3 minute read

tC e identifica carência de recursos tecnológicos e de professores

>> Pesquisa realizada em escolas com baixa nota no Ideb revela carências na rede pública de ensino para aperfeiçoar as práticas escolares, entre elas a disponibilização de psicólogos escolares, material de informática, estreitamento dos laços com as famílias dos alunos, entre outros. m ossoró

As recomendações sugeridas serão julgadas pelo Pleno da Corte de Contas e, caso confirmadas, deverão ser adotadas pelos gestores públicos. Os gestores têm um prazo de 90 dias para o envio de um plano de ação, após o julgamento dos achados da auditoria operacional.

Advertisement

Os auditores constaram em Mossoró, segundo relatório divulgado:

- Sala de informática inadequada com poucas máquinas e algumas ainda sem funcionamento da Escola Municipal Deusdete Cecílio de Araújo;

- Banheiro com paredes danificadas e vazamentos da Escola Municipal Heloísa Leão de Moura;

OTribunal de Contas do Estado (TCERN) identificou que escolas com baixa nota no Ideb, nos municípios de Natal e Mossoró, possuem carência de recursos tecnológicos, como salas de informática, insuficiência de professores, distanciamento entre a família e a comunidade escolar, entre outros problemas. As conclusões estão em duas auditorias operacionais realizadas em 2022.

As auditorias operacionais foram realizadas pela equipe da Diretoria de Administração Municipal no período entre junho e novembro de 2022. No mês de julho, foram realizadas visitas técnicas em oito escolas da rede municipal de Natal e cinco escolas da rede municipal de Mossoró com notas baixas no IDEB 2019.

Foram analisados pontos como: estrutura física das escolas, adequação da merenda, quantidade de alunos por turma, entre outras práticas.

Os principais pontos destacados pelas auditorias foram a carência de recursos tecnológicos; ausência de psicólogo no ambiente escolar; insuficiência de monitor/estagiário de apoio pedagógico; relação distante da família com as escolas; relação distante das Secretarias Municipais de Educação com as escolas; problemas na infraestrutura; e insuficiência de professores e coordenadores no município de Natal.

A equipe técnica do Tribunal de Contas sugeriu algumas recomendações

- Banheiro com vazamentos da Escola Municipal Professor Alexandre Linhares;

- Espaço para ampliação de salas da Escola Municipal Deusdete Cecílio de Araújo;

- Área de convivência/ refeitório inadequado da Escola Municipal Sindicalista Antônio Inácio.

Os professores e professoras da rede municipal de Mossoró entram no segundo mês de greve. A categoria luta pela implantação do novo piso salarial do magistério, com reajuste de 14,95%. O prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade) decidiu não negociar e afirmou que não vai aplicar os novos valores determinados pela lei federal 11.738.

O Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SINDSERPUM) afirma que a greve está forte e que a categoria só retomará as atividades em sala de aula quando o prefeito negociar o pagamento do novo piso salarial. Segundo a entidade, mais de 8 mil alunos estão sem aula desde o dia 23 de fevereiro.

Para marcar o primeiro mês da greve, os professores e professoras realizaram atividades nas ruas de Mossoró na quinta-feira, 23. A mobilização foi marcada pelo “nascimento” de “Judallyson”, um boneco gigante que representa o prefeito Allyson Bezerra (Solidariedade).

De acordo com a vereadora Marleide Cunha (PT), que também é professora e dirigente sindical, “o boneco simbolizava as mentiras do gestor de Mossoró quando diz que a prefeitura já paga o piso aos professores, o que é uma mentira à população.”

O boneco usa roupa de Judas, na cor azul, e o chapeuzinho de couro símbolo da campanha eleitoral de Allyson Bezerra em 2020.

O comando de greve explica a junção que batizou “Judallyson”: “O prefeito traiu os professores e professoras, daí se tornou o Judas da Educação, e como não tem falado a verdade sobre a lei do piso salarial, ele ganhou o nariz de Pinóquio.”

Na fábula infantil, Pinóquio é um boneco tendo de aprender a lidar com a verdade e a mentira. Nesta história, peculiarmente, o nariz do Pinóquio cresce todas as vezes que ele conta uma mentira.

“Um mês de greve e estamos apenas começando. Ou teremos ações concretas para finalizar este movimento paredista ou o sentimento de desvalorização só crescerá entre os professores e professoras do município que hoje mostraram que não são invisíveis e que têm muita força ainda para lutar pelo que é seu”, afirma a professora Eliete Vieira, presi - dente do Sindiserpum.

A greve dos professores e professoras da rede municipal foi iniciada no dia 23 de fevereiro, após dois meses de tentativa de audiência com o chefe do Executivo. O pedido foi protocolado em dezembro de 2022, mas o Gabinete Civil não respondeu. Sem negociação, a categoria decidiu iniciar greve por tempo indeterminado.

Uma semana após, Allyson Bezerra recebeu o comando de greve no Palácio da Resistência, ao lado da secretária de Educação, professora Hubeônia Alencar, e foi incisivo em afirmar que não vai pagar o reajuste de 14,95%, determinado pela lei federal do piso salarial do magistério.

A partir daí, o prefeito investiu recursos da publicidade oficial para propagar que o município já paga o piso salarial da categoria, o que é combatido pelo comando de greve.

This article is from: