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greve dos servidores estaduais da saúde em Mossoró começa hoje

>> O primeiro dia de greve em Mossoró será marcado por um ato em frente ao Hospital regional tarcísio Maia (H rt M), a partir das 10h aM ina Costa Da redação

Começa nesta terçafeira, 1 º de agosto, a greve dos trabalhadores da saúde do Estado do Rio Grande do Norte, em Mossoró. A paralisação das atividades acompanha a greve dos demais servidores da saúde do Estado, que foi iniciada no dia 19 de julho, e será marcada com um ato realizado em frente ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), a partir das 10h.

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A definição pela adesão da greve em Mossoró ocorreu na semana passada, após uma assembleia realizada pelo Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras em Saúde (Sindsaúde), Regional de Mossoró. Quando a greve da categoria foi deflagrada, em 19 de julho, o coordenador do Sindsaúde Regional de Mossoró, João Morais, informou que o sindicato iria conversar com a categoria para que houvesse uma definição.

João Morais informou que, logo após a deflagração da greve dos servidores estaduais, o Sindsaúde Mossoró começou a realizar visitas aos hospitais do Estado, no município. As visitas começaram pelo HRTM e Hospital Rafael Fernandes. Logo depois, a comitiva do sindicato visi-

Confira a pauta de reivindicação dos trabalhadores da Saúde do RN:

A reposição das perdas salariais de 21,87% para a saúde;

Implementação e pagamento do adicional dos técnicos de Radiologia;

Reenquadramento respeitando o tempo de serviço;

Convocação do cadastro de reserva e realização de novo concurso público;

Implementação das mudanças de carga horária de 30h para 40h.

Após assembleia, categoria decide pela continuidade da greve

Os trabalhadores e trabalhadoras da saúde do estado realizaram uma assembleia da categoria que decidiu pela continuidade da greve. A assembleia foi bastante expressiva e, com o auditório lotado, a direção do Sindsaúde/RN apresentou o informe da reunião extraordinária com a gestão do governo Fátima, que ocorreu na última sexta-feira (28).

“Sem novidades e apenas com o pedido de suspensão da greve, esse foi o resultado da reunião que expressa a falta de compromisso do governo com a saúde do estado”, afirmou Paulo Martins, Coordenador do Sindsaúde/RN. A assembleia foi finalizada com gritos de “a greve conti - nua, governo a culpa é sua!”.

De acordo com o sindicato, na última conversa que ocorreu com o Governo, a resposta recebida foi de que não havia nem um avanço de propostas para o momento. “Esse é o argumento dos representantes do governo estadual ao apresentar a situação fiscal do Estado. De acordo com o secretário de Administração, tou os servidores lotados no Hospital da Mulher, 2ª Unidade Regional de Saúde Pública (URSAP), Laboratório Regional de Mossoró (LAREM), e da Unidade Central de Agentes Terapêuticos (UNICAT) de Mossoró. as negociações só podem ser superadas após assinatura de um TAG com o Tribunal de Contas do Estado até o final de agosto e, a partir daí, apresentar propostas à categoria”, aponta o sindicato.

Além disso, o coordenador do Sindsaúde Regional de Mossoró informou que foi criada uma comissão de greve em Mossoró, que deve ficar responsável pelas atividades que serão realizadas durante a paralisação aqui na cidade. Uma das principais reivindicações dos servidores da saúde em todo o Rio Grande do Norte é a reposição salarial de 21,87%, que, segundo a categoria, seria o percentual indicado para a reposição das perdas salariais.

Outro ponto reivindicado é o reenquadramento dos servidores que têm mais de 30 anos de serviço e ficaram de fora da progressão de nível no novo PCCR. O Sindsaúde/RN defende uma mudança na legislação e o envio de uma Lei para a Assembleia Legislativa o quanto antes.

O movimento grevista da saúde foi iniciado no dia 19 de julho, na tentativa de pressionar, mais fortemente, o Governo do Estado a atender a pauta da categoria e superar pontos que, de acordo com o sindicato, já deveriam ter sido cumpridos. “O que os servidores (as) e o Sindsaúde/RN sentem é que falta compromisso e seriedade por parte do governo na hora de negociar e atender a categoria. O mesmo desinteresse, por exemplo, não é sentido quando o governo recebe e atende outras categorias. A saúde, como sempre, segue negligenciada apesar de sua importância”, aponta o Sindsaúde RN.

Mesmo sem nenhuma proposta da pauta de reivindicações, a gestão fez um apelo para que a categoria suspenda a greve e aguarde a decisão do TAG. “Mais uma vez, a gestão tenta responsabilizar a greve da categoria no caos da saúde pública do Estado. Nós, trabalhadores da saúde, carregamos a saúde nas costas. Dizer que o caos existe por causa da greve é injusto, pois o caos da saúde é diário independente da greve ou não", afirmou Rosália Fernandes, coordenadora do Sindsaúde/RN.

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