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POLÍTICA
from Jornal de Fato
CaFEZinHo Com César santos cesar@defato.com
governadora, as notícias mais recentes são todas positivas em relação à Covid-19, com o recuo da pandemia, queda nos índices de casos confirmados, ocupação de leitos de Uti e óbitos. Qual o quadro geral da doença no rn?
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Sim. Felizmente hoje vivemos um quadro mais favorável da pandemia em nosso Estado. Estamos com a taxa de ocupação de leitos covid de 31,7%, queda no número de óbitos e de novos casos da doença. Para vocês terem uma ideia, a taxa média de solicitação de leitos covid no mês de maio foi de 150 solicitações/dia; em agosto esse número reduziu para 25 solicitações diárias. Na avaliação do indicador composto, metodologia adotada para avaliação do risco da covid no estado, estamos com 86% dos municípios potiguares na faixa verde, considerada de risco baixo ou tolerável. E, principalmente, temos hoje 1.808.775 pessoas que tomaram a 1ª dose de vacina, o que corresponde a 68% da população maior de 18 anos; e 707.503 da população alvo, ou 26%, totalmente vacinada com as duas doses.
a secretaria de saúde iniciou o processo de reversão de leitos Uti Covid para atender demanda de outras patologias. o Hospital regional tarcísio maia, em mossoró, é um exemplo disso. Como o estado chegou a esse processo?
É verdade. Em abril de 2020 o Hospital Regional Tarcísio Maia contava com apenas 09 leitos de UTI, e hoje ele conta com 30 leitos de UTI e mais cinco leitos de semi-intensiva. Isso é fruto da opção que fizemos na regionalização da saúde. Ao invés de fazer hospital de campanha, investimos na rede SUS contemplando todas as regiões de saúde. Não à toa vimos pacientes saírem de Natal para serem atendidos no interior, algo inédito em um estado cujo histórico é de concentração de serviços na capital. Chegamos, no último mês de julho, à marca de 845 leitos Covid no RN. Com o arrefecimento da pandemia, pudemos reverter esses leitos para atender demandas que estavam represadas. Mais de 200 leitos já foram revertidos, sendo 65 só de UTI. Isso nos possibilitou, por exemplo, zerar a fila de espera por UTI geral na macrorregião do oeste.
Foi esse novo cenário que permitiu a retomada das cirurgias eletivas no estado?
Tínhamos iniciado, em setembro de 2020, o Programa Estadual Mais Cirurgias, Mais Saúde. Diante do aumento de internações em razão da covid e do desabas-
FÁtima BEZErra
Por César santos - FoToS: Elisa ElsiE/assECom/rn
A governadora Fátima Bezerra (PT) abriu espaço na concorrida agenda administrativa, que tem intensificado as viagens ao interior para lançamento e entrega de obras, para tomar o “Cafezinho com César Santos”. Uma entrevista de prestação de contas principalmente de áreas vitais como saúde, educação, infraestrutura e desenvolvimento social, além de política. Aliás, no contexto político-eleitoral, a governadora deixa claro que vai colocar a sua gestão para julgamento popular nas eleições 2022, embora ressaltando que não vai antecipar o momento eleitoral. Fátima Bezerra também confirma a visita do ex-presidente Lula ao rio Grande do Norte, prevista para o final deste mês, e comenta sobre a parceria político-administrativa com o senador Jean Paul Prates (PT).
tecimento nacional de anestésicos para sedação de pacientes intubados, o programa teve de ser suspenso em 2021. Agora, com a redução dos casos e a regularização de estoque de anestésicos, retomamos desde o mês de julho as cirurgias eletivas, e neste mês de agosto pudemos anunciar a retomada do Programa com a meta de realizar até 10 mil cirurgias eletivas em 2021. Isso é motivo de muita alegria para o nosso governo.
Há um cenário, hoje, que aponta para a retomada gradativa da economia potiguar, conforme apontam os resultados fiscais e cada novo relatório da secretaria de tributação. a que se
deve essa mudança de cenário?
Ela se deve às decisões acertadas que tomamos na condução da pandemia no RN. Muitas vezes tive que adotar medidas impopulares, mas que eram necessárias para que pudéssemos enfrentar a pandemia, salvar vidas e retomar o mais rapidamente possível as atividades sociais e econômicas. Somado a isso, está a nossa luta incansável por vacinas, o que já nos permitiu vacinar 68% da população maior de 18 anos com pelo menos 1 dose. Com o avanço da vacinação e os dados epidemiológicos favoráveis, pudemos dar seguimento ao plano de retomada gradativa das atividades econômicas, com a cautela e a responsabilidade de quem sabe que a pandemia ainda não acabou. Quando vemos resultados favoráveis na economia, como um aumento superior a 30% no volume de vendas no mês de julho, lembramos daquilo que sempre dizíamos: a economia se recupera, a vida não.
o Hospital da mulher de mossoró é, sem dúvida, a maior obra do governo do rn no estado. a senhora confirma o prazo de conclusão em junho de 2022 e qual a importância estratégica do hospital para mossoró e região?
Sim, após toda a luta que travamos para conseguir retomar as obras do hospital, iremos concluí-lo e entregálo ao povo do RN até junho de 2022. O hospital da mulher será o maior equipamento de saúde do estado, com 163 leitos. Estamos falando de um investimento de R$104 milhões em infraestrutura física e equipamentos. Mas, muito mais do que uma grande obra, o hospital da mulher é a realização de um sonho. Ele vai receber pacientes de mais de 60 municípios, com capacidade para cerca de 20 mil atendimentos ao ano. E funcionará também como um hospitalescola, possibilitando campo de estágio em parceria com as universidades. Nele, poderemos atender com excelência as demandas de gestação de alto risco, urgência obstétrica e ginecológica, cuidados neonatais, assistências cirúrgicas neonatal, entre outros. O Hospital terá também assistência ambulatorial, pronto-socorro, UTI, centro obstétrico com salas de parto humanizado, banco de leite humano e um serviço especializado de suporte às mulheres vítimas de violência. Essa é, sem dúvida alguma, uma das ações que nos dá muito orgulho no governo.