JORNAL DE NEGÓCIOS / Bom Despacho-MG

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Bom Despacho (MG),13 Novembro 2020

DESTAQUE

Ano XXXI - Nº 1.599 • Fundado em 12/05/1989

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Bom Despacho (MG), 13 Novembro 2020 • GRÁTIS 1 EXEMPLAR

EU E O (FUTURO) PADRE JOSÉ NUNES: VITÓRIA PÁG. 11 CONTRA A CO MARCEL O ROSSI VID -19 MARCELO COVID VID-19

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Olho Vivo: câmeras estão sendo instaladas em BD PAG. 10 ESTA EDIÇÃO CIRCULOU DIA 13.11.2020

PESQUISA ELEITORAL

RECOLHIDA Justiça manda recolher pesquisa eleitoral de Joice Quirino por suspeita de fraude

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Bom Despacho (MG), 13 Novembro 2020 CASA – Vendo, 4qt, perto da Igreja São José – (31) 97142.7865 CASA – Vendo, 4qt, sl, cp, cz, área, gar – R$ 360 mil – 98836.8090

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Publicado por Imagem Editora Ltda. jornal@joneg.com.br 35600-000 - Bom Despacho - MG É proibida a reprodução total ou parcial, em qualquer meio de comunicação, dos textos e anúncios produzidos pelo Jornal de Negócios - A publicação não autorizada por escrito sujeita o(s) infrator(es) às penalidades legais - Editor: Alexandre Borges Coelho - Publicação semanal – Tiragem: 6.500 exemplares – Impresso na Sempre Editora / BH – Editoração e Arte: Jornal de Negócios – Opiniões emitidas em artigos assinados não representam a opinião do Jornal, sendo responsabilidade exclusiva do autor – Distribuição livre em Bom Despacho, Araújos e Engenho do Ribeiro e dirigida em Martinho Campos, Moema, Luz, Pompéu, Abaeté e Nova Serrana - Este exemplar é propriedade do Editor, que autoriza a entrega grátis de 1 jornal por pessoa.

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DESTAQUE Edital de convocação para Assembleia Geral Extraordinária da Academia Bom-Despachense de Letras ABDL O presidente da Academia Bom-Despachense de Letras, ABDL, no uso de suas atribuições estatutárias, convoca os seus membros para a realização de Assembleia Geral Extraordinária, a ser realizada dia 15 de dezembro de 2020, terça-feira, às 19h30, em primeira convocação com a presença da maioria de seus acadêmicos e, em segunda convocação às 20 horas, com qualquer número de presentes, sendo observadas as normas sanitárias em vigor no Município quanto ao distanciamento social e uso obrigatório de máscaras consequentes à Pandemia de Covid-19. A Assembleia Geral Extraordinária será realizada na Câmara Municipal de Bom Despacho, rua Marechal Floriano Peixoto, 40, centro, Bom Despacho, Minas Gerais, a fim de ser deliberada a seguinte pauta: 1) Eleição e posse da nova diretoria para 2021/2022 A inscrição para composição da nova diretoria poderá ser realizada até o dia da eleição, no próprio local, ou enviada para ABDL, na Av. São Vicente, 200, sala 209, centro, Bom Despacho-MG.

Bom Despacho, MG, 12 de novembro de 2020 Presidente – Weverton Duarte Araújo

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Justiça manda recolher pesquisa eleitoral de Joice por suspeita de fraude Final de semana teve assassinato, facadas e agressões em BD Várias ocorrências graves foram registradas pela Polícia em Bom Despacho no final de semana – entre elas o assassinato de um jovem a tiros. O crime ocorreu numa chácara rural próxima ao Via Lanches, ao lado da BR 262, durante festa que acontecia no local. De acordo com testemunhas, houve vários disparos de arma de fogo contra EOA, 21 anos, que morreu no local. O suspeito do crime é VHSS, que estava preso por homicídio e saiu recentemente da cadeia. Durante a festa teria havido um desentendimento entre eles e o suspeito disparou várias vezes contra a vítima, fugindo em seguida. Equipes da Polícia foram até a casa do suspeito mas não o encontraram. Ele está sendo procurado. A Perícia da Polícia Civil esteve na cena do crime, confirmou a morte da vítima por causa dos disparos e apreendeu objetos encontrados no local. Agressões Também no sábado, o SAMU foi acionado duas vezes para atender vítimas de agressão na cidade. A primeira ocorrência foi registrada às 03h25 da madrugada, na estrada rural para a Laginha. A Polícia Militar deu apoio aos

socorristas nesse atendimento. Ao chegarem no local da ocorrência encontraram um homem de 30 anos com cortes profundos de faca na perna direita. A outra vítima, um homem de 31 anos, tinha cortes no rosto, lábio e aparente fratura do nariz. Ambos foram socorridos e levados para o Pronto Atendimento. A segunda chamada por agressão foi às 20 horas, na rua Nossa Senhora de Fátima, bairro Jardim América. No local os socorristas atenderam um homem de 50 anos que estava muito agressivo. Com apoio da Polícia Militar ele recebeu os primeiros atendimentos, foi imobilizado e levado para o PA. Revólver apreendido Na tarde de sexta-feira (7), uma guarnição da Polícia Militar deu ordem de parada para um motociclista no bairro Alvorada. Ao ver os militares o piloto fugiu em alta velocidade. Os policiais foram atrás e o alcançaram no bairro Liberdade. Com o motociclista, de 22 anos, foi encontrado um revólver calibre 38 e dois papelotes de cocaína. Ele recebeu voz de prisão e foi levado para a Delegacia de Polícia juntamente com a arma e a droga apreendidas.

A Justiça Eleitoral determinou o recolhimento do jornal de campanha de Joice Quirino que traz na capa uma pesquisa eleitoral suspeita de fraude.

por fraudes em pesquisas eleitorais. As acusações incluem direcionamento da pesquisa, irregularidades na amostra e na coleta de informações, não apresentação do questionário e outras mais.

A decisão saiu na tarde da quinta-feira (12), atendendo a representação feita contra a coligação Bom Despacho Pode Mais, a empresa Instituto Imagem Pesquisa de Mercado e a candidata Joice Quirino.

A sede da empresa não existe no endereço informado por ela. O site de onde Joice afirmou ter tirado o resultado também não existe, segundo a representação.

A Justiça também mandou que a pesquisa seja retirada da Internet em 24h e não seja mais divulgada.

Outra suspeita é quanto ao financiamento da pesquisa. No TSE foi registrado que ela teria sido paga pela proprietária da própria empresa que fez a pesquisa.

A ação foi ajuizada na quinta-feira (12), pelo Diretório Municipal do MDB, após Joice divulgar suposta pesquisa feita em Bom Despacho pela empresa Instituto Imagem, que tem sede em Contagem. Essa empresa já responde a outras ações na Justiça

Segundo a representação, o Instituto Imagem é acusado de “maquiar o resultado da pesquisa” para favorecer a candidatura de Joice.

VEJA MAIS: Pesquisa apresenta muitas irregularidades

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Olho Vivo: câmeras estão sendo instaladas em Bom Despacho

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Três candidatos não aceitaram entrevista proposta pelo Jornal No dia 05/11/2020, o Jornal de Negócios propôs aos 4 candidatos a prefeito a realização de uma entrevista para esta edição. A todos foi oferecido o mesmo espaço no jornal. A entrevista tem 10 perguntas, enviadas por escrito. As 5 primeiras perguntas são as mesmas para todos. Elas questionam o candidato sobre gestão pública, demandas de Bom Despacho, desafios trazidos pela Covid-19, propostas para diminuir o desemprego e a participação do vice no governo, caso eleito. As outras 5 questões são específicas para cada candidato. Elas se baseiam na atuação política dos candidatos e nas suas propostas de governo. A todos foi pedido que enviassem respostas objetivas, sem ofensas e nem críticas pessoais

aos outros. Também foi oferecido aos candidatos que, se quisessem, poderiam enviar uma foto de sua escolha para ilustrar a matéria. O prazo limite para entrega das respostas foi dia 07/11/ 2020 às 15h00, pelo horário de Brasília/DF. Justificativas Todos os 4 candidatos confirmaram ter recebido as perguntas da entrevista. Maurício Reis agradeceu mas não quis responder. Em mensagem enviada pelo whatsapp do Jornal, afirmou: “percebo que o jornal mais uma vez está agindo tendenciosamente nas perguntas finais. O Brasil precisa de imprensa séria que possa fortalecer a democracia, mas infelizmente o jornal não

me passa essa credibilidade”. Haroldo Queiroz respondeu através do assessor Acir Parreiras. Ele agradeceu o convite e disse: “não vamos participar desta divulgação, porque entendemos que, mais uma vez, o informativo está agindo tendenciosamente, tendo em vista os questionamentos nas últimas cinco perguntas” Joice Quirino foi a última a responder. Mensagem assinada por sua coligação afirma que “considerando os ataques à pessoa da candidata e atenta a linha editorial que o Jornal adota, declinamos do convite”. Bertolino da Costa respondeu às perguntas. Sua entrevista está publicada na página 5 desta edição. Veja na página 7 as perguntas que Joice, Haroldo e Maurício não quiseram responder.


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Bom Despacho (MG), 13 Novembro 2020

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Seções Eleitorais de Bom Despacho

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11 ............ CORONELPRAXEDES 12 ............ CORONELPRAXEDES 13 ............ CORONELPRAXEDES 14 ............ CORONELPRAXEDES 15 ............ CORONELPRAXEDES 16 ............ CORONELPRAXEDES 17 ............ CORONELPRAXEDES 18 ............ CORONELPRAXEDES 19 ............ CORONELPRAXEDES 20 ............ CORONELPRAXEDES 21 ............ CORONELPRAXEDES 22 ............ CORONELPRAXEDES 23 ............ CORONELPRAXEDES 24 ............ CORONELPRAXEDES 25 ............ CORONELPRAXEDES 26/29 ....... CESEC 27/94 ....... CESEC 28/83 ....... CESEC 30/51 ....... CESEC 31 ............ MIGUELGONTIJO 32 ............ MIGUELGONTIJO 33 ............ MIGUELGONTIJO 34 ............ MIGUELGONTIJO 35 ............ MIGUELGONTIJO 36 ............ MIGUELGONTIJO 37 ............ CHIQUINHASOARES 38 ............ CHIQUINHASOARES 39 ............ CHIQUINHASOARES 40 ............ CHIQUINHASOARES 41 ............ CHIQUINHASOARES 42 ............ CHIQUINHASOARES 43 ............ CHIQUINHASOARES 44 ............ MIGUELGONTIJO 45 ............ WILSON LOPES DO COUTO 46 ............ CHIQUINHASOARES 47 ............ CHIQUINHASOARES 48 ............ CHIQUINHASOARES 49 ............ CHIQUINHASOARES 50 ............ WILSON LOPES DO COUTO 52 ............ JOÃO DORNAS FILHO 53 ............ JOÃO DORNAS FILHO 54 ............ MARTINHOFIDÉLIS 55 ............ COLEGIOTIRADENTESDAPMMG 56 ............ COLÉGIOTIRADENTESDAPMMG 57 ............ COLÉGIOTIRADENTESDAPMMG 58 ............ COLÉGIOTIRADENTESDAPMMG 59 ............ MARTINHOFIDÉLIS 128/60 ...... COLÉGIOTIRADENTESDAPMMG 61 ............ MARTINHOFIDÉLIS 62 ............ COLÉGIOTIRADENTESDAPMMG 63 ............ CORONELROBERTINHO 64 ............ CORONELROBERTINHO 65 ............ CORONELROBERTINHO 66 ............ MARIA GUERRA (Engenho Ribeiro) 67 ............ MARIA GUERRA (Engenho Ribeiro) 68 ............ MARIA GUERRA (Engenho Ribeiro) 69 ............ MARIA GUERRA (Engenho Ribeiro)

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81 ............ COLÉGIOTIRADENTESDAPMMG 82 ............ COLÉGIOTIRADENTESDAPMMG 84 ............ MARTINHOFIDÉLIS 85 ............ CÓRREGOAREADO 87 ............ CAPIVARI DOS MARÇAL 88 ............ MATO SECO 93 ............ MIGUELGONTIJO 95 ............ MIGUELGONTIJO 96 ............ MIGUELGONTIJO 97 ............ CEMEI - DONA LIQUINHA (ANTIGO DONA DUCA ) 98 ............ CEMEI - DONA LIQUINHA (ANTIGO DONA DUCA ) 101 .......... CEMEI - DONA LIQUINHA (ANTIGO DONA DUCA ) 102 .......... CORONELROBERTINHO 103 .......... WILSON LOPES DO COUTO 104 .......... CHIQUINHASOARES 105 .......... CEMEI - DONA LIQUINHA (ANTIGO DONA DUCA ) 106 .......... MARTINHOFIDÉLIS 107 .......... JOÃO DORNAS FILHO 108 .......... CEMEI - DONA LIQUINHA (ANTIGO DONA DUCA ) 111 .......... CORONELROBERTINHO 112 .......... BOMRETIRO 113 .......... CEMEI - DONA LIQUINHA (ANTIGO DONA DUCA ) 114 .......... MARTINHOFIDÉLIS 115 .......... CRECHE DONA ZULMA 116 .......... WILSON LOPES DO COUTO 117 .......... CEMEI - DONA LIQUINHA (ANTIGO DONA DUCA ) 118 .......... CHIQUINHASOARES 119 .......... CORONELROBERTINHO 120 .......... MIGUELGONTIJO 121 .......... CEMEI - DONA LIQUINHA (ANTIGO DONA DUCA ) 122 .......... DONA DUCA (ANTIGO TANCREDO NEVES) 124 .......... CRECHE DONA ZULMA 125 .......... WILSON LOPES DO COUTO 126 .......... DONA DUCA (ANTIGO TANCREDO NEVES) 127 .......... CEMEI - DONA LIQUINHA (ANTIGO DONA DUCA ) 131 .......... CORONELROBERTINHO 132 .......... JOÃO DORNAS FILHO 134 .......... PASSAGEM 135 .......... NÚCLEO EDUCAÇÃO INTEGRADA (antigo CAIC) 136 .......... CRECHE DONA ZULMA 137 .......... DONA DUCA (ANTIGO TANCREDO NEVES) 138 .......... NÚCLEO DE EDUCAÇÃO INTEGRADA (antigo CAIC) 139 .......... CORONELROBERTINHO 192/99 ...... CORONELROBERTINHO 140/187 ... SESC 141 .......... IRMÃ MARIA 142 .......... WILSON LOPES DO COUTO 143 .......... MARIA GUERRA (Eng. Ribeiro) 144 .......... IRMÃ MARIA 148 .......... JOÃO DORNAS FILHO 149/193 ... IRMÃ MARIA 146 .......... CORONELROBERTINHO 147 .......... CRECHE DONA ZULMA 184 .......... DONA DUCA (ANTIGO TANCREDO NEVES) 188 .......... NÚCLEO EDUCAÇÃO INTEGRADA (antigo CAIC) 189 .......... WILSON LOPES DO COUTO


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Bertolino: precisamos avançar mais juba comprou a linha de leite em pó da Nestlé. Por causa disso adiaram os planos de construir a nova indústria. Era preciso dar prioridade à incorporação das três fábricas montadas que eles compraram. Mas as portas de Bom Despacho estão abertas. Ano que vem recomeçaremos as negociações.

Na sua opinião, quais ações e iniciativas caracterizam uma gestão moderna, eficiente e transparente nos dias de hoje? O segredo está nas três palavras que você usou: transparência, eficiência e modernidade. A eficiência nos garante que o dinheiro está sendo usado sem desperdício e com eficácia. A transparência garante que o cidadão possa saber exatamente, e a qualquer momento, para onde está indo o dinheiro dos seus impostos. Já a modernidade, ela engloba os dois conceitos anteriores, pois não se admite, nos tempos atuais, uma administração que não seja transparente e eficiente. No entanto, modernidade acrescenta, principalmente, a ideia de que a administração esteja cuidando dos assuntos que mais interessam à coletividade. E usando instrumentos adequados para tanto. Instrumentos adequados são, por exemplo, Internet e tecnologia da informação. Mas, acima de tudo, são servidores educados, cordiais, bem informados, atualizados e comprometidos com o cidadão e com a cidadania. Quais são, especificamente, as principais demandas e necessidades de Bom Despacho na atualidade? As demandas mais fundamentais do município quase não mudam. O cidadão quer boas escolas para seus filhos, atendimento humano e competente na saúde, ruas bem cuidadas, estradas rurais em bom estado, segurança pública eficaz, bons empregos e oportunidades. No nosso programa de governo nós incluimos cada um destes itens e muitos outros. Bom Despacho progrediu muito nos últimos 8 anos e nós precisamos avançar mais. É isto que está no projeto para 2021-2024. O que o levou a escolher sua vice? Caso eleito, qual será a participação da vice na sua gestão? Ela assumirá alguma secretaria ou função executiva? Qual? A escolha de vice é um processo longo e cuidadoso. Temos que escolher não só uma pessoa boa e competente, mas também uma pessoa que agregue. Mas não é uma escolha solitária. Embora a decisão final tenha sido minha, eu contei com a ajuda, opinião e apoio de muitos amigos e companheiros. Ouvi muita gente. Conversei com muitas pessoas de bem, qualificadas para o cargo. O que eu queria é que a pessoa fosse competente, honesta, trabalhadora e com disposição para cuidar das pessoas. Havia excelentes companheiros de caminhada. Mas, no final, a escolhida foi Juliana devido à sua grande experiência no acolhimento das pessoas. No momento que estamos vivendo, carinho e amor ao próximo são coisas de que precisamos muito. Juliana já mostrou ter enorme capacidade de dedicar-se ao próximo e acolher os que são mais carentes de atenção. Na sua opinião, com os problemas causados à

Na campanha eleitoral de 2016, o prefeito Fernando Cabral, tendo o senhor como vice, reafirmou que não haveria aumento do IPTU na atual gestão. No entanto, muitas pessoas vão às redes sociais reclamar do valor do IPTU de seus imóveis. Outros candidatos a prefeito prometem inclusive reduzir as alíquotas. Afinal de contas, o IPTU aumentou nesta gestão? O senhor é a favor de aumentar o IPTU?

economia pelo Covid-19, qual será o maior desafio de quem assumir a prefeitura de Bom Despacho a partir de 2021? O Covid-19 trouxe dois grandes problemas para a humanidade: os perigos para a saúde e os perigos para a economia. Os dois são preocupantes. Quando aumenta muito o número de doentes os gastos com a saúde crescem e as condições de atendimento caem. Mas quando tomamos medidas para minimizar a transmissão da doença, corremos o risco de prejudicar a economia. E quando a economia está prejudicada, todos sofrem. No caso de Bom Despacho nós buscamos e continuaremos buscando o equilíbrio. Vamos evitar ao máximo prejudicar a economia, mas sem descuidar da saúde. É o que já estamos fazendo. A economia de Bom Despacho praticamente já voltou ao normal. Em algumas áreas estamos com muita geração de empregos. Ao mesmo tempo, temos os melhores resultados da região, com menos internações, menos mortes e mais recuperação. Bom Despacho está se saindo bem desta situação muito complicada. Desemprego é um problema que hoje preocupa a maioria dos brasileiros. Cite 5 (cinco) medidas concretas que, se eleito, a administração municipal tomará para incentivar a geração de emprego e renda no município. Nas últimas semanas o SINE tem anunciado cada vez mais vagas disponíveis. Isso é muito bom para uma cidade que está há quase um ano sob os efeitos de uma pandemia devastadora. Mas nós não nos abatemos. Já faz tempo que estamos trabalhando para acelerar o desenvolvimento de Bom Despacho. Nossos empresários são muito empreendedores e estão preparados para crescer. Já faz três

anos que estamos fazendo licenciamento ambiental e isto está facilitando a instalação de empresas. Também estamos implantando um sistema próprio de selo para produtos animais com validade no Brasil inteiro. Isto também ajudará muito os produtores. Temos o grande projeto de captação de água do São Francisco. Isto, além de resolver o problema da água em nosso município, poderá gerar até 6.000 empregos no agronegócio. Também temos negociado a instalação de grandes empresas. Em breve teremos boas notícias. Em fevereiro de 2019, o senhor e o então prefeito Cabral reuniram-se com a diretoria da fábrica de laticínios Piracanjuba oferecendo apoio para a empresa instalar uma unidade aqui em Bom Despacho. Na época, a Piracanjuba reafirmou seu interesse de montar uma indústria na cidade. Entretanto, até hoje ela não veio. O que aconteceu? Por quê a Piracanjuba ainda não se instalou em Bom Despacho? Em 2018 ficamos sabendo que a empresa Piracanjuba ia se instalar em Luz. Imediatamente fizemos contato com seus diretores para convencê-los a montar a indústria em Bom Despacho. Depois de três reuniões aqui, nós fomos à sede da empresa, em Goiás. Conosco foram diversos representantes da ACIBOM e empresários que estavam dispostos a ajudar na vinda da empresa. Nossas conversas foram bem-sucedidas. Após conhecer nosso aeroporto, ver as vantagens do entroncamento da BR-262 com a MG164, ver a boa qualificação de nossa mão de obra e a grande produção leiteira de Bom Despacho, os diretores optaram por instalar aqui sua nova fábrica. Mas, nesse intervalo, a Piracan-

Não, não sou a favor. Mas é importante dizer que a alíquota do IPTU de Bom Despacho foi estabelecida em 2003 pelo então prefeito Geraldo Simão Vaz há quase 20 anos. Desde 2003, é feito o reajuste anual de acordo com a inflação. Foi assim em todas as gestões. É lei. A prefeitura não pode deixar de atualizar o IPTU, da mesma forma que os patrões não podem deixar de reajustar o salário mínimo todos os anos. Pessoas desonestas que fazem oposição soltam acusações maldosas na Internet tentando denegrir a mim e ao Cabral. Esta estória de aumento de IPTU tem dois motivos. O primeiro, é que algumas pessoas confundem reajuste com aumento. Reajuste é atualização. Aumento só pode ser feito com aprovação da Câmara. São coisas muito diferentes. O segundo é que a oposição sempre bate nesta tecla. Como dizia o povo antigo, parece um disco furado. O senhor foi criticado por sancionar uma lei aprovada na Câmara para regulamentar a posse de cães e gatos na cidade. Essa lei prevê a eutanásia de animais em situações limite, seguindo regras do Conselho Federal de Veterinária. Mas as pessoas entenderam que a Prefeitura iria praticar a eutanásia para controlar a população de cães. Deputados e defensores de direitos dos animais fizeram críticas públicas à lei. Afinal de contas, o que aconteceu? A Prefeitura vai utilizar a eutanásia para controle populacional dos cães? De forma alguma. Isso não é verdade. Muito pelo contrário. Em 2013 o ex-prefeito Cabral acabou com a morte cruel de cães que era praticada em Bom Despacho. Ele inaugurou o Centro de Zoonoses e fez uma parceria com a Associação Bicho Amigo. Desde então os cães são tratados por voluntários com ajuda da prefeitura. Recentemente a Câmara aprovou uma lei que aumenta a capacidade de castrar animais de rua para evitar que eles se reproduzam de forma descontrolada. No entanto, os vereadores retiraram um trecho da lei e a deixaram mais obscura. Com isso, pessoas de má-fé passaram a dizer que a eutanásia teria sido

adotada para controlar a população de cães. A própria presidente da câmara, que presidiu a aprovação da lei, disse isto. Mas você cidadão pode ficar tranquilo. Isso é mentira. Eutanásia, só para casos em que o animal estiver sofrendo e não tiver mais salvação. A lei garante isto. A Bicho Amigo e outros protetores dos animais garantem isto. Outros candidatos a prefeito, e também candidatos a vereador, criticam a atual gestão por terceirizar a frota de veículos da Prefeitura. Hoje, o município praticamente não tem veículos próprios. Quase todos são alugados. De acordo com esses críticos, alugar custaria mais que comprar e manter os veículos. Afinal, na sua opinião, qual é a melhor alternativa para o município? Quais as vantagens da alugar a frota como é feito hoje? Se for reeleito isso vai mudar? Frota terceirizada é a melhor alternativa. Se for eleito não vou mudar. Tribunais, governos estaduais, governos municipais e empresários usam isto. Até mesmo a Polícia Federal terceiriza sua frota. Nós fazemos isto na Prefeitura porque a terceirização é maneira mais econômica. A Prefeitura não precisa ser dona dos carros. Precisa que eles estejam disponíveis para trabalhar e atender a população. Os veículos alugados são usados no máximo por 2 anos. Estão sempre novos. Outro fator é o uso do dinheiro. Se a Prefeitura comprar um carro por R$ 100 mil, esse dinheiro fica empatado. Mas se pagar R$ 1.500,00 de aluguel por mês ela pode usar aqueles R$ 100 mil em obras, saúde, educação e outros serviços. O cidadão não tem benefício com carros da Prefeitura, mas sim com as obras. É por isso que empresas e governos bem administrados preferem alugar. O senhor tem sido criticado pelo fato de a Prefeitura estar asfaltando ruas durante o período eleitoral. Segundo essas críticas, postadas nas redes sociais, seria “asfalto eleitoreiro”. Argumentam que a administração municipal guardou recursos para aplica-los em asfaltamento às vésperas da eleição apenas para ganhar votos. O que diz a respeito disso? Olha, nossa gestão, minha e do Cabral, foi a gestão que mais asfaltou vias públicas em Bom Despacho. Mas isso aconteceu durante os 4 anos de mandato. Asfaltamento é um dos nossos compromissos de campanha. Durante todo o mandato nós buscamos recursos para investir em urbanização. Projetos e financiamentos muitas vezes demoram para ser aprovados e liberarem os recursos. Muitos saíram este ano. O que estamos fazendo é cumprir nosso papel. Quem faz essas críticas certamente não mora em ruas de terra. Só quem enfrenta poeira e barro o ano inteiro sabe o quanto é importante urbanizar e asfaltar as vias públicas. É uma questão de levar qualidade de vida e saúde para as famílias que ainda moram no barro e na poeira.


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Eleição: dia de democracia e paz FERNANDO

CABRAL

Fernando Cabral é licenciado em Ciências Biológicas, advogado, auditor federal e ex-prefeito de Bom Despacho

Na manhã do dia 15 de novembro, mal amanhecido o dia, os brasileiros começarão a cumprir o mais sagrado de todos os direitos de cidadão: escolher seus concidadãos que vão representá-lo pelos próximos quatro anos no executivo e no legislativo do município. A tarefa nem sempre é fácil. Algumas vezes titubeamos entre o velho e o novo; entre o conhecido e o desconhecido; entre o que aparece bem e o que não aparece tão bem. Mas a campanha eleitoral serve exatamente para nos dar os subsídios necessários para que possamos fazer uma decisão racional. Ou deveria servir para isto. Ela deveria oferecer uma oportunidade para que o eleitor ou eleitora conhecesse um pouco mais sobre o caráter, as habilidades, os conhecimentos e a experiência de cada candidato. Mais importante ainda: ela deveria oferecer uma oportunidade para que o eleitor ou eleitora conhecesse os planos de governo e as propostas dos candidatos. Infelizmente, não é o que costumamos ver. Num cálculo pouco científico, mas de valor simbólico, 90% ou mais do tempo de campanha é gasto em agressões cruzadas e na desconstrução do outro. Nesta batalha de destruição mútua, razão e verdade são as primeiras e maiores vítimas. Se o adversário não tiver pontos fracos, eles são criados. Se o adversário tiver o menor dos defeitos humanos, eles são ampliados e atacados como se fossem máculas imperdoáveis. Mesmo que não exista nenhum defeito de nota, algumas falhas graves serão criadas e impingidas por fofocas sorrateiras ou pela força bruta da repetição. Mas, se tudo isto falhar, os ataques poderão ir além do candidato e alcançar membros da família. Ninguém está fora do alcance do linchamento moral neste jogo de vale tudo que se tornou a campanha eleitoral. Ruim para o eleitor, ruim para a democracia. Nas campanhas eleitorais que o Brasil tem vivido, as mentiras e as ofensas têm sido as maiores moedas de troca. Este jogo destrutivo no campo das palavras é antidemocrático e deletério. No entanto, ele fica pior quando a agressão é física, como tem acontecido com tanta frequência. As partes que se digladiam se esquecem de regras básicas do convívio e da necessidade de perdoar. Onde impera a lei do talião, a lei do olho por olho, dente por dente, todos acabam cegos e banguelas. Ninguém sobrevive ileso. Parece que muita gente se esquece que a campanha eleitoral dura menos de 2 meses, mas o convívio com nossos concidadãos dura a vida inteira. A vida, a amizade e o companheirismo são mais importantes do que a vitória numa discussão e até mesmo do que a vitória nas urnas. Domingo, dia 15, celebremos a democracia. Façamos nossa escolha com a firme convicção de que estamos escolhendo o melhor para nossa cidade, para todos e para nós mesmos. Agora e sempre, respeitemos democraticamente aqueles que pensam diferente de nós.

Este ano a eleição no Brasil tem visto uma violência exacerbada. Os ataques morais sobem às dezenas de milhares; os ataques físicos sobem a centenas, as mortes sobem a dezenas. São tempos tenebrosos estes em que pessoas não podem livremente expressar suas opiniões, debater suas divergências e mostrar opções sem correr o risco de sofrerem linchamento moral, agressão ou morte. No entanto, a eleição periódica mediante a qual o povo escolhe seus representantes para governar por um período determinado é o próprio coroamento da

democracia. É a sua essência. Por isto mesmo, deveria ser o momento de maior civismo e civilidade. Talvez venha a ser dia, quando as pessoas tiverem entendido que todo progresso decorre da discordância e da insatisfação corretamente dirigidas. Mas, para isto, temos que evoluir muito no quesito educação. Educação no sentido de letramento, mas também no sentido de que somos iguais e que cada um de nós tem direito a uma parcela das riquezas do planeta, dos conhecimentos que nos abrem a mente e do sol que nos ilumina a todos.

Nossas urnas eleitorais são seguras Toda eleição é o mesmo ramerrão: algumas pessoas que não entendem nada de tecnologia aparecem por aí questionando a segurança das nossas urnas eletrônicas. Este questionamento tomou tal virulência que o atraso está vencendo a batalha contra a modernidade, a eficiência, a segurança: estamos sob o risco de termos no futuro breve urnas que imprimem o voto. Esta é uma ideia maluca, para dizer o mínimo. Assim, com a chegada da eleição daqui a três dias, temos uma boa ocasião de falarmos novamente sobre segurança de urna. Mas antes, vamos lembrar o que você já aceita que é suficientemente seguro. Se você usar um cartão de crédito você depende todo o tempo da segurança de computadores e suas redes. Redes, entre as quais, a mais conhecida e a mais vulnerável, que é a Internet. Se você tem um cartão para sacar dinheiro em caixas de banco, você também depende da segurança de computadores e suas redes. Se você tem dinheiro no banco, você depende da segurança dos computadores e suas redes. Se você faz qualquer encomenda ou compra pela Internet, você depende da segurança dos computadores e suas redes.

A urna eletrônica é infinitamente mais segura do que qualquer destes sistemas. Então, por que confiamos neles, mas aceitamos alegações infundadas daqueles que levantam suspeitas sobre as urnas eletrônicas? As urnas eletrônicas são computadores. Elas têm as mesmas características essenciais que eles têm. Ela tem processador central, memória RAM, memória ROM, meio de armazenamento removível de grandes volumes, unidades de entrada e saída. Elas são, em tudo por tudo, computadores. Mas, do ponto de vista da segurança, têm duas vantagens sobre os computadores comuns usados em bancos e tantos outros lugares: são computadores especializados e não estão ligados à Internet ou outras redes. Por serem computadores especializados e de funções limitadas, as urnas são computadores mais simples. Quando se trata de segurança, quanto mais simples, mais fácil fazer a segurança.Por não estarem ligados à Internet, não há muitas portas por onde invasores possam entrar. Em linguagem técnica, a superfície de ataque é pequena. Portanto, as urnas já nascem mais seguras dos que os computadores considerados seguros, como aqueles usados por bancos e até pelas forças armadas.

Na segurança de redes e de computador, o elemento mais frágil na segurança é o ser humano. É muito mais fácil pagar propina para alguém roubar uma senha do que usar de meios cibernéticos sofisticados para penetrar num computador (ou numa urna). No entanto, a penetração e adulteração de uma urna depende da participação de dezenas e até de centenas de pessoas. Pessoas que são de partidos diferentes, de ideologias diferentes e que moram em cidades diferentes. É difícil (provavelmente impossível) comprar todas elas. Então, só resta o ataque cibernético. Mas as urnas têm muitos mecanismos de segurança que dificultam o ataque. Entre eles, a criptografia e os testes de segurança feitos por partidos políticos e técnicos. Além disto tudo, as urnas têm uma característica que praticamente impede o ataque cibernético: elas não estão conectadas à Internet. Isto significa que os gênios do mal não têm uma porta de entrada, como acontece com os bancos, cartões de crédito e outros. Portanto, pode-se afirmar que as urnas eletrônicas são muito mais seguras do que os sistemas dos bancos, dos cartões de crédito, da maioria das instalações das forças armadas.

Assim, se você tem conta no banco ou usa cartão de crédito e consegue dormir à noite, pode votar e dormir mais tranquilo ainda: seu voto estará milhões de vezes mais seguro na urna eletrônica do que o seu dinheiro está seguro no banco. Isto não acontece só por causa da competência dos nossos técnicos. Acontece, em grande medida, porque pela forma fechada como o sistema é usado. É diferente de um banco, que é acessado por pessoas do mundo inteiro 24 horas por dia, 7 dias por semana. Há mais um detalhe curioso: as urnas eletrônicas são ultrasseguras em qualquer eleição. Mas, nas eleições municipais elas são mais seguras ainda do que nas eleições para presidente, senador ou deputado. Mas isto é assunto muito técnico que não cabe aqui. Vote! Domingo vá às urnas com tranquilidade. As urnas são seguras. Então, vamos cuidar da sua segurança. Use máscara, leve sua própria caneta, mantenha distância. Respeite a preferência dos idosos especialmente no horário de 7 às 10 da manhã. Prepare seu guardachuva, pois poderá chover ao longo do dia. Vote bem, vote em paz. Com o seu voto você constrói a democracia.


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Bom Despacho (MG),13 Novembro 2020

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Candidatos fogem de perguntas difíceis QUESTÕES FORÇAM CANDIDATOS A ENFRENTAR O CONTRADITÓRIO Todos os candidatos foram tratados com respeito e igualdade pelo Jornal. As perguntas apresentadas a cada um tratam de questões relevantes e de interesse público. São baseadas na sua conduta como agentes públicos e nas promessas que fazem.

Quem pretende assumir o cargo de prefeito tem o dever de dar satisfação aos eleitores. A prerrogativa da imprensa é questionar. O dever do candidato é responder. Afinal, respondendo às perguntas eles estarão falando para milhares de leitores

que acompanham as versões impressa e digital do Jornal de Negócios. Com média de 40 mil visualizações mensais no site, 12 mil seguidores no Facebook e mais de 6.600 seguidores no Instagram, o Jornal é visto por milhares de pessoas em BD.

Em vez de usar o espaço oferecido pelo jornal para explicarem seus atos, dizer o que pensam e mostrarem como pretendem fazer o que prometem, Haroldo, Joice e Maurício preferiram criticar e não responder. Fazer discurso é uma coisa. Responder perguntas ba-

seadas em números, documentos e fatos públicos é outra. Perguntas que pedem respostas claras e transparentes; que obrigam o candidato a enfrentar o contraditório, assumir posição e dar explicações. O candidato Bertolino da Costa foi o único dos 4

postulantes ao cargo de prefeito que enfrentou e respondeu às questões apresentadas. Diante da escolha de Haroldo, Joice e Maurício de não responder, o Jornal publica as perguntas feitas a eles para conhecimento público.

Perguntas que Maurício Reis não respondeu

Perguntas que Haroldo Queiroz não respondeu

Perguntas que Joice Quirino não respondeu

O senhor teve sua candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral por estar com seus direitos políticos suspensos em decorrência de "condenação criminal transitada em julgado". Para continuar em campanha, entrou com dois recursos no TRE (Tribunal Regional Eleitoral), mas a decisão de 1ª Instância foi mantida. Agora, ajuizou novo recurso para o TSE (Tribunal Superior Eleitoral), em Brasília. Acredita que poderá reverter a situação? Como e por quê?

A candidata Joice, que foi sua secretária de Saúde, tentou impugnar as candidaturas de Haroldo, Bertolino e Cabral. Como o pedido foi negado pela Justiça Eleitoral, ela entrou com recurso no TRE (Tribunal Regional Eleitoral). Depois voltou atrás e retirou o pedido de impugnação da sua candidatura. Segundo uma fonte, a campanha de Joice teria proposto um acordo para que o senhor desistisse da disputa e desse apoio a ela. O senhor foi procurado? Houve essa proposta de fato?

Uma das suas promessas de campanha é isentar de IPTU quem tem renda de até 1 salário mínimo e residência com no máximo 60m2 de construção. Como é sabido, qualquer isenção de imposto só pode ser dada através de lei aprovada pela Câmara Municipal. Além disso, a Lei de Responsabilidade Fiscal exige que o Executivo mostre de onde vai tirar o dinheiro que deixará de arrecadar com a isenção proposta. Qual será o valor total do projeto de isenção que a senhora pretende enviar à Câmara se for eleita? De onde pretende tirar o dinheiro para compensar esse valor? Como a senhora afirma que a isenção “começa a tornar realidade em 2021”, como divulgou, se isso depende de aprovação da Câmara?

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***** Um dos itens do programa de governo protocolado pelo senhor na Justiça Eleitoral diz exatamente o seguinte: "Lutaremos para implantar aqui uma unidade do corpo de bombeiros". Diz também que, se eleito, o senhor vai adquirir um caminhão "para combater incêndios e queimadas" na cidade. O Corpo de Bombeiros foi inaugurado em Bom Despacho pelo então prefeito Fernando Cabral no dia 04.07.2018 - portanto, há mais de 2 anos. De lá para cá, os bombeiros atenderam milhares de ocorrências, socorreram pessoas em perigo, resgataram acidentados, salvaram vidas e combateram incêndios e queimadas por toda a cidade com caminhões próprios. Como explica a sua promessa de "implantar" algo que já existe há tanto tempo em Bom Despacho? ***** Na área de Desenvolvimento e Emprego, seu programa afirma o seguinte: "Criaremos o Parque Industrial de Bom Despacho, incentivando novas indústrias a se instalarem em nossa cidade". Parques ou distritos industriais exigem investimentos acima da capacidade financeira de municípios do porte de Bom Despacho. Dependem de investimentos estaduais e federais. É necessário comprar terreno, asfaltar e urbanizar, instalar rede elétrica de alta capacidade para uso industrial, garantir fornecimento de água em volume suficiente para consumo da indústria, montar sistemas de drenagem pluvial, esgotamento e tratamento de rejeitos, criar vias de acesso e outras benfeitorias, além de cumprir as exigências ambientais. Sem isso não atrairá empresas. Qual é, no seu plano, a estimativa de custo desses investimentos? E de onde viriam os recursos financeiros para tal? *****

O senhor tem dito que Prefeitura deve ter frota própria de veículos, caminhões e máquinas. No seu plano de governo escreveu: "Não alugaremos veículos, a prefeitura irá adquirir toda a sua frota e cuidaremos dela, economizando assim milhares de reais todos os meses e ainda formando patrimônio de qualidade para o município". Especialistas em finanças ensinam que veículo não é patrimônio porque sofre depreciação; perde valor após a compra. Por isso, grandes, médias e pequenas empresas, concessionárias de serviço público, governo federal, governos estaduais e prefeituras de muitos outros municípios hoje alugam frota. Alugar sai mais barato que comprar, fazer manutenção e renovar a frota, dizem os especialistas. Outro argumento é que o objetivo da administração pública não é formar patrimônio, mas prestar serviços ao cidadão. Ao elaborar sua proposta de comprar frota própria, o senhor apurou o gasto atual do município com locação? Qual é o valor desse gasto? Quantos carros são locados? E qual valor o município teria de investir para comprar e manter uma frota própria que substitua a alugada? ***** Outra proposta do seu plano de governo é "Colocar em discussão com os servidores o horário de trabalho e funcionamento da Prefeitura: 08:00 às 18 horas ou 12:00 às 18:00 horas". O servidor é contratado para jornada de 8 às 18 horas. Trabalhar apenas na parte da tarde significa diminuir a carga horária do servidor. Neste caso haveria redução salarial? Se o cidadão que paga impostos e custeia o serviço público pode ter seu horário de atendimento reduzido, ele não deveria ser consultado antes?

Uma das promessas da sua campanha é “rever os valores do I.P.T.U. e taxas municipais que estão altas e abusivas”. As alíquotas atuais do IPTU foram definidas pelo exprefeito Geraldo Simão através da Lei Municipal N° 1.950, de 30 de dezembro de 2003. Portanto, há 17 anos atrás. Desde aquela época as alíquotas não foram alteradas. Qualquer mudança de imposto tem que ser aprovada pela Câmara. O senhor foi prefeito de 2005 a 2012. Por quê em 8 anos de mandato não enviou à Câmara um projeto alterando as alíquotas do IPTU? ***** Um dos itens do seu plano de governo é “buscar a isenção de IPTU para residências com área abaixo de 50m2, principalmente as residências do programa Minha Casa, Minha Vida”. Qualquer isenção de imposto só pode ser dada através de lei aprovada pela Câmara Municipal. Além disso, a Lei de Responsabilidade Fiscal exige que o Executivo mostre de onde vai tirar o dinheiro que deixará de arrecadar com a isenção proposta. Qual será o valor total do projeto de isenção de IPTU que o senhor pretende enviar à Câmara se for eleito? De onde o senhor pretende tirar o dinheiro para compensar esse valor? ***** Outra promessa da sua campanha é “implantar a coleta seletiva de lixo” e “adequar o aterro sanitário às normas ambientais vigentes”. A coleta seletiva já existe em Bom

Despacho. O desafio é conscientizar a população a separar o lixo doméstico para que a coleta dê bons resultados. Já o aterro sanitário chegou no limite. Ele não comporta mais o lixo que recebe. Tanto que a camada de lixo e terra já está a alguns metros acima do solo. De acordo com especialistas, a questão não é adequar o aterro sanitário às normas ambientais, mas fechar o local e dar outra destinação às 60 toneladas de lixo recolhidas diariamente na cidade. Diante disso, qual solução o senhor propõe para destinar essas 60 toneladas de lixo diárias respeitando as normas ambientais? ***** O senhor promete montar um hospital no antigo Sesc, continuar ajudando a Santa Casa e ainda construir um Pronto Atendimento no São Vicente. Mas especialistas, gestores e profissionais de saúde orientam que todo Pronto Atendimento tem que ficar junto de um hospital para poder atender acidentados, infartos, AVCs e outras situações graves que dependem de centro cirúrgico, Raio X, especialistas e outros recursos só existentes nos hospitais. Do contrário o Pronto Atendimento não terá meios de atender e salvar pacientes graves. Como pretende resolver isso, caso volte à Prefeitura, já que no final da sua última gestão, em 2012, o único P.A. de Bom Despacho chegou a fechar alegando falta de recursos?

***** Pouco depois de tomar posse como presidente da Câmara, em 2019, a senhora extinguiu os serviços de Psicologia e Assistência Social que funcionavam no CAC (Centro de Atendimento ao Cidadão). Qual foi o motivo para acabar com serviços que atendiam a população? ***** Matéria publicada pelo JN mostra que na sua gestão a Câmara bateu recorde de gastos. Depois da reportagem publicada, a senhora divulgou que no final deste ano vai devolver dinheiro para a Prefeitura. Sua campanha também divulgou que “Joice é a presidente que mais devolveu dinheiro para a Prefeitura nos últimos 8 anos”. Entretanto, não falou nada sobre o gasto recorde de dinheiro público. Em 2019 a Câmara gastou R$ 3.470.000,00. Em 2020, mesmo que a senhora devolva o valor anunciado de R$ 1.889.515,61, ainda assim o gasto passará de R$ 3,6 milhões. Um total de R$ 7,1 milhões na sua gestão. O maior valor da história. Com o quê a Câmara gastou tanto dinheiro em 2019 e 2020, se a quantidade de servidores é praticamente a mesma e a senhora ainda cortou serviços prestados pelo DAC?

***** Em junho, a Prefeitura enviou projeto urgente à Câmara propondo abertura de crédito com o objetivo de contratar empresa que faça estudo técnico para montar Hemodiálise e Centro de Imagens na Santa Casa. A proposta - feita por indicação de 6 vereadores - é criar esses serviços na Santa Casa para que ela receba o dinheiro do SUS que hoje é repassado a clínicas particulares – atualmente cerca de 350 mil reais por mês. Entretanto, passados 5 meses a senhora não colocou o projeto em votação. Por quê? ***** Cálculos atuariais mostram que o BDPREV vai quebrar se as contribuições dos servidores não forem ajustadas. O problema afeta os institutos de previdência do país. Por isso, desde 2019 a legislação federal exige que os municípios elevem as contribuições do funcionalismo para no mínimo 14%. No dia 20/7 a Câmara de Bom Despacho rejeitou o projeto que fazia esse ajuste. Palavras da senhora: “faremos o possível para rever esse aumento”. Mas nada foi feito pela Câmara. De acordo com a legislação, se o BDPREV quebrar, a Prefeitura terá que tirar dinheiro de obras e outras áreas para pagar as aposentadorias. E o município ainda ficará impedido de receber repasses federais. Por quê a senhora disse ser contra o ajuste das contribuições? Que medidas propõe para resolver esse problema?

Perguntas iguais para todos também ficaram sem resposta Na sua opinião, quais ações e iniciativas caracterizam uma gestão moderna, eficiente e transparente nos dias de hoje? Quais são, especificamente, as principais demandas e necessidades de Bom Despacho na atualidade? O que o levou a escolher seu vice? Caso eleito, qual será a participação do vice na sua gestão? Ele assumirá alguma secretaria ou função executiva? Qual?

Na sua opinião, com os problemas causados à economia pelo Covid-19, qual será o maior desafio de quem assumir a prefeitura de Bom Despacho a partir de 2021? Desemprego é um problema que hoje preocupa a maioria dos brasileiros. Cite 5 (cinco) medidas concretas que, se eleito, a administração municipal tomará para incentivar a geração de emprego e renda no município.


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Bom Despacho (MG), 13 Novembro 2020

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BOM DESPACHO DE HOJE

15 de novembro: o cívico dever de votar BOM DESPACHO DE ONTEM

O humor em antigas eleições da cidade

Tadeu de Araújo Teixeira é professor, escritor e fundador da ABDL

Excertos retirados de publicações e de jornais, inclusive do JN Tem Meu Voto “Tem Meu Voto” é o nome de uma ONG cívica que defende o valor do voto. Ela prega que “dá menos trabalho escolher um candidato do que não escolher. Tudo que você faz é afetado pela política. O preço da luz é afetado pela política, o preço de seu celular, da sua conexão com a internet, da sua roupa, do seu game, da sua comida. O que você come é afetado pela política, onde você mora, o ar que você respira, a educação de seu filho. A sua liberdade é afetada pela política. Na democracia, o voto é instrumento de cidadania e mudança. Votar com consciência, assumindo a responsabilidade pela escolha dos representantes, pode mudar a realidade de sua cidade, pode mudar a realidade de sua cidade, pode mudar a sua realidade.” Órgãos oficiais A Assembleia Legislativa de Minas e o TRE-MG apregoam que “A Cidade Que Você Quer Começa Com Seu Voto”. No dia 15, vai estar tudo preparado para você votar com segurança, saúde. e fazer valer a sua voz. Vote!” “Compareça. Expresse. Escolha Lidere. Conheça. Opine. Pense. Participe. Aja. “ Professor Wendel Mesquita O bom-despachense, primo do professor e ex-vereador Tchesco, Wendel Mesquita é professor, deputado estadual e candidato a prefeito de Belo Horizonte.

Um voto por um par de botinas Antigamente era comum o pretendente a prefeito ou a vereador oferecer prendas e presentes para o eleitor que se comprometesse a votar neles. Nas roças usava-se pedirem um par de botina, um luxo para os camponeses que andavam descalços, porque não tinham dinheiro para comprarem um calçado. Só que era assim: o político entregava ao eleitor só um pé do par das botinas antes da votação. O outro pé vinha depois, se ele fosse eleito. Deste modo se garantia a fidelidade dos dois. Nos inícios dos anos 60, Inácio Antônio, um postulante à Câmara Municipal, quase analfabeto, inovou na comunicação. Instalou, numa sala do Bar Cruzeiro acima do Fórum, um alto falante. Com sua voz possante e seu vocabulário próprio e pobre, ele anunciava sua “prataforma” de ação, caso “elegido” fosse. Anunciava água limpa e “portável” para toda a população. “Inducação” para todos os “minino” e “adolescente”. “Nós vai fazer Bom Despacho sê um lugar mais ‘pogressita’ e mió pra pessoa vivê.”

Fazida ou feita e dizida Disse ele: “...vamos falar sobre a importância de defender a bandeira da Educação, que é o pilar de tudo na sociedade.”

Federal e na Câmara de Deputados, passa por todas as assembleias legislativas e chega às câmaras municipais.”

Tereza Ferraz “Afinal quem aqui vive sabe o quanto nossa cidade é hospitaleira. Sabe o quanto nosso povo é acolhedor. Sabe principalmente o quanto de sinceridade há nas intenções de cada um de nós. E pedir voto é um ato sincero de humildade. E quem não é sincero não consegue ser humilde.”

Lúcio Emílio do Espírito Santo Lúcio Emílio é coronel/PM reformado, advogado, escritor, membro da Academia Bom Despachense de Letras. É o mais novo colunista do JN. “Bom Despacho se prepara

Fernando Cabral Cabral é ex-prefeito de Bom Despacho. Ele afirma que “No Brasil o Poder legislativo tem um gasto desproporcional. É o único poder que não gera um centavo de receita, mas paga os maiores salários, exige o menor tempo de dedicação ao trabalho e oferece os maiores benefícios aos parlamentares e a seus assessores. Esse modelo começa no Senado

para ir às urnas no próximo dia 15 de novembro. Concorrer a um cargo público é um gesto de grandeza. Admiro aqueles que se lançam à luta política, porque no fundo estão imbuídos do desejo de realizarem algo pela comunidade. É preciso ter muita coragem para incluir o próprio nome numa lista que será submetida à apreciação do eleitor. E dividirá opinião”.

Essa é de uma crônica de Davi Andrade: “Em nossa Câmara Municipal, um vereador considerou inócuo um projeto de seu nobre colega. Outro declarou que seria urgente o abate dos bovinos e porquinos no matadouro municipal. Outro edil afirmou em entusiasmado discurso na inauguração de uma ponte na zona rural local: “É com muito orgulho que hoje estamos inaugurando essa obra que foi fazida com a ajuda do povo”. Certo cidadão, presente, logo o corrigiu: “Meu caro amigo, não se diz fazida e sim feita.” Mas o orador não se fez de rogado e arrematou: “Fazida ou feita, já não tem mais jeito, porque a palavra já está dizida.”

Domicílio eleitoral Sô Carlos Quirino foi uma figura fantástica e única neste Oeste das Minas Gerais. Era irmão do Mário e Leão Quirino. Vindo de Ibitira para se hospedar na fazenda do Sô Alfredo do Raposo, passou pelo Vilaça e parou, montado em seu cavalo, na porta da venda do Marcinho, pai do Homero Couto. Um dos cômodos da venda fora transformado em seção eleitoral. Ali muita gente esperava a hora de votar. Sô Carro chegou e disse alto e bom som: - Eu vim aqui votar no Sô Pedro Perneira do Alfredo do Raposo, pra vereador. - Sô Carro, o senhor não pode votar aqui não, porque não tem domicílio eleitoral no Vilaça. Onde é o seu domicílio? Ele tirou o chapéu, mostrando a cabeça suada e respondeu sem cerimônia: - Meu domicílio é em cima de meu cavalo e debaixo de meu chapéu. Verdade maior não poderia existir.

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Bom Despacho (MG),13 Novembro 2020

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A democracia te dá o poder de decidir o futuro de BD

PAULO

HENRIQUE Paulo Henrique Alves Araújo é gestor e servidor público, mestre em computação e gerente de projetos de inovação

Nós somos uma democracia jovem. Tendo como principal marco a Constituição de 1988, a democracia que vivemos atualmente no Brasil tem pouco mais de 30 anos. Comparados a países que mantêm sistemas democráticos há mais de 200 anos, somos adolescentes, no máximo. E, como tais, sofremos das inseguranças, das dúvidas e dos erros naturais da nossa idade. Quantos de nós não se pegaram recentemente pensando que bom mesmo era quando estávamos no regime militar? Eu tenho pouco para dizer daquela época, estava preocupado com brinquedos, piscina e o início da vida escolar quando ela já estava no final. Lembro-me do movimento “Diretas Já”, em 1984, que mostrava na TV m a n i f e s t a ç õ e s gigantescas, mas se viu ao

final frustrado porque não conseguiu ver aprovada a emenda constitucional pelas eleições diretas. Lembro-me claramente da eleição indireta de Tancredo Neves em janeiro de 1985, seguida por sua repentina morte. É curiosa a razão de me lembrar disso. À época, naquele janeiro, fizemos uma viagem para uma praia com um monte de familiares e amigos. Se não me engano, era Vila Velha o destino. No mesmo janeiro, acontecia o primeiro “Rock in Rio”, e alguns primos mais velhos, ídolos da minha infância, m e apresentaram a outros ídolos como Freddie Mercury, Rod Stewart, Cazuza e Herbert Vianna nas apresentações que foram transmitidas pela TV. Ao mesmo tempo, se fazia uma cobertura intensa das eleições e depois da agonia e morte de Tancredo. E por que eu assisti tanto a TV na praia? Porque chovia muito, amigo. Como chovia no Espírito Santo naqueles verões... Depois da eleição de Tancredo, com posse de Sarney, conseguimos aprovar em 1985 a elaboração de uma constituição democrática, o que se concluiu em 1988, com aquela célebre promulgação nas mãos de Ulysses Guimarães. O Brasil estava numa euforia só e vislumbrávamos um futuro brilhante! Infelizmente, não foi bem o que aconteceu. Como todos sabemos, nesses 30 anos, enquanto países como China e Coreia do Sul, com regimes totalmente diferentes, alcançaram resultados extraordinários em termos de desenvolvimento, ficamos praticamente no mesmo lugar. Quando, na década de 1990, chegamos a nos

entusiasmar com as perspectivas para o Brasil, mal sabíamos que seríamos consumidos ao longo de décadas por tantos problemas na administração pública. Na mesma linha, vimos infelizmente Bom Despacho copiar o Brasil no subdesenvolvimento econômico ao longo da maior parte desse tempo. Lembro-me de que, na minha infância, Pará de Minas tinha mais ou menos a m e s m a população que Bom Despacho e Nova Serrana era metade da gente. Somos muito menores do que ambas agora! Não quero enumerar ou debater os motivos que nos trouxeram até aqui, acredito que evoluímos sim em outras áreas nos últimos anos, mas não alcançamos o esperado desenvolvimento econômico. Isso tem custado a emigração de muitos bomdespachenses, a pobreza de outros tantos e diversas dificuldades que daí decorrem. E, ao final, ficanos a impressão de que paramos no tempo. O bacana da democracia é que a gente mesmo é quem pode manter ou mudar os caminhos que vimos seguindo. Acertar e errar, além de extremamente subjetivo, é do jogo democrático. E lembra que nós somos uma democracia jovem? Assim como o país mostrou amadurecimento na escolha de governantes e representantes na última eleição em 2018, como Bom Despacho já mostrou na sua última eleição em 2016, temos uma nova oportunidade agora em 2020. Vote consciente. Escolha os candidatos e candidatas que melhor se alinhem com o que você pensa e com o que você espera de trabalho pelo município. Se

Respeito é uma boa receita para termos um depois de amanhã

o candidato que você escolheu antes atendeu às suas expectativas, não mude por mudar, o voto é seu e também é maturidade escolher continuar. Se não atendeu, busque opções, converse com sua família, vizinhos, amigos, busque alternativas. São 4 anos que os escolhidos e escolhidas terão para ajudar a manter o que você gosta e melhorar o que falta na nossa Bom Despacho. Esse é o bacana da democracia: nós podemos escolher! A maioria de nós vai definir quem vai comandar Bom Despacho nos próximos 4 anos e quais serão as pessoas que nos representarão no legislativo. É chavão, mas é essencial: vote com consciência, vote com convicção! Usufrua do poder que herdamos lá da turma que brigou pela redemocratização na década de 80. Por fim, um pedido aos candidatos e futuros eleitos: o processo eleitoral é competitivo por natureza, tudo bem, eu entendo. Mas ele não precisa ser perverso. Não destrua as relações que foram construídas ao longo de anos por causa dessa competição. As pessoas de bem não devem se tornar outras em função da corrida eleitoral. Respeito é uma boa receita para termos um depois de amanhã saudável. Além disso, a eleição deve se encerrar no dia 15 de novembro. Depois, eleitos ou não, adversários ou aliados na eleição, proponho nos esforçarmos para construir uma administração e uma câmara municipal comprometidas com o município. Usar esses cargos como meios para sanar diferenças ou dívidas morais de campanha não ajuda em nada o município, e muito pouco ao ego dos envolvidos. Bom Despacho precisa de todos para dar passos firmes rumo ao futuro.


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Bom Despacho (MG), 13 Novembro 2020

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Olho Vivo: câmeras estão sendo instaladas em Bom Despacho Começou a instalação das câmeras do sistema Olho Vivo em Bom Despacho. As duas primeiras foram colocadas perto do Cruzeiro, no bairro São Vicente, e na esquina da rua Faustino Teixeira com Praça da Matriz, no centro. Ao todo serão instaladas 15 câmeras nesta primeira etapa do projeto. Todos os pontos onde as câmeras estão sendo instaladas foram escolhidos pela Polícia Militar com base em estudos técnicos para aumentar a segurança na cidade. O sistema Olho Vivo de Bom Despacho terá câmeras de alta resolução com zoom de até 2 km de alcance. Isso permite identificar de longe placa, cor e modelo de veículos trafegando nas ruas. Terá também câmeras equipadas com infravermelho para filmar em situações de baixa luminosidade. É o caso, por exemplo, de chuva forte ou falta de energia durante a noite. As câmeras funcionam 24 horas por dia, sempre em alta resolução, e fazem a leitura automática das placas dos veículos que passam pelo local. O sistema é interligado ao banco de dados da Polícia Militar. Assim, caso o veículo tenha registro de roubo, furto, clonagem, esteja envolvido em algum crime ou em fuga, o Olho Vivo emite na hora um alerta para a PM. Ao mesmo tempo, o sistema monitora a localização e o trajeto que está sendo feito pelo veículo para

Central de Monitoramento ficará dentro do 7° Batalhão

Rua Irmã Maria, perto do Cruzeiro, no São Vicente

Esquina da rua Faustino Teixeira com Praça da Matriz

orientar a Polícia no cerco e abordagem do suspeito. Além de identificar o veículo pela sua placa, a tecnologia empregada no sistema Olho Vivo permite também identificar carros, caminhões, motos e outros veículos por sua cor, tamanho, modelo e até pelo trajeto que está seguindo. É um recurso muito útil quando,

informadas que forem captados pelas câmeras, facilitando a identificação, perseguição e abordagem dos suspeitos. O Olho Vivo também faz a contagem do número de veículos (carros, motos e caminhões) que passam pela via. Esses dados são úteis para o planejamento e controle do

por exemplo, há denúncia de pessoas e veículos suspeitos, roubo ou assalto numa determinada região, mas o denunciante não sabe informar o número da placa do carro. Basta informar o modelo ou a cor do veículo e o sistema vai dar o alerta para todos os carros com as caraterísticas

trânsito na cidade. Até pessoas perdidas em lugares públicos pode ser localizadas pelo sistema. A empresa responsável pelo Olho Vivo manterá equipe técnica para fazer serviços de manutenção no sistema. Câmeras que apresentarem defeito serão substituídas no prazo máximo de 72 horas.

JUSTIÇA MANDA RECOLHER PESQUISA ELEITORAL DE JOICE

A central de monitoramento do Olho Vivo funcionará numa sala dentro do 7° Batalhão. O terá um telão de 200 polegadas onde vão aparecer em tempo real as imagens de todas as 15 câmeras instaladas na cidade. O sistema será operado por servidores cedidos pelo município e pelo Conselho Comunitário de Segurança Pública (CONSEP). Para aumentar a segurança, as imagens captadas pelas câmeras ficam armazenados em computadores remotos – chamados de “armazenamento em nuvem”. Além disso, a central de monitoramento terá nobreaks que mantêm o sistema funcionando mesmo se faltar energia elétrica na central.

Pesquisa apresenta várias irregularidades A representação feita à Justiça contra a coligação Bom Despacho Pode Mais, a empresa Instituto Imagem e Joice Quirino mostra que vários bairros de Bom Despacho foram deixados de fora da pesquisa. Moradores do Engenho e da zona rural também não teriam sido entrevistados. Além disso, a pesquisa não traz “os percentuais de pessoas (...) entrevistadas em cada área. Ou seja, não há como saber se houve um equilíbrio equitativo entre população/número de entrevistados”, diz a denúncia. A representação denuncia que, por não indicar percentual de entrevistados em cada bairro e deixar de fora determinadas regiões, a empresa infringiu o art. 33, IV da Lei Eleitoral. Esse dispositivo exige a apresentação de “plano amostral e ponderação quanto a sexo, idade, grau de instrução, nível econômico e área física de realização do trabalho a ser executado...”. Outra evidência de fraude, segundo a ação, é a empresa não ter apresentado o questionário usado na pesquisa. Essa exigência está contida no art. 33, VI, da Lei 9.504.

Empresa sem sede Na terça-feira, dia 9, Joice publicou no seu Instagram que “o Instituto Imagem divulgou em seu site uma pesquisa realizada em Bom Despacho ...”. Mas a representação feita na Justiça demonstra que a empresa não tem site na Internet. “Basta uma simples busca no Google para verificar que não há qualquer página de internet pertencente a esta empresa”. Além disso, mostra também que o Instituto Imagem não existe “no endereço por ela informado” - Avenida João César de Oliveira, 2.705, sala 303, em Contagem/MG. No processo foi juntada uma declaração registrada em cartório em que o síndico do condomínio afirma que a empresa “jamais funcionou ou foi condômina” do edifício. Processos na Justiça A representação aponta também que a contratação da pesquisa foi paga pela dona da própria empresa. O blog Fake News publicou que a empresa Instituto Imagem, “uma total desconhecida no mercado, supostamente comandada por uma jovem de apenas 25 anos,

apareceu de repente agora fazendo pesquisa em vários municípios mineiros. Tudo ao mesmo tempo (...) No entanto, a empresa é invisível. Procure no Google ou em qualquer outro buscador o nome INSTITUTO DE IMAGEM DE MERCADO E OPINIÃO PÚBLICA. Não aparece. Procure pelo nome da sócia, que é empresária individual: BRUNA CARLA DA SILVA MOREIRA. Também não aparece. Mas, se aparecer, seu nome estará ligado a suspeitas e processos nas cidades de Contagem, Sarzedo, Mariana e outras”, informa o blog. O Diretório Municipal do MDB, que ajuizou a representação, juntou cópias de 3 ações judiciais contra o Instituto Imagem em outras cidades. Seus números são 060049112.2020.6.13.0090; 0600542-33.2020.6.13.0313 e 060111570.2020.6.13.0087. Diante das irregularidades e dos indícios de fraude, a representação acusa Joice de utilizar-se de “resultado de pesquisa eleitoral cuja idoneidade é duvidosa” com intenção de “alavancar sua campanha eleitoral”.


DESTAQUE

Potencialidades turísticas de Bom Despacho

Bom Despacho (MG),13 Novembro 2020

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Eu e o (futuro) Padre Marcelo Rossi fomos colegas de escola ALEXANDRE

MAGALHÃES Alexandre Sanches Magalhães é empresário, consultor e professor de marketing, mestre e doutor pela USP e apaixonado por SP e BD

LÚCIO

EMÍLIO Lúcio Emílio do Espírito Santo é coronel reformado da PMMG, escritor e membro da Academia de Letras João Guimarães Rosa, da PMMG.

Faço questão de trazer parentes, amigos e conhecidos, muitos estrangeiros, para visitar Bom Despacho, já antevendo o resultado. Todos sem exceção ficam maravilhados com as peculiaridades e o patrimônio artístico e cultural da cidade. Nascemos, passamos nossa infância aqui e o que é para nós banal, encanta os que pela primeira vez caminham pelas nossas avenidas, becos e vielas, experimentam o nosso bucolismo, a calma e a tranquilidade que todos procuram. Ao final desses passeios e as impressões sinceras dos visitantes, concluo que Bom Despacho tem uma vocação turística que poucas cidades têm, que continua inexplorada, quando poderia ser convenientemente organizada e gerar renda para nossos munícipes. Para não ficar só na teoria, ouso imaginar o roteiro para um passeio turístico a Bom Despacho, aberto ao Brasil e ao mundo, tal como o das Serras Gaúchas, Campos do Jordão, por exemplo. O tour poderia começar com a visita a nossa Igreja Matriz, com um guia turístico bem informado, mostrando toda a saga de sua construção e detalhes arquitetônicos. Ali mesmo na Praça, com uma profusão de flores e cores, o turista tomaria o seu café da manhã numa espécie de Festival do Pão de Queijo, onde se venderiam o nosso polvilho, queijo e ovos caipiras. Existem receitas de pão de queijo tradicionais, que seriam repassadas aos visitantes, numa verdadeira aula de culinária local. O turista poderia ser, em seguida liberado, para suas compras no comércio circunvizinho. Dali partiria para a Cruz do Monte, onde entraria em contato com a cultura afro, o congado, a história da Tabatinga. Poderia sair falando a língua dos quilombolas, o que seria muito divertido. Aí mesmo nesse ambiente mágico, o visitante poderia saborear uma feijoada completa, bem ao sabor bomdespachense, com

(pequenas) doses da nossa cachaça artesanal e até licores tradicionais, dos tempos de nossos avós. A Colônia dos Alemães, restaurada, poderia encerrar a noite com um jantar com comida alemã típica dos tempos em que os imigrantes viveram ali. Os próprios descendentes poderiam se encarregar de contar a história de seus antepassados, falando dos utensílios, vestimentas e melodias que cercaram aquele passado. A Praça da Estação poderia ser sede de um evento, primeiro, uma exposição sobre seu significado histórico e, depois, visita ao museu ferroviário. A feira livre que já funciona ali poderia ser redimensionada para receber visitantes com produtos da nossa indústria e agropecuária. O ponto culminante de qualquer passeio turístico seria a visita ao conjunto arquitetônico da Vila Militar. O passeio seria feito à tarde, com uma caminhada pelas ruas da Vila, e no Quartel, mostrando sua origem e importância para a história de Minas Gerais. A arquitetura da Vila tem peculiaridades que passam despercebidas pelos que já a conhecem e com ela se acostumaram. Metade das casas são em estilo continental europeu, os chamados bangalôs, e a outra metade é de arquitetura angloamericana, com aqueles pequenos alpendres na entrada (hall). A chamada “Casa do Comandante” é também uma construção requintada, reproduzindo com máxima fidelidade o estilo anglo-saxão. A dificuldade seria que essas casas são imóveis habitados, mas poderiam ser mostradas por fotos. As demais casas são de estilo americano, mas muito simples. Temos ali uma capela, que acompanha as linhas arquitetônicas do conjunto. O teto do coreto existente na praça é sustentado sem colunas centrais, por um curioso processo de engenharia. O passeio poderia ser encerrado com uma Vesperata-Jantar, utilizando-se as janelas do prédio do 7º Batalhão. Sei que há ideias contrarias à industrialização e à urbanização, que atraem forasteiros e oportunistas, roubando a calma da cidade. Numa época de eleição, não custa dar uma sugestão e mostrar uma oportunidade.

Outro dia, há uns dois anos mais ou menos, almoçando na casa de meus sogros no bairro Cristais, mencionei que eu havia sido colega de classe do futuro e famoso padre Marcelo Rossi. Houve uma incredulidade total sobre o fato. Como brinco muito, todos à mesa julgaram que eu estava brincando com o conhecido padre. Disse para meu sogro, sogra, cunhados e concunhadas que eu poderia provar, já que possuía ao menos uma foto que provava nossa relação. Expliquei que estudáramos juntos na pré-escola, durante três anos. Voltei para minha casa em São Paulo e, apesar de ter revirado a casa toda várias vezes, não logrei achar a bendita foto que provaria tal relação. Esqueci o assunto totalmente... Há uns dias, minha filha mudou de apartamento, saindo da cidade de Mauá, município da Grande São Paulo, voltando a morar na cidade de São Paulo. Como em todas as mudanças, trocar de casa é tarefa para os fortes. Encaixotar tudo, colocar tudo em um caminhão de mudanças, desencaixotar as tralhas todas, arrumar tudo no lugar certo já na casa nova. UFA! Que trabalho! Ao realizar este trabalho tão cansativo, minha filha Isabella achou muitas fotos minhas antigas. Ela me trouxe uma mala de imagens de várias épocas de minha vida: retratos de quando eu morava em Nova Iorque, de minha época em San Francisco, ambas cidades nos Estados Unidos, mas também fotos de quando vivi em Madri, na Espanha, imagens minhas muito jovem, ainda cheia de cabelo, enfim, muitas recordações. No meio de

tanta coisa antiga, reconheci logo uma cartolina com cinco fotos: a diretora da escola infantil José Bonifácio de Andrada e Silva, minha professora na época da foto, minha foto, acredito que com uns cinco anos de idade, com a roupa de formatura e o capelo, que é aquele chapéu de formatura, uma foto minha sentado em uma mesa com umas bandeiras sobre ela e, finalmente, mas não menos importante, a procurada foto com todos os alunos juntos. Nela, reconheci meus dois amigos mais próximos: o João Bosco, que chamávamos de Bosquinho, e o Marcelo Rossi. Ali estava a prova que precisava. Tirei o celular do bolso na mesma hora, fotografei a minha foto com o capelo e a foto de todos os alunos e envieias para meus amigos atuais, para quem eu já havia contado a história sobre minha amizade com o futuro padre. Apostei com todos que eles reconheceriam quem era o Marcelo Rossi na foto, já que ele não mudou nada, nada. Todos acertaram. Enviei as fotos no grupo de amigos músicos de Bom Despacho e todos acertaram rapidamente que era o Marcelo na foto, mas poucos souberam

indicar quem era eu naquela foto feita há quase cinquenta anos. Finalmente, coloquei as fotos no grupo da família da minha namorada bom-despachense e, vitorioso, consegui provar que em um passado distante, fui amigo do famoso padre Marcelo Rossi. Raro leitor e rara leitora, tenho certeza que você reconheceu o menino padre com facilidade. Quero ver se conseguiu me reconhecer. Quem quiser arriscar ou confirmar se acertou, comentem no site do Jornal de Negócios ou na página do jornal no Facebook e eu responderei a todos. Durante estes três anos que passamos juntos na pré-escola, éramos muito amigos. Além da escola, o Marcelo morava ao lado de casa e até hoje a mãe dele visita minha mãe. Eu nunca mais tive contato com ele depois da adolescência, pois a família dele mudou de casa. Há uns anos, ele apareceu na vizinhança onde minha mãe reside e foi até a padaria que fica a cem metros da casa dela. A multidão o reconheceu, cercou a padaria e ele só saiu escoltado pela polícia.

FALE COM O JORNAL

Segundo minha mãe, que é bem exagerada, mais de dez mil pessoas se aglomeraram na porta da padaria na esperança de vê-lo e pedir uma benção. Fico feliz de ter conhecido tão de perto alguém tão querido pela população brasileira. Recordo-me que em 1998, quando eu trabalhava no Banco Sumitomo Brasileiro, banco de origem japonesa, meu chefe, o Roberto Ono, me implorou para que eu mostrasse a foto onde aparecia o Marcelo Rossi criança, pois ele queria tirar uma cópia da foto para colocar em um altar que mantinha em sua casa. Levei a foto e ele se emocionou de ver seu ídolo criança. Deu-me um abraço forte e levou a cópia da foto como se fosse uma peça sagrada. E o que isso tudo tem a ver com Bom Despacho? Minha sogra me disse que há muitos fãs do padre Marcelo na cidade e que essas pessoas gostariam de saber desse detalhe de minha vida. Para os que creem, espero que tenham gostado do fato e que a leitura abençoe de alguma forma a vida de todos vocês. Para os que, como eu, são descrentes, espero apenas que tenham gostado da história.


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Bom Despacho (MG), 13 Novembro 2020

José Nunes: vitória contra a COVID-19

DESTAQUE

Proteção com Qualidade É o que of er ecem os se gur os do Sicoob Cr edibom ofer erecem segur guros Credibom

Após 51 dias internado lutando contra a Covid-19 no Hospital Militar da PMMG, em Belo Horizonte, voltou para Bom Despacho na manhã da quarta-feira (11) o coronel aposentado José Nunes Rodrigues, 69 anos de idade. Diagnosticado com a Covid-19 no dia 20 de setembro, Nunes foi transferido em estado grave para Belo Horizonte. Na época, estava com 75% do pulmão comprometido pela doença e grave deficiência respiratória. Seu quadro se agravou e ele chegou a ficar 33 dias entubado e inconsciente. A situação era tão grave que família e amigos em Bom Despacho fizeram grupos de oração em seu favor. “Por várias vezes achamos

que seria seu último dia”, afirmou ao Jornal a advogada e nora Daniele Fraga Firmino Nunes. Mesmo debilitado pela Covid-19, José Nunes resistiu. Daniele conta que os médicos “ficaram admirados pelo esforço dele em querer viver, pela coragem, e consideraram o caso um milagre”. Na sua chegada em casa – na rua Padre Pedro, bairro Santa Efigênia – Nunes foi recebido por familiares, amigos e também pela Banda de Música do 7º Batalhão. Quando na ativa, José Nunes foi comandante do 8° Batalhão da PMMG em Lavras e da 2ª Região Militar, antes sediada em Bom Despacho.

Completando trinta e cinco anos de atuação em 2021, o Sicoob Credibom conta hoje com oito agências presenciais e uma agência digital para oferecer aos seus cooperados um portfólio completo de produtos e serviços financeiros em condições acessíveis e justas. No centro oeste, tem sua ampla e bem estruturada sede em Bom Despacho e mais três agências, nos municípios de Nova Serrana e Araújos. Em Belo Horizonte, suas agências nos bairros de Venda Nova e Buritis completam seus pontos de atendimento, onde prioriza sempre a prestação de um atendimento acolhedor e profissional. Com relação ao produto seguros, sua carteira é bem estruturada e diversificada contemplando todos os públicos, pessoas físicas ou jurídicas oferecendo proteção para o que é mais importante para as pessoas, sua família, seus bens e seus negócios. Nas modalidades Automóvel, Agrícola, Residencial, Empresarial, Condomínio, Bike, Vida, Acidentes Pessoais para Estagiários, Viagem, Máquinas e Equipamentos, Placas Fotovoltaicas, Responsabilidade civil, o Sicoob Credibom trabalha com as melhores e mais confiáveis seguradoras do mercado como a Porto Seguro, Tokio Marine, HDI, Liberty, Bradesco Seguros, Mapfre, Allianz, Sul América, dentre outras. Os seguros comercializados pelo Sicoob Credibom possuem condições diferenciadas nas formas de pagamento e preços e conta com uma equipe especializada que cuida, exclusivamente da Carteira de Seguros. Com destaque na proteção dos patrimônios dos seus cooperados, como Automóvel, Residência,

Empresa e Condomínio, além do maior bem de uma pessoa: a Vida, em 2019, o Sicoob Credibom comercializou quase R$ 4 milhões em seguros e em 2020, até o fechamento do mês de setembro, comercializou R$ 3,5 milhões do produto. O Sicoob Credibom tem como princípio oferecer aos seus cooperados seguros de acordo com o perfil, renda e estilo de vida. Portanto, no mês de novembro, como forma de apoio à Campanha do Novembro Azul, está realizando ações com foco na venda de seguros de Vida. Este seguro possui coberturas completas, incluindo Morte e Invalidez Permanente Total ou Parcial por Acidente, como também para Doenças Graves como Alzheimer, AVC, câncer, cegueira, infarto agudo do miocárdio, insuficiência renal, perda de audição, cirurgia de Bypass, implante de marcapasso, transplantes de coração, fígado, medula, pâncreas, pulmão e rim, dentre outros. A responsável pela Carteira de Seguros do Sicoob Credibom, Cinara Resende, afirma: “Para o Sicoob Credibom o maior objetivo é levar proteção e tranquilidade aos seus cooperados. Para isso, busca o melhor de todos os itens que formam a melhor condição: preço + qualidade + cobertura + segurança e agilidade, escutando assim seu associado para entender suas reais necessidades para garantir sua satisfação.


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