá estava eu, apavorado e medroso, entrando pela primeira vez num elevador no recém-inaugurado Edifício Bom Despacho, o primeiro a trazer essa novidade para a cidade. A maquinária, assim como eu, tremia demais e ficava mais perigosa e tenebrosa após meu amigo Fernando Brandão, da sorveteria Bola de Neve, que lá morava, comentar, com a maldade típica de quem deixa de ser criança há pouco, que ela poderia despencar a qualquer momento.

Superado o risco do desafio e o seu consequente desfecho satisfatório, venci o medo e foi pela janela daquele apartamento no sexto andar que vi pela primeira vez, de tão pertinho, a imagem da santa na torre da Igreja Matriz e me assustei porque enxerguei as pessoas que passeavam nas calçadas tão pequeninas, o Xuá movimentado para o lanche das 3 e o Cine Regina que ainda oferecia películas para os curiosos espectadores, sob este meu novo ângulo de visão.

Eu morava ali na colina da Rua do Capivari, pertinho da Cruz do Monte e estava acostumado a perceber as “coisas do alto”, ainda sem a miopia dos tempos atuais, ora reparando no movimento dos carros na BR262 que iam e vinham para a Capital, ora nas casas novas sendo construídas no elegante Arraial dos Lobos e ora na poeira levantada na rua que dava acesso ao Campo da Aviação, acentuada pela fumaça preta que saía dos fornos da Siderúrgica União.

O convite para visitar o apartamento do colega de Escola na Praça da Matriz foi, para mim, como uma viagem à Disney, com passaporte e visto, brincando, com toda segurança do mundo, na sua roda gigante, seus brinquedos de queda tão divertidos, aqui configurados num claustrofóbico elevador.

Ali no nosso canto, na vizinha

Tabatinga, também podíamos contemplar, sem pânico, o horizonte de Bom Despacho, numa das mais belas visões panorâmicas da cidade, no mirante onde hoje está o Memorial de Nossa Senhora, na Cruz do Monte.

Quando observávamos as nuvens cumulonimbus, carregadas e enegrecidas, vindo pelos lados de Luz e Moema, naquele céu do Campo da Aviação, poderíamos nos preparar, era tempestade na certa, com muitos raios, trovões e ventania, ainda mais quando já estavam previstas na folhinha Mariana, naqueles inícios de primavera. E era um deus nos acuda, com poste explodindo, queda de energia elétrica e, claro, de muitas árvores que ainda existiam naquelas bandas, telhas de amianto voando soltas pelos ares, pedras de granizo riscando latarias dos automóveis ali encostados, velas e novenas sendo oferecidas a Santa Bárbara, espelhos sendo tampados com panos para se evitar atrair os raios, que prenunciavam trovões ensurdecedores.

Nossa rua, assim como a do Capim, ainda nem tinha calçamento, a enxurrada escorria solta morro abaixo, levando consigo um pouco daquela poeira amarelada das ruas, trazendo baratas d´água, cobras de duas cabeças, tanajuras que há pouco estavam adormecidas, provocando mais buracos em nosso logradouro esquecido pelas autoridades municipais. Quatro décadas mais tarde, revisito meu olhar sobre a cidade e me deparo com prédios e mais prédios, elevadores e mais

elevadores, concentrações urbanas verticalizadas numa cidade onde, contraditoriamente, há ainda muito espaço para construções de casas. Até eu me aventurei a morar nesse tipo de construção verticalizada que obstrui o horizonte da cidade, tampando a visão da imponente e neogótica Igreja Matriz e hoje resido num prédio na Rua Lambari, de onde avisto, com meu novo olhar auxiliado por óculos de grau, do alto dessa outra colina, a caixa d´água da Copasa, as torres de transmissão e a Capela que segue altaneira na minha inesquecível Cruz do Monte.

O medo agora é outro, é do que corre solto lá embaixo, que parece estar sem-teto, sem condições de sobrevivência e que, por causa disso, provavelmente, nos tornamos a cada dia mais prisioneiros do nosso espaço privativo, do nosso sítio do final de semana. Lá fora, as ruas estão asfaltadas e remendadas com operações tapa-buracos, há um Plano Diretor em discussão pelos nossos representantes e pouca participação popular, prédios e mais prédios estão sendo construídos, cada dia mais apartamentos estão à venda, locação, pessoas procuram novos panoramas, posições privilegiadas, o sol nascente nos quartos, melhores ângulos para fotos de arrebóis.

Torço para que consigamos também elevar nossos pensamentos, conscientes do panorama socioeconômico e cultural que afeta a todos nós na cidade e, juntos, possamos ser agentes de transformação nesta sociedade tão carente de olhares múltiplos, capazes de favorecer a tão almejada visão do toldo e do todo.

5 Bom Despacho (MG), 31 Maio 2023 DESTAQUE Foto: Google Inc.
Vander André Araújo é advogado, filósofo, escritor e aposentado (Foto: Gustavo Campos)
VANDER ANDRÉ ARAÚJO

Bertolino anuncia financiamento de R$ 60 milhões para o Anel Rodoviário

Em entrevista exclusiva ao Jornal de Negócios / portal iBOM, o prefeito Bertolino da Costa falou das entregas que a Prefeitura está fazendo nas comemorações dos 111 anos de Bom Despacho. Entre elas destacou a implantação do Olho Vivo com 132 câmeras na cidade e a liberação do financiamento de R$ 60 milhões da Caixa Federal para a construção do Anel Rodoviário e o prolongamento da Avenida Dr. Juca. O contrato do financiamento está sendo assinado esta semana.

Além das entregas, Bertolino falou também de críticas que tem recebido da oposição. “A crítica deve ser feita com um mínimo de educação e respeito ao cidadão, ao ser humano. Mas infelizmente não é o que temos visto por parte de algumas pessoas e políticos aqui em Bom Despacho”, afirmou.

Veja na entrevista concedida ao editor Alexandre Coelho.

Aniversário da cidade é época de entregas. O que a Prefeitura está trazendo este ano?

Temos entregas importantes.

Uma delas é a assinatura do contrato de financiamento para construir o Anel Rodoviário de Bom Despacho e fazer o prolongamento da Avenida Dr. Juca. A Caixa Federal aprovou o financiamento. O contrato já foi feito e será assinado neste 1° de junho, quando receberemos a diretoria regional da Caixa aqui em Bom Despacho.

Qual é o valor do financiamento?

A Caixa vai financiar R$ 60 milhões. Esse valor será pago pelo município em 10 anos, incluindo 24 meses de carência.

E a obra, quando começa?

O edital de licitação do Anel Rodoviário e prolongamento da Avenida Dr. Juca vai ser publicado agora em junho. A previsão é começar ainda este ano.

Além disso, o que mais está sendo entregue no aniversário da cidade?

Outra conquista importantíssima é a implantação do projeto Cidade Inteligente, que já começou a ser feita. Assinei a ordem de serviço no dia 29 de março.

Refere-se ao Olho Vivo? É muito mais que isso. É uma evolução muito grande no projeto original do Olho Vivo, um projeto muito mais amplo.

Tanto que no lugar das 12 câmeras inicialmente previstas, agora serão 132 câmeras espalhadas pela cidade. Haverá câmeras em todas as Escolas e Unidades de Saúde e também nas entradas e saídas de Bom Despacho. Os pontos de instalação dessas câmeras foram definidos por uma equipe composta de servidores da Prefeitura, da Polícia Militar e da Polícia Civil. O objetivo é cobrir toda a cidade com a vigilância eletrônica.

As câmeras já foram compradas e começam a ser entregues agora no início de junho. A instalação da estrutura deve começar também em junho. Estamos dependendo apenas de autorização da Cemig para passar o cabeamento nos

postes de energia.

Onde ficará a Central de Monitoramento?

Dentro do Batalhão, numa área próxima ao campo de futebol. Já estamos também iniciando as obras no local.

Além do Olho Vivo, o que mais esse programa Cidade Inteligente vai implementar?

É um investimento em infraestrutura digital. Inclui, por exemplo, colocar internet de alta velocidade nas Escolas e nas UBS, Wi-Fi de alta velocidade em sete praças da cidade e no Parque Mata do Batalhão para uso livre do público... Enfim, um leque de serviços para a população.

A Prefeitura divulgou que vai apresentar o projeto estrutural da obra de adução de água do Rio São Francisco para o Rio Picão. Em que pé está esse projeto?

O projeto estrutural da obra foi contratado pela Prefeitura e está pronto. Ele agora será entregue ao Governador Romeu Zema, no início de julho, durante a Expobom. Zema gostou muito da proposta e vai ajudar na sua implementação. Não só o Governador, mas deputados, líderes empresariais e do agronegócio estão empenhados nele.

Qual o próximo passo para implantar o projeto?

O primeiro passo foi fazer o projeto. Agora vamos correr atrás das licenças ambientais dos governos federal e estadual. Ao mesmo tempo vamos trabalhar a questão do financiamento das obras, que tem custo estimado de R$ 150

milhões.

Onde a Prefeitura planeja obter esse montante?

Trabalhamos com três alternativas. Existem fundos de investimento internacionais interessados em financiar o projeto, porque ele investe no aumento da produção de comodities como soja e milho. Outra possibilidade é um financiamento direto do BNDES, medida que tem o apoio da bancada mineira no Senado e na Câmara Federal. Um terceiro caminho é um consórcio de produtores e investidores para custear a obra, que permitirá multiplicar a produção de grãos na região de Bom Despacho e Martinho Campos.

É uma obra que levará tempo para ser concluída. Não ficará pronta no seu mandato...

Estamos pensando no futuro de Bom Despacho. Começou com um projeto visionário do ex-ministro Alysson Paulinelli para multiplicar a produção de grãos nessa região. Um projeto excepcional. Por isso há muitas lideranças e instituições locais e regionais empenhadas na sua implementação: Jacques Gontijo, Modesto Araújo, Sindicato Rural de Bom Despacho, Cooperbom, Credibom, Prefeitura de Martinho Campos, entre outros.

Além de multiplicar a produção de grãos e gerar muitos empregos, a adução de águas vai garantir o fornecimento de água potável para Bom Despacho por décadas e permitir a implantação de indústrias que dependem de água para se instalar no município.

A oposição tem feito críticas públicas à sua gestão,

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MULTICOSMÉTICOS

O MUNDO DAS UTILIDADES

O PONTO OTICO

ODONTO COMPANY

ODONTO IMAGEM BD

ORALDENTS

apontando problemas e cobrando soluções...

A crítica é importante e necessária na administração pública. Em todo lugar existem falhas. Afinal, somos todos seres humanos imperfeitos. Críticas construtivas mostram falhas, apontam caminhos e permitem tomar providências. Acho que a crítica deve ser feita com um mínimo de educação e respeito ao cidadão, ao ser humano. Mas infelizmente não é o que temos visto por parte de algumas pessoas e políticos aqui em Bom Despacho. Crítica deve ser construtiva, não destrutiva, como alguns poucos fazem. Utilizam redes sociais buscando aparecer, se promover. Ofendem, atacam pessoas e reputações, faltam com a verdade.

A impressão que dá é que não querem construir. Querem só atacar, fazer espetáculo. Sem diálogo, sem respeito pessoal. Em vez disso poderiam ajudar ajudando a buscar soluções, trabalhando para resolver os problemas.

Pessoalmente, como lida com os ataques pessoais?

Acho que são atitudes lamentáveis. Divergências políticas não justificam ofensas e ataques à honra. Eu tenho família, tenho amigos, tenho companheiros que ficam chocados com esses ataques e agressões. Hoje estou prefeito, mas amanhã não. Eu vivo em Bom Despacho, minha vida pessoal e profissional foi toda aqui. Enquanto prefeito, busco fazer o melhor para Bom Despacho. Mas é importante entender que administração pública está sujeita a contratempos, burocracia e ritos próprios... É preciso ter mais compreensão e paciência.

ÓTICA PONTO DE VISTA

ÓTICA VISÃO

PADARIA SÃO VICENTE

PANIFICADORA MILLETO

PAPELARIA AMARAL

PAPELARIA ARCO IRIS

PARALELAS AUTO PEÇAS

PATRÍCIA PRESENTES

PESCA DOG

PETBOM

PH PNEUS

PILARES MATERIAIS CONSTRUCAO

POINT LUB

POSTO RIO BRANCO

RESTAURANTE DA RODOVIÁRIA

RESTAURANTE TREM ASSADO

ROBERTA KEILA CARDOSO SANTOS

SALÃO MODIFICK

SENSATA MODAS

STAMPA

SUPERMERCADO LEÃOZINHO

SUPORTE COMERCIAL FIDELIS

TEM SAUDE

TRAYCE PSICÓLOGA

UNIMODAS

VAP AUTO POSTO

VAP SUPERMERCADO

VAREJÃO DO RAUL

VILLA MONTE

VIP MODA FITNESS

VITA CARNE

WILLIAN JOSÉ

Relação de conveniados que efetuaram vendas em 2023

6 DESTAQUE Bom Despacho (MG), 31 Maio 2023
VIEIRA WORLD CELL YES MUNDO KID ZARRARA CALÇADOS ZY-9 CONFECÇÕES

PC prendeu autor de homicídio bárbaro

Acusado tem 22 anos e confessou o crime. Ele tinha desavençascomavítima,que foi morta com facadas e pedradas na madrugada de 15/5, num ritual de magia negra, no bairro São Bento.

A Polícia Civil de Bom Despacho prendeu o autor do homicídio ocorrido na madrugada de 15/

5 no bairro São Bento. A vítima, José Roberto Soares Sedrin, de 44 anos, foi morta na rua Bento Lopes Cançado, por volta de uma hora da manhã.

Pouco depois a Polícia Militar recebeu denúncia anônima informando que no local do crime havia um homem tocando interfones de residências

pedindo ajuda. A PM foi para o local e encontrou um corpo já sem vida. Uma equipe do SAMU esteve no local e confirmou a morte da vítima.

Logo pela manhã uma equipe da Polícia Civil, comandada pelo delegado Rodrigo Noronha, 43 anos, descobriu que o autor do homicídio estaria escondido

na casa de um familiar, perto da Escola Irmã Maria, no bairro São Vicente, e estaria se preparando para fugir da cidade. Os policiais foram para o local e cercaram a casa. O autor, ao ver a PC, conseguiu pular o muro da residência e correu, mas foi perseguido pelos policiais e capturado

pouco depois tentando esconder-se num lote próximo.

O Portal iBOM apurou que José Roberto não tinha registros criminais em Alagoas, seu estado natal, e nem em Minas Gerais. Ele estava morando em Bom Despacho, em local não informado. De acordo com o delegado Rodrigo

Noronha, José Roberto teve relacionamento amoroso com a mãe do assassino, o que teria motivado o crime. Seu corpo foi encontrado com perfurações de faca, crânio esfacelado por pedrada e queimaduras.

“De início suspeitamos de crime passional, já que o caso não aparentava ter ligação com tráfico de drogas”, disse ao iBOM o delegado Noronha. Segundo ele, “o autor do crime já havia tentado anteriormente matar José Roberto com uma facada por causa do relacionamento amoroso dele com sua mãe”.

O autor do homicídio, C.D.C.O. tem 22 anos e confessou o crime. Ele disse à Polícia Civil que tinha desavenças com a vítima por causa do relacionamento de José Roberto com sua mãe, confirmando a hipótese de crime passional. Com o autor preso a Polícia Civil encontrou o celular da vítima. A faca e a roupa usada por ele no crime, com marcas de sangue, também foram encontradas e apreendidas pela Polícia. No final da tarde do dia 15/5 a Polícia Civil informou que José Roberto foi assassinado em ritual de magia negra. Ainda segundo a PC, testemunhas relataram que o autor ingeriu o sangue da vítima após a morte dela. (Reportagem Portal iBOM / Fotos Polícia Civil Bom Despacho).

7 Bom Despacho (MG), 31 Maio 2023 DESTAQUE

Expedição veio a BD mobilizar a comunidade em favor do Rio Pará

Bom Despacho recebeu dia 17/ 5 a expedição “Esse Rio é Meu”, que percorreu as cidades que fazem parte da bacia hidrográfica do Rio Pará.

Organizada pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Pará (CBH Pará), a Expedição teve o objetivo de conhecer a realidade atual da área abrangida pelo rio e mobilizar a comunidade para revitalizar esse importante afluente do Rio São Francisco.

O Rio Pará tem 365 km de extensão e é o 5° maior afluente do Rio São Francisco. Como muitos outros cursos d’água, ele sofre com o lançamento de esgoto nele próprio e em afluentes seus, o que degrada a qualidade das suas águas e afeta também o São Francisco.

A Expedição começou dia 8 de maio, em Resende Costa/MG, onde fica a nascente do Rio Pará, e terminou dia 19, em Pompéu, onde ele deságua no

Rio São Francisco. Em cada um dos pontos visitados foram feitas apresentações artísticoculturais, solenidades, apresentação do trabalho do Comitê, rodas de conversas e compromissos com o poder público. Todo o trajeto foi registrado num diário de bordo. A Expedição também vai gerar um videodocumentário.

Bom Despacho Em Bom Despacho, a programação começou com distribuição gratuita de 150 mudas de árvores nativas pela Polícia Militar de Meio Ambiente. Além disso, Prefeitura e CBH Pará fizeram o plantio de uma muda de Ipê rosa como símbolo da passagem da Expedição pela cidade. A grade de proteção da muda traz uma placa alusiva ao evento com o seguinte texto: “Em17demaiode2023passou pelomunicípiodeBomDespacho a Expedição ‘Esse Rio é Meu’,

promovidapeloComitêdaBacia Hidrográfica do Rio Pará. Essa muda, plantada aqui nesta mesmadata,simbolizaasboasvindas do nosso povo e o compromisso da sociedade de BomDespachocomaqualidade

das nossas águas e com o desenvolvimento sustentável da região”. Em seguida, na Câmara Municipal, houve roda de capoeira apresentada pela comunidade quilombola Carrapatos da Tabatinga e distribuição de uma cartilha recentemente lançada com sua história. No local foi realizada um debate com o público e a Comissão Gestora Local do CBH Rio Pará sobre conflitos de uso da água nos rios da região. “É importante as pessoas entenderem os problemas que afetam o uso e a qualidade da água, um bem essencial e de uso comum, porque esses problemas se refletem no dia a dia de todos nós”, disse ao Portal iBOM o advogado Tiago Freitas Cabral, secretário municipal de Meio Ambiente (Reportagem Portal iBOM / Fotos: CBH Pará e Prefeitura de Bom Despacho).

Mandato de realizações e compromisso com você

Ao comemorar os 111 anos da nossa querida Bom Despacho, venho, como vereador e representante do povo, prestar contas da minha atuação parlamentar. Desde o início do meu mandato atuo com responsabilidade, compromisso e dedicação às causas sociais, sempre defendendo os interesses do cidadão dentro e fora do município. Uma das áreas a que mais me dedico é a Saúde, por saber da sua importância para todos os bomdespachenses.

REPASSES FINANCEIROS

Em parceria com os deputados Leandro Genaro e Stefano Aguiar, obtive em 2022 o repasse de R$ 1.422.000,00 (um milhão, quatrocentos e vinte e dois mil reais) para Bom Despacho. Desse montante, R$ 700 mil foram aplicados na Santa Casa.

Outra parte desse recurso - no valor de R$ 722 mil - foi destinada a instituições assistenciais como a Clínica de Reabilitação de Dependentes Químicos de Álcool e Drogas (Comunidade Terapêutica Bem Viver), Metástase do Amor, Associação dos Deficientes Físicos de Bom Despacho, Asilo São José, APAE e o Empório Verde. Este último é um projeto em andamento que trará muitos benefícios para os feirantes e a população de Bom Despacho.

Neste ano de 2023 já foram empenhados outros 200 mil reais para a cidade. Além disso, consegui com o Senador Cleitinho o compromisso de destinar mais R$ 500 mil para o projeto da Feira do Agricultor.

INDICAÇÕES E REQUERIMENTOS

No último ano apresentei mais de 70 indicações e requerimentos ao Poder Executivo cobrando melhorias e providências na cidade. Entre eles se incluem manutenção e execução de benfeitorias na Santa Casa, mais transparência na lista de espera do SUS, operações tapaburaco e colocação de lombadas e quebra-molas em vias públicas, dentre outras ações.

Na Câmara apresentei 12 Projetos de Lei e de Resolução sobre questões de interesse público no último ano. Nesse período também enviei mais de 100 ofícios pedindo intervenções e orientações para a população, especialmente nas áreas de desenvolvimento social e saúde.

Para aprimorar meu trabalho como vereador e fiscal do interesse público participei de cursos de capacitação em setores como Finanças Municipais, Controle dos Gastos Públicos e Gestão Legislativa.

PROJETO LUCAS

Em março deste ano trouxe novamente para Bom Despacho o Projeto Lucas, que oferece atendimento médico e odontológico gratuito à população necessitada. O projeto foi realizado em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, UNA Bom Despacho e Secretaria de Missões da Igreja do Evangelho Quadrangular de Minas Gerias, que cedeu um ônibus equipado com consultórios médico e odontológico. Através do Projeto Lucas foram feitos 48 procedimentos odontológicos, 42 atendimentos médicos e 122 atendimentos de alunos dos cursos de fisioterapia, odontologia e enfermagem. Essa ação ajudou a desafogar os Postos de Saúde e garantiu exames médicos de forma ágil.

COMPROMISSO COM AS PESSOAS

Reitero meu compromisso de estar sempre disponível para ouvir e atender às demandas do cidadão. Recebo todas as pessoas que me procuram, seja na Câmara, na Igreja ou onde for necessário, pois meu propósito é servir ao cidadão.

Neste aniversário de 111 anos da nossa querida Bom Despacho, trago a você meu abraço e reafirmo meu compromisso com o desenvolvimento sustentável. Que nossa cidade continue avançando, promovendo o bemestar e a qualidade de vida dos seus habitantes. Que as mais ricas bênçãos de Deus estejam sobre cada um de nós. Com gratidão e dedicação,

8 DESTAQUE Bom Despacho (MG), 31 Maio 2023
Vereador PASTOR ALEX
9 Bom Despacho (MG), 31 Maio 2023 DESTAQUE

Obrigada por tantos cheiros, pessoas, lugares, comidas e momentos incríveis

ROBERTA GONTIJO TEIXEIRA

Neste aniversário de 111 anos de Bom Despacho, poderia aproveitar para narrar fatos sobre nossas origens e história, mas preferi ater-me a trivialidades e dizer o que me faz amar tanto esse lugar e me sentir tão bom-despachense.

Amo viajar, mas adoro chegar no alto da BR-262, perto da Copasa, onde já dá para avistar a cidade e pensar … estou em casa.

Adoro viver aqui. Acordar de manhã, ir na padaria Tia Helaine aqui do bairro Esplanada, onde moro, ou na padaria São Vicente, pertinho do Miguel Gontijo, e ser gentilmente atendida pelas meninas que sempre perguntam como estou, porque sumi e o que vou querer para o dia. Como não ficar grata ao sair da padaria e deparar com a Raquel ou seu irmão, com aqueles legumes e verduras frescos, baratos, deliciosos e sem agrotóxico para preparar a refeição do dia?

Amo também caminhar pelas ruas e pensar que se eu cair, furar o pneu do carro ou tiver algum tipo de contratempo, diferente de quando estou em São Paulo ou Belo Horizonte, vai sempre ter alguém para segurar o meu braço, como muitas vezes já aconteceu e perguntar: Roberta, você precisa de ajuda? Está tudo bem?

Aqui a vida funciona como a de uma grande família, com todos os prós e contras que uma grande família tem.

Acredito que é o preço da intimidade. E mesmo que às vezes seja caro, ser íntimo é um presente raro, que pode até nos fazer sentir expostos, mas quase sempre nos faz acolhidos.

Há 22 anos vivo no bairro Esplanada. Logo que me mudei, tinha uma senhorinha, minha vizinha de frente, que quando eu punha o pé na porta perguntava: onde você vai?

Vai na sua mãe? Vai demorar?

… Quando eu voltava, ela sabia quem tinha estado à minha procura e guardava todos os recados e encomendas que por ali passavam na minha ausência. No começo, achei aquilo absurdo e me senti incrivelmente invadida. Com o passar dos anos fui aprendendo a lê-la, a entender seus motivos e a receber aquilo como um cuidado. A outra, Dona Maria, que vivia na casa ao lado, fazia comidas e quitandas deliciosas e sempre levava uma amostra para eu experimentar.

Por mais que hoje em dia eu, por falta de demanda, não compre mais o leite que o Tõe entrega, acho o máximo vê-lo transitar de charrete diariamente pelo bairro, entregando seus leites e queijos. Quando estou com meus sobrinhos sempre peço, não sei se por eles ou por mim, para nos deixar subir na charrete e passear por parte do percurso, como eu fazia quando a Dadá ainda era bem pequena.

Não posso deixar de declarar o meu amor pelas estradinhas de terra que circundam a cidade. Pena que alguns as vem enchendo de lixo e desmatando seu entorno.

Outra coisa que gosto muito de fazer é ir sozinha na sorveteria Sol e Neve, comprar

sorvete, descer a rua até a Biquinha, sentar debaixo daquela árvore imensa e deliciando meu sorvete, pensar em tudo que já aconteceu ali.

Amo caminhar até o fim da minha rua, até a Igrejinha São Sebastião, que fica no alto do morro e de lá ver o sol ir embora. Detesto que tenham construído um salão ao lado da igreja e destruído um pouco da poesia, mas, feliz ou infelizmente, o curso da vida não segue observando apenas os nossos anseios e necessidades. As pessoas daquela comunidade querem fazer festa, reunião e, pra elas, o salão tem um sentido. Adoro sair de casa no fim de semana e caminhar ou correr na Vila Militar, onde há silêncio, água gelada, passa pouco carro e, ainda, me sinto protegida. Quando era criança, já gostava. Andava por toda a Vila. Imaginava que o quartel era um castelo e brincava por horas naquela pracinha.

E os pés de goiaba esparramados pela cidade? Custa-me esperar a época para parar em cada pé, que já sei estrategicamente onde estão (tanto as brancas, quanto as vermelhas) e saboreá-las.

Fora os grandes profissionais que há na cidade em diversas áreas: a Brigithe, com aquela aula de francês maravilhosa, a Vanessa, que vai até a nossa porta dar aula de inglês, o Leo Assunção, com sua música e violão, a Tita que faz as melhores empadas e por aí seguimos...

Como esquecer de umas das joias da cidade: a minha família por perto e os meus amigos, os de infância que viveram comigo preciosos momentos na Vila Aurora, os da Escola (Coronel

Praxedes e Miguel Gontijo) que são partes da minha vida até hoje, os da Correbom, que não me deixam cair na zona de conforto e tantos outros espalhados pelos vários cantos da cidade.

Até hoje acho emocionante ir na Capelinha da Santa Casa e reviver as épocas em que a gente coroava Nossa Senhora na escadaria do Hospital, sob a batuta da Irmã Genoveva ou brincava no Lactário, onde sempre tinha algo para as

crianças depois da missa.

Como diz uma amiga minha, não precisamos de muito para viver.

Poderia encher muitas páginas com minha narrativa, mas o espaço é insuficiente.

Vou limitar-me, então, a agradecer por ter nascido brasileira, numa cidade mineira, localizada a uma altitude aproximada de 768 metros, no Alto São Francisco.

Vou limitar-me a agradecer

Bom Despacho por ter me brindado com tantos cheiros, pessoas, lugares, comidas e momentos incríveis e desejar que as pessoas cuidem bem daqui, do entorno, das edificações, das áreas urbanas e rurais. E, por fim, ansiar que saibamos preservar nossas ricas tradições e culturas, festas típicas e populares, fauna e flora, mantendo sempre o calor da intimidade. Viva Bom Despacho e os seus 111 anos.

10 DESTAQUE Bom Despacho (MG), 31 Maio 2023
Roberta Gontijo Teixeira é bacharel em Direito, ambientalista e servidora pública federal

Carreta derruba parte de imóvel; motorista foge

Uma carreta bitrem destruiu parte de um imóvel na esquina da Rua do Rosário com Rua Monsenhor Otaviano, bairro Jardim América, na tarde de quinta-feira (25/5), em Bom Despacho. Após derrubar parte da fachada da loja, uma placa de identificação da empresa instalada no local e também uma placa de sinalização pública, o motorista da carreta não parou, acelerou e fugiu. A ocorrência foi gravada por câmeras de segurança de empresas próximas.

A composição de 9 eixos, formada por cavalo trator e dois vagões graneleiros, veio pela Rua Monsenhor Otaviano para pegar a Rua do Rosário. Ao fazer a curva, a parte de trás da carreta primeiro derrubou a placa de sinalização da rua. Mesmo com pessoas próximas gritando e avisando do estrago, o motorista seguiu em frente, derrubando parte da fachada da casa e quebrando a placa da empresa que funciona no local. Depois acelerou e foi embora. Ninguém se feriu.

Indignação

O engenheiro Vicente Ferreira Couto Neto, 28 anos, gerente da empresa, disse ao portal iBOM que pegou seu carro e foi atrás da carreta. Pouco acima do Ipê Campestre ele emparelhou com a carreta e sinalizou. O motorista então

jogou a carreta contra o carro de Vicenteque desviou para não ser atingido - e continuou fugindo em direção à BR-262. Depois disso o gerente desistiu da perseguição, acionou a Polícia Militar e fez um boletim de ocorrência. Ele forneceu à Polícia uma foto que tirou da carreta mostrando a placa do último vagão: RUG1B59. Através da placa a Polícia descobriu que a carreta está registrada em nome da empresa Kaiman Transportes Ltda, de Uberlândia. “Meu sentimento é de indignação”, disse Vicente ao portal iBOM. “O motorista estava errado, viu o estrago causado e fugiu, em vez de parar, conversar e assumir o prejuízo causado por ele. Depois ainda jogou a carreta em cima do meu carro tentando me atingir e continuou fugindo”. Vicente estima um prejuízo de 6 mil reais com os danos no imóvel. A fachada havia sido reformada há pouco mais de um mês e a placa tinha sido instalada há 60 dias.

(Reportagem portal iBOM / Fotos: Vicente Neto e portal iBOM).

O FUTURO DA NOSSA TERRA A GENTE FAZ JUNTOS

Com dedicação, compromisso e a força do produtor, a Cooperbom trabalha 24 horas por dia gerando negócios, renda, desenvolvimento e oportunidades em Bom Despacho. São 29 unidades comerciais, industriais e de serviço movidas pela fé no futuro e a disposição de construir uma cidade melhor. Porque, afinal, a Cooperbom é guiada por valores como responsabilidade social e ambiental, pelos princípios cooperativistas e pela vontade de transformar o mundo para melhor, gerando desenvolvimento, paz e harmonia para a nossa comunidade.

Parabéns, Bom Despacho, pelos 111 anos de progresso e conquistas!

11 Bom Despacho (MG), 31 Maio 2023 DESTAQUE
Vicente: indignação com atitude do motorista CARLOS HUMBERTO DE ARAÚJO – Diretor Administrativo FÚLVIO DE QUEIROZ CARDOSO NETO – Presidente ENES CUSTÓDIO FIALHO – Diretor Comercial

Cooperbom inaugura em Samonte a sua 9ª loja agroveterinária

Lendárias praças de Bom Despacho

Praça São José, antiga e saudosa praça, sem calçamento, sem passeios e sem jardins, taba de tribos de adolescentes a quem hoje, sessentões, setentões e até oitentões de idade envio o meu abraço carregado de saudades em nome de nossa bela e eterna camaradagem

A Cooperbom inaugurou dia 27/5 a sua 9ª loja agroveterinária, desta vez na cidade de Santo Antônio do Monte, a 45 km de Bom Despacho. Instalada num galpão de 400 m2, a loja fica no bairro Dom Bosco, próximo ao trevo de saída para Lagoa da Prata. Sua finalidade é atender aos associados da Cooperbom e produtores rurais de Santo Antônio do Monte e cidades próximas.

“Escolhemos Santo Antônio por vários motivos”, disse ao portal iBOM o diretor administrativo Carlos Araújo.

“É uma cidade progressista, de economia pujante, acesso fácil e fortes ligações sociais, culturais e econômicas com Bom Despacho”. O presidente da Cooperbom, Fúlvio Cardoso, ressaltou que “Santo Antônio do Monte é uma cidade-irmã de Bom Despacho e, com essa nova loja, a Cooperativa busca aproximarse dos associados que moram e produzem na cidade e região”.

A nova unidade da Cooperativa inicia suas atividades com uma equipe de oito funcionários. “Nela os associados e produtores de Samonte e região encontram assistência técnica agronômica e veterinária, insumos, defensivos, utilidades, pneus, medicamentos e outros produtos necessários no diaa-dia da fazenda, seja associado ou não da Cooperativa”, afirmou o diretor Carlos Araújo.

Atualmente, além de Samonte, a Cooperbom tem lojas em Araújos, Estrela do Indaiá, Martinho Campos, Moema, no distrito do Engenho do Ribeiro, na comunidade do Mato Seco e duas em Bom Despacho.

Fábrica de rações

Outro investimento da Cooperbom é a instalação de mais dois silos no complexo graneleiro da sua fábrica de rações, instalado às margens da rodovia MG-164, em frente ao aeroporto de Bom Despacho. No local existem atualmente seis silos. Cada um tem capacidade de armazenar 50 mil sacas de grãos. Com a montagem dos novos silos o complexo poderá

estocar 400 mil sacas de grãos. As obras de ampliação começam em junho e ficam prontas até o final deste ano.

“O aumento da produção de grãos pelos cooperados tem gerado demanda crescente de secagem e estocagem de milho e soja em nossa unidade. Hoje, a maior parte desses grãos é comprada pela própria Cooperbom para fabricar rações e o associado é bonificado para armazenar sua produção no local”, explicou

O arraial de Nª Srª do Bom Despacho do Picão teve suas origens por volta de 1775/76. Naqueles idos para aqui se dirigem, a mando da Coroa Portuguesa, tropas armadas de capitãs do mato com seus mercenários e soldados da milícia de Pitangui. Seu objetivo era combater e expulsar os quilombolas de negros fugidos das minas de ouro de Pitangui. Essas tropas se acampam no ponto estratégico do outeiro da hoje Cruz do Monte. Dali eles avistavam uma vasta região onde podiam localizar os quilombos e irem de encontro a eles para os combates. No alto daquele outeiro, o padre capelão das Tropas, Pe. Agostinho, construiu uma capela de pau-a-pique e coberta de capim, onde ele instalou como protetora uma imagem de Nª Srª do Bom Despacho, da qual era devoto. Em volta o casebre paroquial. Depois os estábulos para os cavalos e residência humilde dos oficiais e dos demais combatentes. Assim nascia a futura cidade de Bom Despacho que no atual 1° de junho completa 111 anos de emancipação municipal.

Ali na Cruz do Monte plantouse a semente da futura cidade que tanto amamos. Nas primeiras décadas surgiram três ruas: a Rua de Cima (da cruz do Monte até a Praça da Matiz), a Rua do Meio margeando um caminho onde está a Casa Paroquial até a Rua do Rosário. E a Rua de Baixo, que se iniciava na ex-rua do Rosário (hoje Dr. Miguel Gontijo) até o Jardimsem-flor, atualmente Praça Inconfidência. Praças lendárias: Largo da Matriz, Larguinho São Pedro, Jardim sem Flor e companhia Ltda.

O Largo da Matriz

No começo surgiram em círculo na Rua do Meio e em circular a ela, casas, a primeira e velha Matriz, a casa paroquial. Pontos de comércio. Assim surgiu o Largo da Mariz, a maior, a mais rica e nobre de nossas praças, até a década de 60, em chão de giz amarelo, onde a garotada jogava, futebol, finca, pião e bolinha de gude, onde se brincava dentro e fora do belo coreto.

e comunitário de Bom Despacho desde quase sua fundação até sua morte no final do século XIX, perto do começo do século XX.

Em homenagem à sua memória, batizaram o larguinho com seu nome. Larguinho São Pedro. Mas não é de hoje que nossos vereadores desconhecem os valores de nossa tradição. Como fizeram com a Rua do Céu que teve espoliado seu nome pelos nobres edis, também ignoraram a importância cívica, econômica e histórica do cidadão Pedro Pereira do Couto e irresponsavelmente sacaram seu nome da praça que o consagrara na memória de sua gente.

Larguinho São Pedro, reino dos Fidelis. Do Fidelis e de Dona Maria Guerra e dos filhos Geraldo, Elísio e Cica. Larguinho dos açougues. Dos cachorros do Chico do Inhozinho. Dos pês: Popô, Pecão, Pequé e Porréia. Larguinho do Martelo, do Olímpio Bomba, Bento Lopes e Antônio Ferreira. Um dos pontos mais quentes, mais alegres e mais engraçados da cidade.

Estação, Santa Casa, Santa Ângela e Jardim Sem Flor

E tinha praça da Estação, na verdade Praça Olegário do trem de ferro e da Maria Fumaça, sem seus apitos que hoje são saudades. A praça da Santa Casa, tão vasta, tão arborizada, um terreno que pertencia à própria Santa Casa, que a prefeitura “tomou”, uma vez que esse terreno era antes da Prefeitura. Hoje praça Irmã Albuquerque, ex-diretora daquele hospital, mulher de porte e postura nobre dentro de seu hábito de monja...

anos dourados de minha infância e de minha adolescência. As famílias numerosas de 10, 12, 15...18 filhos. A filharada de Chico Girisa e Dona Clarita. Do sargento Samuel e dona Isabel. Candinho Lopes. Cabo Docemiro, Antônio do Couto e Dona Angélica. Vítor Brandão e Vicentina. Efraim Barbeiro e Xanduca, Domingos Leite e Nenê. Ali morou a moça mais bonita e sexy da cidade, Maria José Paixão. Domínio absoluto do primeiro e único gay declarado e assumido do município: o Zé Toniquinho, ali se armavam todos os parques de diversão , todos os circos de “cavalinho” para delírio da molecada. Essa não perdia nem um espetáculo. Meninos maluquinhos sem dinheiro no bolso passavam debaixo do pano sem pagar. Praça do Geraldo de Sousa. Ele se enturmava conosco e nos divertia muito. Lá conhecemos bem a ele, à sua esposa e seu filho, o menino acolhido por todos, o Zé Rafael. Nosso Mineirão, nosso Maracanã das peladas vespertinas. Nos finais de semana, de manhã, de tarde e de noite, a meninada saía qual bando de maritacas e enchia de alegria a praça, pra jogar pião, finca, bola de gude, soltar papagaio, bentealtas, futebol, brincadeiras de escondeesconde, roubar bandeira, Brasil contra Alemanha ou de pegare-amarrar. Para irem nadar pelados com o Zé Toniquino nos poços do Tira Prosinha, Tira Prosa e no famoso e desafiante Tiraprosão. Ou para “pegar” laranjas na chácara do Pedro Gontijo e à noite, em turma avassaladora, roubar jabuticaba nos grandes quintais cheios de fruta de então.

ao portal iBOM o diretor comercial da Cooperativa, Enes Fialho.

Mas, segundo Enes, mesmo com oito silos a unidade ainda será insuficiente para atender à necessidade dos cooperados em face da expansão do pólo graneleiro na região. “Por isso já estudamos outras alternativas para ampliar nossa capacidade de estocagem e produção”, concluiu. (Portal iBOM / Fotos: Cooperbom e Raquel Araújo)

Local onde, a partir de 1927, em mutirão, Padre Nicolau, padre Augusto e o construtor José Etelvino e o povo de Bom Despacho começaram a erguer o que seria o nosso mais soberbo monumento arquitetônico de todos os tempos: a Igreja Matriz de Bom Despacho

Larguinho São Pedro

Meu trisavô Pedro Pereira do Couto foi um grande líder político

O bairro Santa Ângela que ainda cresce e floresce nos dias de hoje. o nome é em homenagem à filha do criador do bairro, o saudoso empreendedor Agostinho Cristaleiro, pai do Dr. Washington, médico que há mais de 40 anos engrandece a medicina local.

São José: a praça do meu coração

A Praça São José, hoje Antônio Leite. Por lá morei. Por lá vivi

Praça São José, antiga e saudosa praça, sem calçamento, sem passeios e sem jardins, taba de tribos de adolescentes a quem hoje, sessentões, setentões e até oitentões de idade envio o meu abraço carregado de saudades em nome de nossa bela e eterna camaradagem.

E pra finalizar saudamos Bom Despacho, terra amada, idolatrada, gentil, no aniversário bendito os 111 anos de seu nascimento.

12 DESTAQUE Bom Despacho (MG), 31 Maio 2023
Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL
13 Bom Despacho (MG), 31 Maio 2023 DESTAQUE

Crepúsculo e nova aurora do meu avô Mário Morais

LÚCIO LÚCIO LÚCIO EMÍLIO JR.

Dias atrás fiz um passeio que há anos queria fazer: ir a Santo Antônio do Monte ver o Museu Magalhães Pinto, onde há um quadro do meu avô Mário Morais. Visitei também a casa de meu tio Bil, que está agora ficando muito em “Samonte”, junto ao filho Daniel. Na ocasião, Daniel mostrou-me uma carta que vovô Mário dedicou a ele, intitulada Aurora eCrepúsculo, datada de 1986: “meu neto Daniel completa três anos. Criança inteligente, saudável, irrequieta. Habituado a ver sempre satisfeitos os seus menores desejos, por vezes torna-se voluntarioso e tirano e destrói impiedosamente os seus melhores brinquedos.”

A pintura do rosto de meu avô, baseada numa foto, de autoria de Ivo Morato, está no museu José de Magalhães Pinto, situado no centro de Santo Antônio do Monte. O governador que deu nome ao museu, político da União Democrática Nacional, foi governador de Minas Gerais.

Foi emocionante ver o destaque que a cidade de Santo Antônio do Monte deu a Mário Morais, com seu retrato ao centro de uma sala e muitos livros, dentre os quais os seus, num antigo armário ao fundo.

O casarão onde está o museu é o lugar onde nasceu José de Magalhães Pinto.

O ex-presidente da Academia Mineira de Letras, Vivalde Moreira, também montense, igualmente foi ali homenageado. A Academia foi chamada, anedoticamente, de “Academia Moreira de Letras”.

Na morada de Bil Morais, dei uma lida em seus muitos livros, entre os quais os de Pedro Rogério Couto Moreira. Pedro, jornalista de origem em Bom Despacho, trabalhou na Rede Globo nos anos 70 e teve muitas histórias para contar em seu livro JornalAmoroso

Em uma delas, Pedro Rogério conta que o presidente João Figueiredo era parente do escritor Guilherme Figueiredo, autor de um livro chamado TratadoGeraldosChatos, ou seja, era alguém sem medo de gerar polêmica, característica que tinha em comum com seu primo presidente. A esposa de Figueiredo sentia-se retratada, junto ao marido, no casal do prefeito e da esposa do prefeito Odorico Mendes na telenovela O Bem Amado. E ficava incomodando Figueiredo. Ele estava lá na sauna e ela vinha aborrecê-lo, falando: “venha ver o que estão

fazendo com a gente na televisão!”. O presidente Figueiredo, furioso, reclamou então junto de Roberto Marinho, que disse que, infelizmente, não poderia interferir na telenovela de Dias Gomes, pois poderia prejudicar o andamento do programa e causar-lhe prejuízos. Diretor de novela tinha um poder que hoje não tem.

Foi também encantador visitar a historiadora e escritora Dilma Moraes. Dilma já ocupou a secretaria de Cultura e Turismo de Samonte e é respeitada conhecedora da história de Santo Antônio e região. Recentemente resenhei o seu

livro Laços de Amor e Chá Verdeaqui nessa coluna, uma edição muito cuidadosa, com inúmeras fotos e texto primoroso. Foi citada, recentemente, na biografia de Hélio Garcia realizada pelo jornalista Itamar “Brasinha”. Dilma é nossa prima. Santo Antônio do Monte foi também a terra natal do poeta surrealista Bueno de Rivera (1911-1982), que hoje dá nome à sua biblioteca pública. Dilma Moraes, em seu livro Santo Antônio do Monte: Doces Namoradas, Políticos Famosos, destacou o poema OlhosSecos:

Não chego a ser um gemido entre o choro geral, olhos enxutos, mãos no bolso, a displicência.

Vejo o baile nas janelas acesas.

Quanta alegria nos homens sem memória!

Outras janelas, o caixão, as velas no silêncio. As cortinas como almas libertadas, a lágrima da mãe no lenço preto.

Os meus passos doem, cantando na calçada. As estrelas quietas ruminando as horas, mas meus olhos aflitos e ninguém percebe. O nó na garganta, o grito parado, a brasa na cinza...

O poeta surrealista Bueno de Rivera hoje está muito esquecido (foi difícil encontrar o nome do poema, que não consta no livro de Dilma) e Bil contou-me que ninguém sabia onde ficava a biblioteca local, a biblioteca Bueno de Rivera. Em nosso encontro com Dilma, amadurecemos a ideia de um relançamento do livro CoqueiroseOutrasHistórias, de Mário Morais, uma vez que em Santo Antônio do Monte ele foi reconhecido como o escritor/historiador que melhor tratou de Samonte nos anos 30, período em que viveu na cidade.

Meu avô Mário Morais nasceu numa fazenda no distrito de Coqueiros, em Samonte. Ele chegou a voltar lá onde viveu sua infância, mas a fazenda deixou de existir e agora o lugar onde morou quando criança já era uma área tomada por um matagal. Espero, então, em futuro breve ver o relançamento de Coqueiros, memórias de Mário Morais, há muito esgotado. Informarei meus leitores a respeito. Mário, que já teve seu crepúsculo, terá oportunidade de uma nova aurora.

14 DESTAQUE Bom Despacho (MG), 31 Maio 2023
LÚCIO Lúcio Emilio do Espírito Santo Júnior é filósofo, professor e escritor. Pintura do rosto de Mário Morais feita por Ivo Morato, que está no Museu Magalhães Pinto, em Samonte

Estudo de Obras Espíritas

Aos interessados, estamos realizando o estudo das obras de André Luiz (Espírito) no Grupo Espírita Oásis, nas quartas-feiras, das 19h30m às 20h30m. Endereço: Rua José

Fatal, 130 - Bairro Ana Rosa - Bom Despacho

ALEXANDRE MAGALHÃES

Bom Despacho completa 111 anos de vida. Minha segunda cidade, na verdade, o lugar que mais passo meu tempo nos últimos dois ou três anos, parece mais um ou uma adolescente em franca fase de descobrimento de suas possibilidades. Parabéns, Bom Despacho! Muitas realizações!

Minhas paixões em Bom Despacho

Conheci Bom Despacho por causa de meu relacionamento com uma bom-despachense, mulher incrível e, claro, ela é minha grande paixão neste lindo local.

Matas, matinhas e estradas de terra

As matas, matinhas e estradas de terra são minhas paixões também na cidade. Sou um fá incondicional de uma matinha onde corro com muita frequência, perto do aeroporto. Lugar cheio de animais, como macacos de todos os tamanhos, veados, cobras, quatis, pássaros coloridos, borboletas de todas as cores e tamanhos, entre muitas maravilhas. Adoro a estradinha de terra que vai da Avenida Doutor Roberto e a Pica-Pau, onde corro morro acima e morro abaixo várias vezes. Micos, Seriemas e outros bichos também aparecem por ali. Gosto da região dos Cristais, com suas bifurcações que levam a várias regiões diferentes da cidade. Uma estradinha mais linda do que a outra. Também gosto de correr na estradinha perto do antigo Sesc, passando pela Copasa e chegando a lindos lugares, com riozinhos e cachoeiras lindas e relaxantes.

Pessoas alegres, simples e de bom papo Adoro a simplicidade das pessoas de Bom Despacho. A maneira fácil com que todos me cumprimentam, sorriem, param para conversar. Tudo isso é muito diferente de minha cidade natal, São Paulo, onde ninguém cumprimenta aos outros, evitam conversar com vizinhos e amigos, cidade boa para viver em silêncio. Adoro a maneira carinhosa com que sou tratado pelo seu Tarcisio do Xuá Lanches, com seu sorriso sempre aberto. Gosto de meus bons papos com o Ivan do Na Praça Lanches. Adoro ouvir o “fala, tchê” do Sérgio da Praça de Esportes, sempre de bom humor.

Meus bares e restaurantes

Não perco a chance de tomar uma cerveja no bar do Tio Vicente e da Tia Tita, sempre sorridente, com a mata perto do MartMinas à vista e refrescando o ambiente.

Sou frequentador assíduo do bar do Fabinho e da Ana, sempre sendo recebido por largos sorrisos e cerveja gelada. O que dizer de minha salada especial do KiMassa,

regado a bons vinhos, sempre com ótimo atendimento?

Gosto de ir ao restaurante do Tom, sempre uma surpresa se estará ou não aberto naquele dia. Sou fã do Willian, da mercearia do Willian, sujeito simples e sempre aberto a jogar uma conversa fora, com a cerveja gelada esperando o cliente. E quantas outras pessoas, sempre sorridentes a me encantar no Deck, no churrasquinho do Roberto, entre muitos outros. Obrigado, amigos.

O Esplanada

Adoro o bairro onde mora minha namorada bomdespachense, o Esplanada. Neste bairro gosto de ver o Tõe passando pelas ruas vendendo seu leite fresco, incansavelmente, todos os dias. Mesma sensação de ver o Joãozinho vendendo suas verduras frescas, incansavelmente, todos os dias. Deixa-me feliz ver o sorriso da Eleuza, pessoa sempre carinhosa com todos. Gosto de encontrar a Tida, que sempre grita um “Oh, Alê” ao me ver. Pessoa sofrida, sempre lutando para viver e cuidar de suas netas. Emociono-me ao ser cumprimentado pelo nome no

Posto de Saúde do bairro. Fico feliz ao oferecer carona às pessoas que esperam a lotação, sempre demorada, e vê-las felizes em aceitar minha carona e sentirem-se “importantes”.

Rios da região

Sou apaixonado por nadar no Rio Lambari, ali pertinho da Ponte da Amizade. Gosto de correr do centro de Bom Despacho até lá, chegar suado e refrescar-me nas águas limpas do rio. Adoro nadar onde se encontram os rios Pará e Lambari, nas cercanias de Bom Despacho. Adoro ver a defesa da Mata do Batalhão pela população. Amo ver a paixão dos bomdespachenses pelas corridas de rua (sou super fã da CorreBom, como já escrevi muitas vezes aqui), pelo ciclismo, pelas caminhadas, pelo futebol de várzea e, claro, pela peteca, esporte que não existe em São Paulo (nunca vi ninguém jogando peteca na minha terra), mas que tem fãs incondicionais em Bom Despacho e em Minas Gerais.

Os Ranchos

Sou verdadeiramente apaixonado pelos encontros musicais, os Ranchos, nos quais amigos se reúnem para tocar e ouvir boa MPB, comer bem e beber melhor ainda.

Os amigos

Gosto muito de encontrar meus amigos bom-despachenses Lao e Gabi, Saul e Raquel, Eriton e Denise, Denise Coimbra, Rener, meu novo amigo Boleka, entre muita gente boa que conheci nestas plagas.

Parabéns!

Adoro Bom Despacho em muitos aspectos, alguns citados aqui, outros não, por falta de espaço.

Parabéns, Bom Despacho! Espero continuar por aqui para comemorar seus 112 anos, seus 120 anos, quem sabe, seus 150 anos... Parabéns!

15 Bom Despacho (MG), 31 Maio 2023 DESTAQUE 111
aninhos...
Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD
Parabéns, Bom Despacho! Espero continuar por aqui para poder comemorar seus 112 anos, seus 120 anos, quem sabe, seus 150 anos
Foto: Google Inc.
16 DESTAQUE Bom Despacho (MG), 31 Maio 2023
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