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OUTRAS PALAVRAS

JOSÉ NICODEMOS aristida603@hotmail.com

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A Crueldade Dos Pol Ticos

Crianças e adolescentes magrinhos, dessa magreza de desnutrição crônica, braços fininhos como para quebra-se em pedaços, de repente, a qualquer força exterior. Encontro-os nas ruas como em toda parte da cidade, e desde logo me sinto profundamente desolado. É que vejo, neles, a crueldade dos políticos. De um modelo de governo inaceitável.

Bate-me logo uma profunda compaixão, e não querendo dizer com isso que sou moralmente melhor do que ninguém, aviso logo. Também carrego, em mim, a miséria da natureza humana, e talvez tenha eu mais defeitos que os outros. Menos virtudes. Mas posso afirmar, de olhos alevantados, que um defeito não faz parte da minha miséria humana: a desumanidade. Posso, sim.

Do meu natural, sou um sujeito essencialmente sensível ao sofrimento e dores humanas, desde que comecei a ver e sentir o mundo, ainda menino. É que muito cedo a existência humana me chamou à reflexão, ao interesse na compreensão da razão de ser das coisas. E jamais consegui me conformar com o sofrimento de uma criança, completamente inexplicável.

Nada me revolta mais, nem fere mais fundo a sensibilidade. A termos que, confesso, chego mesmo a duvidar que o homem perverso, principalmente com as crianças, seja de fato uma criatura humana. Um bicho feroz em forma humana, talvez. Se não for isso mesmo. E ponho nessa condição os nossos chamados homens públicos, no conjunto e no pormenor.

Incoer Ncia

Eis: o momento não é de cavar erros no governo antecedente, como é o caso do escândalo das “joias”, tão badalado, mas de conquistar para as classes menos favorecidas os direitos relativos à dignidade da vida, mediante emprego com salário justo.

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