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Plano para matar moro custou pelo menos r$ 1,2 mi

Ainvestigação da Polícia Federal (PF) que frustrou ataques da maior facção criminosa do país contra autoridades e agentes públicos, entre eles o ex-juiz e senador Sergio Moro (União-PR), localizou diversas informações relativas à contabilidade da quadrilha. As cifras constam na representação remetida à Justiça Federal, que deferiu 11 mandados de prisão e 24 de busca e apreensão, a maior parte deles cumprida em operação realizada na quarta-feira, 22. Ao todo, somando os diferentes gastos computados pelos criminosos, o valor despendido com o plano foi de pelo menos R$ 1,2 milhão, em cálculo feito pelo GLOBO com base no relatório elaborado pelo Grupo Especial de Investigações Sensíveis (Gise), que leva a assinatura do delegado Martin Bottaro Purper.

Os dados estavam em diferentes celulares e endereços de e-mail indicados por uma testemunha que deu origem à apuração, que passaram a ser monitorados pelos agentes com autorização judicial, mediante quebra do sigilo telemático. Segundo essa pessoa, um ex-integrante da facção que decidiu delatar os antigos comparsas após ser jurado de morte, as linhas e contas eram associadas a Janeferson Aparecido Mariano Go-

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Parte da contabilidade apreendida pelos investigadores mes, apontado pela PF como chefe da célula que vinha arquitetando os atentados contra Moro e outras autoridades.

“Não há dúvidas da aplicação dos valores oriundos do tráfico de drogas e da associação para o tráfico de drogas de Janeferson para o financiamento das atividades criminosas na cidade de Curitiba”, diz um dos trechos do relatório da PF.

Um registro no bloco de notas de um dos aparelhos, por exemplo, traz uma série de gastos vinculados a “Tokio”, apelido usado para

Brasil registra 78 mil novos casos de tuberculose

O Brasil registrou, em 2022, 78 mil novos casos de tuberculose – um aumento de 4,9% em relação ao ano anterior. Dados do Ministério da Saúde apontam que Amazonas, Rio de Janeiro e Roraima apresentaram os maiores coeficientes de incidência: 84,1, 75,9 e 68,6 casos da doença para cada grupo de 100 mil habitantes, respectivamente.

O levantamento mostra que, em 2021, o país teve recorde de mortes pela doença – 5 mil no total, maior número identificado nos últimos dez anos. Atualmente, a tuberculose figura como a segunda doença infecciosa que mais mata, atrás apenas da covid-19, além de ser a principal causa de morte entre pessoas que vivem com HIV e Aids.

Segundo informações do Ministério da Saúde, homens de 20 a 64 anos apresentam risco três vezes maior de contrair a tuberculose do que mulheres nessa mesma faixa etária. Além disso, em 2022, o país contabilizou 2,7 mil casos em menores de 15 anos, sendo que crianças de até quatro anos respondem por 37% dessas notificações.

Durante entrevista coletiva, nesta sexta-feira, 24, em Brasília, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, lem- referências a Moro, de acordo com os investigadores. A lista inclui R$ 50 mil de custos iniciais, R$ 12 mil com viagens, R$ 55 mil para adquirir um carro, R$ 50 mil para aluguéis e manutenção e R$ 110 mil com um fuzil, entre outros itens. Só esta anotação totaliza R$ 564,5 mil em gastos.

Já a contabilidade em uma das contas de e-mail enumerava aluguéis de diferentes imóveis em Curitiba, no Paraná, cidade onde o ex-juiz e sua família mantinham residência. Entre os dias 1º e 27 de setembro do brou que a tuberculose tem prevenção, tratamento e cura e atinge prioritariamente populações mais vulneráveis, como pessoas em situação de rua, comunidades indígenas, refugiados, pessoas vivendo com HIV e Aids e pessoas privadas de liberdade.

GaStOS cOm a dOeNça

Os números apresentados pelo ministério mostram que, no Brasil, 48% das famílias afetadas de alguma forma pela tuberculose têm gastos com a doença que comprometem acima de 20% da renda. A ministra destacou que o combate à doença não pode ser visto como um projeto setorial ou de um único ministério.

O diretor do departa -

TV, R$ 200 com gasolina e R$ 25 mil com um carro. Em outra data do mesmo mês, vão-se R$ 6.900 com passagem, R$ 620 com gasolina, R$ 2.040 com mercado, R$ 600 com uma bateria e até R$ 200 com um corta-grama, entre outras despesas.

A conversa no WhatsApp onde constavam esses custos eram entre Claudinei Gomes Carias, um dos alvos da operação, e um comparsa de vulgo Nei, criminoso de posição elevada na hierarquia da facção ainda não identificado pelos agentes. Segundo o relatório, Claudinei fazia “a contabilidade dos gastos em um notebook”, usando também um pendrive.

Ainda de acordo com os investigadores, Claudinei “estava em Curitiba/PR tanto na época do período eleitoral quanto nos últimos dias”. A PF descobriu que uma das hipóteses avaliadas pela quadrilha foi executar o plano contra o ex-juiz no dia do primeiro turno. “Os contatos salvos e fotos recentes demonstram a intensa atuação de Claudinei nos dias atuais, na cidade de Curitiba, local onde fatalmente o crime contra o senador da República Sergio Moro pode se consumar”, reforça o documento.

O controle refinado das despesas incluía até mesmo a devolução ou complementação de valores gastos no plano. Por diversas vezes, quando o montante recebido pela célula do caixa geral da facção se mostrava inferior à listagem de custos, a diferença aparecia discriminada na contabilidade como “reembolso”. ano passado — mês em que o senador passou a ter os passos vigiados pela quadrilha, como consta na investigação —, foram locados um apartamento (a R$ 10 mil), uma casa (a R$ 6 mil) e uma chácara (a R$ 5 mil). O bando também investiu R$ 3,5 mil em móveis, R$ 1 mil em viagens, R$ 17,8 mil com carro e R$ 2 mil em alimentação e combustível.

Mesmo assim, o pedido de prisão preventiva apresentado pela Polícia Federal à Justiça Federal contra os suspeitos de estruturar os atentados menciona desvio de recursos dentro da quadrilha. Em uma das conversas de Claudinei interceptadas, o superior não identificado diz: “Tô achando que tá dando muito”. Para a Polícia Federal, as mensagens deixam “evidente que parte dos investigados desviou valores para proveito próprio”.

Em outro áudio, o homem reclama por não ter recebido de Claudinei o detalhamento de gastos no prazo combinado. Ele cita haver uma cobrança da “financeira da Bolívia”, o que, segundo os investigadores, comprova que o “dinheiro recebido pelos investigados vem, naturalmente, do tráfico de drogas”. “Maior falta de responsabilidade, do caralho. Preciso dessa parada, aí, filho”, exige o chefe.

Outra mensagem, esta obtida numa conta de WhatsApp, enumera gastos em outubro. Aparecem, por exemplo, R$ 500 em despesas com hotel, R$ 1 mil com mento de HIV/Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis, Draurio Barreira Cravo Neto, reforçou que a meta de eliminar a tuberculose até 2030 exige união de esforços. “Não será uma secretaria ou um só ministério isoladamente que vão conseguir atingir essa ambiciosa meta, mas perfeitamente factível”, afirmou.

“Do ponto de vista social, tivemos um processo de piora de todos os indicadores sociais nos últimos cinco a seis anos. Com isso, a tuberculose, que é uma doença basicamente [causada] por esses determinantes sociais, teve recrudescimento nas taxas de mortalidade, de incidência e mesmo de cura.” nota mossoró

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