Jornal De Fato

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6 GERAIS/OPINIÃO

TERçA-FEIRA, 7 de setembro de 2021

ABr

PROSA

& VERSO crispinianoneto@gmail.com

Não saia às ruas neste 7 de setembro

R

Marco do Saneamento estabelece prazo para acabar com essas áreas de lixões em todo o país

Meio ambiente

Brasil consegue desativar vinte lixões entre os meses de março e junho >> Marco do Saneamento, sancionado em julho de 2020, também estabeleceu um prazo para o fim dos lixões nos municípios brasileiros Agência Brasil

V

inte lixões foram desativados no Brasil de março a junho deste ano, mas, segundo a Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre), ainda existem no país 2.612 em operação. Estão ativos 98 lixões na Região Sul; 356 no Sudeste; 342 no Centro-Oeste; Dados do atlas sobre a destinação final do lixo, produzido pela Abetre indicam

que, desde 2019, foram fechados 645 depósitos de resíduos no país. Segundo a entidade, a definição de “aterro controlado”, como em Goiânia, contraria a lei e os parâmetros técnicos. Os lixões desativados entre março e junho estão localizados nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. De acordo com a Abetre, o cenário atual é resultado do Programa Lixão Zero, do Ministério do Meio Ambiente, de 2019, com ações desenvolvidas a partir da promulgação do novo

Marco Legal do Saneamento, em 2020. “Quando fizemos os primeiros estudos em 2019, existiam 3.257 lixões no Brasil. Até agora, 645 fecharam as portas e deixaram de receber resíduos. Porém, sua estrutura física persiste, causando degradação ambiental. Por isso, as áreas precisam ser tratadas, recuperadas e descontaminadas”, afirma o presidente da entidade, Luiz Gonzaga. O Marco do Saneamento, sancionado em julho de 2020, também estabeleceu

Home office fica mais caro com nova bandeira tarifária, diz pesquisa da FGV Um estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV) mostra que os gastos com home office podem representar aumento de 25% na conta de luz. Na semana passada, a Aneel anunciou a criação da bandeira “escassez hídrica”, que tem um valor extra de R$ 14,20 pelo consumo a cada 100 quilowatts-hora.

De acordo com a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), nos primeiros seis meses deste ano, a alta foi de 7,6% no país, na comparação com o mesmo período do ano passado. Os números fizeram o Brasil atingir a marca de 12 meses consecutivos de crescimento no consumo.

“O consumidor tem que ficar muito atento na conta de luz, no padrão de consumo dele e nos principais equipamentos que são eletrointensivos, por exemplo, ar condicionado, chuveiro elétrico e ferro de passar e máquina”, diz Diogo Lisbona, pesquisador sênior do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da

um prazo para o fim dos lixões nos municípios brasileiros, que varia conforme a existência de planos de resíduos sólidos e número de habitantes nas cidades*. De modo geral, a lei prevê o encerramento de todos os lixões do Brasil até 2024. Entre as metas do Programa Lixão Zero, está a descontaminação dos espaços onde os lixões foram fechados. O mapeamento dessas áreas é feito pelo Programa Nacional de Recuperação de Áreas Contaminadas.

uth de Aquino, jornalista desde 1974, ex-colunista do Jornal O Globo, ex-redatora-chefe da sucursal da Revista Época e da Editora Globo escreveu um artigo que está sendo motivo de reflexão no País inteiro. Vejamos: Tudo o que o incendiário golpista Jair Bolsonaro quer é um confronto armado nesta terça-feira. O que parece covardia pode ser sabedoria. Vamos deixar para sair no domingo 12. Tudo o que deseja o profeta da morte Jair Bolsonaro é um confronto direto, é a desordem, um pretexto para intervir e colocar os militares nas ruas. Esse golpista no Planalto insufla uma guerra civil, de preferência com vítimas. Não está satisfeito com os quase 600 mil mortos da pandemia. Quer mais. Quer o pandemônio. “Uma guerra civil seria ideal para Bolsonaro agora, para tentar decretar o estado de sítio”, me disse o escritor e sociólogo Sérgio Abranches. “Vai ter agente provocador dele buscando pancadaria. Para Bolsonaro dizer, depois, que precisa restaurar a ordem. Por isso, governadores e prefeitos estão cautelosos. Tentam evitar o confronto. A ideia de protestar contra Bolsonaro em outra data, no domingo, tira dele seu maior trunfo”. A obsessão de Bolsonaro é a morte. Não a independência. Vemos tudo isso há tanto tempo. Sempre adulou torturadores. Bolsonaro é o coveiro do Brasil e imita, com riso e galhofa, a falta de ar de pacientes de Covid. Explora suas cirurgias com imagens escatológicas. Ninguém merece ser exposto à barriga do presidente. Nem ao resto dele. A morte é sua principal conselheira, não o tchutchuca do Paulo Guedes. E é por isso que afirma que só sai morto da política. A derrota ele rejeita. A prisão ele abomina. Convoca a população a uma batalha campal, enquanto se protege com sua guarda. É uma cilada. Bolsonaro não é fascista, o fascismo era mais sofisticado, menos bronco. Eu temo concordar com Abranches. Geneticamente, Bolsonaro se identifica mais com o nazismo. Seu apoio se concentra em grupos armados da PM, das Forças Armadas e de civis que ele está conseguindo armar. “Hitler fez isso com as SA (Sturmabteilung ou Tropas de Assalto), as milícias paramilitares. Em outra medida, Chávez fez isso na Venezuela, com as milícias bolivarianas”. O povo não está com Bolsonaro nem poderia, sem feijão, sem luz e sem emprego. Deus não está com ele. O Supremo Tribunal Federal tampouco. Os generais? Divididos. Em off não o apoiam. Em on, só criticam Bolsonaro os que já deixaram o governo. O Centrão está com Bolsonaro? Sim, até o barco naufragar. A Câmara está com Bolsonaro e por isso não analisa pedidos de impeachment? Mais ou menos. A Câmara tem medo. Da radicalização. Existe sim risco de golpe. Não há “ambiente”? Pois Bolsonaro está criando. “Bolsonaro já percebeu que pode falar o que bem entende, ameaçar as instituições, ferir o decoro, cometer crimes de responsabilidade, tudo na mais absoluta impunidade. E com isso alforriou o lado podre da sociedade”, afirma Abranches. Seu nono livro, “O intérprete de borboletas”, é uma ficção inspirada em histórias reais de polarização em família, redes sociais, escolas e amizades desde a eleição de Bolsonaro. Temos um presidente subversivo na pior concepção. O pandemônio é sua única saída. É o que pode livrá-lo da derrota fragorosa nas urnas e da prisão. A “fotografia” que Bolsonaro, o incendiário, quer transmitir para o mundo é o quebra-quebra. São seus apoiadores que sairão às ruas armados. Aproveite o 7 de setembro para celebrar a vida, entre os seus. Com máscara e vacina. Olhe pela TV a demonstração de ódio e intolerância, financiada por grupos poderosos. Esse é o conselho que dou a meus filhos. Proteste em outro dia, não bata boca com milícias bolsonaristas. A voz da Oposição será mais forte depois. Paz, amor e saúde para você.

Corno ou gay? Um ex-funcionário da família Bolsonaro, gente da cozinha do clã, praticamente um babá do menino Jair Renan abriu a boca e exibiu a podridão da ‘familícia’. Como um ex-cunhado de parte da primeira esposa, ele, que serviu à segunda, só recebia entre 10 e 15% do salário a que fazia jus como assessor parlamentar, para ser, na prática, empregado doméstico, obviamente que em serviço particular. Uma das muitas fraudes da família que chegou ao poder, na esteira da insanidade momentânea da nação e em nome do combate à bandalheira da corrupção.

Público e privado E revelou um detalhe de caráter estritamente da vida privada, que é o fato de Bolsonaro ter sido traído pela ex-esposa Ana Cristina Siqueira Valle, mãe de Jair Renan, o 04. A traição conjugal, de caráter privado está vinculada à corrupção da “rachadinha” que é de caráter público. Era dinheiro de origem pública, de um emprego público que era “rachado”, por sinal com a família Bolsonaro ficando com a ‘parte do leão’, aqueles 90% que os Bolsonaros acusavam o governo cubano de abocanhar dos médicos do programa Mais Médicos, ao que eles chamavam de “trabalho escravo”.

A pauta do ódio

Fundação Getulio Vargas (FGV Ceri). Segundo ele, é preciso ver quais equipamentos na casa podem reduzir o consumo para a conta não pesar tanto no bolso. Os aumentos no consumo e na conta vão depender do número de pessoas em casa e da rotina de trabalho de cada um, mas ainda de acordo com a pesquisa da FGV, as despesas podem comprometer até 35% do orçamento familiar.

Como se não bastasse, Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara Federal abriu o verbo e revelou que acredita que Jair Bolsonaro seja gay. Outro problema de caráter particular e privado que, quando se trata de Bolsonaro, ganha foros de assunto público, visto que o capitão e seus filhotes transformaram esta pauta em assunto político de altíssimo grau de tensão, com a invenção do Kit Gay, e da luta pelo fim do casamento do casamento gay e da prática diária da homofobia. Eis que dois assuntos da vida privada, que nunca deveriam se tornar debate político e ideológico ganham esta dimensão graças à implicância burra e cretina da familícia Bolsonaro. Ainda há que se considerar que da condição de gay, lésbica ou transgênero não deriva a questão da competência e da ética, mas os Bolsonaro com seus pastores, milicos e reaças irracionais e brucutus assim o determinaram como pauta.

Incompetência A estupidez e a incompetência de Jair Bolsonaro não derivam da sua condição de corno ou de gay. Não é pelo fato de não sê-los que ele poderia ser um bom presidente. Tampouco depende da confirmação de uma ou das duas condições que ele será um presidente pior do que já tem sido. Bolsonaro é, de longe, o pior presidente da História do Brasil superando Fernando Collor e Michel Temer, independentemente da fidelidade ou infidelidade de qualquer uma das suas três esposas, assim como o é da sua opção sexual.


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