Jornal das Oficinas 153

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Jornal independente da manutenção e reparação de veículos ligeiros e pesados

153 Agosto 2018 Periodicidade  |  Mensal ANO XIV  |  3 euros

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REGULAMENTO (UE) 2018/858

Fortalecer o aftermarket Acesso à informação técnica Defesa do setor independente O que dizem as associações

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ATUALIDADE

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Um ano depois da Mesa Redonda dedicada aos filtros de partículas, fomos saber o que mudou desde então

TECNOLOGIA

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TÉCNICA

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As operações de lixamento são essenciais dentro do processo de pintura

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Luís Costa, fundador da Japopeças, é o protagonista da rubrica Máquina do Tempo. UmaRPL história que vale a pena1 ler 15/06/18 Clima_selo.pdf

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A incorporação de João Cardoso como responsável da ContiTech para Portugal vai permitir conhecer melhor as necessidades dos parceiros

Terão os motores de combustão e as caixas de velocidade futuro risonho?

ENTREVISTA

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FOLHA DE SERVIÇO 03

EDITORIAL

João Vieira Diretor

Questão de confiança

Revista TOP 100 – Edição 2018

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om os IES das empresas já entregues nas Finanças, iniciámos a compilação dos dados que vão permitir encontrar as organizações TOP 100 do aftermarket nacional. Será o sexto ano consecutivo que executaremos este estudo, que é já uma referência no mercado e é visto como uma útil fonte de informação sobre o estado atual das empresas do pós-venda. Este ano, subimos a fasquia e vamos ter uma Revista TOP 100 ainda maior e mais interessante, graças à participação de novas empresas e conteúdos mais atuais. Sabemos que a qualidade e a inovação são fatores chave para o sucesso de qualquer produto. Por isso, não vamos poupar esforços para produzir a maior e melhor edição de sempre da TOP 100, uma publicação que tem dado garantias de qualidade perante anunciantes e leitores. Para preparar os conteúdos desta edição, começámos os contactos com as empresas que,

este ano, vão estar presentes nos vários rankings: Distribuidores de Peças, Equipamentos, Pesados, Repintura e Pneus. De referir que a inclusão nestes rankings pressupõe que a entidade tenha efetuado a entrega obrigatória do IES referente ao ano fiscal anterior. Por isso, alertamos todas as empresas que ainda não tenham entregue o IES referente a 2017 para fazê-lo o quanto antes, pois só assim será possível estarem presentes na próxima edição da TOP 100. A revista contará, igualmente, com a participação de um significativo número de parceiros, que escolhem este meio para transmitir a importância da sua empresa, o que muito nos orgulha e a quem agradecemos, antecipadamente. Igualmente saudamos o envolvimento de um numeroso conjunto de entidades, que prestigiam esta revista e nos ajudam a contribuir para o desenvolvimento e afirmação do aftermarket no tecido empresarial português.  ✱

DIRETOR João Vieira – joao.vieira@apcomunicacao.com EDITOR EXECUTIVO Bruno Castanheira – bruno.castanheira@apcomunicacao.com REDAÇÃO Jorge Flores – jorge.flores@apcomunicacao.com DIRETOR COMERCIAL Mário Carmo – mario.carmo@apcomunicacao.com | GESTOR DE CLIENTES Paulo Franco – paulo.franco@apcomunicacao.com  | IMAGEM António Valente | MULTIMÉDIA Catarina Gomes | ARTE Hélio Falcão | SERVIÇOS ADMINISTRATIVOS E CONTABILIDADE financeiro@apcomunicacao.com PERIODICIDADE Mensal | ASSINATURAS assinaturas@apcomunicacao.com © Copyright Nos termos legais em vigor, é totalmente interdita a utilização ou a reprodução desta publicação, no seu todo ou em parte, sem a autorização prévia e por escrito do JORNAL DAS OFICINAS

Impressão – FIG, Indústrias Gráficas, S.A. Rua Adriano Lucas, 3020 - 265 Coimbra Tel.: 239 499 922

N.º de Registo no ERC: 124.782 Depósito Legal n.º: 201.608/03 Tiragem – 10.000 exemplares

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AP COMUNICAÇÃO Proprietário/Editor João Vieira - Publicações Unipessoal, Lda. | Contribuinte 510447953 | Sede Bela Vista Office, Sala 2.29 – Est. de Paço de Arcos, 66 - 66A, 2735 - 336 Cacém - Portugal GPS 38º45’51.12”N - 9º18’22.61”W | Tel. +351 219 288 052/4 | Fax +351 219 288 053 | Email geral@apcomunicacao.com

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O fator mais decisivo para que um cliente prefira determinada oficina em detrimento de outra, é a confiança que tem nessa oficina, ou melhor, nas pessoas da oficina. Porque em questões de confiança, só as pessoas interessam. A confiança está muito à frente de outras vantagens, como a proximidade, a garantia de reparação e até mesmo o preço. Tendo em conta a preponderância deste aspeto, tem, certamente, grande interesse e total prioridade saber como podemos obter a confiança dos nossos clientes, colocando em foco o relacionamento que temos com eles, para além das meras transações comerciais. Em relação a uma oficina, se todas as ações tiverem sido no passado e continuarem a ser transparentes, se todas as contas baterem certo e se não houver qualquer motivo de suspeita, o cliente fica geralmente com uma impressão geral positiva do negócio e estará disponível para voltar lá com o seu veículo na próxima oportunidade. No que respeita às pessoas, essa impressão global pode ser reforçada positivamente ou contrariada. E, aqui, é que está o núcleo do problema. A forma de um profissional se vestir, de se exprimir e de se comportar pode, desde logo, gerar graus muito diferentes de credibilidade e confiança. Pessoas que falam muito e dizem pouco, baralham as coisas. Caso se contradigam, perdem, desde logo, qualquer credibilidade. Para haver confiança, a comunicação tem de ser clara, objetiva e coerente. A oficina de reparação de veículos não tem de ser um local desinteressante, onde as pessoas sintam pouca vontade de lá estar e onde só vão por obrigação. As oficinas podem ser (e, provavelmente, deveriam ser) mais locais de encontro, onde profissionais e clientes se sentissem à vontade e partilhassem ideias e interesses comuns, sem que tal impedisse, pelo contrário, que a manutenção dos veículos e o negócio da empresa pudessem prosperar. ✱ Agosto I 2018

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DESTAQUE 04

Regulamento (UE) 2018/858

Aftermarket fortalece-se › O Regulamento (UE) 2018/858, que entrou em vigor no passado dia 4 de julho mas que apenas terá aplicação prática a partir de 1 de setembro de 2020, foca a necessidade de garantir que a informação técnica esteja disponível aos operadores independentes. Para sabermos até que ponto esta norma fortalece o aftermarket, recorremos a diversas associações nacionais do setor Por: Bruno Castanheira

Nos termos deste normativo, os fabricantes de veículos estão obrigados, desde 2017, a comunicar a informação OBD e a informação relativa à reparação e manutenção de veículos aos operadores independentes, que devem poder aceder à informação de forma ilimitada, padronizada e não discriminatória, bem

FIGIEFA e DPAI/ACAP juntas a uma só voz FIGIEFA e DPAI/ACAP sublinham, respetivamente, através de Sylvia Gotzen e Joaquim Candeias, a importância deste normativo para o pós-venda independente

Qual é a importância do Regulamento (UE) 2018/858 para o pós-venda Independente? Este regulamento, em vigor há 10 anos, foi revisto em 2017 no contexto do ‘dieselgate’, em especial no que se refere ao reforço dos mecanismos de verificação, monitorização e aplicação da lei, bem Agosto I 2018

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como de uma maior vigilância dos operadores de mercado. A par da homologação de veículos e componentes, inclui um capítulo relativo ao acesso à “Informação sobre Reparação e Manutenção (Repair & Maintenance Information - RMI)”, fundamental para o pós-venda independente.

Sylvia Gotzen, chief executive officer da FIGIEFA

como ao equipamento de diagnóstico e outras ferramentas, incluindo referências completas e downloads disponíveis do software aplicável e da informação sobre reparação e manutenção do veículo. Os operadores independentes devem, igualmente, poder ter acesso aos serviços de diagnóstico remoto utilizados pelos concessionários e reparadores autorizados. O material de formação também deve estar disponível. As informações OBD e as informações sobre reparação e manutenção do veículo devem estar sempre acessíveis e atualizadas nos sites dos fabricantes, ao mesmo tempo que são disponibilizadas aos reparadores autorizados. Qual o objetivo, em termos de aplicabilidade, e quando produz efeitos? Tal como referido anteriormente, o presente regulamento estabelece as disposições administrativas e os requisitos técnicos para homologação e comercialização de todos os veículos novos, sistemas, componentes e unidades técnicas.

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Além disso, vem, agora, incorporar um capítulo específico, que esclarece quais as peças e os componentes do pós-venda que devem ser homologados de acordo com as regras UNECE. Naturalmente que, por razões de segurança, várias peças utilizadas no pós-venda estavam submetidas a homologação (por exemplo, pneus, iluminação e para-brisas, entre outras), mas o novo Anexo II descreve, de forma mais clara, que outras peças de substituição são submetidas a requisitos de homologação, tais como, a título de exemplo, limpa para-brisas e sistemas de aquecimento. O Regulamento (UE) 2018/858 entrará em vigor a 1 de setembro de 2020.

vez de um processamento manual, deve ser possível, no futuro, recuperar essas informações das fontes dos fabricantes de veículos, relacionadas com o número de identificação do veículo (VIN) e com o número de peças de reposição originais, num formato processável eletronicamente. Isso é fundamental para obter dados que são realmente utilizáveis ​​imediata e universalmente pelos operadores de mercado independentes. Além disso, foi esclarecido que o fluxo de dados OBD, de diagnóstico e de RMI do veículo permanecerá disponível através do conector OBD, quer o veículo esteja parado ou em movimento (no caso de funções de leitura, apenas neste último caso).

Que benefícios este Regulamento traz para o mercado de reposição independente? O objetivo destas disposições legislativas é assegurar uma concorrência livre e leal no pós-venda automóvel e proporcionar, a cerca de 284 milhões de automobilistas da União Europeia, a liberdade de escolher onde e por quem os seus veículos podem ser reparados e mantidos.

Qual a relação entre acesso a informação técnica e telemática/conectividade? O regulamento relativo à homologação fornece regras sobre o que as Informações de Reparação e Manutenção incluir. Isso significa “COMO” reparar o veículo, por exemplo, e instruções de reparação. A telemática e conectividade referem-se ao acesso direto aos dados de monitorização gerados pelo veículo, que são a base para qualquer diagnóstico e subsequente processo de reparação. Enquanto o conector OBD fornece, atualmente, este tipo de acesso, esta interface de comunicação será, progressivamente, transferida para o mundo digital. O acesso direto aos dados no veículo, através do conector OBD, é muito importante e constitui a base dos atuais modelos digitais de negócio, mas tem limitações físicas e técnicas (em comparação com os sistemas telemáticos dos fabricantes de veículos), que não

Que alterações foram feitas na elaboração deste regulamento relativamente à manutenção e acesso ao OBD no veículo, bem como ao fluxo de dados RMI? As conquistas mais importantes foi o esclarecimento de que as informações de reparação e manutenção, bem como as informações de identificação de peças sobressalentes, devem ser fornecidas na forma de “conjuntos de dados processáveis ​​por computador e processáveis​​ eletronicamente”. Isso significa que, em

suportam totalmente os requisitos de serviços digitais remotos. É, por isso, que a FIGIEFA e 10 outras Federações Europeias que representam diversas áreas de negócio, tais como operadores do pós-venda automóvel e de serviços de mobilidade, seguradoras, consumidores de automóveis e várias PME, reivindicam a criação de uma plataforma telemática interoperável no veículo, com acesso e comunicação totalmente remotos, necessários para poder competir, em igualdade de circunstâncias, a longo prazo, com os fabricantes de veículos automóveis. Existem penalizações para quem não cumprir este novo regulamento? Se sim, quais? A legislação prevê diferentes níveis de ação, a fim de obrigar os operadores do mercado a cumpri-la. As empresas, assim como as associações empresariais, podem, formalmente, reclamar junto das autoridades de homologação competentes. No caso de as autoridades de homologação detetarem uma infracção, podem utilizar um leque de sanções, que vão desde a adoção de medidas corretivas adequadas até multas e, por fim, à suspensão ou mesmo à revogação da homologação. Para além deste sistema, foi agora criado um Fórum Consultivo, através do qual os operadores do mercado podem divulgar, publicamente, as suas preocupações e dificuldades encontradas perante a Comissão Europeia e os Estados-Membros, aumentando, assim, a transparência. Este Fórum assegurará, também, o intercâmbio de informações para garantir a harmonização de interpretação e aplicação da legislação.

Joaquim Candeias, presidente da DPAI/ACAP De que forma pode haver supervisão para garantir o cumprimento desta medida, de modo a não prejudicar o mercado de reposição independente? Como as informações de reparação e manutenção se enquadram no âmbito da legislação e dos seus mecanismos de monitorização e fiscalização, face à maior atenção dada a este setor no pós-“Dieselgate”, espera-se uma maior atenção a eventuais infrações nos próximos anos. O cumprimento das obrigações relativas ao acesso à informação OBD e à da reparação e manutenção de veículos, é efetuado por uma entidade homologadora, que pode, a qualquer momento, por iniciativa própria, com base numa denúncia ou numa avaliação por um serviço técnico, verificar se o fabricante do veículo está em conformidade com as suas obrigações relativamente ao acesso à informação OBD do veículo e à da reparação e manutenção de veículos. Que outras medidas poderiam ser aplicadas no mercado de reposição independente para garantir a livre concorrência e evitar o monopólio dos fabricantes de veículos? A legislação é sempre a opção mais segura para evitar risco de eventuais monopólios no setor automóvel, assim como em qualquer outro setor. Os contratos “business to business” provaram não ser suficientemente robustos, face à diferente força negocial das partes envolvidas. Para desencadear um processo legislativo, é da maior importância sensibilizar os decisores políticos com campanhas públicas esclarecedoras. A FIGIEFA lançou, neste contexto, a campanha “Direct Access Driving Progress”, juntamente com outras associações. O objetivo é garantir que todos os operadores possam ter acesso direto, em tempo real e bidirecional, aos veículos, bem como aos seus dados, às suas funções e aos seus utilizadores, através de um sistema interoperável, padronizado, seguro, com base numa plataforma de acesso aberto e suas interfaces. O objetivo final é garantir que os fabricantes de veículos não sejam os únicos capazes de fornecer serviços personalizados aos utilizadores.  ✱

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DESTAQUE Regulamento (UE) 2018/858

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ARAN está atenta ao assunto Rui Gonçalves, presidente da ARAN, esclarece que o Regulamento (UE) 2018/858 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2018, relativo à homologação e à fiscalização do mercado dos veículos a motor e seus reboques, e dos sistemas, componentes e unidades técnicas destinados a esses veículos, altera os Regulamentos (CE) n.o 715/2007 e (CE) n.o 595/2009 e revoga a Diretiva 2007/46/CE

Em que consiste, no fundo, o novo Regulamento COM 31? Este regulamento veio reforçar o atual quadro de homologação e fiscalização do mercado dos veículos a motor e seus reboques, bem como dos sistemas, componentes e unidades técnicas destinados a esses veículos, nomeadamente mediante a especificação das obrigações dos operadores económicos na cadeia de abastecimento, das responsabilidades das autoridades responsáveis pela aplicação da lei nos Estados-Membros e das medidas a tomar quando se encontrarem no mercado produtos automóveis que apresentem graves riscos para a segurança ou para o ambiente, que prejudiquem a proteção dos consumidores ou que não respeitem os requisitos de homologação. Um dos pontos a salientar neste regulamento, nomeadamente para o sub-setor da reparação e manutenção, é a questão da acessibilidade da informação à generalidade dos intervenientes do setor, acautelando que todo o setor terá acesso à mesma. O regulamento tem por objetivo garantir uma concorrência efetiva no mercado dos serviços de informação, disponibilizando-a a todo setor, de modo a garantir que o mercado das empresas de reparação e manutenção independentes, no seu conjunto, possa competir com os concessionários autorizados, independentemente de o fabricante dos veículos fornecer essas informações diretamente aos concessionários e às oficinas de reparação autorizados. Ou de usar, ele próprio, essas informações para efeitos de reparação e manutenção.

tenção de pretender garantir maior competitividade no mercado dos serviços de informação sobre a reparação e manutenção de veículos, clarificar que essas informações também englobam as informações que é necessário fornecer aos operadores independentes que não sejam oficinas de reparação. Os operadores independentes são pessoas singulares ou coletivas, com exceção dos concessionários e das oficinas de reparação autorizados, direta ou indiretamente envolvidos na reparação e na manutenção de veículos.
Os referidos operadores incluem oficinas de reparação, fabricantes ou distribuidores de equipamentos, de ferramentas ou de peças sobressalentes de reparação, bem como editores de informações técnicas, clubes automobilísticos, empresas de assistência rodoviária, operadores de serviços de inspeção e ensaios, operadores de serviços de formação a empresas de instalação, fabricantes e oficinas de reparação de equipamentos destinados a veículos movidos a combustíveis alternativos, entre outros. É de salientar o papel de relevo dos

operadores independentes que não sejam oficinas de reparação na prestação de informação, porquanto se permitirá, por esta via, garantir que o mercado das empresas de reparação e manutenção independentes, no seu conjunto, poderão competir com os concessionários autorizados, independentemente de o fabricante dos veículos fornecer essas informações diretamente aos concessionários e às oficinas de reparação autorizados ou de usar, ele próprio, essas informações para efeitos de reparação e manutenção. Que emendas foram feitas relativamente à manutenção e acesso ao OBD no veículo, bem como ao fluxo de dados RMI, na redação deste regulamento?
 O regulamento estabelece requisitos técnicos para o acesso às informações do sistema OBD do veículo e às informações relativas à reparação e manutenção de veículos. Vem reforçar, relativamente ao anterior regulamento, que o fabricante deve pôr em prática as medidas e os procedimentos necessários para garantir que as informações do sistema OBD do veículo e as informações relativas à reparação e à manutenção de veículos esteja acessível, utilizando um formato normalizado de acesso fácil e rápido, de modo não discriminatório, colocando, em condições de igualdade, a generalidade dos operadores do setor. Os operadores independentes devem ter acesso aos serviços de diagnóstico à distância utilizados pelos fabricantes, concessionários e oficinas de reparação autorizados. Visto não existir, atualmente, um processo comum estruturado para o intercâmbio de dados sobre componentes do veículo, entre os fabricantes de automóveis e os operadores independentes, o regulamento prevê que se definam prin-

Rui Gonçalves, presidente da ARAN cípios para esses intercâmbios de dados. Existe, também, menção à necessidade de reformar o regulamento ou partes deste, a fim de ter em conta a evolução técnica e regulamentar ou de evitar utilizações abusivas, atualizando os requisitos de acesso às informações do sistema OBD do veículo e às informações relativas à reparação e à manutenção de veículos, inclusive sobre as atividades de reparação e manutenção apoiadas por redes de área alargada sem fios. A comissão reguladora tem em conta as atuais tecnologias da informação, a evolução previsível das tecnologias automóveis, as normas ISO existentes e a possibilidade de estabelecer uma norma ISO a nível mundial. Qual a relação entre o acesso à informação técnica e a telemática/conectividade? O acesso a informações de reparação e manutenção é uma parte importante de um pós-venda automóvel seguro e eficaz. Atualmente, todos consumidores que dispõem de um veículo sabem o quanto é importante garantir que este seja adequadamente mantido e reparado. Este trabalho de reparação e manuten-

Qual a sua abrangência em termos de aplicabilidade e quando entrará em vigor? O regulamento aplica-se ao setor automóvel em geral e aos sub-setores da fabricação e reparação automóvel. Entra em vigor no dia 4 de julho de 2018 e será aplicável a partir de 1 de setembro de 2020. Quais os benefícios que este novo regulamento traz para o aftermarket independente? O regulamento é claro quanto à inAgosto I 2018

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medida, de modo a não prejudicar o aftermarket independente? A implementação da fiscalização terá de acautelar que não prejudica o setor em geral, incluindo-se o aftermarket independente. Para evitar prejuízos para os diferentes intervenientes, consideramos essencial uma coordenação e monitorização eficaz da implementação da fiscalização, bem como a definição dos procedimentos aplicáveis de modo transparente e transversal, tanto a nível da União Europeia como a nível nacional. Consideramos, também, necessário para que as autoridades de fiscalização do mercado e as entidades homologadoras possam exercer de forma adequada as suas funções, dotá-las dos recursos necessários para o efeito. Certamente que o trabalho, tanto a nível europeu como a nível nacional, será desenvolvido com as cautelas devidas, de modo a que ninguém saia prejudicado. No entanto, a ARAN estará atenta ao desenrolar da situação e à implementação do regulamento.

ção vai desde uma simples troca de filtro de óleo a uma reprogramação altamente complexa de unidades de controlo eletrónico que gerem o sistema de motor e controlo da emissões ou a ativação dos airbags. Perspetiva-se que, quando eficazmente utilizada e regulada, a conectividade entre os variados intervenientes do setor permitirá uma melhoria da eficiência da reparação e manutenção automóvel. Os fabricantes de veículos têm de preparar-se para disponibilizar os dados das viaturas a terceiros, garantindo a proteção dos dados pessoais do usuário do veículo, não colocando em perigo o funcionamento seguro este e não prejudicando a responsabilidade do fabricante do veículo. Para limitar esses riscos, uma das alternativas mais equilibradas ao acesso não controlado e completo dos dados do veículo, é os fabricantes de veículos comunicarem os dados relevantes do veículo de maneira segura a uma plataforma externa. Assim, os prestadores de serviços podem aceder aos dados do veículo através de meios externos, em vez de diretamente ao veículo, minimizando os riscos de segurança, proteção e responsabilidade. O acesso off-board aos dados proporciona uma interface aberta, mas protegida, para terceiros, uma vez que opera de acordo com regras técnicas, de proteção de dados e de concorrência claramente definidas.

Este conceito para a transferência de dados gerados pelos veículos, garante o acesso de forma totalmente transparente e conjugada. O servidor neutro permite que os prestadores de serviços (assim como os serviços exatos que eles oferecem) permaneçam desconhecidos para o fabricante do veículo, contribuindo para a inovação, permitindo uma concorrência justa e aberta. Existirão sanções para quem não cumprir este novo regulamento? Se sim, quais?
 Sim, estão previstas sanções para quem cometer determinadas infrações, designadamente: A prestação de declarações falsas durante os procedimentos de homologação ou durante a aplicação de medidas corretivas ou restritivas; A falsificação dos resultados dos ensaios de homologação ou de fiscalização do mercado; A omissão de dados ou de especificações técnicas suscetíveis de implicar a recolha de veículos, sistemas, componentes e unidades técnicas, ou a recusa ou a revogação do certificado de homologação; O incumprimento pelos serviços técnicos dos requisitos para a sua designação. Quanto aos operadores económicos que recusem facultar o acesso a informações e a disponibilização no mercado de veículos, sistemas, componentes ou unidades técnicas sujeitos a homologação,

mas que não a tenham obtido, ou a falsificação de documentos, de certificados de conformidade, de chapas regulamentares ou de marcas de homologação com esse propósito, também serão sancionados. As coimas aplicadas pela comissão não podem exceder €30.000 por cada veículo, sistema, componente ou unidade técnica não conformes. Quanto aos Estados-Membros, compete-lhes estabelecer as regras e aplicar sanções, em caso de violação do regulamento, pelos operadores económicos e pelos serviços técnicos. De que forma poderá haver fiscalização para garantir o cumprimento desta

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Que outras medidas poderiam ser aplicadas no aftermarket independente para garantir a livre concorrência e evitar o monopólio por parte dos construtores de veículos? Consideramos que dotar as entidades com meios humanos e formação adequada é essencial nesta matéria. Cada vez mais, os veículos são equipamentos complexos e sofisticados. Assim, é essencial dotar todos os intervenientes do setor de informações técnicas sobre veículos, ferramentas, equipamentos e matérias indispensáveis para o cumprimento e execução de boas e eficazes reparações e manutenções dos veículos circulantes, contribuindo, dessa forma, para o aumento direto e indireto da segurança rodoviária, bem como do desempenho ambiental do veículo. Para finalizar, mas não menos importante, destacamos a formação técnica, pela valorização e valor acrescentado que este elemento tem sobre os operadores do setor, contribuindo para a realização das manutenções e reparações dentro dos tempos e parâmetros pré-definidos.  ✱

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DESTAQUE Regulamento (UE) 2018/858

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Alexandre Ferreira, presidente da direção da ANECRA

ANECRA tem acompanhado temática ANECRA tem vindo a acompanhar, sistematicamente, desde há largos anos, a temática do acesso à informação técnica dos veículos, dá conta Alexandre Ferreira, presidente da direção

Em que consiste, no fundo, o novo Regulamento COM 31? Antes de mais, impõe-se salientar que a ANECRA, desde há largos anos, tem vindo a acompanhar, sistematicamente, a temática do “Acesso à informação técnica” e dos impactos que esta matéria tem no futuro dos seus associados, empresários e profissionais do setor automóvel. Este acompanhamento tem sido feito, em boa parte, no âmbito do estatuto de membro que a ANECRA tem junto do CECRA, o Comité Europeu do Comércio e da Reparação Automóvel, sediado em Bruxelas, e no contexto das relações que a ANECRA tem mantido com a suas congéneres europeias. Exemplo disso, foi a reunião realizada no passado mês de maio, em Lisboa, entre a ANECRA e a CETRAA, onde esta temática constituiu um dos principais pontos da agenda. O COM (2016) 31 não é um regulamento, mas uma proposta de regulamento do Parlamento Europeu e do Conselho, que diz respeito à homologação e à fiscalização do mercado dos veículos a motor e seus reboques e dos sistemas, componentes e unidades técnicas destinados a esses veículos. Esta proposta deu origem ao recente Regulamento (UE) 2018/858 do Parlamento e do Conselho, de 30 de maio de 2018, publicado no Jornal Oficial da União Europeia no passado dia 14 de junho. Qual a sua abrangência em termos de aplicabilidade e quando entrará em vigor? O regulamento entrou em vigor no passado dia 4 de julho mas apenas tem aplicação prática a partir de 1 de setembro de 2020, data em que a Diretiva 2007/46/ CE deixa de ter efeitos. Este regulamento vem, à semelhança de diplomas anteriores, estabelecer os requisitos técnicos e administrativos respeitantes à homologação dos veículos a motor (categorias M, N, e O) e dos sistemas, componentes e unidades técnicas destinados a esses veículos. O objetivo é garantir elevados níveis de segurança e desempenho ambiental. É objetivo deste regulamento reforçar o atual quadro europeu de homologações, em especial através da introdução de disposições de fiscalização do mercado, menos abordadas em diplomas anteriores. Inclui as medidas a tomar Agosto I 2018

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quando se encontrarem no mercado produtos automóveis que apresentem graves riscos para a segurança ou para o ambiente, que prejudiquem a proteção dos consumidores ou que não respeitem os requisitos de homologação. Vem, também, garantir a continuidade da prática de adoção pelo fabricante de medidas e procedimentos necessários, a fim de garantir que as informações do sistema OBD do veículo e as informações relativas à reparação e manutenção de veículos estejam acessíveis, em formatos normalizados, de acesso fácil e rápido, de modo não discriminatório. Quais os benefícios que este novo regulamento traz para o aftermarket independente? Temia-se pela não continuidade da obrigação de existência de OBD. Este regulamento garante a sua continuidade após 2020. As viaturas só podem ser homologadas quando a entidade que as homologa tiver recebido do fabricante um certificado de acesso às informações do sistema OBD do veículo e às informações relativas à reparação e à manutenção de veículos. O regulamento foca a necessidade de garantir que a informação técnica continue disponível ao conjunto de operadores independentes: oficinas de reparação; fabricantes ou distribuidores de equipamentos; fabricantes de ferramentas ou de peças de substituição; editores de

informações técnicas; clubes automobilísticos; empresas de assistência rodoviária; operadores de serviços de inspeção e ensaios; operadores de serviços de formação; fabricantes e oficinas de reparação de equipamentos destinados a veículos movidos a combustíveis alternativos. Que emendas foram feitas relativamente à manutenção e acesso ao OBD no veículo, bem como ao fluxo de dados RMI, na redação deste regulamento? A ANECRA continua a discutir com o CECRA e com outras associações europeias o impacto do regulamento no futuro dos reparadores e de outros operadores independentes. Para já, este regulamento prevê a influência da nova conectividade no acesso à informação. Refere que o progresso técnico não deverá enfraquecer o objetivo do regulamento no que respeita ao acesso às informações relativas à reparação e à manutenção por parte dos operadores independentes. Isto numa alusão clara ao acesso remoto à informação que a conectividade permitirá. A regulação da existência de OBD encontra-se, também, melhor clarificada, já que o regulamento prevê, em relação a este tema, um capítulo inteiro de disposições. Qual a relação entre o acesso à informação técnica e a telemática/conectividade? Pode dizer-se que a conectividade influi

num número alargado de áreas, onde se inclui o acesso à informação técnica. A nova conectividade permite o acesso remoto à informação da viatura, até agora só disponível junto da veículo pela ficha OBD. Quando falamos de conectividade, teme-se, não só, que os operadores independentes possam deixar de ter acesso à informação técnica (menos agora, com a publicação deste regulamento), mas, também, que os seus clientes possam ser influenciados pelo tratamento que é dado à informação que o veículo disponibiliza remotamente. Por exemplo, se o operador independente apenas conhecer a situação de uma viatura quando a assiste presencialmente, estará em clara desvantagem face ao operador que é alertado remotamente de uma forma automática e que até pode comunicar imediatamente com a viatura. Existe, também, algum receio, por parte dos operadores independentes, pelos procedimentos que venham a ser implementados para que os mesmos possam aceder à informação técnica relacionada com a segurança, que estarão, invariavelmente, associados à conectividade. O Fórum SERMI desenvolveu já um manual de procedimentos para que, relativamente à informação técnica relacionada com a segurança, quer os seus operadores independentes quer os seus colaborares possam ser autorizados e possam ser acreditados os organismos que vão dar essas autorizações. Os trabalhos deste fórum continuam em desenvolvimento. Existirão sanções para quem não cumprir este novo regulamento? Se sim, quais? A entidade que faz homologações de veículos pode verificar, em qualquer momento, por sua própria iniciativa ou com base numa reclamação, se um fabricante cumpre o disposto respeitante ao acesso às informações do sistema OBD do veículo e às informações relativas à reparação e à manutenção de veículos. Caso se conclua que o fabricante não cumpriu as suas obrigações no que respeita ao acesso às informações do sistema OBD do veículo e às informações relativas à reparação e à manutenção de veículos, a entidade que concedeu esta homologação adotará as medidas necessárias para corrigir a situação. Essas

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medidas essas que podem incluir a revogação ou a suspensão da homologação, bem como a aplicação de coimas. Os Estados-Membros vão estabelecer regras relativas às sanções aplicáveis em caso de violação do regulamento e terão de tomar todas as medidas necessárias para garantir a aplicação do mesmo. Diz o regulamento que essas sanções devem ser efetivas, dissuasivas e proporcionadas relativamente à gravidade da não conformidade, bem como ao número de veículos, sistemas, componentes ou unidades técnicas não conformes, disponibilizados no mercado dos Estados-Membros em causa. Os Estados-Membros terão de notificar a Comissão até 1 de setembro de 2020 das regras e medidas que tiverem estabelecido. De que forma poderá haver fiscalização para garantir o cumprimento desta medida, de modo a não prejudicar o aftermarket independente? Caso um operador independente ou uma associação profissional que represente operadores independentes, apresente uma queixa sobre algum incumprimento de algum fabricante, é realizada uma auditoria a fim de verificar o cumprimento pelo fabricante. É solicitado que quem concedeu a homologação do veículo completo que investigue a queixa e peça, subsequentemente,

ao fabricante do veículo para fornecer provas de que o sistema que aplica está conforme com este regulamento. Os resultados dessa investigação devem ser comunicados no prazo de três meses a contar da apresentação do pedido. No âmbito dessa auditoria, pode ser solicitado a um serviço técnico ou a outro perito independente que proceda a uma avaliação para verificar se as obrigações relativas ao acesso às informações do sistema OBD do veículo e às informações relativas à reparação e à manutenção de veículos foram cumpridas. A nível mais global, também é certo que as entidades que representam os operadores independentes na Europa estarão, permanentemente, atentas e denunciarão todas as situações que se julguem menos corretas. Entre estas entidades, encontra-se o CECRA, organismo do qual a ANECRA faz parte. O CECRA integra, inclusivamente, o movimento AFCAR, que se dedica ao lobby sobre as matérias relacionadas com os operadores independentes. Que outras medidas poderiam ser aplicadas no aftermarket independente para garantir a livre concorrência e evitar o monopólio por parte dos construtores de veículos? Uma das posições dos lobbies europeus para os operadores independentes é a

de que a Comissão Europeia deve encontrar uma solução sobre como abordar o acesso remoto ao veículo conectado e começar a trabalhar, já em 2018, numa plataforma funcional, standard, segura e de acesso aberto, tal e qual como é sustentado pelo “Regulamento e-Call. O acesso deve ser ilimitado, normalizado e não discriminatório a todas as informações do veículo e não apenas às de reparação e manutenção. As informações devem ser apresentadas de modo facilmente acessível, num formato de conjuntos de dados passíveis de tratamento eletrónico e de leitura automática. Os operadores independentes devem ter acesso aos serviços de diagnóstico à distância, utilizados pelos fabricantes, pelos concessionários e pelas oficinas de reparação autorizadas. À medida que aumenta a conectividade nos automóveis, a necessidade de conseguir ligação remota com os veículos em tempo real é cada vez mais importante. Para que tal ocorra, regras e regulamentos vinculativos são extremamente necessários para garantir uma abordagem segura, favorável ao consumidor e competitiva, que coloque fornecedores independentes de serviços em igualdade competitiva. Tudo isto a fim de garantir uma concorrência efetiva no mercado. Em 20 de fevereiro, os deputados do

Parlamento Europeu pertencentes à Comissão de Transportes votaram a favor da Comissão Europeia para desenvolver legislação vinculativa sobre os dados dos veículos conectados. No passado dia 17 de maio, a Comissão Europeia publicou o seu terceiro pacote legislativo sobre mobilidade, que abrange uma ampla variedade de tópicos, incluindo a condução conectada e autónoma. No entanto, é entendimento do CECRA que o pacote não estabelece um caminho legislativo claro para garantir condições equitativas para todos os produtos e serviços digitais do automóvel, no sentido de garantir que os consumidores possam decidir com quem compartilham os dados e para que serviços específicos. A menos que a legislação seja implementada numa plataforma funcional, normalizada, segura e aberta, existe uma séria ameaça à concorrência, à inovação e à escolha do consumidor para os serviços de mobilidade e de produtos digitais. A ANECRA continuará a acompanhar, de forma sistemática e atenta, a problemática do “Acesso à Informação Técnica” e o seu impacto na atividade das empresas do setor automóvel, na perspetiva da defesa dos interesses dos seus associados, com particular relevância para os operadores ligados à reparação e manutenção automóvel multimarca.  ✱

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Descubra as diferenças › Cumprido um ano sobre a realização da Mesa Redonda que abordou os problemas ambientais provocados pela remoção dos filtros de partículas nos veículos, fomos auscultar alguns dos intervenientes no debate para saber se algo mudou no combate a esta ilegalidade Por: Jorge Flores

m ano volvido sobre a realização da Mesa Redonda organizada pelo Jornal das Oficinas dedicada ao “Ambiente”, chegou a altura de fazer um ponto de situação sobre a remoção dos filtros de partículas nos veículos. O que mudou desde o animado debate? Terá esta prática aumentado? Estarão as entidades responsáveis pela fiscalização a cumprir o seu papel? Para responder a estas questões, fomos ouvir alguns dos intervenientes da Mesa Redonda. Marcos Oliveira, responsável da Bosal, Agosto I 2018

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por exemplo, tem uma visão positiva sobre o assunto. “Vemos que, gradualmente, é uma ‘moda’ com tendência a desaparecer. Os próprios Centros de Inspeção Técnica de Veículos estão mais atentos a esta ilegalidade. Sim, porque temos de perceber que é ilegal esta prática”, esclareceu. “Cada vez mais se constata um decréscimo nas remoções de filtros de partículas por vários importantes fatores”, disse. E exemplificou: “O filtro de partículas está com um preço deveras competitivo no aftermarket. Bosal é um produto OE e, como tal, é um fator que pesa na decisão final. Em termos

de emissões, é o produto que mais tem aumentado a nível de vendas na nossa empresa”, garante Marcos Oliveira. Segundo o responsável, no último ano, o cliente tem vindo a “perceber que um filtro de partículas não é tão caro como se pensa”. Exemplo? “O valor médio de um filtro de partículas Bosal é de €263, pelo que não faz sentido optar pela remoção ou até mesmo pela sua limpeza. Mesmo a limpeza de um filtro de partículas não soluciona nada, apenas remedeia para que o veiculo possa funcionar durante um breve período de tempo. Mas não repara o dano. Inclusive, existem métodos de

limpeza que danificam os poros internos do monólito do filtro de partículas”, disse. A limpeza pode custar “entre €120 e €150. Uma vez eliminada a fuligem, num curto período de tempo, voltará a ser necessário nova limpeza e pagar outra vez entre €120 e €150. O filtro de partículas tem um custo médio de €220. O cliente irá agradecer por ter instalado uma peça nova com a qual funcionará na perfeição sem ter de gastar o dobro. Além da margem que uma limpeza não deixa à oficina, algo que a substituição por um novo lhe dará”, alerta Marcos Oliveira. “Se, a isso, lhe acrescenta o líquido EOLY’s

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original que a Bosal dispõe, acaba por realizar o trabalho a 100%. DPF + líquido + mão-de-obra. Uma manutenção completa. Limpar um filtro de partículas não é negocio e não soluciona o problema, apenas o prolonga”, acrescenta. Como medida de combate a esta prática, o responsável defende uma “atualização legislativa que proíba este tipo de ilegalidade, coimas pesadas a quem as pratica e até mesmo o encerramento das mesmas casas”, afirma. “A eliminação ou a desativação de um filtro de partículas constitui crime contra o meio ambiente e é um delito de falsidade documental. O veículo está homologado para poder emitir determinados níveis de emissões de gases. Ao ser eliminado o filtro de partículas, estes níveis são alterados, pelo que se está a prejudicar o meio ambiente e a cometer uma ilegalidade. Ao eliminar-se o filtro de partículas, está a realizar-se uma reforma de importância não autorizada. Em definitivo: está a cometer-se uma ilegalidade! A fiscalização do meio ambiente está atenta a este tipo de ações e a oficina que a realize será a máxima responsável, com multas e penalizações que podem levar ao seu encerramento e à perda do seu negócio”, avisa ainda o responsável da Bosal.

n  ILEGALIDADES NA NET... Rui Lopes, administrador da Escape Forte, tem uma perspetiva um pouco diferente. “A remoção dos filtros de partículas e catalisadores continua a ser um negócio com enorme procura e oferta. O vazio legal permite que esta situação permaneça inalterada”, começa por dizer. “Com o passar dos anos, aquilo que parecia ilegal, hoje, é feito com toda a naturalidade e de forma explícita, com publicidades ‘agressivas’ nas redes sociais”, diz. E vai mais longe. “Com o aumento do número de viaturas e com o conhecimento da impunidade, é natural que os números aumentem. Basta, para tal, fazer uma pesquisa na Internet e ver a quantidade de ofertas à disposição do consumidor”. Por tudo isto, para Rui Lopes, “nada mudou”, neste último ano. “Somos confrontados, diariamente, com as mesmas questões: a possibilidade de eliminar o sistema e os malefícios para o futuro. Sendo a nossa garantia um incentivo para manter a originalidade da viatura, continuamos a lutar contra a deslealdade de um processo ilegal”, salienta o responsável da Escape Forte, que gostaria de ver uma fiscalização mais ativa. “As entidades competentes, tal como fazem nas medi-

ções dos gases das viaturas a gasolina e a opacidade dos Diesel, deveriam adaptar-se à nova realidade e seguir as normas de emissões impostas pela CE”, afirma. Como? “Quer por medição de opacidade ou por equipamentos de diagnóstico, seria fácil identificar os infratores. Contudo, não podemos deixar de fazer uma ressalva em relação aos sistemas das emissões de algumas viaturas, motores que foram adaptados para cumprir as novas normas, em que a mecânica, a eletrónica

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e a própria instalação ou localização dos filtros de partículas, não funcionam convenientemente. Casos que nas viaturas mais recentes e que para os mesmos tipos de motor, os filtros de partículas, foram adaptados em posições completamente diferentes na linha de escape, por forma a que o processo de regeneração seja mais rápido e eficiente. Problemas que, em alguns casos, originam o colapso do motor”, diz. De acordo com Rui Lopes, “grande parte das vezes, as próprias oficinas têm dificuldade em explicar ao proprietário da viatura que o problema é de fabrico, deixando em aberto a opção de eliminar o sistema, para salvaguarda do próprio motor. Para evitar situações complica-

das, a Escape Forte fornece todas as informações necessárias para o bom funcionamento do sistema, bem como formas de evitar danos maiores, quer no motor da viatura quer nas peças por nós intervencionadas”, refere. n  PRÁTICA RECORRENTE Joaquim Cruz, responsável da Interescape, também não faz um balanço positivo. “A remoção dos filtros de partículas em Portugal é e será uma prática recorrente enquanto a legislação vigente não for alterada”, aponta. “A falta de conhecimentos técnicos sobre a importância do filtro de partículas e sobre as soluções existentes no mercado, bem como o facto de a remoção deste componente

ser considerada bastante rentável, continuam a ser fatores determinantes para os profissionais do setor, que continuam a optar por este tipo de solução”, explica. “Lamentavelmente, a prática da remoção dos filtros de partículas continua a ser recorrente no mercado. Não considero que tenham havido mudanças significativas para combater esta prática”, sublinha Joaquim Cruz. Na sua opinião, “é fundamental o ajuste da legislação e do modelo de inspeção, que deveriam acompanhar a evolução dos veículos nos últimos anos. À semelhança do que acontece em outros países, os Centros de Inspeção Técnica de Veículos deveriam verificar se o filtro de partículas está instalado e, em caso de dúvidas, solicitar um documento que comprove a homologação por parte do fabricante”. Para o responsável da Interescape, seria “essencial consciencializar os profissionais do setor para a importância de optar por soluções que respeitem as normas que regulam as emissões de gases poluentes, em detrimento de outras práticas existentes no mercado, que, apesar de serem mais simples, podem mesmo prejudicar o funcionamento do motor das viaturas. Deveriam ser atribuídas coimas aos profissionais do setor que continuem a promover a remoção dos filtros de partículas”, enfatiza. n  OLHOS BEM FECHADOS Abílio Cardoso, administrador da Veneporte, também acredita que a situação permanece inalterada. “Não terá mu-

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dado praticamente nada. Continuam a ser removidos filtros todos os dias (informação que nos chega por parte dos nossos clientes), sendo substituídos por tubos simples ou por recolocação da peça, mas com o filtro removido. Ou seja, em qualquer dos casos, sem qualquer retenção de partículas”, revela. Para mais, “continuam a haver variadíssimos sites a publicitar a remoção dos filtros de partículas e não temos conhecimentos de qualquer atuação por parte das autoridades competentes”, lamenta Abílio Cardoso, defendendo uma atuação mais firme das autoridades. “Continuam a ser substituídos filtros de partículas por filtros não homologados e não adequados para os veículos em causa. Os Centros de Inspeção Técnica de Veículos continuam a não fazer qualquer tipo de controlo relativamente a todas estas ilegalidades. Criam procedimentos e códigos de ética, mas não os põem em prática. As entidades que deveriam fazer a fiscalização, estão a olhar completamente para o lado. Nem o IMT, nem a ASAE parecem estar, minimamente, preocupados com o problema. O Ministério do Ambiente não tem tido a preocupação que deveria, face à gravidade do problema”, acusa Abílio Cardoso. “Consideramos que deveriam ser tomadas medidas muito urgentes, pois estamos a falar de crimes com enormes consequências para a saúde pública, que deveriam preocupar-nos a todos. Desde políticos responsáveis até todos nós, cidadãos. Mas, infelizmente, nada se faz. À boa maneira portuguesa”, conclui. ✱

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TOPCAR em alta

› A edição de 2018 da Gala EuroPremium, realizada em Madrid, em junho último, distinguiu três parceiras da rede TOPCAR: Auto 2006 e BestConfort, ambas da Maia; Hemoauto, da Figueira da Foz Por: Jorge Flores

Gala EuroPremium é um dos grandes acontecimentos do ano para as oficinas aderentes da rede TOPCAR. Na edição 2018 do evento, realizado, como é tradição, em Madrid, foram distinguidas as três casas da rede que mais destacaram no ano civil transato. A saber: Auto 2006 e Agosto I 2018

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BestConfort (ambas da Maia); Hemoauto (Figueira da Foz). Vanessa Barros, gestora de marketing e da rede TOPCAR, não escondeu a importância desta união de forças. “Estar em rede, hoje, é pensar no futuro. É pensar em como vamos estar preparados para todos desafios que aí vêm”. Exemplos? “A telemática, a comunicação com o cliente, a conectividade,

a mudança de propriedade do automóvel, a necessidade de mobilidade. Todos estes pontos são desafios que condicionam a forma como podemos dar a melhor experiência aos nossos clientes”. Segundo a responsável, “felizmente”, a TOPCAR está a “desenvolver soluções para que as oficinas de hoje sejam as oficinas de amanhã e para que

consigam acompanhar a evolução do mercado”, referiu. “A solução g-connect é um exemplo disso. E acredito que revolucionará a forma como os clientes veem as oficinas multimarca”, salientou. n  ENFRENTAR DESAFIOS Outro desafio da TOPCAR “é conseguir dar a mesma experiência a toda a

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1 João Azenha e Tânia Azenha, da Hemoauto (Figueira da Foz) 2 Maria do Carmo e Filipe Machado, da Auto 2006 (Maia) 3 Sílvia Moura e Ricardo Moura, da BestConfort (Maia). Foi este o trio vencedor da Gala EuroPremium 2018

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rede, até porque, com a estratégia de crescimento sustentável, temos vindo a expandi-la. Somos agora 77 oficinas e, em breve, muitas mais”, garantiu. Vanessa Barros revelou ainda as ferramentas para ultrapassar os desafios que o futuro apresenta: “Em 2017, iniciámos o processo de certificação oficinal, através do Centro Zaragoza, que foi ultrapassado, pois já temos mais 20 oficinas certificadas na valência da colisão. Iniciativa que vamos continuar em 2018 e alargar à rede”, disse. “Introduzimos a escala NPS para analisar os resultados dos inquéritos de satisfação disponíveis em toda a rede. Reforçámos o nosso plano de formação com temas relacionados com a gestão e receção de clientes. Mudámos a forma de comunicar com os nossos clientes, a forma como nos apresentamos nas várias plataformas, como o site, o Facebook, os serviços de

valor acrescentado que disponibilizámos e, acima de tudo, interagimos com os nossos clientes”, vincou Vanessa Barros. n  INVESTIMENTO CONTÍNUO A responsável fez questão de deixar uma palavra de agradecimento aos parceiros. “Obrigada às oficinas presentes hoje, pois cada uma, à sua maneira, quer seja pelo seu perfil empreendedor, experiência no mercado ou pela forma como comunica com os seus clientes, representa a marca TOPCAR e garante a melhor experiência TOPCAR aos seus clientes. Obrigada, também, pelo vosso nível de profissionalismo e pelo contínuo investimento que têm feito a representar a marca. Como digo sempre, o melhor de uma oficina é o melhor de todos. Portanto, as oficinas aqui hoje presentes representam o bom que temos na rede e as mais-valias que

A TOPCAR tem vindo a distinguir, em Madrid, na Gala EuroPremium, as três oficinas que mais se destacam no ano civil anterior. Na edição de 2018, subiram ao palco duas oficinas da Maia e uma da Figueira da Foz temos para oferecer para nos afirmarmos no mercado nacional como a rede de oficinas multimarca em Portugal”, sublinhou.

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n  TRIO VENCEDOR Na edição deste ano, o trio de vencedores mostrou-se orgulhoso com a conquista. Em conversa com o Jornal das Oficinas, Filipe Machado, responsável da Auto 2006, da Maia, explicou que a distinção é o “culminar de muito trabalho, durante muitos anos”. Segundo o responsável, esta conquista deve-se, também, a uma “melhor monitorização dos processos e das competências” da casa. “Abrimos em 2006, depois de ter trabalhado num concessionário. Estou com a TOPCAR desde 2011. E, em 2018, somos distinguidos. É um caminho muito positivo. De trabalho diário”, disse. “Muitas oficinas foram passadas de pais para filhos, pessoas que nunca trabalharam em oficinas. Na minha, comprei tudo. Investi. E, atualmente, estamos em fase de certificação com o Centro Zaragoza para conseguirmos alcançar mais sucessos no futuro”. Outro dos grandes vencedores da noite foi a BestConfort, também da Maia. Nascida em 2012, já como parceira da rede TOPCAR, a oficina gerida por Ricardo Moura e pela sua irmã, Sílvia Moura, é fruto de muita dedicação e esforço de toda a equipa. Segundo Ricardo Moura, trata-se de um “reconhecimento muito importante do trabalho realizado durante o ano passado”, disse. Sinal ainda de que o negócio está a correr a preceito e com a carteira de clientes a aumentar. O objetivo próximo, de acordo com o responsável, passa agora por assegurar a mesma distinção na Gala EuroPremium do próximo ano. “Algo que apenas se conquista com muito trabalho”, vincou Ricardo Moura. Por sua vez, a Hemoauto, da dupla João Azenha e Tânia Azenha, levou para a Figueira da Foz o galardão. “É sempre muito importante. Dá-nos prestígio e coloca-nos num patamar superior. Não sabíamos que íamos ser distinguidos. Mas trabalhamos diariamente para este reconhecimento”, referiu Tânia Azenha, que não pretende ficar por aqui. “Queremos sempre melhorar. E o feedback dos clientes tem sido o máximo. Estamos na rede TOPCAR desde 2012. O que nos distingue é o facto de termos sempre em mente a satisfação do cliente”, explicou. “A inovação é outra das nossas prioridades. Procuramos ter sempre equipamentos oficinais inovadores para dar uma resposta célere e de qualidade em todos os serviços. Queremos estar sempre um passo à frente. Também por isso, vamos obter a certificação do Centro Zaragoza”, afirmou. “A nossa casa existe desde 1995. No ano passado inaugurámos uma oficina moderna, com tudo novo, em Montemor-o-Velho”, revelou. ✱ Agosto I 2018

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OBSERVATÓRIO Conceitos de Mobilidade (Parte VIII)

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Fortum Singalong Shuttle

Tarifa cantada › Os conceitos de mobilidade continuam a reinventar-se. Na Finlândia, o Fortum Singalong Shuttle recusa aceitar dinheiro ou cartões de crédito/débito. As tarifas pela viagem são pagas pelo canto dos clientes Por: Jorge Flores

riginalidade rimará sempre com mobilidade. Criatividade, também. Seja no tipo de motor, seja na forma de pagamento pelos serviços de locomoção, os conceitos automobilísticos, atualmente, estão obrigados a reinventar-se. Por vezes, de uma maneira divertida. Basta observar o exemplo surgido, recentemente, na Finlândia, onde foi dado a conhecer, de forma experimental, no festival Ruisrock, aquele que é o primeiro táxi do mundo cujas tarifas são pagas através do canto dos clientes. Por outras palavras, o designado Fortum Singalong Shuttle mais não é do que um serviço de táxi que apenas aceita, como forma de pagamento, as canções dos seus passageiros. O veículo manter-se-á em movimento enquanto estes contiAgosto I 2018

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nuarem a cantar. Mesmo que desafinem, supõem-se, dado que os responsáveis não esclarecem este detalhe. Sabe-se, isso sim, que o serviço está disponível somente em veículos 100% elétricos, de modo a que os passageiros possam soltar a voz e desfrutar das canções sem ruídos provenientes do motor. n  CONCEITO EXPERIMENTAL Por enquanto, este peculiar táxi ainda não fará escola. Trata-se de uma experiência, sim, mas que deverá ser levada muito a sério. O teste a este ousado conceito de mobilidade musical teve lugar durante o festival, realizado na Finlândia, em julho deste ano, mais concretamente em Turku, tendo o táxi mantido-se disponível para os que se mostraram interessados em partilhar a viagem e uma música com os compa-

nheiros de percurso. Isto, entre as 12 e as 17 horas, sempre em pequenos percursos, valendo-se das músicas que ainda estariam na mente dos festivaleiros quando entravam para o veículo. De resto, além de não precisarem de dinheiro, os passageiros e condutores do Singalong Shuttle não necessitavam, tão pouco, de reservar lugar a bordo. Apenas de escolher a canção e de “apanhar” o táxi. n  MELODIA AMBIENTAL O Singalong Shuttle é um conceito inovador, criado pela empresa de energia limpa Fortum, que pretende envolver os seus clientes, em particular, e a sociedade, em geral, numa grande mudança para um mundo mais ecológico. Nesse sentido, a empresa oferece uma ampla gama de soluções de

energia verde e incentiva os clientes a viver uma vida mais sustentável. A Fortum encontra-se, neste momento, concentrada no desenvolvimento de soluções sofisticadas de carregamento de veículos elétricos. Refira-se, a propósito, que a rede de carregamento Fortum Charge & Drive EV é, nada mais nada menos, do que a maior entre todos os países nórdicos, contando com mais de 2.000 carregadores, distribuídos pela região. “Com a Singalong Shuttle, queremos mostrar às pessoas, de uma forma agradável, como é fácil e confortável conduzir um automóvel elétrico”, afirmou o gerente de marca da Fortum, Jussi Mälkiä. Que, de seguida, acrescentou: “Os veículos elétricos, silenciosos, tornam possível curtir a música sem ruído de fundo e emissões”. ✱

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TECNOLOGIA Motores de combustão e caixas de velocidade

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Independência ou morte?

› Numa altura em que a indústria automóvel aponta para os veículos elétricos e movidos a energias alternativas, onde não existem motores alimentados a combustíveis fósseis nem caixas de velocidade manuais, ainda há quem veja futuro nas soluções “convencionais”. Estaremos perante um caso de independência ou morte? Só o tempo o dirá Por: Ricardo Carvalho

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s automóveis que montam motores de combustão interna dispõem de um considerável potencial de melhoria dos seus consumos e emissões. Por um lado, através da otimização tecnológica do próprio propulsor, aumentando a sua eficiência e minimizando as perdas de energia. Por outro, fazendo parte de um sistema de propulsão híbrido. E, depois, ainda existe o uso de combustíveis alternativos, como o gás natural ou os combustíveis sintéticos. O volume mundial de automóveis com caixas de velocidade manuais continuará a aumentar. Contudo, com pequenas modificações, poderão tirar benefícios das novas tecnologias na redução do consumo de combustível e das emissões de CO2.

Nos últimos 15 anos, os motores a gasolina registaram enormes progressos em termos da redução de consumos e emissões. Incitados por uma legislação ambiental cada vez mais exigente, os fabricantes têm vindo a aplicar nestes propulsores as tecnologias que já empregaram nos Diesel, como, por exemplo, a injeção direta e a sobrealimentação através de turbocompressor. Isto permitiu conceber motores mais pequenos (o chamado downsizing), com cilindrada mais baixa e menor número de cilindros. Além do mais, o aumento e a melhoria da entrega de binário permitiu alargar os desenvolvimentos das caixas de velocidade, o que, em conjunto com o aumento do número de relações,

também contribuiu para reduzir consumos e emissões. n  NOVAS NORMAS DE EMISSÕES O ciclo NEDC (New European Driving Cycle) de consumos e emissões foi a base sobre a qual os engenheiros trabalharam no desenvolvimento dos motores, concebidos para emitirem o mínimo a baixos regimes e cargas. Graças a isso, ofereciam consumos excecionalmente baixos nessas condições e valores que aumentavam consideravelmente na utilização real quotidiana. A 1 de setembro de 2017, entrou em vigor a nova norma WLTP (Worldwide harmonized Light vehicles Test Procedures), que começará a ser aplicada a partir do dia 1 de setembro de 2018.

Os novos testes implicam uma velocidade média mais elevada, acelerações e desacelerações mais agressivas, normas de teste mais restritas e consideração do equipamento opcional para representar, com maior precisão, o consumo de combustível real para os consumidores. Para mais, na Europa, será realizado o teste RDE (Real Driving Emissions test). Este teste não mede as emissões poluentes (NOx, PM, CO e HC) em laboratório, mas na estrada. Uma vez que este método não segue um procedimento fixo, as emissões devem estar dentro dos limites legais em toda a gama de utilização do motor. Por causa de tudo isto, é provável que os preços dos automóveis aumentem consideravelmente.  ✱

Tecnologias que continuarão a otimizar os motores de combustão São várias as tendências e tecnologias que vão permitir aos motores de combustão continuar a evoluir em termos de eficiência e redução de CO2, mas, também, adaptar-se às novas normas de emissões

“Hibridização” O conceito de reunir um motor de combustão com um elétrico e um sistema de recuperação e armazenamento de energia mostrou-se muito válido para reduzir consumos e emissões. Os motores de combustão irão evoluindo para se harmonizarem com o sistema híbrido e de forma a manterem otimizado o seu funcionamento. A vantagem do conceito híbrido paralelo diz respeito ao elevado grau de flexibilidade das famílias de motores, que, apenas com pequenas modificações, podem ser utilizados tanto em sistemas de propulsão “convencionais” como nos híbridos. O que permite otimizar as capacidades de produção e o investimento em desenvolvimento tecnológico. A “hibridização” de 48 Volt permitirá “hibridizar” todo o tipo de motores com uma relação custo/benefício muito favorável. As simulações de consumo e emissões no ciclo WLTC demonstram que um híbrido de nível 0 – o mais simples tecnicamente – alcança uma poupança de 3,8% em consumos e emissões relativamente a um microhíbrido de 12 Volt (com alternador inteligente e função start&stop) equipado com um motor elétrico de polos assíncronos ou de polos alternados e de 6,6% desde que munido de motor elétrico síncrono de ímanes permanentes.

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Distribuição totalmente variável Os sistemas de distribuição variável vão desde um simples variador de fase instalado na árvore de cames até ao sistema de distribuição totalmente variável. Estes elementos otimizam o processo de combustão e reduzem quer o consumo de combustível quer as emissões. Desde 2009 que o sistema de distribuição variável é produzido em massa, com mais de três milhões de unidades fabricadas e uma permanente otimização. Também foi desenvolvida uma variante do sistema que pode facilmente ser integrada em motores já existentes. É importante que o motor, em geral, e a sobrealimentação através de turbocompressor, estejam devidamente adaptados aos requisitos do comando de válvulas totalmente variável. Com estas premissas, o sistema de distribuição totalmente variável reduz em 8,4% o consumo e as emissões no ciclo de testes WLTC.

Gestão térmica Para maximizar a eficiência dos futuros sistemas de propulsão, é necessário otimizar o equilíbrio térmico de todo o sistema e dos seus componentes individuais, bem como controlar os fluxos de calor. Esta gestão é feita por um módulo que entra agora numa segunda fase. Um módulo mecatrónico que, no futuro, tornar-se-á mais complexo, ao mesmo tempo que se descentralizará. Todos os ensinamentos recolhidos sobre os fluxos de calor dos veículos híbridos serão empregues na conceção de sistemas preditivos, que consigam que todos os elementos do veículo funcionem à temperatura adequada e recebam calor ou frio de acordo com as necessidades de cada momento. Graças a isso, a eficiência de todo o sistema aumenta e reduzir-se-ão consumos e emissões.

Redução da fricção Os rolamentos já reduzem, consideravelmente, os níveis de fricção em unidades acessórias, como árvores de cames, veios de equilíbrio, turbocompressores e touches. No turbo, os rolamentos podem reduzir até 80% a fricção a frio e melhorar a resposta, o que aumenta em 2,5% a eficiência, acelera a entrega de binário e reduz a riqueza da mistura, o que minimiza as emissões de NOx. O passo seguinte é substituir as chumaceiras da cambota por rolamentos, algo que já está a ser trabalhado pela Ford. Com o simples facto de se instalar um rolamento no primeiro apoio da cambota, o mais distante do volante do motor, consegue-se uma redução de 1% no consumo de combustível.

Distribuição elétrica variável Este sistema permite sincronizar as válvulas para se adaptarem a todas as condições de utilização do motor. Ao contrário das hidráulicas, as árvore de cames com acionamento elétrico permitem ajustar o tempo de abertura das válvulas quando o motor está imobilizado. Durante uma sequência de arranque/paragem ou quando o veículo circula por inércia (“à vela”), este sistema pode preparar o motor de combustão por antecipação para o seu posterior reinício. Graças a isso, são exigidos menos binário, fricção e desgaste. Outros benefícios do atuador elétrico da árvore de cames dizem respeito a uma gama de temperaturas de utilização mais elevada, atuações mais rápidas e precisas, bem como a diminuição da carga da bomba de óleo. Graças a tudo isto, consegue-se uma redução de consumos e emissões de 2%.

Desconexão de cilindros Os motores de três e quatro cilindros também podem beneficiar desta funcionalidade, que ajuda a reduzir as emissões de CO2. Existe um sistema eletromecânico de integração simples, que permite a desconexão seletiva de cilindros para reduzir consumos e emissões. São vários os fabricantes que desenvolveram volantes bimassa e embraiagens com pêndulos centrífugos para mitigar as vibrações torsionais produzidas pela desconexão de cilindros.

Combustíveis alternativos O gás natural já está disponível e garante cerca de 25% menos de CO2 face à gasolina “convencional”. E, a médio e longo prazos, será possível sintetizar gás metano num processo PtG (power to gas). Os motores Diesel não ficarão atrás e também se investiga no domínio dos combustíveis sintéticos baseados num processo PtL (power to liquid). Se a energia primária necessária durante a respetiva geração também tiver origem em fontes renováveis, como a energia eólica ou fotovoltaica, os combustíveis podem considerar-se como de emissões neutras em termos de CO2.

E-Clutch ou embraiagem eletrónica 43% dos automóveis vendidos em todo o mundo dispõem de caixa de velocidades manual. E ainda que a sua quota de mercado esteja a diminuir, o seu número absoluto continuará a crescer (em 2016, foram produzidas 40 milhões de caixas manuais). Têm a seu favor o seu baixo custo, mas, em eficiência, já foram superadas pelas caixas automáticas. Para aproveitar as oportunidades que oferecem as novas tecnologias na redução de consumo de combustível e emissões de CO2, é necessário automatizar a embraiagem das transmissões manuais. Graças a isso, deverão ser adotadas estratégias de poupança, como o “coasting” (circular por inércia, com o motor desligado), ou recuperar energia em desaceleração e travagem, graças a um sistema de “hibridização” de nível 0 ou 1. Entre ambos, poderá obter-se uma redução de 8%.

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REPORTAGEM Formação em elétricos ANECRA/CEPRA

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Valorizar eletrificação › O secretário de Estado Adjunto e do Ambiente encerrou a ação de formação em veículos elétricos tutelada pela ANECRA em parceria com o CEPRA. José Gomes Mendes fez questão de valorizar esta iniciativa de futuro Por: Jorge Flores

osé Gomes Mendes, secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, acredita que a eletrificação do automóvel é uma realidade incontornável. Por esse motivo, o membro do Governo fez questão de estar presente no encerramento da ação de formação sobre veículos elétricos, realizada pela Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA), em parceria com o Centro de Formação Profissional da Reparação Automóvel (CEPRA), nas instalações desta última, no Prior Velho. A problemática dos veículos elétricos constitui uma preocupação prioritária da ANECRA, tendo como objetivo formar os seus associados numa área tão específica. A emissão de mais de 310 certificados, que aferem a atribuição de competências relativas à segurança, no contacto com estas novas tecnologias relacionadas com o automóvel, será prova disso mesmo. A presença de José Gomes Mendes visou, no fundo, valorizar a iniciativa, perfeitamente enquadrada com o futuro da mobilidade. Agosto I 2018

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n  CRISTA DA ONDA Depois de uma visita às instalações do CEPRA e do discurso de agradecimento do presidente da direção da ANECRA, Alexandre Ferreira, o governante dirigiu-se aos formandos do curso, entre os quais os jovens integrantes do Fórmula Student, para explicar o motivo da sua visita. “Quando me falaram, no âmbito da realidade do setor automóvel, de um curso de formação na área da mobilidade elétrica e dos veículos elétricos, imediatamente, por iniciativa minha, disse que gostava de ver o que está a ser feito. Considero que organizações como a ANECRA e o CEPRA conseguem ver mais à frente e preparar profissionais para o futuro. Estão na crista da onda para o que virá”, salientou. José Gomes Mendes sublinhou ainda a existência de três grandes tendências do setor automóvel. A primeira? “A eletrificação”, como não podia deixar de ser. E concretizou: “Recebo todos os grandes fabricantes de automóveis por diferentes razões. Todos, sem exceção, têm planos para a eletrificação das frotas. Ainda recentemente recebi os dirigentes do Grupo PSA, que, há pouco tempo, parecia ser o fabricante

mais relutante em seguir a tendência dos veículos elétricos. Disseram-me que, até 2026, pretendem eletrificar toda a frota. O que significa que, depois de 2026, não deverá sair das fábricas deste grupo um só automóvel que não tenha um motor elétrico. Alguns serão ainda híbridos, sim, mas todos terão uma componente elétrica. E as outras marcas estão todas a fazer o mesmo. É uma tendência global”, garantiu, reforçando a ideia de ser esta uma “boa notícia” em matéria ambiental. Socorrendo-se de dados estatísticos, o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente revelou que os veículos elétricos e híbridos plug-in representam, atualmente, no nosso país, perto de 2% das vendas totais de automóveis. n  AUTONOMIA E PARTILHA Segundo José Gomes Mendes, a segunda grande tendência está relacionada com os temas da conectividade e da autonomia. Sobre os veículos autónomos, o membro do Governo admitiu que ainda existem muitas “barreiras regulatórias” que, por enquanto, os impedem de circular nas estradas. Sublinhando, porém, que não demorará muito até que estes obstáculos formais sejam

derrubados. Sobre a conectividade, foi mais taxativo. “Os veículos estão cada vez mais conectados”, assumindo esta vertente “uma importância crescente”, acrescentou. A terceira e última tendência, prende-se com a “partilha”. Segundo José Gomes Mendes, o sentido de propriedade automóvel tenderá a desaparecer. “Haverá menos pessoas a comprar automóveis, mas não a utilizá-los. Serão partilhados”, disse. O que terá consequências positivas. “Haverá menos veículos, mas estes serão muito mais utilizados”, adiantou. Além disso, os utilizadores poderão recorrer a vários tipos de modelos, consoante as suas necessidades, sem terem de investir na sua compra ou ficar “reféns” da sua escolha. Por tudo isto, os automóveis terão um ciclo de vida muito mais curto, o que alterará o paradigma da reparação e manutenção”, assegurou. “Também para isso temos de estar preparados. As empresas que fabricam e vendem veículos estão a fazer uma metamorfose da sua atividade de fabricantes ou vendedores de automóveis para fornecedores de mobilidade, alterando os seus modelos de negócio”, rematou o secretário de Estado Adjunto e do Ambiente. ✱

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MÁQUINAdoTEMPO LUÍS COSTA, Fundador da Japopeças

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Fui trilhando o meu caminho

› Luís Costa fundou a Japopeças, em 1986, depois de uma longa experiência num concessionário Toyota. Nunca mais abandonou o mundo das peças orientais, onde o rigor do trabalho é mais do que uma filosofia Por: Jorge Flores

O

s tempos podem mudar, os automóveis evoluir, mas Luís Costa ainda conserva a mesma paixão pelo setor que o levou a fundar a Japopeças, decorria o ano de 1986. Uma empresa que nasceu pela necessidade que existia, na época, de fornecer as oficinas independentes com peças de origem asiática. “Ainda me lembro, perfeitamente, de como começou esta aventura. Gosto muito do que faço. Tenho essa sorte. Trabalhava num concessionário oficial da Toyota, era chefe de secção, e tínhamos necessidades de peças, nomeadamente, ao nível da questão logística”, começa por revelar. “Quando era preciso investir numa secretária ao algo parecido, as administrações depreciavam as necessidades. Estavam focadas somente no automóvel e na sua venda. Tudo o Agosto I 2018

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resto era marginal”, recorda Luís Costa. Por outras palavras, “para as oficinas e departamentos de peças era atribuído um plano secundário dentro das empresas”, acrescenta. O mercado crescia de forma exponencial e o responsável não via a empresa onde trabalhava acompanhar, “minimamente”, as suas “necessidades”. Aos poucos, entendeu que não podia continuar por aquele caminho. n  DESCOBRIR O ORIENTE Era um mercado distinto do atual. Uma “época de ouro” para os produtos asiáticos. E Luís Costa percebeu a oportunidade. “Não havia produto para satisfazer as encomendas. Tanto automóveis novos, como até a própria reposição de stocks de peças. Não havia. Os importadores tinham bastantes dificuldades. Hoje, é

tudo diferente, o mercado está saturado de automóveis, oficinas e retalhistas de peças. Na altura, a oferta era escassa, encarava-se de forma diferente o mercado”. Tomada a decisão, não olhou para trás. Sem hostilidades com a entidade patronal, mas sem recuos. “Vi que não con-

Trabalhamos com o oriente e, por isso, estamos formatados, por defeito, para o rigor. São esses os nossos valores na relação com os clientes

seguia vencer a inércia nesse ponto em relação à administração. Entendiam, mas não atuavam. Eu tinha mínimos que já não conseguia cumprir, porque era uma avalanche de trabalho brutal e sem os recursos indispensáveis para continuar. E houve um dia em que disse: acabou! Não consigo trabalhar neste modelo e vou-me embora. Sabia que ia ser abordado no sentido de ficar. Não quero ser presunçoso, mas, de facto, era eu quem liderava aquela área de peças, o mercado exterior e oficinas. Sabia que ia ser abordado. Só que também já conhecia as prioridades da empresa e sabia que eram apenas palavras”, adianta Luís Costa ao Jornal das Oficinas. Quando se desvinculou do concessionário, começou a fazer o que melhor sabia, vender peças. De início, de forma

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o com muitas dificuldades tranquila. “Conhecia o mercado asiático e o local muito bem, num raio de 30 a 40 km de São João da Madeira. Conhecia todas as oficinas e revendedores”, revela. O poder económico não era muito e teve de recorrer ao apoio de um fornecedor. Alguém que lhe deu um “grande impulso”. Uma espécie de “via verde”. De um lado, estava o conhecimento profundo do setor. E, isso, Luís Costa tinha. Do outro, o poder económico. A parceria ideal. n  “JAPONÊS” ASSUMIDO Nos primeiros passos da sua carreira, começou a ter sucesso com peças da Toyota. “Dava para dar e vender”, diz. “Não conseguia assumir mais do que essa marca. Mas tudo tem o seu tempo. Entretanto, outras marcas foram ganhando quota de mercado”, realça. Contudo, uma vez que o pós-venda continuava a ser “negligenciado”, Luís Costa começou a ser solicitado por outras marcas asiáticas. Por esta ordem: “Mazda, Nissan, Mitsubishi e por aí fora”, sublinha. Era altura de “assumir a especialidade na área dos

lecionadas com base na sua qualidade e a um preço competitivo. Nesta feira, acabei por encontrar uma janela de oportunidades que passava ao lado de muitos, mais focados nos produtos para europeus”. Motivo de orgulho para Luís Costa, são os clientes. Alguns deles, há mais de duas décadas. “Fomos gradualmente crescendo no mercado nacional. Houve uma altura em que fazíamos o norte e não tínhamos clientes a sul. Entretanto, começámos a expandir para o sul e, finalmente, alargámos a nossa oferta para todas as ilhas. Fomos capitalizando mais e mais clientes, sempre de forma progressiva e consistente”, conta.

veículos movidos a gasóleo, impõe-se a questão: jogará esta realidade a favor ou contra o negócio? Luís Costa prefere, uma vez mais, manter o bom senso. Sem exageros. “Vou lendo estudos sobre o mercado automóvel, nomeadamente por alguns dos grandes fabricantes

n  GANHAR ESPAÇO Há cerca de dois anos, a Japopeças inaugurou umas instalações em São João da Madeira. “Foi muito importante. A componente informática tem, para nós, uma importantância acrescida. Mas o investimento nas restantes áreas é, também, da máxima relevância. Só assim é possível proporcionar as condições necessárias o facto de os híbridos, “em Portugal há 20 anos”, consumirem menos peças. “Já não há mercado para todos os players ligados ao setor de peças. Mas, com os híbridos, essa tendência irá, com o tempo, acentuar-se ainda mais. Por exemplo, em pneus e pastilhas de travão, a sua durabilidade é consideravalmente maior do que num automóvel dito normal. Estou muito apreensivo em relação a isso”, admite. Luís Costa abraçou o mundo das peças aos 14 anos e mantém a mesma filosofia de vida. “Fui trilhando o meu caminho com

Errar é humano. Mas o engano, na nossa empresa, tem de ser levado até à escala zero, sempre que possível. Não pode ser de outra maneira produtos japonenses”, destaca. Passados tantos anos de mercado, Luís Costa mantém um lema. “Nunca forço muito para que as coisas aconteçam. Trabalho todos os dias, porque é o que gosto de fazer. É o que me move. Mas não ultrapasso determinados limites para conquistar mais e mais mercado. Não. Para quem dá o seu melhor, os resultados sempre acontecem naturalmente”, sublinha. Prova disso mesmo é que, um dia, a convite de um amigo, importador, foi a à feira de Frankfurt e percebeu que “as peças que equipavam as viaturas na origem estavam lá expostas”, conta. “Fiquei muito admirado, porque era um mercado que até então desconhecia. Não fazia ideia que universo era esse da importação. Como é que existia um contacto direto com um fabricante de rolamentos, embraiagens, entre outros. Foi nessa feira que tudo mudou”. Quando regressou à sua loja, em Portugal, Luís Costa não perdeu tempo a fazer contactos e a tentar entender a viabilidade de importar outras gamas de material. “Foi um sucesso quase imediato”, confessa. “Algumas dessas marcas ainda hoje continuam no nosso portefólio, se-

para que cada um possa profissionalmente dar o seu melhor. ”Nas instalações anteriores, as dificuldades logísticas eram evidentes”, recorda. No novo edifício, a capacidade de armazenagem mais do que triplicou: passou de 950 para 3.500 m2. “Além disso, eliminámos a necessidade de suporte exterior às instalações. Todos os serviços foram centralizados. Não era nada prático. Recorríamos, constantemente, ao armazenamento fora das instalações principais e, agora, já conseguimos implementar as ideias que temos”, reforça. Luís Costa acredita que o mercado começa a entender as vantagens de um produto de qualidade face a outro apenas barato. “Trocar uma peça por vezes da marca original para conseguir pequenas diferenças no preço, pode comprometer uma reparação e resultar em desagradáveis consequências, decididamente não vale a pena”, garante. “Hoje, já existe essa consciência”, acrescenta. n  ADAPTAÇÃO AO FUTURO Com a cavalgante evolução da tecnologia presente nos automóveis e com a “perseguição”, nas cidades europeias, aos

mundiais. Sabendo que a Mazda no Japão considera que muito há ainda para desenvolver nos motores Diesel e a gasolina, com emissões e consumos muito reduzidos, apesar da tecnologia híbrida, dá que pensar”, diz. Será caso para afirmar que a morte do motor de combustão interna é, manifestamente, exagerada? “Sou sensível a questões ambientais e sei que muitos dos problemas

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atuais provêm, também, do setor automóvel. Acredito que a tecnologia híbrida veio para ficar, sendo já visível no parque automóvel atual. No entanto, penso que o processo de transição deverá demorar bem mais do que uma década”, sublinha. Mais preocupante, no seu entender, é

muitas dificuldades. Espero que, quem vier suceder-me, concretamente o meu filho, Luís Almeida, consiga abraçar o projeto e continuá-lo. Futurologia, não faço”, reconhece. “O que será o automóvel amanhã?”, questiona. “Espero que ele continue a fazer o seu melhor, no dia a dia, conforme as coisas forem acontecendo. E consiga adaptar-se, ajustar-se e abrir caminho para vencer”, conclui.  ✱ Agosto I 2018

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ENTREVISTA

FREDERICO ABECASIS Country Manager da Hella, Sucursal em Portugal, S.A.

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A decisão que tomámos vai trazer muitas vantagens ao mercado › A Hella Gutmann em Portugal, passou a estar integrada na estrutura da Hella, S.A. Por esse motivo, a comercialização dos equipamentos e a gestão de renovação das licenças passará a ser levada a cabo pelos distribuidores autorizados Hella Gutmann Solutions Por: João Vieira

É

uma alteração significativa no que diz respeito à abordagem ao mercado, uma vez que, até à data, os equipamentos eram comercializados não apenas pelos distribuidores, mas, também, para equipa Hella Gutmann diretamente, o que tinha vantagens e inconvenientes. Em entrevista ao Jornal das Oficinas, Frederico Abecasis, country manager da Hella, Sucursal em Portugal, S.A. explica as razões desta mudança e os objetivos que pretende atingir com a marca Gutmann no mercado português. O que vai mudar com a transferência do negócio dos equipamentos Gutmann para a Hella, S.A.? Neste momento, creio que a decisão que tomámos vai trazer muitas vantagens ao mercado e melhorará o serviço às oficinas, tanto a nível comercial como no apoio técnico. Como vai funcionar a assistência técnica? O call center continua disponível? A assistência técnica continua a ser prestada pela nossa equipa técnica, assim como o call center, a que chamamos “Hot Line”, continuará disponível para os clientes que tenham essa subscrição. Portanto, nestes campos, não há qualquer alteração digna de nota. A partir de agora, o que devem fazer os clientes da Gutmann para manterem os seus equipamentos atualizados? Os clientes vão ser contactados pelos distribuidores da zona para procederem às atualizações do equipamento e eventual aquisição de novos equipamentos nos casos em que os existentes já não sejam atualizáveis. Agosto I 2018

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Como deve proceder o potencial cliente de equipamentos Gutmann para obter informações e adquirir produtos? Deverá contactar um dos distribuidores Hella Gutmann Solutions autorizado e pedir uma eventual demonstração in sito do equipamento que pretende adquirir. O site portugal.hella-gutmann.com vai continuar ativo? Sim, de momento não vamos fazer nenhuma alteração a esse nível. Qual vai ser o envolvimento da Hella, Sucursal em Portugal, S.A., na comercialização dos equipamentos? Vai ser total. O nosso papel será apoiar a distribuição tanto a nível técnico como a nível de apoio pós-venda em todas as questões relacionadas com os nossos equipamentos. A Gutmann Portugal esteve sempre presente com stands nos salões dedicados ao aftermarket. Vai continuar a apostar nestes eventos? Essa será uma questão a analisar caso a caso. Neste momento, temos prevista a feira de Madrid onde teremos um stand dedicado aos nossos equipamentos. O que tenciona fazer para aumentar a notoriedade da marca junto das oficinas portuguesas? O valor da marca é muito importante para nós. Queremos cuidar o valor do nosso produto e, por isso, estabelecemos uma nova lista de preços líquidos às oficinas, que é muito transparente e que trará maior clareza ao mercado e facilidade no momento da decisão. A notoriedade também passa pela inovação, tanto a nível de hardware como de

software, para além do serviço pós-venda, que é um ponto crítico. Creio que com este pacote de soluções, conseguiremos, seguramente, aumentar a notoriedade do produto e manter os clientes satisfeitos com os nossos equipamentos.

Estão previstas ações de formação sobre os equipamentos Gutmann? Sim, estão previstas e serão um ponto fundamental para o desenvolvimento do nosso negócio de equipamento oficinal em Portugal.  ✱

Soluções Gutmann para o aftermarket A gama de equipamentos Gutmann para o aftermarket está divida em quatro grandes áreas: equipamentos de diagnóstico, equipamentos de calibração (para câmeras e radares), equipamentos oficinais e assistência técnica e formação. Os modelos top sellers a nível de diagnóstico são MEGA MACS PC e MEGA MACS 56. Até final deste ano, está previsto o lançamento do novo topo de gama MEGA MACS 77, que vem substituir o atual MEGA MACS 66. Outro equipamento de grande sucesso é o CSC-Tool para calibração dos sistemas ADAS que equipam os automóveis mais recentes. “É um equipamento novo, que sai para o mercado para satisfazer uma necessidade que nos veículos mais antigos sem este sistema não era necessário. Hoje, é já muito solicitado e no futuro vai ter de ser uma realidade em quase todas as oficinas. A recetividade tem sido muito boa. Aliás, fomos pioneiros nesta tecnologia, pelo que o nosso equipamento acaba por ser uma referência no mercado. Com as novas máquinas de calibração de sistemas ADAS, iremos, necessariamente, crescer muito em vendas nos próximos anos”, refere Frederico Abecasis. O parque de máquinas Gutmann existente no nosso mercado é muito relevante e aponta para uma quota de liderança a nível de diagnóstico. “Para aumentar a notoriedade, é necessário conseguir uma estabilidade nos preços de compra por parte da oficina e continuar a oferecer um serviço pós-venda de excelência”, assegura o responsável. A Hella Portugal é uma das sucursais com melhor implementação em relação ao parque existente, à parte da Alemanha, obviamente. Por isso, Frederico Abecasis está confiante no futuro da marca Gutmann no nosso país. “Seguramente, teremos um futuro promissor tendo em conta as novas soluções que apresentámos recentemente e que continuaremos a apresentar. O segredo para o sucesso deste tipo de produtos é estar sempre na vanguarda da tecnologia. E é isso que tentamos sempre fazer. Só temos de manter o legado e melhorar tudo o que for possível”, conclui.

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PARCERIA

ORGANIZAÇÃO

Pedro Oliveira, Diretor Técnico e Comercial da ATEC

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solutions for your business

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O concurso gera entusiasmo e leva os profissionais a participar › Pedro Oliveira, diretor técnico e comercial da ATEC, não tem dúvidas que o concurso Melhor Mecatrónico 2018, organizado pela academia de formação a que pertence em parceria com o Jornal das Oficinas, se trata de uma iniciativa ímpar que gera entusiasmo e leva os profissionais a participar

Como olha a ATEC para a profissão de mecatrónico automóvel? A profissão de mecatrónico automóvel é uma profissão que, por um lado, tem sido bastante procurada por quem quer iniciar a sua vida profissional. Por outro, como não existe desemprego atualmente, é uma área onde há possibilidade de fazer reconversões profissionais. Existem, neste momento, profissionais de outras áreas e sem especialização que procuram efetuar uma formação em Mecatrónico Automóvel, porque se sentem mais realizados profissionalmente. Sendo a ATEC uma referência em Portugal na formação destes profissionais, criamos as condições necessárias para que a profissão de mecatrónico automóvel seja, cada vez mais, gratificante e reconhecida socialmente. Quais os maiores desafios que se colocam à profissão de mecatrónico automóvel? Claramente a evolução tecnológica a que estes profissionais estarão sujeitos nos próximos tempos. Só com formação constante é que um mecatrónico automóvel estará apto a desempenhar com sucesso a sua função. Para além de todos os aspetos mecânicos e eletrónicos, estes profissionais terão de resolver problemas informáticos. Agosto I 2018

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Que oferta formativa dispõe a ATEC, em termos de mecatrónica, e qual a taxa de empregabilidade, nesta área, dos alunos que frequentam a vossa academia? As tipologias de formação que temos são para jovens com o 9.° Ano e idade até 25 anos, que são os cursos de Aprendizagem, e para jovens com o 12.° Ano concluído para os cursos de Especialização Tecnológica. Temos, igualmente, oferta para adultos desempregados com mais de 23 anos, nomeadamente na modalidade de Educação e Formação de Adultos. Em termos de formação para empresas e ativos, a título individual temos uma oferta vasta de formação contínua em cursos standard e temos sempre a possibilidade de desenvolver cursos à medida das necessidades das oficinas e dos seus profissionais. A nossa taxa de empregabilidade é, neste momento, de 90%. Olhando para o concurso Melhor Mecatrónico, que balanço faz a ATEC de todo o trajeto percorrido pelas edições anteriores até agora? Pelo número de concorrentes, visitantes e patrocinadores, sempre a aumentar de edição para edição, só podemos afirmar que este é um concurso que já se encontra consolidado e reconhecido na área automóvel. Com uma organização conjunta entre

a ATEC e o Jornal da Oficinas, conseguimos criar uma dinâmica à volta do concurso de credibilidade, rigor e seriedade. E, isso, é o que garante o entusiasmo dos profissionais deste ramo em participar. O balanço é positivo, mas temos de trabalhar para conseguirmos inovar e diferenciar-nos de edição para edição. Essa parte também está a ser efetuada. Pretendemos aumentar o número de visitantes com as iniciativas que estamos a preparar e, dessa forma, valorizar cada vez mais a profissão de mecatrónico automóvel. Para alcançar este objetivo, pretendemos evidenciar o grau de complexidade da profissão, bem como o trabalho, a dedicação e a permanente atualização exigida aos profissionais da área.

numa boa preparação. A conquista de um lugar no pódio ajuda e muito a que as oficinas sejam reconhecidas pela qualidade.

Como classifica o desempenho dos finalistas na edição do ano passado? O nível de compromisso dos concorrentes no concurso tem vindo a aumentar de edição para edição. Começa a existir já uma preocupação com a preparação, que é benéfica para o concorrente e, por isso, é que o desempenho dos profissionais tem sido bom. Paralelamente, acreditamos que as oficinas empregadoras destes concorrentes têm uma oportunidade de diferenciação face às restantes se apostarem conjuntamente na preparação dos seus colaboradores. O segredo do sucesso está

Que mudanças existirão no concurso face à edição de 2017? Vamos incorporar nas provas técnicas marcas diferentes de automóveis e vamos ter um espaço de competição mais direcionado para visitantes e patrocinadores. Pretendemos maior proximidade com os visitantes. No dia 17 de novembro, vamos incluir nas atividades do concurso um evento de mobilidade elétrica com investigadores desta área. Estamos a trabalhar com o Jornal da Oficinas para que este seja um evento relevante e diferenciador pelos temas que serão abordados. ✱

Que diferenças têm vindo a verificar-se de edição para edição? Para além de algumas melhorias nas provas técnicas, a grande diferença encontra-se no aumento de visitantes e na participação de candidatos e patrocinadores, que encaram esta prova como um ponto de contacto com atuais e potenciais clientes. É de salientar que os patrocinadores têm uma parte bastante importante na dinamização deste concurso, pelas atividades que podem dinamizar e pela formação de produto que podem fazer.

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ORGANIZAÇÃO

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Patrocinadores 2018

Cultivar qualidade oficinal › A 2.º edição do Challenge Oficinas continua à procura da melhor oficina de 2018. Segundo os patrocinadores da “inovadora” iniciativa, trata-se de uma forma de cultivar a qualidade junto do setor

“Incentivamos tudo o que seja valorizar quem nos compra lubrificantes” Paulo Santos, responsável da Valvoline, um dos patrocinadores do Challenge Oficinas 2018, não tem dúvidas em vincar a intenção de “apoiar” tudo o que sejam iniciativas que “promovam os skills e a formação dos profissionais das oficinas”. Segundo explica, “são as oficinas que nos compram lubrificantes”. Por outras palavras, “é muito importante que os responsáveis das oficinas saibam gerir bem o seu negócio”. E exemplifica: “A receção, por exemplo, é, cada vez mais, importante para uma oficina. Não apenas para melhorar a sua capacidade de trabalho como para gestão do negócio e satisfação dos clientes”, disse. “Tudo o que traga valor para quem nos compra produto, apoiaremos sempre”, reforça.  ✱

Paulo Santos, Valvoline

Grisélia Afonso, SKF

“Importante apoiar projetos que coloquem on job as boas práticas oficinais” Grisélia Afonso, responsável da SKF em Portugal é, desde a primeira hora, uma apoiante da 2.ª edição do Challenge Oficinas. Em declarações ao Jornal da Oficinas, explicou o motivo pelo qual a empresa continua a patrocinar a iniciativa. “É, para a SKF, importante apoiar projetos em que os responsáveis das oficinas têm possibilidade de colocar on job as boas práticas e a implementação de uma gestão adequada às exigências do seu dia a dia de trabalho, como o Challenge Oficinas”, disse.  ✱ www.jornaldasoficinas.com

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NOTÍCIAS Empresas

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Kavo Parts lança nova gama de sensores Os veículos modernos são cada vez mais controlados por computador. A gestão do motor ganha cada vez mais importância. Um conjunto complexo de sensores e interruptores deve garantir um excelente desempenho, segurança do condutor e redução de combustível e de gases. Com a crescente importância da gestão de motor, a Kavo aumentou a sua gama de sensores. A partir de agora, dispõe de seis novas linhas de sensores e duas linhas de interruptores. Com mais de 215 novas referências, a Kavo Parts oferece uma gama completa para todos os veículos asiáticos.

Japanparts Group festeja 30 anos de atividade O Japanparts Group, sediado em Verona, festeja 30 anos de atividade com os seus clientes, uma meta importante para a empresa que, ao longo destes anos, cresceu de forma exponencial em Itália e no estrangeiro. Nascido como empresa familiar em 1988, especializou-se em peças para veículos asiáticos, europeus e americanos com as marcas Japanparts, Ashika e Japko. Atualmente, são cerca de 30 mil as referências codificadas para cada uma das três marcas. A gama dos produtos distribuída pelo Japanparts Group inclui 140 famílias diferentes de artigos, que abrangem todos os tipos de peças, desde motor a travões, passando por embraiagens, peças elétricas e suspensões, excluindo-se apenas peças de carroçaria. O constante crescimento do mercado automóvel produzido no Extremo Oriente levou em pouco tempo a empresa a posicionar-se nos primeiros lugares do setor automóvel de peças. O Japanparts Group é uma empresa jovem, com uma força de trabalho com idade média pouco superior a 30 anos, constituída por um organigrama empresarial dinâmico, com 32 pessoas dedicadas à parte administrativa e comercial e 80 à logística, que é totalmente “terceirizada”. Obteve rendimentos de mais de 85 milhões de euros em 2017 e exporta para mais de 70 países, para um total de cinco continentes. Entre 2015 e 2017, a empresa assistiu a um crescimento de dois dígitos, quer na faturação em Itália quer na exportação, com um número de encomendas que alcançou os 75% de crescimento nos últimos cinco anos. Recentemente, concluiu uma importante otimização da projeção da empresa: investiu na ampliação do armazém da sede para atingir um total de 53.000 m2 de superfície de armazenamento, que permitirá consolidar a própria presença e ampliar a gama europeia, assegurando a velocidade e a garantia das entregas e aumentando a cobertura do stock que, neste momento, já cobre cerca de seis meses de vendas.

ARF aposta em motores recondicionados A ARF tem dado especial atenção aos seus clientes e trabalha para identificar as necessidades destes. O seu sucesso é o reflexo do trabalho criterioso que desenvolve no que diz respeito à comercialização de peças automóvel. A sua aposta em motores recondicionados tem sido uma forma de cada vez mais estar a um passo de dar a uma viatura uma “nova vida” com garantias certificadas e a preços bastante competitivos. Todos os motores recondicionados comercializados pela ARF são criteriosamente revistos e as peças de desgaste substituídas por peças novas, de forma a cumprir as especificações de fábrica. Lucas_oil.pdf

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FM Equipamentos e Escala Versão juntos com Gutmann As empresas FM Equipamentos e Escala Versão celebraram um acordo de parceria para comercializar, em conjunto, os equipamentos de diagnóstico Gutmann. Estas duas empresas continuarão a dar toda a assistência aos seus clientes em todos os equipamentos de diagnóstico da marca Gutmann, como têm feito ao longo dos últimos 19 anos. Para mais informações sobre a gama de equipamentos de diagnóstico disponível, serviços pós-venda e informação técnica, contactar Fernando Marques (917 213 877) ou Paulo Cardinal (961 521 883).

SPANJAARD e a KROON OIL apoiaram CAAP A SPANJAARD e a KROON OIL estiveram presentes, através da Adir-Viseu, no apoio e receção dos associados da CAAP - Clube Português de Automóveis Antigos. A direção organizou um passeio de Rolls-Royce e Bentley de várias épocas (1929 -1980) entre Porto e Braga, para inauguração da primeira oficina Bentley. A concentração, como de costume, foi no parque e átrio da Fundação Cupertino de Miranda, na Av.ª da Boavista. Conseguiu-se juntar 22 jóias automobilísticas com o charme de outros tempos, de um total cerca de 70 registadas a nível nacional como membros do tradicional Clube Português de Automóveis Antigos. O prestigiado clube é a mais antiga associação registada em Portugal que se dedica, exclusivamente, aos automóveis antigos e de coleção, sendo membro da F.I.V.A. (Fédération Internationale de Véhicules Anciens) desde 1969. A KROON OIL detém uma gama completa de óleos especificamente elaborados para a correta manutenção de todos automóveis antigos, desde do pré - I Guerra Mundial. Incluindo óleos de preservação muito usados em viaturas de exposição, óleos de Run-in usados após uma reparação interna do motor e óleos de lavagem interna de resíduos solúveis e não solúveis antes de aplicação do óleo novo de motor ou caixa. A SPANJAARD, por sua vez, detém um conjunto de produtos que solucionam, tratam, restauram e corrigem com precisão todos os problemas das viaturas. Os associados do CAAP podem ter acesso a toda informação e seleção de todos óleos e líquidos para viaturas clássicas de forma automática, com a introdução simples do modelo e ano (recomendação online).

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Dayco lança campanha de fatos-de-macaco Premiando os seus clientes, a Dayco acaba de lançar no mercado português uma campanha de oferta de fatos-de-macaco para todas as oficinas portuguesas, quer de ligeiros, quer de pesados. A Dayco é uma multinacional americana, líder global em pesquisa, desenvolvimento, produção e distribuição de produtos essenciais para motores, sistemas de transmissão e distribuição para automóveis, camiões, máquinas de construção, máquinas agrícolas e indústria. Para mais detalhes da campanha, deverá ser consultado o distribuidor Dayco ou deverá entrar-se em contacto diretamente com Ricardo Caldas, responsável da marca em Portugal, através do telemóvel 918 494 578 ou do email ricardo.caldas@dayco.com.

Breda Lorett apresentará novidades na Automechanika 2018 A gama dos tensores de correia automáticos da Breda Lorett será a protagonista no stand da marca na próxima feira Automechanika. Estes tensores de correia, o ponto fulcral da atividade de investigação e desenvolvimento e produção da empresa, estão disponíveis em separado ou no interior dos kits de distribuição, com e sem bomba de água. Para garantir a qualidade do produto, a marca investiu na ampliação do laboratório de testes, o qual foi enriquecido com bancos de ensaio específicos para os testes comparativos nos rolamentos e tensor de correia completos, para além de instrumentos de medição para deteção mesmo em caso de anomalia mínima. As linhas de produção dedicadas aos tensores de correia automáticos verificam 100% dos principais aspetos críticos do produto diretamente na fase de montagem. Muitas outras informações sobre os tensores de correia Breda Lorett, bem como os folhetos de instrução para montagem e tutoriais sobre a instalação dos produtos, estão disponíveis no site www.bredalorett.com. A Automechanika 2018 contará com presença de um novo elemento na secção comercial. José Arnão, que integrou a equipa em abril, é responsável pela marca Breda Lorett nos países estrangeiros. José Arnão e os outros membros do quadro de funcionários terão prazer o receber os visitantes no stand C 38, Hall 5.0. O espaço será partilhado com a Bugatti Autoricambi, que, tal como a Breda Lorett, faz parte do Grupo Metelli.

LIFT TEK efetua rebranding do logótipo e imagem A LIFT TEK acaba de efetuar um rebranding do seu logótipo e da sua imagem, que resulta da introdução de um novo símbolo inspirado pelo dinamismo das linhas estáticas contemporâneas e pelas formas suaves combinadas com uma estrutura sólida, sugerindo rigor, tecnologia e alta qualidade. Assim como os valores do Grupo ALGO, ao qual pertence. O novo logótipo utiliza um tamanho e um estilo de fonte tipográfica de características suaves, que contrastam com linhas fortes. Sendo uma das marcas líder no mercado europeu na produção e distribuição de elevadores elétricos para veículos ligeiros e comerciais, a LIFT TEK decidiu criar um novo visual que representa o embarcar num trajeto que, começando com o rebranding da marca, vai abranger todos os diferentes aspetos da comunicação, desde os catálogos ao website, passando pela embalagem e todas as atividades de presença em social media.

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Oficinas elegem GT Estimate na valorização de danos Os profissionais das oficinas em Espanha elegeram a GT Motive, empresa especializada em tecnologia, soluções de valorização e gestão de acidentes, como a insígnia mais valiosa do mercado na categoria de software de valorização de danos nos prémios de Qualidade e Serviço Pós-venda Automóvel. Esta iniciativa identificou as marcas mais valiosas para os profissionais espanhóis das oficinas. Para eles, a empresa especialista em estudos de mercado no setor automotive, The Hub Automotive Insights, realizou uma investigação que contou com uma mostra estratégica de mais de 400 entrevistas com proprietários, gerentes ou responsáveis de compras das oficinas representativas do universo total de empresas de reparação.

Parts Aftermarket Congress 2018 confirma temas e oradores A 14.ª edição do Parts Aftermarket Congress, que decorrerá, em Roma, nos dias 6 e 7 de novembro, já tem confirmados os temas dos diversos painéis e respetivos oradores, que irão abordar a situação global do pós-venda na Europa. O congresso irá fazer uma análise da evolução dinâmica do setor, com testemunhos dos principais protagonistas sobre as tendências de desenvolvimento e as experiências de grandes grupos de distribuição europeus. No dia 6 de novembro, terça-feira, pelas 11h00, Vincenzo Boccia, presidente de Confindustria, inaugurará o evento, que se celebrará, pela primeira vez, em Roma, mais precisamente no A. Roma Lifestyle Hotel. Seguir-se-ão uma série de intervenções, que vão ter como tema central “Desafios para a cadeia do IAM”. Roberto Vavassori, presidente da CLEPA, participará como orador, assim como Sylvia Gotzen, CEO da FIGIEFA, Grégoire Chové, diretor-geral da Arval Italia, John Quinn, CEO e diretor-geral da LKQ Europe, e Fotios Katsardis, CEO e presidente da Temot International Autoparts. No dia 7 de novembro, os discursos serão dedicados às novas fronteiras da mobilidade cada vez mais inteligente, graças à inovação tecnológica e à propulsão alternativa. Os especialistas convidados são Michele Bertoncello, parceira da McKinsey, Michele Crisci, presidente da Volvo Italia, Romano Valente, presidente da Unrae, Marc Aguettaz, diretor-geral da GiPA Italia, e Gianmarco Giorda, diretor-geral da ANFIA. O congresso é organizado pela revista italiana Parts, que faz parte, juntamente com o Jornal das Oficinas, da Aftermarket Media Network, parceira oficial do evento. O programa completo de intervenções pode ser consultado em https://aftermarketcongress.partsweb.it/programma/.

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Escape Forte disponibiliza manual “Passo a Passo” A Escape Forte, como forma de apoiar as oficinas, disponibiliza um protocolo geral para abordagem ao processo de manutenção dos filtros de partículas. Na perspetiva de garantia de sucesso na intervenção, a forma de diagnóstico antes e pós-montagem do filtro de partículas tem influência no desfecho da operação. Nesse sentido, a Escape Forte disponibiliza um manual “Passo a Passo” para que o serviço tenha resultados positivos. Os interessados podem solicitar o manual através do email info@escapeforte.com ou pelo telefone 93 22 22 200.

Auto Barros distribui produtos SIOM Ao longo dos anos, a empresa Auto Barros Acessórios, Lda. tem vindo a aumentar a sua oferta de artigos. Recentemente, juntou à sua vasta gama a SIOM, produtos de reparação para alternadores e motores de arranque, induzidos, indutoras e rotores, entre outros. A SIOM, marca italiana criada em 1975, tem, ao longo dos anos, vindo a especializar-se no fabrico de componentes para reparação de material elétrico, nomeadamente alternadores e motores de arranque. A empresa está implantada numa área de 3.500 m2, emprega mais de 30 colaboradores e dispõe de uma eficiente rede de vendas, com distribuidores em Itália e no exterior. Os produtos fabricados e distribuídos pelo SIOM são o resultado de três aspetos fundamentais que sempre caracterizaram a atividade da empresa e o seu desenvolvimento: experiência, qualidade e tecnologia, o que resulta numa boa relação qualidade/preço.

KYB reduz emissões de carbono para a Automechanika

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A equipa de pós-venda da KYB Europe estará presente com um stand no Salão Automechanika Frankfurt, onde irá receber parceiros vindos dos quatro cantos do mundo. De forma a limitar o impacto ambiental originado pelas viagens desses parceiros, a KYB calculou o CO2 total gerado pelas deslocações das pessoas, incluindo voos, viagens de carro, montagem dos stands e preparação de alimentos e bebidas. Para compensar essas emissões, a KYB fez uma doação para uma instituição de caridade ambiental que combate a mudança climática. Isso faz parte do compromisso global da KYB com a responsabilidade social corporativa. Durante a Automechanika, a KYB apresentará a sua nova gama de ferramentas de suporte, destinadas a auxiliar os técnicos na montagem de produtos KYB. Que inclui o novo KYB Suspension Solutions App, com algumas novidades interessantes que serão apresentadas exclusivamente durante a feira.

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Veneporte cresce a dois dígitos

bilstein group reforça competência em embraiagens Após considerações estratégicas e uma análise ao potencial desenvolvimento internacional, a equipa de gestão do bilstein group decidiu consolidar a competência de embraiagens dentro do grupo sob as marcas de produto febi (veículos pesados) e Blue Print (veículos ligeiros). A ampla gama de embraiagens da marca KM, composta por mais de 1.500 produtos, será transferida para os dois conhecidos especialistas do aftermarket e adicionada ao portefólio existente. A Kary + Mangler GmbH + Co. KG, especialista alemã de embraiagens localizada em Durmersheim, foi adquirida pela Ferdinand Bilstein GmbH + Co. KG no ano passado e foi integrada, com sucesso, no bilstein group, que opera globalmente. A unidade de Durmersheim vai tornar-se mais importante dentro do grupo no futuro e será expandida para um centro de competências de várias marcas para embraiagens.

A Veneporte registou, no primeiro semestre de 2018, um crescimento superior a 10% nas suas vendas face ao mesmo período de 2017. O destaque vai para os componentes da parte quente do sistema de escape – filtros de partículas e catalisadores, cujas vendas cresceram na generalidade dos países onde a Veneporte está presente. Segundo a empresa, este incremento, já previsto em 2017, deve-se, principalmente, a dois fatores, um externo e outro interno. O fator externo diz respeito à natural tendência do mercado para uma maior procura de catalisadores e filtros de partículas de qualidade, alicerçada nas cada vez mais restritas normas de emissão de gases, bem como na também consciencialização crescente dos condutores e proprietários de veículos para as questões ambientais. Internamente, a empresa aponta o constante reforço da gama, de forma a aumentar a cobertura do parque automóvel de cada mercado onde atua. No seguimento da estratégica delineada, referira-se, também, que a Veneporte conta com um novo importante distribuidor para Itália: FTS. Assim se chama o novo parceiro. Trata-se de uma empresa com mais de 50 anos de existência. Originalmente posicionada como especialista em turbos e transmissões, a empresa tem vindo a alargar o seu portefólio com outras famílias de produtos dotadas de tecnologia, tal como é caso dos catalisadores e filtros de partículas da Veneporte. A empresa italiana escolheu o fabricante nacional como seu fornecedor exclusivo devido ao bom feedback do mercado, à cobertura de gama, à qualidade geral e por se tratarem de produtos com a melhor performance ambiental do mercado. Este ano, a Veneporte estará presente na Automechanika Frankfurt 2018 com a Faurecia. Facto que, por si só, não é notícia, pois este é um certame onde a empresa participa há mais de 20 anos. A novidade é, sim, a participação, de forma conjunta, com a Faurecia, tal como já tinha acontecido na edição de 2017 do Salão Equip Auto, em Paris.

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Autopeças Cab lançou campanha de óleos Gameroil A Autopeças Cab lançou uma campanha de óleos Gameroil para bidões de 50 e 208 litros. A promoção, com preços muito competitivos, é limitada ao stock existente em armazém. A Gameroil renovou, recentemente, a sua imagem e apresentou novas gamas de produtos da última geração, que cumprem as exigências dos fabricante. Para este ano, a marca prevê um aumento das vendas, graças aos preços mais competitivos dos seus lubrificantes de última geração.

Auto Diesel reconhecida como oficina 4.0

LIQUI MOLY é melhor marca de óleo para pesados na Alemanha Os leitores da revista alemã de pesados “Werkstatt aktuell” colocaram a LIQUI MOLY no primeiro lugar do pódio. A publicação pediu aos leitores que elegessem as melhores marcas na área de serviços. No que toca a lubrificantes, a LIQUI MOLY atingiu o primeiro lugar, a uma grande distância dos lugares seguintes. O especialista alemão em óleos e aditivos confirma, assim, a sua qualidade em termos de produtos e serviços. Apesar de ser mais reconhecida nos automóveis, a LIQUI MOLY disponibiliza, também, uma gama completa de produtos especialmente concebidos para veículos comerciais e pesados. E esta qualidade é bem-recebida no mercado. Para a LIQUI MOLY, os resultados são especialmente importantes porque os leitores da “Werkstatt aktuell” são profissionais. Usam os produtos todos os dias e sabem perfeitamente quais os produtos que lhes facilitam o dia a dia e nos quais podem apostar sem hesitação.

A Auto Diesel é a primeira oficina em Portugal reconhecida como oficina 4.0 pela Jaltest Telematics. Uma Oficina 4.0 combina gestão de veículos com diagnóstico remoto e telemática do veículo, com a eficiência que traz a gestão de todas as operações na nuvem (cloud). Com este modelo, as oficinas prestam um serviço com uma rapidez e precisão que até há pouco tempo eram, simplesmente, inimagináveis. Com a utilização das atuais tecnologias, a Auto Diesel consegue conectar diretamente com os veículos para obter informações sobre o seu estado, reduzindo o tempo de resposta e a execução de reparações com muito mais precisão. Esse é o cerne do conceito da Oficina 4.0: o uso inteligente da informação para aumentar a eficiência. Para a oficina moderna, ter acesso a esses dados e usá-los será vital se quiser manter a competitividade. As Oficinas 4.0, reconhecidas pela Jaltest Telematics, podem ter o acesso imediato por via remota (caso o transportador assim deseje) às unidades ECU e sistemas FMS de qualquer veículo, seja ao camião e/ou ao reboque. Por meio do sistema, também o gestor de frota pode gerir indicadores de KPI em várias variáveis, enviar avisos de controlo de custos e até mesmo realizar processos de diagnóstico em tempo real. Além disso, os dados inseridos pelos técnicos nos seus relatórios podem ser usados em consultas subsequentes. “Sentimos um enorme orgulho, em termos sido a primeira Oficina 4.0 em Portugal nomeada pela Jaltest Telematics. Sem o conhecimento adquirido pelos nossos colaboradores, sem a tecnologia necessária, sem as parcerias fundamentais, não teria sido possível. Obrigado a todos”, disse Paulo Tomás, gerente da Auto Diesel.

bilstein group ofereceu frigorífico para carro de bombeiros Uma vez que se inicia uma época propícia a incêndios, todos os meios e apoios aos Bombeiros Voluntários são necessários. Neste sentido, o bilstein group ofereceu um frigorífico para incorporação num dos veículos de combate a incêndio aos Bombeiros Voluntários da Malveira. No âmbito da responsabilidade social, os Bombeiros Voluntários da Malveira são uma das instituições que o bilstein group apoia, tendo sido com muita alegria que a empresa liderada por Joaquim Candeias abraçou esta iniciativa. Segundo o Comandante Miguel Oliveira, dos BVM, este frigorífico vai ser extremamente importante para toda a equipa do quartel, na medida em que vai contribuir e muito para que sempre que haja uma descompensação de líquidos nos operacionais, rapidamente se consiga controlar essa necessidade com águas frescas. Agosto I 2018

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Fuchs comprou Comercial Pacific no Chile O Grupo Fuchs, que opera a nível mundial na indústria de lubrificantes, comprou, em julho de 2018, o negócio de lubrificantes da Comercial Pacific, Ltd., no Chile, para o integrar numa empresa recém-fundada. A aquisição foca, em primeiro lugar, os clientes e os colaboradores. O Grupo Fuchs vai deter 65% desta empresa e a Comercial Pacific, Ltd. os restantes 35%. Como parceiro comercial de longa data da Fuchs, a Comercial Pacific, Ltd. estabeleceu-se no Chile nas indústrias mineira e alimentar, assim como na de pasta de papel.

ZF Aftermarket com programa de pontos para oficinas independentes As oficinas irão beneficiar de ainda mais vantagens ao trabalharem em parceria com a ZF Aftermarket, já que a empresa acaba de lançar o seu novo programa de pontos, ZF [pro]Points, que vem substituir o programa automotive Diamonds. A partir de agora, as oficinas receberão pontos por cada compra de produtos do portefólio de peças de substituição para o mercado de pós-venda, com a qualidade do equipamento original da ZF Aftermarket: Lemförder, Sachs e TRW. Estes pontos são acumulados nas contas das oficinas, num portal online dedicado ZF [pro]Points, podendo ser trocados por vantajosos prémios, como, por exemplo, eletrónica de consumo ou artigos de fitness. Adaptado aos requisitos específicos de cada país, o programa ZF [pro]Points é extremamente fácil de utilizar. Para participar, a oficina tem de registar-se em www.zf-propoints.com. A seguir, é criada uma conta específica de utilizador que permite às oficinas colecionarem os rótulos das embalagens dos produtos Lemförder, Sachs e TRW. Depois, enviá-los-ão diretamente para o programa ZF [pro]Points para serem processados e transformados em pontos. O programa ZF [pro]Points disponibiliza envelopes com portes pagos para as oficinas devolverem os rótulos da embalagens dos produtos.

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Oficinas espanholas elegem Dolz em bombas de água A marca Dolz foi galardoada na primeira edição dos prémios “Qualidade e Serviço do Pós-venda Automóvel”, que tem como principal objetivo distinguir as marcas de peças de substituição mais valiosas pelas oficinas espanholas de reparação de veículos. Rocio Dolz, diretor comercial das Indústrias Dolz, ficou encarregue de receber o prémio em nome da empresa, numa cerimónia na qual esteve presente Javier Vicent, responsável de marketing. A gala de entrega de prémios ficou preenchida por uma intensa jornada de trabalho, na qual os profissionais do setor refletiram sobre qual é o valor da marca no mercado das peças de substituição automóvel.

Japopeças distinguida pela Aisin com galardão ouro

Batalha vai ter oficina dedicada a elétricos e híbridos A rede de oficinas EVolution vai expandir-se, assegurando mais e melhor assistência a veículos elétricos e híbridos. Está programado para setembro a abertura do primeiro espaço franchisado EVolution, na Batalha, que estará totalmente equipado para prestar a assistência necessária a veículos 100 % elétricos e à parte elétrica dos híbridos, assim como ajudar na formação de novos profissionais. Este primeiro passo na expansão da rede EVolution nasce do acordo com a empresa NTA - Novas Tecnologias Auto, do empresário Edgar Sousa. O investimento da NTA acontece naturalmente pelo acréscimo substancial destes veículos em circulação, sendo, igualmente, uma aposta estratégica devido aos veículos elétricos e às energias renováveis serem o caminho natural para um futuro mais sustentável. A EVolution, criada em 2016, é um centro especializado de alta tecnologia para intervenção em veículos elétricos, cumprindo as mais exigentes regras de segurança.

A Japopeças alcançou o estatuto de “Gold Member” da Aisin Family Association, tornando-se, oficialmente, num dos oito maiores distribuidores da Aisin Europe, prestigiado fabricante OEM japonês. É a primeira vez na história do aftermarket que o estatuto Gold atribuído pela Aisin é alcançado por um distribuidor português. A distinção foi entregue pelos diretores séniores da Aisin Europe, Yusuke Nagura e Pierre Gregoire, a Luís Almeida, diretor-geral da Japopeças, que se manifestou honrado pelo reconhecimento do trabalho realizado pela empresa na promoção e desenvolvimento da Aisin no mercado português. Ao Jornal das Oficinas, Luís Almeida referiu que “é muito gratificante ver o trabalho desenvolvido ser distinguido desta forma”, tendo acrescentando que considera ser “um feito assinalável a Japopeças figurar entre os oito maiores distribuidores da Aisin Europe, uma vez que a dimensão do mercado português é, significativamente, inferior à dos restantes membros que compõe este grupo exclusivo”. O responsável considera que tal feito só é alcançável pela constante aposta da Japopeças na qualidade do seu serviço, que partilha a identidade e cultura japonesas de rigor, profissionalismo e seriedade. De igual forma, o resultado obtido expressa a aposta da Japopeças na oferta da referida marca, dispondo de uma cobertura total do portefólio da Aisin com uma resposta imediata para o mercado português a preços competitivos.

Bahco promove campanha de pistola impacto 18V ½

A Bahco está a promover, até final de agosto de 2018, uma campanha de lançamento da pistola de impacto 18V ½ de alto rendimento. Trata-se da máquina ideal para aplicações de aperto e desaperto que exijam binário elevado em qualquer tipo veículo, incluindo máquinas agrícolas e veículos industriais. O motor da pistola não tem escovilhas, o que permite maior eficiência, menor manutenção e uma vida útil mais longa. Além da ausência de escovilhas, destacam-se o anel de retenção da chave, o gatilho progressivo, a luz de LED para iluminar a área de trabalho, o controlo de aperto e desaperto com uma só mão e o LED indicador do nível da bateria quando se ativa o gatilho. O kit é fornecido com máquina, duas baterias e carregador de bateria, dentro de uma caixa rígida.

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RETIFICAÇÃO Por lapso, no Jornal das Oficinas n.° 152, referente ao mês de julho de 2018, foi publicada uma foto errada na pág. 65 do artigo referente à Open Parts. A foto mostra uma imagem de outra marca comercializada pela Open Parts apenas em Itália. Em Portugal, a Open Parts apenas comercializa produtos com a sua imagem. À empresa e aos leitores, apresentamos as nossas desculplas pelo sucedido. Agosto I 2018

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EUROPART eleita melhor distribuidor de peças para camiões/autocarros Pela quinta vez consecutiva, a EUROPART foi escolhida como a “Melhor Marca” na categoria “Distribuidor de Peças para Camiões/Autocarros”. Os leitores das revistas especializadas “Lastauto Omnibus”, “Trans Aktuell” e “Fernfahrer” escolheram a EUROPART, atribuindo-lhe o primeiro lugar, valorizando, desta forma, o serviço competente e orientado para o cliente, a logística rápida e precisa, assim como a gama abrangente de produtos. A distinção honra, além disso, o desenvolvimento contínuo e de longa data da empresa tradicional de Hagen, que, este ano, comemora o seu 70.º jubileu. A EUROPART concentrou-se, nos últimos anos, nos setores de camiões, reboques e autocarros, tendo-se estabelecido como líder do mercado europeu. Segue a estratégia de aumento contínuo da sua quota de mercado na Europa, tanto através de um crescimento orgânico e aquisições seletivas, como através de cooperações com parceiros nacionais e internacionais.

Sonax é parceiro e fornecedor oficial Brabus A AD Portugal, distribuidor dos produtos Sonax para o mercado português, congratula-se com a assinatura contratual da parceria entre a Sonax e a Brabus, na qual a Sonax é nomeada parceira e fornecedora oficial da Brabus. Além disso, a Brabus recomenda a Sonax como marca de produtos de car care para os concessionários e oficinas em todo o mundo. Esta parceria vem, uma vez mais, mostrar quer o reconhecimento da qualidade dos produtos de car care da Sonax quer a aposta da AD Portugal em marcas de reconhecimento mundial.

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LD Auto tem serviço de limpeza e reparação de DPF A LD Auto expandiu as suas áreas de negócio para a limpeza e reparação de filtros de partículas Diesel (DPF) e catalisadores, investindo em equipamentos especializados e de elevada tecnologia. O serviço prestado é realizado a seco e sem qualquer adição de químicos, assegura a remoção de AdBlue e a remoção de 95% da cinza/partículas. O componente faz-se acompanhar de um relatório técnico de limpeza, com valores de obstrução antes e depois do serviço efetuado, bem como procedimentos de montagem do mesmo. Atualmente, a LD Auto está preparada para efetuar estes serviços em componentes de veículos ligeiros, pesados (Euro IV, V e VI) e industriais.

febi apresentou nova imagem para setor dos veículos pesados Depois do segmento de veículos ligeiros da famosa marca mundial de peças automóvel febi ter passado por uma restruturação no início deste ano, o setor de veículos pesados também tem um novo visual. As soluções de reparação para veículos pesados, reboques e semirreboques estão a ser apresentados agora num design novo e melhorado. O relançamento é, também, a oportunidade para uma nova definição de identidade da marca para a febi truck, de forma a refletir os elevados padrões de qualidade que a febi define como fornecedor premium no mercado de reposição automóvel. O novo design será o mesmo do setor de veículos ligeiros. O slogan existente, “Solutions Made in Germany”, também será utilizado para apresentar a febi truck ao mercado. Isto aumentará o valor de reconhecimento da marca febi como um todo, que é conhecida por fornecer qualidade OE equivalente testada no aftermarket tanto ao nível de veículos ligeiros como pesados. O logótipo da febi, totalmente reconhecido e estabelecido, tem sido usado tal como está desde 1994. Desta forma, não será afetado pela mudança.

DT Spare Parts tem nova referência em caixas de velocidade O dispositivo de comutação 4.65501 gera os sinais hidráulicos necessários para a troca de relações de caixa, dependendo da velocidade pré-selecionada pelo condutor. Uma carcaça de alumínio de alta pressão e sem cavidades contém quatro pistões de controlo produzidos com alta precisão, que são vedados contra as fugas do fluido hidráulico por elementos de vedação de alta qualidade. Dois sensores de pressão monitorizam a pressão de operação obrigatória. O depósito de óleo contém o fornecimento de óleo necessário para uma operação confiável. A Diesel Technic recomenda que é importante passar a caixa de velocidades para “ponto morto” antes de se desmontar o dispositivo de comutação. Em seguida, deve desligar-se os tubos de fornecimento e, depois, desativadas as ligações da ficha de alimentação elétrica. Na última etapa da desmontagem, as linhas hidráulicas são removidas. A instalação é realizada na ordem inversa. Desta maneira, os binários de montagem deverão ser observados. Agosto I 2018

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FAE ampliou gama de sondas Lambda e sensores de ABS A FAE ampliou a sua gama com 35 novas referências que cobrem as principais aplicações do parque automóvel europeu, asiático e americano, entre os quais encontram-se modelos como Nissan Qashqai, Suzuki Swift, Toyota iQ e ainda os motociclos Aprilia, Scarabeo ou Piaggio MP3. As referências incorporadas são 20 novas sondas Lambda, 10 novos sensores de ABS, dois novos captores, um novo MAP, um novo interruptor luz de stop mecânico e um novo sensor de pressão dos gases de escape.
Todas estas referências estão disponíveis em TecDoc, onde a FAE está certificada como fornecedor de dados Classe A.

Denso estreita laços com os clientes A Denso enviou aos seus clientes uma comunicação sob o título “Continuamos a melhorar para si”. Consciente de uma importância cada vez maior que tem o serviço de atendimento ao cliente, a marca vai passar a fornecer os pedidos urgentes com serviço de entrega premium, que garante a chegada da encomenda antes das 13h30 sem qualquer custo adicional. A marca quer ainda recordar o horário de abertura alargado até às 19h, onde os clientes podem fazer os seus pedidos. No caso de serem urgentes, serão enviados no mesmo dia. A Denso espera que esta iniciativa traga valor acrescentado aos seus clientes.

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Líquidos de refrigeração Olipes recebem prémio de qualidade No quadro da cerimónia de entrega dos “Prémios Qualidade e Serviço”, convocados pela iniciativa “Posventa Plural”, a Olipes foi galardoada com o “Prémio MQS para a Qualidade e Serviço” na categoria de líquidos de refrigeração. Os premiados foram escolhidos por votação de entre mais de 47 mil oficinas de automóveis de toda a Espanha, que tiveram a oportunidade de expressar as suas preferências e escolheram as 38 marcas mais destacadas de entre as diferentes categorias. David Oliver, conselheiro delegado da Olipes, recebeu o “Prémio MQS para a Qualidade e Serviço”, que valoriza uma experiência positiva de utilizador, acima das expectativas que uma marca/produto oferece aos profissionais das oficinas. Este prémio é o resultado de uma aposta decidida em dotar os produtos Olipes de valores diferenciadores, para além de uma qualidade reconhecida, como as informações técnicas, a formação aberta aos profissionais e o apoio ao ponto de vendas.

Gama asiática SKF oferece kits de praia De forma a privilegiar aqueles que elegem a SKF como a marca da sua preferência, este fabricante está a oferecer atrativos “Kits de Praia” na compra de referências para aplicações asiáticas. A SKF orgulha-se de oferecer uma vasta gama de kits e competência técnica ímpar neste segmento, em linha com as especificações de OE, tirando partido das suas fábricas e Centros de Desenvolvimento de Produto e Pesquisa localizados em Singapura e Xangai. A SKF é fabricante de Equipamento Original e fornecedora da Daewoo, Honda, Hyundai, Kia, Mazda e Mitsubishi, entre outros. Tem, também, a maior gama disponível para aplicações asiáticas em Kits de Distribuição, Kits de Distribuição com Bombas de Água, Bombas de Água, Ponteiras de Transmissão e Correias Auxiliares, medida exata OE.

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Car Academy assinou acordo com a Samiparts A Car Academy e a Samiparts assinaram um acordo de parceria para a realização de formação técnica na região de Leiria. A primeira ação destinada aos clientes da Samiparts decorrerá no próximo mês de setembro e está subordinada ao tema “Eletricidade Automóvel”. Estão previstos seis dias de formação até ao final de 2018.

Delphi superou a concorrência em testes As pastilhas de travão sem cobre da Delphi Technologies foram submetidas, recentemente, a um teste/comparativo quando instaladas num Volkswagen Passat 2.0 TSI comparativamente a outras seis marcas destacadas do setor do aftermarket. O modelo da Delphi foi o mais rápido a parar o veículo, fez menos ruído e evidenciou um desgaste significativamente menor, o que prova que o desenvolvimento das suas pastilhas de travão é feito com extremo cuidado e tecnologia. A uma velocidade de 160 km/h, de acordo com a norma ECE90, o veículo equipado com pastilhas Delphi parou quatro metros antes daquele que montava pastilhas da marca, que ficou em segundo lugar, e 17 metros antes da pior classificada. É importante destacar que, a esta velocidade, nos últimos quatro metros de travagem, o veículo pode seguir a 16 km/h e, nos últimos 17 metros, a 56 km/h. A 80 km/h, a Delphi ficou em segundo lugar por escassa diferença. Ainda assim, o veículo conseguiu imobilizar-se antes daquele que estava equipado com peças originais.

Eurol recebeu certificado ISO 14001:2015 A Eurol obteve o certificado de gestão ambiental ISO 14001:2015. Com esta certificação, a marca demonstra que vai ao encontro de todos os requisitos e que trabalha, continuadamente, para melhorar a sua performance ambiental. A ISO 14001:2015 é o padrão para a gestão ambiental que otimiza todos os processos relacionados com o ambiente, controlando os riscos e tomando vantagem em relação às oportunidades. A Eurol renovou, também, o certificado ISO 9001:2015.

Eni i-Sint tech F 0W-30 disponível em embalagens de 5 litros O Eni i-Sint tech F 0W-30 é um lubrificante “top synthetic” de elevadíssimo desempenho, estudado para ser utilizado nos motores de última geração que trabalham com tolerâncias muito justas e exigem óleos de baixa viscosidade. O Eni i-Sint tech F 0W-30 é recomendado para motores de veículos Ford que exigem um óleo que cumpra a especificação WSS-M2C950-A (como o Mondeo 2.0 Duratorq TDCi) e também pode ser usado em viaturas Jaguar e Land Rover, graças ao cumprimento dos requisitos da especificação STJLR 03.5007 (motores Diesel de última geração - Ingenium). Além disso, o produto tem utilização nos motores a gasolina e Diesel dos veículos Fiat e Alfa Romeo, nos quais é recomendado um lubrificante de acordo com as especificações Fiat 9.55535-GS1 e Fiat 9.55535-DS1. O especial grau de viscosidade SAE e o baixo valor da viscosidade HTHS, permitem obter benefícios consideráveis em termos de economia de combustível, com a consequente redução das emissões de CO2. Agosto I 2018

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Grupo Beirauto fez formações de ar condicionado e start & stop No passado mês de junho, o Grupo Beirauto realizou ações de formação de ar condicionado e sistemas start & stop. Destinada a clientes das empresas Mondegopeças e Beirauto, a ação em ar condicionado foi imperativa para os que necessitam de formação para operar com sistemas em veículos ligeiros ou para aqueles que tinham necessidade de renovar o seu certificado. Foi realizada ainda a segunda edição da formação em sistemas start & stop, que teve a mesma adesão e sucesso da anterior. Incidiu sobre os vários tipos de sistemas existentes, bem como na verificação dos seus componentes. Esta formação poderá ser complementada com a formação de elétricos e híbridos (também na segunda edição), prevista para os dias 26 e 27 de outubro. O conceito “Grupo Beirauto Academia” segue, assim, o seu caminho de consolidação na aposta de formações atuais que vão ao encontro das necessidades dos clientes.

Denso felicitou Toyota pela vitória em Le Mans A Toyota Gazoo Racing (TGR) e o seu patrocinador técnico, Denso, voltaram às 24 Horas de Le Mans em 2018 com a ambição de conseguirem a sua primeira vitória na prova. Na 86.ª edição da prova, este objetivo converteu-se em realidade, pois a equipa da TGR assegurou a vitória num dos mais famosos circuitos do mundo. Os dois TS050 Hybrid foram fortemente perseguidos ao longo de 5.286 km e a vitória nunca esteve assegurada até ao final, quando um tardio incidente com o combustível afastou o carro 7 da liderança e Kazuki, com o carro 8, conseguiu a bandeira azadrezada. O carro Rebellion n.º 3 terminou em terceiro, 12 voltas atrás. Para o sistema de energia Hybrid, os componentes Denso ajudaram na eficiência e prestações da condução da equipa toyota Gazoo, com o TS050 a estar equipado com diversos componentes Denso, incluindo um motor traseiro híbrido, o inverter e a ECU híbrida, as velas, o óleo e o refrigerante.

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Auto Silva lança campanha de verão A Auto Silva Acessórios, S.A. está com uma campanha de verão imperdível. Em cada encomenda que inclua dois ou mais amortecedores Bilstein, o cliente recebe uma coluna de metal de 3W de potência com conexão Bluetooth e cabo Mini USB incluído. Com esta campanha, os automobilistas podem reforçar a segurança dos seus veículos para as férias e ainda receber um bónus. A Bilstein dispõe de uma gama alargada de amortecedores que se adaptam à maioria do parque automóvel em circulação. É uma marca muito conhecida da competição automóvel, onde vai buscar todo o know-how tecnológico para a construção dos seus produtos.

Best Stock – Lucas Oil lança gama de lubrificantes A Best Stock, importador oficial para a Península Ibérica da Lucas Oil, consolida a sua posição junto dos distribuidores nacionais com a introdução da gama de lubrificantes L.O.P. (Lucas Oil Products) Super Lube. Trata-se de um novo projeto da Best Stock para este ano e tem tido por parte dos distribuidores aderentes um excelente incremento e aceitação nas suas áreas geográficas. Fazer crescer o negócio é o objetivo, permitindo-lhes ter no seu ponto de venda uma marca diferenciada, potenciando, também, a venda dos restantes produtos Lucas Oil, tais como aditivos, lubrificantes e car care, para ligeiros, pesados, motos, barcos e racing. Estão ainda agendadas campanhas direcionadas em toda a fileira (distribuidores, oficinas e consumidor final) para que estes se apercebam da excelente qualidade dos produtos e soluções que a Lucas Oil tem para oferecer ao mercado. Ainda este ano, estão previstos novos lançamentos de produtos L.O.P. Para mais informações, poderá ser contactado Carlos Rosa, para o telemóvel 961 555 137 ou através do email beststock@sapo.pt.

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Auto Delta tem novos produtos LIQUI MOLY no portefólio

Bosch já fabricou 250 milhões de injetores GDI

São duas as grandes novidades LIQUI MOLY que estão em stock na Auto Delta. Em primeiro lugar, os óleos de motor especialmente adaptados para viaturas Jaguar e Land Rover. Depois, uma ampla gama de aditivos, uma das bandeiras da LIQUI MOLY, especialmente desenvolvidos para veículos pick-up. Recomendado oficialmente pela Jaguar Land Rover, este é um óleo importantíssimo, fruto do aumento evidente de viaturas em circulação destas duas marcas. Especialmente fluido, tem como objetivo a redução de consumo bem como de emissões poluentes, lubrificando, de forma fiável, o motor em solicitações extremas e mantendo a fiabilidade do mesmo. Por outro lado, a gama de aditivos especialmente desenvolvida para veículos pick-up, “Truck Series”, vem finalmente responder a um segmento do parque automóvel que, fustigado pela perda de potência ao longo dos anos, finalmente vê chegar um produto que lhe assenta como uma luva.

A injeção direta de combustível da Bosch permite que os veículos de passageiros sejam ainda mais eficientes e económicos. Por isso, os fabricantes de automóveis estão a incorporar cada vez mais esse sistema na produção em massa dos seus motores. A sua presença como primeiro equipamento não para de crescer, tendo a Bosch conseguido ultrapassar as 250 milhões de unidades produzidas de injetores GDI. A consequência lógica é um aumento na procura por substituição e manutenção desses componentes. A Bosch dispõe de uma vasta gama deste tipo de peças de reposição: desde injetores e bombas de alta pressão até ao sensor, entre outros. Os injetores desempenham um papel fundamental nos motores modernos. Independentemente da sua vida útil, é necessário cumprir as boas práticas de manutenção do motor e o uso de um combustível de qualidade padrão. Só assim é possível garantir seu desempenho e redução de emissões. Pelo contrário, uma má operação do injetor pode levar a sérios danos no motor, razão pela qual os injetores defeituosos devem ser detetados e substituídos o mais rápido possível.

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NOTÍCIAS Empresas

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ZF Aftermarket mostrará inovações na Automechanika Dezoito meses depois da integração da ZF Services e da TRW Aftermarket, bem como da subsequente formação da ZF Aftermarket, a empresa demonstrou estar perfeitamente equipada para moldar o futuro da mobilidade do mercado de pós-venda. Como parceiro de confiança, a ZF Aftermarket procura transformar desafios, como a digitalização e a eletromobilidade, em oportunidades de negócio para os seus clientes. Em Frankfurt, a marca TRW da ZF irá estrear uma nova geração de pastilhas de travão para veículos elétricos, sob o nome Electric Blue. Para além de uma melhoria na redução de ruído, a combinação do material da pastilha de travão com os calços azuis reduz até 45% as emissões de partículas durante o processo de travagem. Os visitantes poderão, também, conhecer alguns membros da equipa ZF [pro]Tech e ver de que forma o conceito está a oferecer aos seus parceiros uma verdadeira mais-valia para garantir que se mantêm competitivos.

Chevron apresentou nova marca de lubrificantes Texaco Delo A Chevron Lubrificantes lançou a Texaco Delo como a sua nova marca para aplicações comerciais e industriais em todos os mercados europeus. À semelhança das restantes marcas comerciais da Chevron, a Texaco Delo será fabricada e distribuída em Espanha, Portugal e Gibraltar pela companhia energética Cepsa. A empresa Chevron, que opera na Europa sob a marca corporativa Texaco, conduziu algumas alterações para alinhar o seu segmento de negócio de lubrificantes para veículos pesados na Europa com a marca global Delo, que é, atualmente, comercializada na América do Norte e Central, Ásia-Pacífico, Médio Oriente e África. Com este lançamento, a Chevron continua a apostar na elevada qualidade, segurança e diversificação de produtos Texaco, que amplia a sua gama com novos artigos de lubrificação para veículos pesados (Diesel), como fluidos de transmissão, óleos para engrenagens, massas lubrificantes e novas formulações de óleos para motores.

REPXPERT lança nova campanha de verão Determinados em celebrar a tecnologia, a qualidade e a inovação da forma mais refrescante, o Grupo Schaeffler lançou no REPXPERT uma promoção de verão tão original como irresistível. De facto, com a compra dos produtos das marcas INA, FAG e Ruville incluídos na promoção, o REPXPERT oferece, automaticamente, latas de cerveja Heineken, especificamente uma por referência. Não será necessário participar em sorteios nem ter sorte. Bastará adquirir os produtos selecionados. A campanha “Viva a Frescura” está em vigor até ao dia 31 de agosto ou até esgotar as existências. Os produtos incluídos são os seguintes: INA (tensores, polia livre, kit de corrente, bomba de água, INA FEAD Kit e correia auxiliar); FAG (Wheel Set); Ruville (componentes de suspensão e direção).

ALTARODA distribui máquinas de lavar rodas PERFORMTEC Desde a passada edição da expoMECÂNICA que a ALTARODA comercializa produtos da prestigiada marca de origem alemã PERFORMTEC. A “Black Edition Wheel Washing System” é uma sofisticada máquina de lavagem de rodas que combina um design sofisticado com uma tecnologia de lavagem inigualável, quando comparado com os sistemas tradicionais, que utilizam pequenos grânulos (partículas sólidas). A “Black Edition Wheel Washing System” garante excelentes resultados em lavagens constantes sem recurso a grânulos e sem necessidade de troca de água, graças à sua pressão de trabalho (140 bar - enquanto os equipamentos tradicionais funcionam entre 10 a 12 bar) e com baixos custos de manutenção. A PERFORMTEC assume-se como um dos maiores produtores de sistemas de lavagem de rodas para uso profissional. Sediado na Alemanha, desde 2002 que desenvolve produtos específicos para esta área, sendo responsável por todo o processo de fabrico, desde o desenvolvimento até ao produto acabado.

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Würth Portugal tem solução AdBlue para veículos Diesel

O AdBlue é um aditivo para motores Diesel destinado ao sistema de pós-tratamento de gás de escape. Aprovado pelos principais fabricantes automóveis, o AdBlue da Würth Portugal é um aditivo de fácil aplicação, tendo 32,5% de solução ureica aquosa para sistemas SCR (Selective Catalytic Reduction) e sendo diretamente injetado no sistema de escape, reduzindo, substancialmente, as emissões de NOx. O AdBlue da Würth cumpre com todas as normas Euro 4, Euro 5 e Euro 6 (veículos ligeiros de passageiros).

MEYLE-HD lançou 22 novas juntas flexíveis A MEYLE apresentou 22 novas referências de juntas flexíveis na qualidade MEYLE-HD, que resultam da colaboração com um dos maiores fabricantes da técnica de vibração automóvel, a BOGE Elastmetall GmbH. Graças à colaboração dos dois fabricantes, está agora disponível para o aftermarket a junta flexível como conjunto Smart Repair da MEYLE pronto a montar, que é composto por um disco articulado de elevada qualidade e material de montagem adequado. O material otimizado, tal como uma mistura de borracha especial e uma excelente estabilidade de torção no interior da junta flexível, garantem um maior desempenho, assim como uma vida útil acima da média. Uma junta flexível defeituosa pode representar um elevado risco para a segurança e, em caso extremo, leva a uma rutura da própria junta, com consequências nefastas para veículo e condutor. Devido à redução dos picos do binário, assim como do amortecimento e isolamento da acústica do eixo em respostas a mudança de carga, a junta flexível MEYLE-HD é extraordinariamente eficiente.

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NOTÍCIAS Empresas Repintura

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Glasurit disponibiliza novo primário aparelho

Axalta distinguida com o prémio “Estrela de Ouro” da EcoVadis…

As oficinas estão sob enorme pressão para cortar custos e economizar tempo nas suas rotinas diárias. A Glasurit, marca premium da BASF, tem vindo a desenvolver novos produtos que visam acelerar os processos e aumentar a flexibilidade e harmonia entre os fluxos de trabalho na oficina. Com o 283-1780 CV Multi Wash Primer Filler, a Glasurit oferece uma solução que facilita ainda mais o trabalho e aumenta a eficiência. O tempo de evaporação do primário aparelho é de apenas 30 minutos à temperatura ambiente, o que permite às oficinas utilizar a cabine para outros trabalhos, garantindo, desta forma, que os fluxos de trabalho na oficina são projetados com maior eficiência. Graças à sua ampla gama de aplicação, este novo primário aparelho é adequado tanto para as pequenas reparações como para revestimentos completos. Dependendo do trabalho, o pintor pode usar o primário aparelho num sistema de duas etapas ou usá-lo como base para resultados de ponta num sistema de três etapas. O primário aparelho oferece excelente proteção contra a corrosão para diferentes substratos, incluindo peças complementares de alumínio, aço e aço galvanizado.

A Axalta foi distinguida com o prémio “Estrela de Ouro” da EcoVadis, empresa internacional de classificação de CSR e sustentabilidade. Esta “Estrela de Ouro” reflete o forte desempenho e as realizações importantes da Axalta num conjunto de critérios relacionados com a sustentabilidade em quatro categorias: Ambiente, Práticas de Trabalho, Política de Compras sustentável e Práticas Comerciais Justas. A pontuação da Axalta no último inquérito colocou-a no top 5 das mais pontuadas, entre mais de 45.000 empresas inquiridas e avaliadas pela EcoVadis. Além disso, foi-lhe atribuída uma classificação alta entre o seu grupo de pares na categoria de atividade de fabricantes de tintas, vernizes e tintas de impressão. A análise das práticas comerciais leais e justas da Axalta incluíram a avaliação do Código de Ética e Conduta Comercial, bem como de políticas relacionadas da empresa, como a formação em ética e integridade realizada todos os anos por mais de 90% dos colaboradores da Axalta.

Produtos R-M têm nova imagem nos rótulos … e vai lançar sistema de pedidos simplificado A Axalta vai lançar um novo e eficiente sistema de gestão de pedidos no segundo semestre de 2018, que foi concebido para proporcionar aos clientes de repintura uma escolha mais ampla de opções de pedidos e um resumo maior da disponibilidade de produtos e preços em tempo real. Esta solução multi-loja foi testada, com sucesso, em oito países. A Axalta fornece, regularmente, a mais de 100 mil clientes nos setores industrial e automóvel em 130 países, serviços e produtos de tintas. Até há pouco, 95% dos pedidos na Europa, Médio Oriente e África (EMEA) eram realizados por telefone. Agora, com o lançamento desta nova solução multi-loja, os clientes podem ver o catálogo de produtos online, obter informações em tempo real sobre a disponibilidade dos produtos e preços, localizar e seguir os respetivos pedidos e utilizar tecnologias digitais para efetuar pedidos online. Além disso, a nova loja online permite aos clientes utilizar a aplicação móvel, disponível para Android/iOS e digitalizar os códigos de barras dos produtos que pretendem pedir novamente, que, por sua vez, envia os pedidos para a loja online para serem analisados. Agosto I 2018

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No âmbito do 100.º Aniversário, a comemorar já no próximo ano, a marca de tinta premium R-M da BASF exibe um visual novo e dinâmico. A partir de julho de 2018, todos os rótulos dos produtos R-M terão uma nova imagem, que inclui uma alteração na forma do logótipo da R-M. A nova imagem do rótulo simplifica o layout na lata e fornece todas as informações relevantes. Produtos livres de VOC são marcados com um símbolo especial para que possam ser reconhecidos imediatamente. As informações constantes na lata serão fornecidas em inglês para todos os produtos. As cores das categorias de produtos permanecerão inalteradas, por forma a permitir que os clientes identifiquem o produto rapidamente. As formulações dos produtos também permanecem inalteradas, podendo contar com a mesma qualidade dos produtos R-M.

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Mota & Pimenta lançou nova Base Série 900+ DeBeer A nova base DeBeer Metalizado Ultra Fino Brilhante permite alcançar reparações perfeitas em acabamentos metalizados muito exigentes. A base foi especialmente desenvolvida para atingir a excelência na igualdade de cor tal com aspeto sedoso e efeito Flop. Esta base é rápida na aplicação, permitindo que os “chapeiros” e pintores consigam a eficiência do ritmo de trabalho de repintura que necessitam para maximizar o seu rendimento.

BMW aprovou Spies Hecker e Standox em alguns países O Grupo BMW renovou a aprovação anual da Spies Hecker e Standox para a repintura dos automóveis de passageiros da marca BMW. Este acordo com as duas marcas diz respeito à rede de reparação do Grupo BMW presente em 51 países na Europa, Médio Oriente, África, Europa Oriental e Ásia-Pacífico. A renovação desta aprovação baseia-se nos testes de desempenho rigorosos das tecnologias de tintas de repintura Spies Hecker e Standox. “Estamos muito felizes por continuar a nossa parceira bem sucedida com o Grupo BMW. Além das nossas tecnologias de tintas de qualidade superior, oferecemos um aconselhamento especializado abrangente e orientações de aplicação práticas aos centros de revisão do Grupo BMW presentes em todo o mundo”, afirmou Jürgen Knorr, key account director da Axalta na Europa, Médio Oriente e África. “Em conjunto, há mais de 20 anos que a Spies Hecker e a Standox são aprovadas pelo Grupo BMW e esta relação de longa data comprova o nosso compromisso em pôr os nossos clientes em primeiro lugar e fornecer-lhes tecnologias inovadoras e avançadas,” acrescentou o responsável.

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3M apresentou catálogo online 2018 Numa ótica contínua de aproximação entre a marca e os seus clientes, a 3M lançou o seu catálogo online de reparação automóvel através de uma nova plataforma, que inclui todas as novidades para 2018 classificadas em diferentes áreas: abrasivos, chapa, mascaramento, PPS, acabamento, DMS, adesivos para revestimentos, proteção pessoal e acessórios. Agora, os clientes da marca encontram todas as gamas de produtos, vídeos, demos e fichas técnicas, de forma fácil e intuitiva, no site www.catalogoreparaçaoautomovel2018.com. Para aceder à plataforma, basta as oficinas facultarem alguns dados, num pequeno formulário, para, dessa forma, poderem receber, também, informações das últimas novidades e promoções da 3M. Cada uma das áreas do catálogo dispõe de informação atualizada e muito completa sobre os produtos, incluindo características técnicas, detalhes da embalagem, vídeos de utilização e a respetiva referência para compra. Existe ainda um espaço exclusivo, dedicado a “promoções do mês”, e outro para contacto direto com os responsáveis da 3M.

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CARROS COM HISTÓRIA

ROVER 2000 TC

O carro dos doutores e engenheiros

Por: João Paulo Lima

Considerado o carro dos doutores e engenheiros nos anos 70, este modelo foi símbolo de diferença e prestígio de uma classe. O Rover 2000 TC era um carro revolucionário e cativava por dispor de soluções ímpares

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ançado em outubro de 1963, no ano seguinte venceu o troféu «Carro Europeu do Ano» e passou a ocupar um espaço que a British Leyland astutamente pesquisara. Na altura, existia uma franja de mercado situada entre as grandes berlinas de 3L onde se podia encontrar o Jaguar Mk2 ou o Woolsley 6/99, e os modelos 1.5L, representados pelos Ford Consul e Singer Gasele. Com este 2000 carregado de inovações, o construtor conseguiu chegar a uma população mais jovem em início de carreira, que ainda não conseguia alcançar o segmento mais alto dos 3L. Mas aspirava. O Rover 2000 TC era um modelo revolucionário e cativava por dispor de

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soluções ímpares. A suspensão, apesar de não ser tão interativa como a do Citroën DS, tinha opções revolucionárias, como uma mola helicoidal montada horizontalmente dentro do compartimento do motor e um sistema DeDion com um movimento telescópico para diminuir o atrito dos componentes na traseira. Para travar, contava com quatro discos bem dimensionados, dois dos quais montados junto ao diferencial, uma solução utilizada, também, no Citroën DS. A caixa de velocidades, precisa e com um comando bem posicionado, fazia lembrar os desportivos da época, permitindo explorar ao máximo o 2000 de quatro cilindros, nunca suficiente para

tornar ágil o elevado peso do conjunto, que contava com um interior requintadamente britânico. Para resolver o problema, foi mais tarde montado um V8, tornando as performances mais agradáveis mas sempre longe das dos outros concorrentes. As reduzidas dimensões da bagageira levaram a uma solução que acabou por caracterizar o modelo. O condutor podia passar o pneu suplente para fora do veículo, ganhando mais uns litros dentro do compartimento. Assim sendo, montava o pneu num suporte fixo à tampa da bagageira tapado com uma capa de vinil, imagem que nos fará sempre recordar este automóvel.

Também conhecido por P6, este Rover foi vendido nos EUA sob o nome de NADA (North American Dollar Area) e estava equipado com extras, como para-choques de maiores dimensões, três entradas de ar no capot, refletores característicos dos modelos americanos, sensor “Ice alert” montado na grelha (alertando para a queda da temperatura e possibilidade de formação de gelo na estrada), vidros elétricos, direção assistida e ar condicionado, equipamento mais tarde montado em modelos de série ingleses. O valor do P6 no mercado varia com o estado, não sendo uma compra inacessível para quem aspira ter um verdadeiro clássico inglês.  ✱

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OFICINAdoMÊS OFICINA DO MÊS

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A Paulcar está, atualmente, a remodelar as instalações com o objetivo de oferecer um melhor serviço aos clientes

Espírito de competição › Sendo uma oficina independente, a Paulcar não quer ser apenas mais uma. Por essa razão aposta muito na relação de proximidade com os seus parceiros, fornecedores, e clientes, mantendo o... espírito de competição Por: João Vieira

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desafio tecnológico há muito que está superado pela Paulcar, uma oficina com 21 anos de atividade, localizada no Carriço, totalmente dedicada à manutenção e reparação de veículos de alta gama e carros de competição. Fundada por Paulo Carvalheiro, a oficina foi concebida e criada à sua imagem, tendo como pontos fortes o aprumo das instalações, a qualidade dos equipamentos e a competência dos técnicos. “A imagem é muito importante. Por isso, atualmente estamos a remodelar as instalações para dar melhores condições de trabalho aos colaboradores e ampliar o espaço para fazer uma nova secção apenas para montagem e desmontagem de chapa”, diz Paulo Carvalheiro. A Paulcar dispõe de um enorme stand de automóveis, conhecido pela qualidade dos modelos que comercializa, a maioria topos de gama, praticamente novos e impecavelmente recondicionados. “A nova secção de montagem e desmontagem de chapa vai permitir desmontar todos os componentes que necessitam de reparação, de modo a fazer o recondicionamento e detalhe perfeitos. Todos os veículos que vendo saem do stand sem qualquer tipo de imperfeição e os clientes apreciam e valorizam muito este trabalho”, afirma o gerente.

A oficina está aberta ao público em geral, mas dificilmente aceita viaturas que não tenham sido adquiridas nas suas instalações, porque os clientes habituais garantem trabalho permanente e mantêm a oficina em atividade constante. “Não estou preocupado com a falta de trabalho”, assegura o responsável. O nível de viaturas que visita a oficina Paulcar necessita que os mecânicos disponham de um elevado grau de conhecimentos técnicos, o que só é possível devido às muitas formações a que assistem e, também, ao apoio das marcas quando é necessário. “Quando se trata de veículos muito recentes, não hesito em recorrer ao apoio das marcas, até porque tenho um bom relacionamento com todas elas, como é o caso da BMW, de quem somos agente autorizado de nível 4. Este ano, fomos distinguidos por esta marca por sermos a oficina independente que mais peças compra ao concessionário BMW A. Brás Heleno, de Leiria”, revela Paulo Carvalheiro. n  NOVA ÁREA DE NEGÓCIO Desde sempre ligado à competição automóvel, disputando, atualmente, o Campeonato Nacional de Ralis ao volante de um Mitsubishi EVO, Paulo Carvalheiro

decidiu, este ano, incrementar a área de competição na oficina. Neste sentido, criou um departamento próprio para dar assistência a carros de competição externos, tendo já dois técnicos a trabalhar a tempo inteiro. Atualmente, dispõe de quatro clientes que disputam a Taça de Portugal, a quem fornece todo o serviço de logística para transportar os carros para as provas e assistência na competição. “Já participo em ralis há muito tempo, mas fazíamos só para nós. Agora, decidi fazer este serviço também para fora. Preparamos as viaturas e damos assistência, desde o início da corrida até ao final. E mesmo após a corrida”, refere. Para o futuro e tendo como objetivo a diversificação do negócio, Paulo Carvalheiro pretende vir a comercializar uma marca de veículos novos e continuar a desenvolver os serviços oficinais, embora com moderação, conforme nos confidencia: “A oficina

dá assistência aos veículos que vendo e como não comercializo modelos elétricos, não invisto na formação nesta área. Não vejo um futuro para estes veículos e como se tratam de viaturas muito recentes, carecem de ser assistidos nas oficinas dos concessionários de marca, que dispõem de equipamentos próprios”. Outras áreas em crescimento são a reparação de caixas de velocidade automáticas e de filtros de partículas, onde a procura tem aumentado todos os meses. O principal fornecedor de componentes é a empresa Rodapeças, com quem trabalha desde o início da atividade. “Conseguem ter o material que preciso sempre disponível. E como trabalham marcas premium, oferecem o nível de qualidade que procuro para os meus clientes”. Sobre o futuro do mercado da reparação, Paulo Carvalheiro antevê algumas dificuldades, principalmente devido às restrições ao crédito que, inevitavelmente, vão acontecer. “Há uns anos, a queda foi grande. Mas, neste momento, a queda pode ser ainda maior, pois as pessoas voltaram a endividar-se. A faixa etária dos 20 aos 40 anos emigrou e são eles que faziam o consumo do automóvel. Por isso, acredito que, nos próximos anos, o mercado irá estagnar”. ✱

Paulcar Gerente  Paulo Carvalheiro  |  Morada  Estrada Nacional 109, Vieirinhos, 3105 - 069 Carriço  |  Telefone  233 959 689 Email standpaulcar@gmail.com |  Site www.paulcar.com Agosto I 2018

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Única publicação do setor oficinal e aftermarket em Portugal com tiragem e circulação auditadas www.apct.pt A Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem e Circulação (APCT) foi constituída em maio de 1986, com o objetivo de comprovar e certificar os números de tiragem e circulação dos títulos dos Editores Associados, bem como a sua penetração geográfica no mercado.

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EMPRESA Bombóleo

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Relançamento da rede Checkstar é prioridade › A Bombóleo é o novo distribuidor da marca Magneti Marelli para Portugal e representante do conceito Checkstar. Um grande desafio que é encarado com otimismo e determinação por Juan Santos, responsável pelo desenvolvimento da rede oficinal Por: João Vieira

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Magneti Marelli tem um longo historial no mercado português, onde dispõe de uma rede oficinal própria, denominada Checkstar, composta, atualmente, por 66 oficinas com um enorme know-how, fruto da formação que advém da Magneti Marelli, sendo estas mesmas oficinas reconhecidas como especialistas, nomeadamente na componente elétrica e mecânica. Propriedade do grupo fabricante de automóveis Fiat Chrysler Automobiles (FCA), a Magneti Marelli tem um portefólio de produtos de marca própria, que respondem a todos os critérios exigidos pela “casa mãe”, ou seja, produtos de qualidade OE. Alguns, são construídos Agosto I 2018

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em fábricas próprias e, outros, são produzidos por fabricantes para o segmento OE. A Magneti Marelli tira partido do peso que a FCA tem para escolher os seus fornecedores e desenvolver em conjunto as suas gamas de produto.

A Magneti Marelli dispõe de uma vasta gama de produtos. O maior desafio é divulgar o extenso portefólio junto das oficinas

n  ENORME CAMINHO A PERCORRER Neste momento, todos os produtos acrescentados ao portefólio são novidades e alguns são, inclusive, produtos novos que a própria Magneti Marelli lançou este ano e que a Bombóleo já colocou no mercado, como é o caso dos kits de distribuição de correntes. Desde que iniciou a distribuição dos produtos Magneti Marelli junto das

oficinas, a recetividade tem sido boa, pois todos os meses tem vindo a crescer nas vendas da marca. E à medida que vão divulgando e dão a conhecer o produto, os clientes vão experimentando e confirmando a qualidade dos mesmos. Mas “há um enorme caminho a percorrer, já que a marca, apesar de ter uma excelente notoriedade junto do mercado profissional, tem produtos para o aftermarket que são recentes”, afirma Juan Santos. Existe um portal de vendas disponível para todos os clientes, onde foi colocada a marca Magneti Marelli e os seus produtos através da identificação das peças pela matrícula da viatura e pela

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Rede Checkstar

Forte know-how na parte elétrica Na Convenção das Oficinas Checkstar realizada no passado mês de abril, na Exponor, foram apresentadas as novas linhas orientadoras dos requisitos da rede existente e de novos parceiros que possam vir a fazer parte dela, assim como a entrada da Bombóleo enquanto distribuidor para a rede Checkstar. A rede existe em Portugal há mais de 20 anos e deriva de um upgrade da marca, já que anteriormente existiam os serviços Magneti Marelli (especialistas na parte elétrica) onde alguns deles integraram a nova rede criada com a designação Magneti Marelli Checkstar, voltada para uma prestação global de assistência e manutenção de viaturas. Atualmente, a rede é composta por 66 oficinas, que se caracterizam pela forte componente técnica que advém dos conteúdos de qualidade da sua formação. Recentemente, foi incorporada na zona de Braga aquela que é a primeira oficina Checkstar criada através da Bombóleo, estando outras em fase de decisão para fazer integrar a rede. Todas as oficinas prestam assistência a viaturas ligeiras, havendo algumas, pelas suas características e conhecimentos, que prestam assistência a viaturas pesadas. Os critérios para uma oficina poder entrar na rede Checkstar são simples mas carecem de uma análise cliente a cliente. Os interessados podem consultar diretamente a Bombóleo, que, sem qualquer compromisso, fará a apresentação e facultará toda a informação.

BENEFÍCIOS E MAIS-VALIAS A rede consegue garantir vantagens competitivas aos seus aderentes. Acesso a formação de excelência, call center técnico, produtos de marca própria com condições especiais e campanhas desenvolvidas pela Magneti Marelli para o consumidor final.

equivalência por outras referências (OE e OEM). n  CARACTERÍSTICAS ÚNICAS Para Juan Santos, o nosso mercado tem potencial de crescimento para a Magneti Marelli. “Estamos a falar de uma marca fabricante para OE que tem um

Os serviços prestados pelos membros da rede são variados e cada oficina poderá oferecer mais ou menos serviços ao cliente. No entanto, serviços rápidos, manutenções programadas e reparações mecânicas elétricas são tarefas transversais a toda a rede. De facto, a rede, pelo seu longo historial, tem muito know-how na parte elétrica. A componente de formação é muito forte e abrange todas as áreas técnicas. Vai desde sistemas elétricos até monografias de motorizações específicas. O plano de formação anual é delineado pela Magneti Marelli em função das necessidades que a rede demonstra. Neste momento, Juan Santos anda no terreno a conhecer os membros da rede. E a rede está a conhecer a Bombóleo. “Houve um trabalho excelente feito até ao momento e nós queremos dar continuidade a ele, colocando o nosso cunho e trazendo, também, para a rede o nosso know-how e as nossas mais-valias enquanto parceiro”, afirma. A rede dispõe de uma página na Internet (www. magnetimarelli-checkstar.pt) e está presente no Facebook, no Instagram e no YouTube. Aqui, notamos a influência da origem italiana da marca, já que a comunicação, os conteúdos e a imagem são elaborados com muito cuidado e detalhe. A Magneti Marelli realiza ações e campanhas direcionadas para o consumidor final e que são divulgadas pelas próprias oficinas aos seus clientes. Também este ano, a Magneti Marelli Checkstar é um dos patrocinadores oficiais do Campeonato do Mundo de Motocross (MXGP), onde patrocina o italiano hexacampeão do mundo Tony Cairoli. Com o objetivo de melhorar a qualidade dos serviços, a Bombóleo disponibiliza o máximo de produto Magneti Marelli a todas as oficinas da rede, de

modo que tenham sempre as peças necessárias para fazer a intervenção nas viaturas. “Em termos gerais, procuramos soluções de produtos e serviços de forma a que a Bombóleo seja vista como um parceiro e não como um fornecedor ou entregador de peças. Nós vemos o negócio de uma perspetiva diferente e talvez seja por isso que, no próximo ano, completamos seis décadas de atividade”, refere Juan Santos.

longo historial e notoriedade no mercado automóvel, para além de dispor de um conceito oficinal próprio e produtos de marca própria, o que faz com que a marca e conceito oficinal tenham características quase únicas no mercado português. Para além disso, é uma marca que, pelo facto de não estar massificada,

poderá ser um fator importante para o crescimento sustentado da mesma. O maior desafio é divulgar a existência da gama de produtos que constitui o portefólio, que vai desde o filtro de óleo até às pastilhas e discos de travão, passando pelo kit de distribuição de correntes ou injetor de gasolina. É necessário dar a

DESAFIOS PARA O FUTURO Os desafios são constantes e as dificuldades são transversais a todas as empresas do setor. Para Juan Santos, a maior dificuldade está em perceber qual é o futuro do setor a médio prazo, já que as mudanças que se avizinham são muito desafiantes. “Se voltarmos umas décadas atrás, uma viatura teria de passar a ser diagnosticada por um equipamento de diagnóstico que era para a altura um desafio enorme e visto como uma evolução impensável de pôr em prática. Hoje, os desafios são outros, é certo, mas são sempre fruto da evolução. Acreditamos que quem estiver formado e informado, perceberá melhor estas mudanças. Quem estiver próximo das empresas que tem esta informação e a partilhe, estará à frente daqueles que não tem acesso tão facilitado. Em resumo, a essência do que tem sido a evolução do nosso setor, que é contínua, aponta para que aqueles que estiverem mais bem preparados e apoiados, serão os que terão mais probabilidade de sucesso. O negócio na reparação automóvel continuará a ser sempre suportado pelo conhecimento técnico. A vertente comercial do negócio será uma parte importante, mas não será a pedra basilar que sustentará a oficina”, conclui Juan Santos.

1.º Curso de Formação do Campus Magneti Marelli No dia 27 de junho, realizou-se o primeiro curso de formação do Campus Magneti Marelli, no Porto. O programa Campus 2018 é o serviço de formação fornecido pela Magneti Marelli Aftermarket para toda a rede de oficinas da Magneti Marelli Checkstar. O “Grupo VAG Technical News” foi o programa do dia de treino, que decorreu no Hotel Tryp, no Porto, para 20 participantes, que foram aceites por ordem de inscrição. Os que não tiveram oportunidade de estar presentes, irão ter acesso a uma nova formação ainda durante este ano. Com este primeiro curso, a empresa lançou o seu programa Campus 2018 no mercado português para oficinas da sua rede, como foi anunciado na Convenção da rede de oficinas Magneti Marelli Checkstar, realizada, no mês de abril, na Exponor.

conhecer à oficina que existe produto de qualidade, com um preço competitivo”, explica o responsável. “As expectativas são sempre positivas, sabendo, porém, que temos muito trabalho pela frente. Faremos o nosso trabalho. Se o fizermos bem, os resultados vão aparecer”, conclui Juan Santos.  ✱

Bombóleo Responsável rede Checkstar  Juan Santos  |  Morada  Rua António Silva Marinho, 211, 4100 - 063 Porto  |  Telefones  229 736 082 935 842 090  |  Email juan.santos@bomboleo.com  |  Site www.bomboleo.com www.jornaldasoficinas.com

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EMPRESA ContiTech

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Trabalhamos com o objetivo de sermos a marca mais valorizada no mercado › Presente no mercado português há mais de três décadas, a marca ContiTech encontra-se, atualmente, numa fase muito importante da implementação de uma nova estratégia para o nosso país. A incorporação de João Cardoso como responsável para o mercado português, vai permitir conhecer melhor as necessidades dos parceiros Por: João Vieira

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mercado português é muito importante para a ContiTech e a marca reconhece que tem um grande potencial de crescimento. “Teremos de enfrentar grandes mudanças, a curto e médio prazos, na indústria automóvel, o que implica mudanças também ao nível do pós-venda. Estas mudanças vão oferecer inúmeras oportunidades de negócio para as empresas que estejam bem preparadas. Portanto, pensamos que temos uma grande capacidade de crescimento em Portugal. A nossa oferta vai muito para além da transmissão de potência. Somos uma empresa líder a nível tecnológico e este ponto faz com que sejamos vistos como um parceiro no presente e no futuro. Sentimo-nos muito identificados com o mercado português, muito profissional e com um grande nível Agosto I 2018

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de colaboração, que nos permite um alto nível de parceria”, afirma Manel Real, head IAM Portugal e Espanha da Continental ContiTech. n  REDE FORTE E CONSOLIDADA A estratégia que a ContiTech segue em Portugal é a mesma que desenvolve no resto da Europa. A sua visão é sempre a longo prazo. Quer uma rede de distribuidores que entenda e partilhe a sua filosofia. Por isso, procura qualidade em vez de quantidade. “Atualmente, temos oito distribuidores. Mas o mais importante não é adicionar mais parceiros sempre que consigamos atingir os objetivos definidos, tanto em termos quantitativos como qualitativos. Este ponto é fundamental. Elegemos parceiros que demonstrem ter uma estratégia adequada e que esteja

João Cardoso, area sales manager Portugal da Continental ContiTech

de acordo com a nossa visão”, refere Manel Real. “Estamos numa fase muito importante da implementação da nossa estratégia para Portugal. A incorporação de João Cardoso como responsável do mercado português permitiu-nos, por um lado, conhecer melhor as necessidades dos nossos parceiros e, assim, podermos estar melhor preparados para lhes prestar o apoio adequado e potenciar as suas vendas. Por outro, permite-nos ter uma melhor visão sobre o estado do mercado e dos nossos parceiros. Em resumo, temos uma visão muito clara de onde viemos, onde estamos e onde queremos chegar. Com quem faremos este caminho dependerá, sobretudo, do nível de compromisso e da capacidade de resposta da nossa rede de parceiros.

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Informação disponível para todos A ContiTech é das marcas que mais aposta na produção e divulgação de informação técnica gratuita, fundamental para que as oficinas possam fazer uma instalação profissional. Exemplo disso são os tutoriais em formato vídeo “Watch and Work”, muito valorizados pelos mecânicos. É uma prova da enorme aposta que a ContiTech está a fazer para estar mais próxima das oficinas, procurando chegar com informação de qualidade, que funcione, sem dúvida, como uma ferramenta de apoio ao profissional. De referir que todos os vídeos estão disponíveis em português, assim como os conteúdos do site. “Desde há vários anos que Portugal é um país e um mercado onde o Grupo Continental tem investido de uma forma muito significativa. É por todos estes motivos que a informação relevante do nosso site está disponível em português. Apesar do pouco tempo de existência do canal ‘Watch and Work’, podemos confirmar que já temos um número considerável de visitas. Não obstante, temos o objetivo de incrementar o nosso programa de comunicação, para que um maior número de oficinas descubram e utilizem os nossos vídeos W&W como uma ferramenta de trabalho”, refere Manel Real. Em paralelo, a ContiTech está a trabalhar para poder iniciar um programa de formação bastante completo, que será direcionado para os mecânicos e implementado em 2019. Ainda com o objetivo de facilitar aos profissionais uma quantidade muito útil de informação, quer sejam distribuidores, retalhistas ou mecânicos, a ContiTech desenvolveu o PIC – Product Information Center. Trata-se de uma página web que disponibiliza, de forma gratuita, instruções de montagem específicas, technical info’s, vídeos de montagem W&W e toda informação relevante sobre todos os produtos. Em resumo, os mecânicos podem encontrar, de uma forma fácil e sem restrições, toda a informação necessária para efetuar uma reparação profissional e eficiente, criando maior confiança junto do consumidor final.

Kits são produto “estrela” A ContiTech foi pioneira na introdução do kit de distribuição com bomba de água. Desde o primeiro dia que investe na qualidade dos seus kits e isso nota-se pelo feedback muito positivo que recebe dos clientes. A maior parte das oficinas já optam pelos kits em detrimento dos componentes separados. Para além da correia de distribuição “normal”, alguns motores requerem uma segunda correia, para, por exemplo, para acionar o eixo de compensação ou uma bomba de injeção. É aí que a ContiTech entra com os kits PRO. Até agora, para substituir a correia, o cliente tinha de comprar o kit de correia de distribuição ou o kit de correia de distribuição com bomba de água. E ainda outra correia adicional. Com os kits PRO, o cliente obtém tudo o que necessita num só kit.

ContiTech recomenda substituição de todos os componentes da distribuição

Gama completa A gama ContiTech é composta por todos os componentes da transmissão de potência, desde as correias, passando por toda a gama de kits com e sem bomba de água, passando pelas polias de cambota e alternador, entre outros produtos. Historicamente, o produto mais reconhecido da ContiTech é a correia. E apesar de ainda hoje ser um produto que goza de elevado prestígio, pois é a primeira opção para a maioria das oficinas, os kits também geram grande confiança no mercado, sendo o de distribuição com bomba de água o produto “estrela”. A qualidade dos produtos do Grupo Continental é reconhecida mundialmente. As suas equipas de I&D e produção desenvolvem produtos e processos baseados nos standards de qualidade mais exigentes, cumprindo, na íntegra, com os requisitos de qualidade das principais marcas de automóveis. No desenvolvimento de um novo produto, há sempre um investimento significativo em investigação e desenvolvimento. As equipas de desenvolvimento de produto dedicam muito tempo (por vezes anos) na criação de uma nova aplicação. Todo este trabalho é feito em parceria com os clientes OE.

Num sistema de transmissão primário (distribuição), regra geral, faz parte algo mais do que apenas uma correia. E todos esses componentes estão sujeitos a desgaste. Assim, as oficinas que, aquando da mudança das correias, substituem, também, os rolos tensores e as polias de desvio e de guia, estão a jogar pelo seguro. A oficina recebe com os kits da ContiTech um pacote completo e otimamente conjugado com todas as peças necessárias para uma montagem correta. Assim, é garantida a qualidade de topo e a segurança máxima possível para uma mudança profissional da correia de distribuição. Todos os produtos ContiTech dispõem de cinco anos de garantia, o que comprova que a qualidade está sempre em primeiro lugar. Portanto, qualquer oficina que esteja interessada, pode aceder ao site da ContiTech, registar-se e ficar abrangida pelos cinco anos de garantia. Assim, oferece ao consumidor final a confiança que procuram: produto original, oficina profissional e cinco anos de garantia.

O foco da nossa estratégia está em gerar confiança e criar valor na cadeia de distribuição. Entendemos que esta é a melhor forma de aumentar a notoriedade junto das oficinas, sempre em conjunto com os nossos parceiros”, acrescenta. Sobre o desempenho da marca no nosso país, Manel Real faz um balanço muito positivo. “Nos últimos anos, temos vindo a adaptar a nossa oferta global de serviços às necessidades do mercado português. Não obstante, continuamos muito exigentes e com um objetivo claro, que é perceber que nível de colaboração os nossos parceiros necessitam e analisar que passos devemos dar em seguida. Neste sentido, o João Cardoso tem um papel fundamental como interlocutor entre o mercado e a Continental”, assegura. Para o sucesso alcançado, muito tem

Manel Real, head IAM Portugal e Espanha da Continental ContiTech

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contribuído o elevado nível de colaboração que os distribuidores mantêm com a marca. “É fácil identificar quando um parceiro coloca a Continental como um parceiro imprescindível a nível estratégico. Tudo se torna mais fácil quando se consegue um nível de colaboração que permite criar sinergias e aproveitar as mais-valias de ambos. E, isto, acontece quando a relação se baseia no diálogo honesto e construtivo. Neste sentido, podemos garantir que nos sentimos muito orgulhosos com o nível de parceria que temos com alguns distribuidores”, enalteceu Manel Real. Para o responsável, 2018 será um ano especialmente positivo a nível estratégico, porque considera estar melhor colocado do que nunca para consolidar uma posição de relevo no panorama do aftermarket em Portugal. ✱ Agosto I 2018

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EMPRESA Intermaco

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Dinâmica de qualidade

› A Intermaco aposta forte na venda de equipamentos e ferramentas de elevada qualidade para as oficinas. Sempre com uma postura dinâmica no mercado, como é disso exemplo as demonstrações presenciais que faz com as duas carrinhas de que dispõe Por: Jorge Flores

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undada em 1984, em Vila Nova de Gaia, a Intermaco tem conquistado o mercado das ferramentas e equipamentos, mantendo uma vitalidade invejável para uma empresa com 34 anos. Tudo começou com a determinação de quatro sócios, que, na altura, trabalhavam na área das ferramentas e dos produtos de manutenção. Um dos fundadores, pai de Pedro Santos, atual diretor-geral da empresa para a qual entrou há 30 anos, dois tios e ainda um quarto sócio. Na época, o conceito de centros de inspeção automóvel começava a florescer em Portugal e “as oficinas começavam a ter outras preocupações e necessidades, pelo que foi um momento de viragem”, começa por explicar Pedro Santos, que recebeu o Jornal das Oficinas nas instaAgosto I 2018

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lações de Albergaria-a-Velha. Por outras palavras, a Intermaco era a empresa certa na altura perfeita. “Para preparar um automóvel para a inspeção, era necessário, por exemplo, analisadores de gases. As oficinas agora já estão muito equipadas, mas na altura não estavam”, acrescenta o responsável, que abraçou a empresa justamente na fase em que o boom dos centros de inspeção começava a criar a necessidade de “equipamentos mais evoluídos e técnicos nas oficinas”. Momento crucial na história da Intermaco foi ainda a parceria estabelecida com a Controlauto. “Deu-nos muita projeção. Todos os analisadores de gases e opacímetros eram e ainda são fornecidos por nós. Há cerca de 30 anos que temos essa ligação”, revela Pedro Santos. Foi essa

envolvência que nos trouxe para a área técnica. E fomos desenvolvendo a empresa nessas duas vertentes: ferramentas e equipamento”, enfatiza o responsável. Em matéria de peso na estrutura, hoje, ambas as áreas se equivalem. Muitos clientes cruzam as duas vertentes. “Caso dos grandes concessionários de marcas. Trabalhamos com quase todos. A Facom é uma ferramenta muito conhecida e somos a empresa número um em Portugal”, afiança Pedro Santos ao nosso jornal. n  DEMONSTRAÇÕES PRESENCIAIS Uma das explicações para o sucesso da Intermaco é a forma dinâmica como se apresenta no mercado. Nunca para. E tem sempre novidades. Faz parte da filosofia “levar a Intermaco ao cliente. Desde

sempre tivemos o conceito de carrinha de demonstração. Quem nos conhece, sabe que funcionamos assim. Levamos as duas carrinhas equipadas às oficinas. Eu próprio já meti quase um milhão de quilómetros numa delas”, conta. Uma forma de estar com resultados comprovados. “Resulta”, garante. “Porque levávamos diversos níveis de preços e de equipamentos. Havia clientes que não acreditavam muito que a máquina fizesse aquilo que se dizia. Tínhamos de lá ir explicar. Ainda agora é assim. Só conseguimos fazer uma boa venda se fizermos uma boa demonstração. A menos que o cliente já conheça a máquina e saiba o que quer”, explica. A aquisição da Mercedes-Benz Sprinter de demonstração da Facom surgiu quase por acaso. “Eles iam renovar e achámos

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que podíamos fazer negócio. Ficámos com o carro e com o equipamento completo”, salienta Pedro Santos. Com pouco mais de seis meses no ativo, ainda não houve tempo para a carrinha “rodar” muito pelo país todo. Mas a receita é de sucesso. Os resultados das demonstrações são seguros. “Quando vamos a um concessionário, todos conhecem a Facom. Mas esta tem sempre muitas novidades. É um bom cartão de visita. Mas se levarmos também a novidade, aquilo que o cliente quer ver - porque a Facom sabe o que eles querem ver – melhor ainda. No fundo, estamos a replicar aquilo que a marca já faz há muitos anos”, diz. “Os nossos comerciais estão preparados para falar sobre a ferramenta. Quando se trata de uma demonstração técnica – uma máquina de diagnóstico, um analisador de gases, um elevador especial, nesses casos, o técnico faz o acompanhamento ao comercial. Temos um corpo técnico com seis pessoas”, acrescenta o diretor-geral da Intermaco. n  DESCARBONIZADORA HHO Outra novidade de respeito no extenso catálogo da Intermaco é a máquina “descarbonizadora” HHO. Um inovador equipamento que assegura a limpeza interna dos motores, tanto Diesel como gasolina, GPL ou biodiesel, sem obrigar a desmontar uma única peça. “Funciona

extremamente bem. É um equipamento surpreendente. Com resultados inacreditáveis. Temos clientes que compram a máquina e, ao fim de seis meses, pagam o equipamento”, assegura Pedro Santos. O modo de funcionamento desta máquina de “alta eficiência” é possível de resumir em poucas palavras. “Por intermédio do eletrólise, o equipamento permite dissociar o oxigénio e o hidrogénio presente na água, fornecendo o

gás OxiHidrogénio, também conhecido por HHO ou gás de Brown”, adianta. “O elevado poder calorífico deste gás injetado dentro do motor, faz com que a temperatura da combustão suba rapidamente, provocando uma pirólise controlada, desintegrando e removendo todos os depósitos de carbono acumulados”, sublinha. Um processo que demora não mais do que 30 minutos nos motores a gasolina e perto de uma

hora nos restantes. “O único resíduo que deixa é água. O que sai pelo escape é apenas água. Não recorre a químicos”, acrescenta. De resto, o novo equipamento “está a ter aceitação, mas ainda estamos numa fase de tentar explicar as vantagens. É mais difícil vender a quem não entende o processo e o negócio. Porque esta máquina gera valor numa oficina”. Os

na disponibilidade, mais binário e vai consumir menos”, afirma.

resultados podem ser avaliados no preciso momento em que um cliente leva o veículo a uma oficina. “Se o carro já tiver dois ou três anos, já perdeu potência sem o cliente dar por isso. Foi-se habituando ao motor e à perda de potência, porque, como não é momentânea, não se nota. Depois da descarbonização, feita por esta máquina, o cliente achará que puseram mais potência no automóvel. Todos os clientes notam a diferença:

vasto e um grande acompanhamento técnico. Tudo o que interessa às oficinas. Estamos confiantes. Ter produtos desta natureza ajuda muito. Trabalhamos com marcas de grande qualidade. E essa é a chave: trabalhar com produtos de qualidade, que façam confiança do cliente”, diz. Para ajudar a “manter a forma”, a Intermaco realiza ações de formação todos os meses. Não só internas, como externas, para os nossos clientes”, remata Pedro Santos. ✱

n  FUTURO RISONHO Pedro Santos encara com otimismo o futuro da empresa. Desde logo, pela qualidade do portefólio de equipamentos e ferramentas que tem ao seu dispor. “Desde diagnóstico ao ar condicionado. Somos especialistas. Temos um catálogo muito

Intermaco Diretor-geral  Pedro Santos  |  Morada  Arruamento “E”, Zona Industrial/Apartado 88, 3854 - 909 Albergaria-a-Velha Telefone  234 520 110  |  Fax  234 520 119  |  Email intermaco@intermaco.pt  |  Site www.intermaco.pt www.jornaldasoficinas.com

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EMPRESA Suspartes

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Herbert Kemp (à esq.ª), gestor das empresas Suspartes e Parabólica; João Loureiro (à dta.), atual responsável pela Oficina Parabólica

Especialista em pesados › Representante da SAF Holland em regime de exclusividade para Portugal, a Suspartes é uma empresa especialista em pesados que dispõe de elevado conhecimento técnico. Do seu universo, faz parte a Parabólica, oficina que entre suspensões, travões e material de engate, abre uma média de oito obras por dia Por: Bruno Castanheira

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Suspartes, fundada em 1987 pelos atuais sócios-gerentes, Herbert Kemp e Manuel Ramos, é, atualmente, administrada pelos gerentes Herbert Kemp e Vanessa Ramos. A empresa começou a sua atividade no comércio, importação e exportação de peças para veículos pesados (camiões, tratores, semirreboques e cisternas). Natural da Holanda, Herbert Kemp veio para Portugal aos cinco anos de idade. Quando começou a trabalhar, foi para a Tanzânia dirigir uma oficina de pesados que pertencia a uma empresa holandesa. “Trabalhei, também, em oficinas de uma companhia de transportes na Alemanha. A minha formação é nessa área. Quando regressei a Portugal, comecei a desempenhar a minha função apenas comercialmente. Mais tarde, com a criação da Parabólica, em 1989, dois anos depois da Suspartes, comecei a dar algum Agosto I 2018

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apoio técnico”, recorda Herbert Kemp ao Jornal das Oficinas. E como conheceu Manuel Ramos? “Eu tinha um escritório em Lisboa, uma vez que já trabalhava na exportação de peças dentro do setor automóvel, nomeadamente molas para suspensões de camiões. Na fábrica onde comprava as molas, trabalhava Manuel Ramos. Foi assim que nos conhecemos. Estava eu em Lisboa e ele na margem sul, mais concretamente no Seixal”, explica o nosso interlocutor. Quando iniciou a sua atividade, em 1987, a Suspartes apenas dispunha de um escritório na Amora. “Cerca de dois anos volvidos, passámos para Fernão Ferro. Até porque começámos, nessa altura, com a oficina de pesados. Em 1999, quer a Suspartes quer a Parabólica mudaram-se para onde se encontram atualmente, na Zona Industrial de Vila Amélia, na Quinta do

Anjo (Palmela)”, dá conta Herbert Kemp, no tom simpático e calmo que o caracteriza. n  REPRESENTAÇÃO SAF HOLLAND Há mais de três décadas, quando arrancou com o negócio, a ideia da Suspartes era ter material de suspensão para o mercado nacional, nomeadamente molas. “Começámos a abastecer todos os fabricantes de reboques (nessa altura, tudo tinha suspensão mecânica) com molas que comprávamos no estrangeiro ou em Portugal”, relembra o sócio-gerente. Que acrescenta de seguida: “Graças ao contacto que mantivemos com os fabricantes de reboques, fomos abordados pela SAF (na época Sauer Achsenfabrik) para passarmos a representá-la em Portugal. Dissemos logo que sim. Era um grande desafio. E a SAF, nessa altura, era das

poucas empresas que produzia suspensões pneumáticas. Vimos que era uma boa aposta e que o futuro passaria por aí. Em 1989, começámos a representar a SAF no nosso país”. Fruto da fusão que houve, em 2006, entre a Otto Sauer Achsenfabrik, na Alemanha, e a The Holland Group, nos EUA, a SAF Holland passou a fabricar eixos e suspensões para reboques, quintas rodas e pernos de apoio. Ou seja, todo o equipamento de engate, de atrelagem e de suspensão para camiões e reboques. A Suspartes sempre trabalhou com pesados. É esta a sua especialidade. E assim continuará. “A nossa oferta, hoje, é muito mais ampla do que era no início. Como a SAF era apenas fabricante de eixos e suspensões, a nossa gama era mais restrita. Com a fusão e as aquisições que a SAF Holland tem vindo a fazer ao longo

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do tempo (como, por exemplo, a G+F, o segundo maior fabricante de kit de rodas na Europa, a Orlandi, de Itália, e a York, que detém uma fábrica na China e outra na Índia), o produto foi aumentando”, explica Herbert Kemp. “Somos especialistas em tudo o que diz respeito a suspensões para veículos pesados. A nossa vitória neste mercado foi o conhecimento técnico de que dispomos. Foi por isso que fizemos, praticamente desde o início, a nossa oficina. Conseguimos dar apoio técnico a todos os produtos que comercializamos, além de trabalharmos para outras marcas. Temos o conhecimento técnico do material que vendemos. E esta é, sem dúvida, uma grande vantagem”, assegura o responsável.

n  PORTEFÓLIO DE QUALIDADE Com uma equipa composta por 20 pessoas, das quais oito pertencem à Suspartes e 12 estão alocadas à Parabólica, no universo das duas empresas, 80% da faturação é assegurado pela venda de componentes (a atividade da Suspartes), ficando 20% a cargo dos serviços oficinais (o negócio da Parabólica, que, entre sus-

com o maior grau de satisfação possível. É, basicamente, este o meu papel enquanto responsável da oficina”, acrescenta. Todos os produtos que a Suspartes comercializa provêm da SAF Holland. Suspartes é apenas e só SAF Holland. “A nossa gama pode ser vista como algo limitada, é um facto, por não ser realmente muito extensa. Mas a própria SAF Holland tem criado uma linha secundária, com todas as garantias, apoio e qualidade, que se chama Sauer. O que nos tem permitido aumentar o portefólio de produtos. Temos material original e, depois, propomos outra gama, que permite, digamos, uma segunda vida do veículo”, frisa Herbert Kemp. Revelando que “a Suspartes dispõe de cerca de 150 clientes” e que

da oficina, 70% da reparação está centralizado no distrito de Setúbal, ficando os restantes 30% para as outras zonas do país”, esclarece Herbert Kemp. Revelando, de seguida, que “o setor dos pesados é difícil e muito concorrido. Os custos para os transportadores têm aumentado bastante. Eles têm de ir à procura de soluções mais acessíveis. O nosso negócio não é fácil, mas temos o melhor produto do mercado. Estou convicto disso. Tal como os nossos clientes, que continuam a escolher-nos”. Com garantias bastante longas, que chegam, em alguns casos, aos seis anos, a Suspartes assegura que vai seguir as regras da SAF Holland e que vai manter-se na SAF Holland. “Sem perdermos a especialização que temos, aumentaremos a gama se for

aquilo que mais vende são “conjuntos de eixos com suspensão pneumática agregada aos fabricantes de reboques”. De acordo com o sócio-gerente, a Suspartes “comercializa todas as peças que tem a SAF Holland. Vendemos a revendedores e, também, a transportadores, que são o nosso cliente final. Em termos de percentagem, a maior fatia pertence aos revendedores, com 40%. Depois, 20% são para transportadores, 20% para oficinas e 20% para construtores de reboques”, revela o responsável. Acrescentando que, “na oficina, que conta com uma carteira de 500 clientes, fazemos reparações de outras marcas. Somos especializados em suspensão e travões. Dispomos de todos os equipamentos para tal (bancos de ensaio incluídos). Compramos no mercado as peças que forem necessárias para fazer as intervenções”.

necessário e se a SAF Holland assim o entender”, afirma o sócio-gerente. “Não contando com os eixos, a Sauer reúne 10% das vendas da Suspartes, ficando os restantes 90% para a SAF Holland. Introduzimos a Sauer na nossa oferta há dois anos. E temos vindo a aumentar a gama”, dá conta o nosso interlocutor. Com cerca de meio milhão de euros em stock permanente, todo o material que chega à Suspartes provém da Alemanha, ainda que a produção possa ter ocorrido noutros países. Semanalmente, a empresa recebe um camião. Depois, expede as peças por intermédio de três transportadoras. Na zona de Lisboa, as entregas são feitas da manhã para a tarde. Nas restantes áreas, o prazo é de 24 horas. E quanto ao futuro? “Queremos aumentar a nossa faturação e chegar cada vez mais perto do cliente final. Pretendemos incrementar as nossas vendas. Por vezes, é complicado, fruto da nossa gama um pouco reduzida. Mas precisamos de ter cada vez mais vendedores e de dispor de uma logística para conseguir isso”, conclui Herbert Kemp. ✱

pensões, travões e material de engate, abre uma média de oito obras por dia). A Parabólica começou por ser uma oficina de suspensão de molas, atividade que, de resto, reúne, hoje, 40% da faturação (ainda que as suspensões tenham evoluído ao longo dos anos para pneumáticas), mas alargou a sua intervenção a outras áreas do veículo. Esta oficina tem como líder João Loureiro. É ele quem gere a atividade da Parabólica. Cargo que acumula com o de responsável pelas garantias e pelo apoio técnico no aftermarket. “Entrei para a empresa no ano 2000 e comecei o meu percurso na parte da laboração oficinal. Depois, em 2001, assumi o serviço de assistência e garantias. Também faço parte da revenda, ou seja, dou apoio a todos os

componentes que são disponibilizados”, conta ao Jornal das Oficinas o chefe da oficina. “Ser responsável da Parabólica é um novo desafio. A minha função passa por garantir que todos os processos oficinais que estão implementados ou que venham a sê-lo, sejam cumpridos. E que os serviços sejam executados de modo a que o cliente saia das nossas instalações

n  MEIO MILHÃO EM STOCK A Suspartes e a Parabólica acabam, no fundo, por ser um grupo. De dimensão nacional. “Os componentes que comercializamos chegam ao país todo. Já no caso

Suspartes – Comércio Internacional de Suspensões e Peças, Lda. Gerentes  Herbert Kemp e Vanessa Ramos  |  Sede  Lote 107, Vila Amélia, 2950 – 805 Quinta do Anjo Telefone  212 134 710  |  Fax  212 103 206  |  Email geral@suspartes.pt  |  Site www.suspartes.pt www.jornaldasoficinas.com

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TÉCNICA&SERVIÇO Tipos de lixa e qualificação dos bate-chapas

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Processos de lixamento eficientes › Dentro das numerosas operações que se realizam durante o processo de pintura de um veículo, as de lixamento são especialmente relevantes. O bate-chapas tem de mostrar toda a sua experiência, formação e capacidades para conseguir excelentes resultados quanto à qualidade final

O

pintor realizará a imensa maioria dos trabalhos de lixamento na zona de preparação de superfícies dentro dos denominados trabalhos de fundo, que reúnem aquelas operações do processo realizadas antes de se aplicarem as pinturas de acabamento. A aderência mecânica entre camadas extra que o lixamento proporciona junta-se à própria aderência química que certos produtos possam ter entre si. n  FASES DE UM PROCESSO DE LIXAMENTO A cronologia dos processos de lixamento é a seguinte: l  Lixamento dos rebordos da superfície reparada: realiza-se sobre a chapa ou plástico reparado, para eliminar o relevo ou rebordo que criam as diferentes camadas de pintura. Também se eliminam as marcas de lixa criadas pelo bate-chapas no seu trabalho e aquelas camadas que aderiram mal ou em mau estado.

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l  Matificação da cataforese: as peças novas a pintar apresentam-se com uma camada de pintura anticorrosiva, chamada cataforese. O seu lixamento ou matificação consiste em abrir o poro, tentando eliminar a menor quantidade de material possível. l  Lixamento das massas de poliéster: realiza-se para nivelar as superfícies e prepará-las para receberem outras pinturas de fundo, como os primários e os aparelhos.

escorrimentos), ou durante a montagem final das peças e dos seus acessórios (riscos superficiais). Os fabricantes de abrasivos desenvolveram lixamentos eficientes para estes trabalhos, minimizando o número de passos e, sobretudo, o processo de polimento e abrilhantamento com abrasivos químicos.

l  Lixamento do aparelho: proporciona um bom suporte para as pinturas de acabamento, com o lixamento do aparelho nas superfícies danificadas e a matificação do resto da peça.

Quando as pinturas estão completamente secas, podem existir os últimos microlixamentos. Realizam-se para corrigir pequenas imperfeições sofridas durante o processo de pintura (manchas de pó,

Sistema de lixamento Colad

n  IMPORTÂNCIA DOS LIXAMENTOS O custo da mão de obra numa reparação de pintura supera o dos materiais necessários para a correta preparação e embelezamento das superfícies. Trataremos os processos de lixamento necessários para reparar e pintar as superfícies danificadas de um veículo a partir destes dois pontos de vista: a elevada percentagem de tempo que o pintor deve investir e o custo económico dos materiais. Durante mais de 30% do seu tempo de produção, o pintor realiza trabalhos de lixamento de rebordos, de massas, de aparelhos, ou de tintas e vernizes envelhecidos. Assim, é o tempo de toda a reparação no qual se emprega maior número de horas. Por sua vez, o custo dos diferentes abrasivos implica, somente, cerca de 4% do total da reparação. O segundo valor mais baixo. n  PROCESSOS DE LIXAMENTO MAIS EFICIENTES Conseguir um processo de lixamento eficiente, quanto a mão de obra, pode

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1 Sistema OSP da Mirka 2 Sistema Cyclonic da Norton 3 Abrasivos Kovax 4 Abrasivos Silver, da Zaphiro

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ser vital na rentabilidade dos trabalhos de pintura. Está sujeito a vários fatores: a capacidade ou qualificação dos pintores, as lixas, os equipamentos ou ferramentas de lixamento (lixadoras) e outros acessórios necessários (tacos de lixamento, pratos). Toda a experiência e formação dos pintores na realização dos processos de lixamento será fundamental, visto que, durante um longo período de tempo, são os encarregados de realizar estes trabalhos. Como em qualquer “receita”, é recomendável utilizar lixas e abrasivos de qualidade, que mantenham um poder de corte produtivo ao longo da sua vida útil e permitam uma boa aspiração do pó produzido no lixamento. Para se ser mais rápido, não é necessário gastar muitos discos de lixa, mas sim rentabilizar bem aqueles que são utilizados. Os fabricantes de abrasivos incorporam na sua gama de produtos abrasivos convencionais, com uma gra-

nulometria FEPA muito ampla (desde P60 até P800). Também desenvolvem processos de lixamento eficientes, onde determinam o uso concreto de certos grãos abrasivos para realizar o processo de lixamento completo numa reparação de pintura. As lixadoras, sejam elétricas ou pneumáticas, constituem uma parte importante nos processos de lixamento eficientes. Mais do que as próprias ferramentas em si, a maior eficiência no lixamento será conseguida com a combinação das órbitas de trabalho que ofereçam. Os equipamentos de lixamento mais utilizados costumam ter uma órbita de 5 mm, a mais frequente nas oficinas, mas existem, também, lixadoras com órbitas de 7 ou 8 mm para operações de maior desbaste e de 2,5 ou 3 mm, para operações de matificação e lixamento finais. Combinando duas e, inclusivamente, três órbitas, por oposição a apenas uma para realizar todos os trabalhos de lixamento, o processo

Processo CONVENCIONAL Uma única órbita Maior número de passos de lixamento

Menor número de passos de lixamento

Maior consumo de abrasivos

Menor consumo de abrasivos

Maior tempo de trabalho de lixamento

Menor tempo de trabalho de lixamento

Boa qualidade

Boa qualidade

Fraca eficiência

Máxima eficiência

de reparação torna-se mais vantajoso, eficaz e eficiente. A dureza dos pratos nas lixadoras, as interfaces de espuma ou os tacos para o lixamento manual influenciam, de igual modo, a eficiência. A melhoria na aspiração, mediante abrasivos tipo malha, sistemas de aspiração multiorifícios, também favorece o processo, visto que o pó produzido durante o lixamento é rapidamente aspirado, evitando, deste modo, a falta de ação prematura dos abrasivos, marcas (caracóis) nas camadas de pintura.

SISTEMAS DE LIXAMENTO Convencional

Eficiente

Operações

Grãos

Órbitas

Grãos

Órbitas

Lixamento dos rebordos das reparações em chapa

P80 - P120

5 mm

P100 - P120

7 - 8 mm

Matificação da cataforese em peças novas

P320 - P400

5mm

P320 - P400

5 – 7 mm

Lixamento das massas

P80 - P120

5 mm

P100 – P150

7 – 8 mm

Afinação de massas e preparação do aparelho

P180 - P220

5 mm

P220 – P240

5 – 3 mm

Benefício em tempos e materiais ✔ Semelhante ✔ Semelhante

Lixamento e afinação do aparelho

P400- P500

5 mm

P400 - P500

2,5 – 3 mm

Matificação do resto da peça ou peças adjacentes

P600 - P800

5 mm

P600

2,5 - 3 mm

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Processo EFICIENTE Combinando órbitas

n  LIXAMENTO EM QUATRO PASSOS Os fabricantes de abrasivos estão a criar linhas de lixamento exclusivas para se conseguir a máxima eficiência no processo. Alguns continuam a contar com a granulometria FEPA, mas elegendo apenas quatro grãos abrasivos para realizar um trabalho eficiente. Outros, pelo contrário, criam um novo sistema de quatro passos, em que os discos são enumerados de 1 a 4, sendo o 1 o grão de maior abrasão e o 4 o mais fino de todos. Alguns fabricantes apostam em tingir com diferentes cores os seus abrasivos, facilitando, desta forma, a rápida identificação, por parte do pintor, dos abrasivos a utilizar. Estes processos de lixamento eficientes costumam combinar lixadoras de duas ou três órbitas diferentes, facilitando, assim, a maior rentabilidade e qualidade final. Tendo em conta a quantidade de tempo empregue pelo pintor para realizar este tipo de trabalhos e a sua importância nas reparações de pintura, comparando com o baixo custo dos materiais utilizados, é fácil entender a sua transcendência. A oficina deve dotar a área de pintura com bons equipamentos e ferramentas de lixamento, com aspiração eficaz e diferentes órbitas de lixamento, acessórios, como tacos ou pratos de diferente dureza e lixas de qualidade, para melhorar a eficiência do lixamento nas operações de pintura.  ✱ Agosto I 2018

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TÉCNICA&SERVIÇO Otimização de processos e equilíbrio ambiental

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Aproveitamento energético da oficina › Para além das ações de redução de consumo elétrico, é possível implantar nas oficinas outras medidas que permitem otimizar os consumos, tais como melhorias tecnológicas em equipamentos e processos e aproveitamento de água

N

as oficinas de reparação, para além da poupança energética, podem aplicar-se determinadas medidas e melhorias que incidam na redução das despesas, atendendo tanto a normas preventivas como a ações que fazem parte dos diferentes processos. n  CONSUMO DE ÁGUA l  Água da lavagem de veículos A lavagem dos veículos com pontes de lavagem consome entre 80 e 100 litros por cada viatura. A adoção de um sistema de reciclagem para o abastecimento de água da máquina permite utilizar 80% de água reciclada. Para isso, além do decantador de sólidos e do separador de gorduras, coloca-se um terceiro depósito no qual a água recuperada volta ao circuito de lavagem, deixando a utilização de água limpa para o enxaguamento final. A poupança é significativa para as oficinas e benéfica para o ambiente. l  Aproveitamento da água da chuva Através da utilização de depósitos à superfície ou enterrados, podemos aproveitar as águas pluviais das coberturas Agosto I 2018

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e telhados para posterior utilização. As águas pluviais, recolhidas, filtradas e armazenadas, constituem uma fonte alternativa de água de boa qualidade, embora exijam a utilização de sistemas que separem os sedimentos sólidos. As águas pluviais utilizam-se principalmente no abastecimento de autoclismos, na rega de zonas ajardinadas, na lavagem de pisos, no interior e/ou exterior de edifícios e na lavagem de veículos. Algumas empresas também utilizam as suas próprias captações de águas subterrâneas para evitar o consumo de água pública. l  Utilização de filtros em torneiras A utilização de arejadores nas torneiras implica incluir ar no jato de água, permitindo poupanças de 40 a 50% sem qualquer inconveniente para o utilizador. l  Utilização de fontes de água engarrafada Nas oficinas onde ocorra um consumo apreciável de água engarrafada, é muito interessante a utilização de fontes de água, visto que permitem dispor de água fria em qualquer momento e reduzir a zero as embalagens de plástico da água.

O aproveitamento, consumo responsável e tratamento adequado das águas proporciona vantagens individuais para a empresa, que beneficiam a sociedade em geral e o ambiente natural. É necessária uma tomada de consciência para pôr em marcha este tipo de processos e padronizá-los, tal como as restantes melhorias tecnológicas e sistemáticas descritas em seguida. n  MELHORIAS TECNOLÓGICAS EM EQUIPAMENTOS l  Estufas de pintura Convencionalmente, as estufas de pintura funcionavam com gasóleo como combustível e com um motor para a insuflação e extração de ar, o que permitia dispor de um caudal de ar de 20.000 m3/h. A obrigação da utilização de tinta de água exigiu mais caudal de ar para a renovação na estufa, o que implicou a integração de dois motores independentes para a insuflação e para a extração, os quais, para renovar 25.000 a 30.000 m3/hora, tinham de ter 15 cv (11 kW) cada um. A mudança do gasóleo para gás implica melhor rendimento energético, sem emis-

sões de S02 e com menor emissão de CO2. As despesas com o combustível também diminuem. Atualmente, a utilização de motores inverter de alta eficiência, de sistemas de recuperação do ar quente, de materiais

A lavagem de veículos pode permitir poupar 75% da água e contribuir para o equilíbrio do espaço natural envolvente mais leves e de novas conceções de turbinas está a permitir reduzir para metade a potência nominal destes motores. Isto traduz-se numa poupança no consumo e, inclusivamente, na potência a contratar pela oficina. Uma consequência disto é, também, a diminuição do ruído emitido. Isto é complementado com a introdu-

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ção, cada vez maior, de autómatos, que podem ser programados para adequar os ciclos de aplicação, os tempos de evaporação e de secagem ao tipo de tinta a utilizar e às peças a pintar. E, inclusivamente, para utilizar o produto específico, permitindo que a energia e os tempos sejam cada vez mais ajustados, sempre com menor gasto energético e menor tempo de utilização da estufa. l  Soldaduras de pontos por resistência Os novos aços utilizados no fabrico de carroçarias implicam dispor de máquinas de soldadura de pontos com mais intensidade, passando de 5.000-6.000 amperes para os 12.000-14.000 atuais, recomendados pelos fabricantes nos respetivos processos de trabalho. Estas máquinas implicavam a existência de uma ligação de 63 amperes na oficina que, normalmente, devia ser instalada como uma linha adicional. As novas máquinas de soldadura de pontos, com transformador na pinça de soldadura e eletrónica de funcionamento, fazem com que as possamos utilizar inclusivamente com tomadas de 32 amperes e, em casos especiais, de 45 amperes. Estas tomadas são muito mais frequentes nas instalações das oficinas. l  Recuperação de calor dos compressores Os compressores de ar comprimido das oficinas absorvem energia, que convertem em calor na quase totalidade. Mais de 90% da energia de funcionamento de um compressor é desperdiçada na forma de calor gerado pelo motor e pela secagem, sendo dissipado no ambiente. Este calor é utilizável de forma bastante simples através de sistemas adaptados ao próprio compressor ou ao local: l  Recuperação do calor do local Um compressor eleva a temperatura do óleo de funcionamento para 90°C e o local onde se encontra pode superar os 45°C de temperatura. Nestas salas, é normal dispor de um sistema de extração de ar para baixar a temperatura ambiente, enviando o ar para o exterior. Através de um sistema bypass, podemos colocar uma conduta para o aproveitamento do ar quente resultante do funcionamento do compressor, projetando-o para outras zonas no interior da oficina próximas da zona de espera,

no inverno, e para o exterior, no verão. Outros sistemas levam o ar diretamente da saída de ar do compressor. l  Apoio à água quente ou ao aquecimento Colocando um permutador de placas água-óleo no circuito do óleo do compressor, conduz-se esse calor para o circuito de água quente ou aquecimento, melhorando a sua produção, com temperaturas inclusivamente superiores a 60°C. A recuperação de calor permite, não só, uma melhor gestão energética, mas, também, um funcionamento mais eficiente do equipamento. Este investimento é recuperado rapidamente. l  Utilização de portas rápidas Se conseguimos ter uma temperatura confortável na oficina, esta deteriora-se rapidamente com a abertura de portões de acesso tradicionais. A utilização de portões de abertura e fecho rápido automáticos, com velocidades até três metros por segundo, mantêm a temperatura e evitam as correntes de ar nas oficinas. n  MELHORIAS TECNOLÓGICAS NOS PROCESSOS l  Aplicação de aparelhos e vernizes Os fabricantes de tinta estão a lançar no mercado produtos para aplicação de fundos e vernizes de acabamento que reduzem drasticamente a utilização do calor da estufa, passando dos habituais 40 minutos a 60°C para a respetiva secagem para cinco minutos a 60°C ou 20 minutos a 40°C. Isto permite reduzir o tempo por veículo e aumenta o rendimento da estufa de pintura, ponto crítico habitual nas oficinas. Também estão a ser desenvolvidos produtos para a secagem ao ar sem utilização de calor e, inclusivamente, de secagem por absorção de humidade. l  Processo húmido sobre húmido Habitualmente, o aparelho aplicava-se realizando um primeiro mascaramento, aplicação do produto, secagem com calor (forno/estufa ou infravermelhos), lixamento e um segundo mascaramento para a aplicação das tintas de acabamento (cor e verniz). Os sistemas húmido sobre húmido eliminam o lixamento e algumas limpezas e desengorduramentos, para se realizar um único mascaramento. A secagem limita-se a um

reduzido tempo de evaporação indicado pelo fabricante nas respetivas fichas técnicas, para, em seguida, se aplicar cor. Esta técnica aplica-se nos ligeiros, sobre peças novas e pintura de interiores (compartimentos do motor, alojamentos de roda sobresselente), sendo muito comum na pintura de veículos industriais, agrícolas e autocarros. Aplicar este processo de trabalho, aumentará a rentabilidade, reduzindo os materiais de lixamento, desengorduramento e mascaramento. Além de que encurtará tempos de processo, assim como otimiza o consumo energético. l  O expediente eletrónico Cada vez mais, os concessionários e as oficinas dispõem de programas informá-

O expediente eletrónico evita a utilização de papel, com o consequente contributo para o ambiente

ticos de gestão que eliminam a utilização de papel, digitalizando os múltiplos documentos da reparação, pelo que os documentos em papel são mínimos. Como exemplo disso, podemos referir o envio da marcação para a oficina através de correio eletrónico e SMS, entrega do recibo de depósito ao cliente, em pdf, por correio eletrónico, a troca de relógios de ponto com papel por registo de ponto através de um terminal informático, transmitindo os dados diretamente ao programa informático de gestão, a gestão de peças de substituição através da utilização de portais na Internet. Portanto, o expediente eletrónico evita a utilização de papel, com o consequente contributo para o ambiente. www.jornaldasoficinas.com

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n  UTILIZAÇÃO DE VEÍCULOS ELÉTRICOS Os concessionários e as oficinas já têm, como prática habitual, a cedência de um veículo de cortesia enquanto é realizada uma reparação. Um passo adicional neste avanço é a utilização do veículo elétrico tanto para utilização do cliente como no caso dos veículos da empresa. Estão a ocorrer casos de veículos de substituição elétricos para condutores de motociclos ou de bicicletas elétricas. A melhoria ambiental é evidente. Complementar esta tecnologia com a formação em técnicas de condução eficiente contribui para se alcançar o objetivo. Também contribui para a boa imagem da oficina. l  Automatização de sistemas nos escritórios Não é invulgar encontrarem-se escritórios que mantêm todos os equipamentos a utilizar ligados desde a hora de abertura até à hora de encerramento sem qualquer tipo de controlo. Alguns conselhos de melhoria podem ser: l  Para a climatização do ar do escritório deve procurar realizar-se renovações em função da temperatura exterior, combinando o ar exterior com o ar a extrair. l  A desativação automática programada dos equipamentos informáticos permite uma grande poupança nos sistemas (consumo em modo de espera), assim como a crescente utilização de detetores de presença. Embora o consumo dos mesmos não supere 2% do total, a poupança pode chegar aos 10%. l  Programa de manutenção de instalações e de equipamentos A manutenção periódica dos equipamentos contribui, de forma importante, para um ótimo rendimento e para prolongar a vida útil dos sistemas. Uma boa manutenção deve ficar refletida num plano no qual se detalhe a identificação do equipamento, o técnico de manutenção designado (interno ou externo), a periodicidade da revisão e as datas da última revisão e da próxima prevista. Tudo isso deve ser garantido com os correspondentes registos ou evidências das mesmas.  ✱ Agosto I 2018

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MUNDO AUTOMÓVEL 64

AVALIAÇÃO OBRIGATÓRIA

Algodão doce

Mercedes-AMG C 43 4Matic Cabriolet

› Branco como o algodão, doce como o açúcar cristalizado. Equipado com motor V6 de 3,0 litros com 390 cv, que são transmitidos às quatro rodas (na proporção de 31% para a frente e 69% para trás) por intermédio de uma caixa automática de nove velocidades, o Mercedes-AMG C 43 4Matic Cabriolet seduz Por: Bruno Castanheira

U

m AMG é sempre um AMG. Seja qual for o figurino que apresente e a cor da indumentária. Sem ser demasiado compacto nem excessivamente comprido, o C 43 4Matic Cabriolet ensaiado nesta edição do Jornal das Oficinas tem as proporções certas. E destaca-se das versões “convencionais” pelos seus (inúmeros) atributos físicos, que mais adiante mencionaremos. O descapotável de quatro lugares mais pequeno da Mercedes-Benz é dos melhores cabrios que conduzimos. Alvo de uma atualização, que foi dada a conhecer na primavera deste ano, viu todos os seus argumentos serem refinados, desde a componente estética até ao plano mecânico, passando Agosto I 2018

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pelos acabamentos, pelo novo volante e pela funcionalidade de alguns comandos. O que já era bom, ficou ainda melhor. ■  CLASSE DESPORTIVA Vestido de branco, o C 43 4Matic Cabriolet ganha um ar imaculado que não consegue passar despercebido, por mais que tente. Grande parte do seu apelo deve-se à classe desportiva, com a secção dianteira a exibir uma expressão mais forte graças às inserções aplicadas na grelha do radiador, às cavas das rodas retocadas e ao novo acabamento do “lábio” inferior. De perfil, sobressaem as novas minissaias e as jantes AMG aerodinamicamente melhoradas, que conseguem otimizar o consumo de

combustível e aumentar a refrigeração dos travões. Quanto à traseira, destacam-se os novos acabamentos que envolvem as saídas de escape, o retocado difusor e o spoiler pintado na cor da carroçaria. Seja com a capota de lona colocada ou recolhida, o C 43 4Matic Cabriolet consegue ser sensual todas as horas do dia e todos os dias do ano. Bem construído, rodeado de fortes medidas de segurança, espaçoso q.b. e funcional, o habitáculo seduz, também, pelo posto de condução ótimo e pelo design desportivo. Também no interior, a presença do “espírito” AMG faz toda a diferença. E, como não podia deixar de ser, o facto de dispor de vários extras torna

ainda mais agradável a estadia a bordo. A saber: assistente de ângulo morto (€600); banco do passageiro com ajuste elétrico (€650); pack de memórias no assento do condutor (€1.000); pack fumadores (€60); Comand Online (€2.500); sistema de luzes inteligente LED (€750); sistema de som Burmester (€950); bancos dianteiros aquecidos (€400); acabamento interior em carbono/alumínio (€1.200); pack parking (€1.300); pack espelhos (€550); Night Edition AMG (€3.200); sistema de escape desportivo AMG (€1.500). A bagageira oferece um volume quase simbólico. Já os lugares posteriores, não permitem que dois adultos viagem confortavelmente durante muito tempo.

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MOTOR Tipo 6 cilindros em V a 60°, longitudinal, dianteiro Cilindrada (cc) 2996 Diâmetro x curso (mm) 88,0x82,1 Taxa de compressão 10,5:1 Potência máxima (cv/rpm) 390/6100 Binário máximo (Nm/rpm) 520/2500-5000 Distribuição 2x2 v.e.c., 24 válvulas injeção direta de gasolina Alimentação 2 turbocompressores Sobrealimentação TRANSMISSÃO Tração Caixa de velocidades

integral perm. com ESP automática de 9+ma DIREÇÃO

pinhão e cremalheira Tipo sim (eletromecânica) Assistência Diâmetro de viragem (m) 12,1 TRAVÕES Dianteiros (ø mm) Traseiros (ø mm) ABS

discos ventilados (360) discos ventilados (320) sim, com EBD+BAS SUSPENSÕES

Dianteira independente Traseira multilink Barra estabilizadora diant./tras. sim/sim PERFORMANCES ANUNCIADAS Velocidade máxima (km/h) 250 0-100 km/h (s) 4,8 Cons. Extra-urb./comb./urb. (l/100 km) 7,9/9,8/12,9 Emissões de CO2 (g/km) 223 Nível de emissões Euro 6

A atenção dada à elaboração de cada detalhe é apenas um dos inúmeros atributos deste cabrio. As prestaçoes fulgurantes, a elevada competência dinâmica, o rigor da construção e o posto de condução ótimo, contribuem, também, para o elevado poder de sedução deste AMG

DIMENSÕES, PESO E CAPACIDADES

■  PAPA-LÉGUAS Equipado com suspensão desportiva, direção precisa, rápida caixa automática de nove velocidades com patilhas no volante, eficaz sistema de tração integral (sendo a distribuição do binário de 31% para a frente e 69% para trás) e umas enormes “borrachas” (Continental SportContact 6, de medida 225/40ZR19 93Y XL no eixo dianteiro e 255/35ZR19 96Y XL no eixo traseiro), o C 43 4Matic Cabriolet é um papa-léguas. Por outras palavras, tem enorme apetência para devorar quilómetros, cumprindo de forma brilhante a missão para a qual foi concebido: proporcionar prazer de condução e prestações fulgurantes. Envolvente, ágil

e reativo como poucos, tudo o que faz, faz bem. Com a maior das facilidades e em total segurança. Até porque a suspensão desempenha muito bem o seu papel, sem ser radicalmente firme, e os pneus mantêm a carroçaria colada ao asfalto como uma lapa. Face ao modelo anterior ao restyling, o novo C 43 4Matic Cabriolet oferece mais 23 cv. O motor V6 biturbo, que é bem explorado por intermédio de uma caixa automática de nove velocidades (que viu as relações serem otimizadas) propõe nada menos do que 390 cv e 520 Nm, contando com sistema start/stop. Exibindo uma sonoridade viciante, as performances criam dependência: quanto mais depressa se circula, mais se quer elevar a fasquia da velocidade máxima. Que está limitada (eletronicamente) a 250 km/h. Já o arranque dos 0 aos 100 km/h, faz-se num ápice: 4,8 segundos. Para um cabrio com 1.885 kg de peso (em vazio), não está nada mal. Ao volante deste Mercedes-AMG, é normal sentirmos o estômago subir à boca e o cérebro flutuar dentro do crânio nos arranques a fundo. Nada de novo, é um facto, mas sempre de assinalar. Equipado com travões potentes, este descapotável de quatro lugares dispõe ainda de quatro modos de condução, bem conhecidos do Dynamic Select (de baixo para cima no painel de instrumentos): “Comfort”; “Sport”; “Sport+”; “Individual”.  ✱ www.jornaldasoficinas.com

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Cx 0,32 Comprimento/largura/altura (mm) 4693/1810/1405 Distância entre eixos (mm) 2840 Vias frente/trás (mm) 1602/1558 Capacidade do depósito (l) 66 Capacidade da mala (l) 285 Peso (kg) 1885 Relação peso/potência (kg/cv) 4,83 Jantes de série fr.-tr. 7 1/2Jx18” – 8 1/2Jx18” Pneus de série fr.-tr. 225/45ZR18 95Y XL 245/40ZR18 97Y XL Pneus de teste fr.-tr. Continental SportContact 6, 225/40ZR19 93Y XL 255/35ZR19 96Y XL GARANTIAS Mecânica Pintura Anticorrosão

2 anos 2 anos 30 anos ASSISTÊNCIA

1.ª revisão 1 ano ou 25.000 km Custo 1.ª revisão (c/ IVA) €507,95 Intervalos 1 ano ou 25.000 km PREÇO (s/ despesas) €95.850 Unidade testada €110.509 Imposto Único de Circulação (IUC) €687,71 Agosto I 2018

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MUNDO AUTOMÓVEL NOTÍCIAS

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Volvo Car Mobility apresentou marca “M”

Terceira geração do VW Touareg desde €83.900 O novo SUV de grande porte da Volkswagen, o Touareg, chegará ao mercado nacional no próximo mês de setembro. Esta terceira geração é encarada como o novo porta-estandarte “hi-tech” da Volkswagen e afirma revolucionar a classe dos SUV premium, colocando-se como a referência em digitalização graças ao “Innovision cockpit”, inovador sistema de infoentretenimento que integra um ecrã central de 15”, e o Active Info Display de 12,3”. Os sistemas de assistência à condução, como o “Night Vision”, que permite detetar peões ou animais em ambiente noturno, ao qual se juntam os faróis I.Q.Light (LED matrix), são outros trunfos deste modelo. No capítulo do conforto, os bancos com massagem integrada ou o sistema “Trailer Assist”, que simplifica manobras com reboque, prometem fazer a diferença. Já em termos de design e personalização, é possível optar por ambientes interiores distintos, como “Elegance” ou “Atmosphere”. Mais leve 106 kg do que o modelo da anterior geração, o novo Volkswagen Touareg, que conta com uma bagageira 113 litros maior, recorre aos préstimos do motor V6 3.0 TDI com dois patamares de potência (231 e 286 cv), que traz acoplada caixa automática de oito velocidades e surge associado à tração integral 4Motion. A gama para Portugal inclui os níveis de equipamento Elegance e R Line, existindo, em opção, o Atmosphere. A versão de entrada, Elegance de 231 cv, tem um preço de venda ao público (sem despesas administrativas) de €83.900.  ✱

A Volvo Cars apresentou a “M”. Estabelecida em 2018, esta nova marca destina-se a alargar a oferta de serviços de mobilidade do construtor nórdico a nível mundial, disponíveis através de uma app intuitiva. Para além do acesso a veículos e serviços, a “M” será, também, capaz de entender as necessidades dos utilizadores, as suas preferências e os seus hábitos, personalizando, desta forma, as suas ofertas e experiências. Com estreia agendada para a primavera de 2019, a app estará disponível na Suécia e nos EUA. Além de uma vasta equipa de engenheiros de software digital, que engloba experiência e talentos emergentes, a “M” incorpora 20 anos de aprendizagem e de dados provenientes da Sunfleet, empresa pioneira na experiência de car sharing e já pertencente ao Volvo Car Group. A Sunfleet é uma empresa sueca de referência que, através de uma frota de 1.700 veículos, regista já mais de 500.000 transações anuais. Em 2019, será integrada na “M”, disponibilizando, deste modo, os seus serviços aos membros já existentes. Mais do que simplesmente informar os locais onde será possível realizar o levantamento e entrega das viaturas, na “M” os utilizadores encontrarão uma tecnologia de conhecimento capaz de questioná-los acerca das suas necessidades.  ✱

CUPRA e-Racer já rodou em circuito

Novo Dacia Duster já está disponível O novo Duster já está disponível em Portugal com preços que começam nos €14.900. O posicionamento que também tem feito o sucesso da Dacia, ou seja, preços imbatíveis, mantém-se na nova geração deste SUV. A exemplo dos restantes modelos da marca, o novo Duster beneficia da garantia contratual de três anos ou 100 mil km. Mais moderno, sem comprometer a imagem de robustez que sempre caracterizou este modelo, as linhas da nova geração são ainda mais marcantes, graças a detalhes como os faróis dianteiros deslocados para as extremidades da carroçaria, a grelha alargada, o capot desenhado em posição mais horizontal, a linha de cintura mais alta, as novas proteções na dianteira e traseira de dimensões superiores, o para-brisas mais inclinado com uma base que avançou 100 mm, as novas barras de tejadilho em alumínio, as novas jantes de 17” e a nova assinatura luminosa. Por dentro, destaca-se a evolução ao nível dos materiais, os estofos de malha 3D em relevo, a melhoria ao nível da ergonomia e arrumação, o nível de equipamento aprimorado e a dotação de mais tecnologia. O conforto de condução também foi otimizado. O novo Duster está disponível com uma completa gama de motores. A oferta a gasolina contempla o bloco TCe de 125 cv (apenas nas versões 4x2), associado a caixa manual de seis velocidades. Já o bloco SCe de 115 cv (também para versões 4x2), estará disponível, posteriormente, com uma oferta gasolina/GPL. Quanto ao Diesel, o motor dCi de 110 cv, disponível em versões 4x2 e 4x4, sempre associado a caixa manual de seis velocidades, continua a ser a aposta.  ✱ Agosto I 2018

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A CUPRA, marca desportiva da SEAT, levou o e-Racer até ao circuito de velocidade de Zagreb, na Croácia, com o objetivo de experimentar, pela primeira vez, em ação, a integração das baterias elétricas na restante massa do veículo. Todos os sistemas elétricos, eletrónicos, de bateria, de refrigeração e de propulsão foram testados em separado. Na pista de Zagreb, todos os elementos foram integrados e a sua operacionalidade foi testada, pela primeira vez, em conjunto, com resultados bastante otimistas para a equipa CUPRA. Durante os dias de teste, as altas temperaturas verificadas no traçado confirmaram que o CUPRA e-Racer está pronto para enfrentar o desafio da competição. Destes primeiros testes, retiraram-se conclusões muito positivas. A bateria deste carro de turismo de competição 100% elétrico é formada por 6.072 células cilíndricas, o equivalente à bateria de 9.000 telemóveis. Com estas credenciais, a autonomia do e-Racer consegue ser perfeitamente compatível para competir no novo E-TCR (Campeonato de Viaturas de Turismo Elétrico).  ✱

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APRESENTAÇÃO

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Olá Mercedes!

Mercedes-Benz Classe A

› O novo Classe A coloca as relações entre o veículo e condutor num nível mais intimista. O Jornal das Oficinas viajou até Óbidos com o mais evoluído modelo compacto da Mercedes-Benz. Tudo começou com um cumprimento em português Por: Jorge Flores

- Olá Mercedes! - Olá! Em que posso ser útil? Quando damos connosco a encetar conversa com o Me Connect, disponível no novo Classe A, sabemos que já estamos com um ou dois pezinhos no futuro. Sobretudo, quando, do outro lado do sistema, está uma sensual voz feminina, que, em português, se dispõe a navegar-nos, estrada fora, até terras de Almourol, naquela que foi a primeira apresentação dinâmica do Jornal das Oficinas ao compacto da Mercedes-Benz. Um evento “ligeiro e descontraído”, onde alguns jornalistas mais afoitos puderam fazer-se ao rio Zêzere e navegar pequenos caiaques. E onde outros, ainda mais destemidos, os viraram ao contrário... Graças à última versão do Linguatronic, o modelo consegue ouvir cada palavra proferida, fruto do controlo inteligente por voz com reconhecimento de discurso natural. Mas vai mais longe. Entende o condutor e passageiros, mesmo sem

precisar de aprender comandos de voz. E comunica, também, através da fala. ■  PEQUENO DESENTENDIMENTO Da nossa parte, focados na condução, lá seguimos, seduzidos pela tecnologia alemã e respeitando as coordenadas. Até cairmos na fria realidade de que ainda haverá alguns acertos a fazer na versão lusa do sistema, quando damos por nós a gritar com a sexy e robótica voz, para tentar atinar com o caminho. Mas, ainda assim, que ninguém duvide: o fabricante alemão encontrou o seu caminho em matéria de conectividade com o novo Classe A. Um portento tecnológico que incorpora, pela primeira vez, o designado MBUX (sigla alusiva a Mercedes-Benz User Experience) e que inicia uma nova era nos serviços Mercedes Me Connect. Uma das características únicas deste sistema, de resto, reside na sua capacidade de interação. Graças à inteligência artificial, o MBUX poderá ser personalizado e adapta-se ao

utilizador, criando, desta forma, uma ligação emocional (mesmo que com alguns desentendimentos pontuais), entre o veículo, quem vai ao volante e os restantes passageiros a bordo. ■  PUREZA SENSUAL O novo Classe A não rompeu a 100% com as linhas do modelo da anterior geração. Seria uma loucura se improvisasse demasiado em cima de uma estética coroada de êxito, como é o caso. Trata-se de um modelo de presença sempre elegante e que representa o próximo passo na filosofia de design “Pureza Sensual”. O carácter desportivo, equilibrado e (não menos) emotivo deste modelo familiar compacto de dois volumes, expressa-se por via do desenho progressivo da secção dianteira, onde pontifica o capot de baixa altura, a grelha do radiador (com a estrela bem visível), os faróis de LED planos com elementos cromados e as luzes de circulação diurna em forma de boomerang.

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Durante o passeio entre Lisboa, Almourol e a Lagoa de Óbidos, onde a comitiva de jornalistas pernoitou, pudemos comprovar o dinamismo e a suavidade de condução do A 180d, com 116 cv, e o maior fulgor da variante A 200, de 163 cv, ambas disponíveis por €32.450. De referir que a versão A 250 eleva o preço para uns mais expressivos €47.100.  ✱

Mercedes-Benz A 180d MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant. Cilindrada (cc) 1461 Potência máxima (cv/rpm) 116/4000 Binário máximo (Nm/rpm) 260/1750-2500 Velocidade máxima (km/h) 202 0-100 km/h (s) 10,5 Consumo combinado (l/100 km) 4,5 Emissões de CO2 (g/km) 108 Preço €32.450 Agosto I 2018

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MUNDO AUTOMÓVEL EM ESTRADA Novos modelos lançados no mercado

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Por: Jorge Flores

Honda Civic Sedan 1.5 i-VTEC Turbo

Kia Stonic 1.6 CRDi TX

Suzuki S-Cross 1.4 Turbo GLX 2WD

Volvo XC60 D4 Inscription

A quarta porta

Preparado para tudo

Conteúdo funcional

Energia sueca

Após o ensaio à versão de cinco portas do Honda Civic, realizado há poucos meses, desta feita, partimos para a estrada com a variante de quatro portas do modelo japonês, equipado com o mesmo motor 1.5 i-VTEC de 182 cv. Pode dizer-se que continua a ser um “pequeno samurai”, ainda que, nesta variante, ganhe uma dimensão superior. Mede 4,63 metros de comprimento (mais 11 cm do que a versão de cinco portas). Trata-se de uma variação que afeta, essencialmente, a sua capacidade de carga: 519 litros (mais 41 litros). O acesso à bagageira faz-se, nesta versão de quatro portas, através de uma tampa e não de um portão de maiores dimensões. No interior, o espaço para condutor e ocupantes não foi alterado. Ou seja, cumpre o exigível. O design do tablier e os materiais utilizados no habitáculo da especificação Elegance foram alvo de maiores cuidados. Nesta versão sedan, o motor a gasolina 1.5 i-VTEC Turbo de 182 cv, com 240 Nm de binário máximo, encontrado entre as

O Kia Stonic não foi dos primeiros crossovers compactos a chegar ao mercado. Mas pode dizer-se que veio preparado para (quase) tudo. Dotado de um design feliz, o modelo destaca-se, também, pelo fator... preço: €23.810 na versão 1.6 CRDi TX. O que não será nunca negligenciável, sobretudo, num segmento B-SUV tão povoado. As dimensões são compactas (4,14 m de comprimento), mas não se pense que, a bordo existe alguma sensação de claustrofobia. Antes pelo contrário. Condutor e

O Suzuki S-Cross é um modelo iminentemente prático. Funcional. Esse será, porventura, o seu lado mais negativo. A forma discreta como circula na via pública, sem quase se dar por ele. Mais conteúdo do que forma. Ainda assim, o modelo foi alvo de uma revisão estética muito recente, sobretudo, na dianteira: grelha, para-choques, faróis e capot. O destaque reside na grelha com contornos cromados, para um visual mais distinto, ao passo que os faróis passam agora a integrar as luzes diurnas de circulação em LED. Na traseira, também os faróis ganham novo desenho e encontram-se, agora, mais integrados no para-choques. No habitáculo, alguns materiais justificariam uma renovação mas, por outro lado, o renovado sistema de infoentretenimento, com ecrã tátil de 7” com função MirrorLink e associação aos sistemas operativos Apple CarPlay e Android Auto, mostram um S-Cross adaptado aos novos tempos. Coube ao Jornal das Oficinas a versão 1.4 Turbo com 140 cv às 5500 rpm e binário má-

O Volvo XC60, aqui testado na variante D4 Inscription, é um modelo (há muito) nuclear para as contas da marca sueca. Recorre à plataforma modular SPA e sofreu, nesta sua atualização, uma melhoria considerável em todos os campos. O SUV surge de visual rejuvenescido. E atraente. Respeitando, como é evidente, a mais recente linguagem estética que

ximo de 220 Nm, entre as 1.500 e as 4.000 rpm. Prestações que não comprometem uma condução zelosa, mas que raramente entusiasmam. A caixa automática de seis velocidades, essa sim, é bastante cumpridora.

MOTOR 4 cil. linha, transv., diant. Cilindrada (cc) 1498 Potência máxima (cv/rpm) 182/5500 Binário máximo (Nm/rpm) 240/1900-5000 Velocidade máxima (km/h) 220 0-100 km/h (s) 8,2 Consumo combinado (l/100 km) 5,8 Emissões de CO2 (g/km) 133 Preço €30.300 IUC €157,01

MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant. Cilindrada (cc) 1582 Potência máxima (cv/rpm) 110/4000 Binário máximo (Nm/rpm) 260/1500-2750 Velocidade máxima (km/h) 175 0-100 km/h (s) 11,3 Consumo combinado (l/100 km) 4,2 Emissões de CO2 (g/km) 109 Preço €23.810 IUC €127,44

MOTOR 4 cil. linha, transv., diant. Cilindrada (cc) 1373 Potência máxima (cv/rpm) 140/5500 Binário máximo (Nm/rpm) 220/1550-4000 Velocidade máxima (km/h) 200 0-100 km/h (s) 9,5 Consumo combinado (l/100 km) 5,4 Emissões de CO2 (g/km) 122 Preço €26.083 IUC €157,01

MOTOR 4 cil. linha Diesel, transv., diant. Cilindrada (cc) 1969 Potência máxima (cv/rpm) 190/4250 Binário máximo (Nm/rpm) 400/1750-2500 Velocidade máxima (km/h) 205 0-100 km/h (s) 8,4 Consumo combinado (l/100 km) 5,1 Emissões de CO2 (g/km) 135 Preço €59.163 IUC €224,98

.

1900 e as 5000 rpm, alcança uma velocidade máxima de 210 km/h e é competente para acelerar dos 0 aos 100 km/h em 8,4 segundos. Os consumos anunciados, de 5,7 l/100 km em regime combinado, são, manifestamente, inferiores aos registados no ensaio.

passageiros têm espaço quanto baste para fazerem uma viagem em conforto e sem encolher as pernas. A bagageira, com 352 litros de capacidade, pode aumentar até um máximo de 1155 litros, com o rebatimento dos encostos dos bancos traseiros, pelo que também não precisam de grande esforço para economizar nas malas de viagem. No habitáculo, o ecrã tátil é de 7’’, com navegação nas versões mais equipadas, caso da unidade ensaiada: TX. Atendendo ao público de gostos acentuados do segmento, a Kia colocou à disposição um total de 20 combinações de cores de carroçaria possíveis (cinco delas são do teto). No interior, são três as tonalidades possíveis: cor-de-laranja, verde e cinza. Equipado com o motor 1.6 CRDi de 110 cv e binário de 260 Nm, entre as 1500 e as 2750 rpm, o Stonic não é um poço de energia e obriga a recorrer amiúde à caixa de velocidades. Por outro lado, regista um consumo médio (anunciado) de 4,2 l/100 km.

a Volvo tem imposto aos seus modelos. Exemplo disso, são os faróis dianteiros com o formato em “T” deitado. Mais largo e comprido, o Volvo XC60 baixou, contudo, a sua altura ao solo: 216 mm. De rolamento suave e bastante empenhado, o motor D4 com 190 cv permite ao SUV nórdico alcançar uma velocidade máxima de 205 km/h e acelerar dos 0 aos 100 km/h em 8,4 segundos. Mais impressionantes, porém, para um modelo desta dimensão são os consumos anunciados pela marca, na ordem dos 5,1 l/100 km quando em circulação em regime combinado. De resto, o XC60 permite optar por um dos quatro modos de condução: “Eco”, “Comfort”, “Off-road” e “Dynamic”. Cada um destes modos atuará junto do acelerador, da caixa e da direção, adequando a condução à preferência do condutor no momento. Embora disponha de tração às quatro rodas, o XC60 D4 Inscription não convida a grandes aventuras de todo-o-terreno, quando mais não seja, para não sujar as jantes de 20”.

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USO PROFISSIONAL

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Três alegres furgões

Citroën Berlingo, Peugeot Partner e Opel Combo

› O Grupo PSA mostrou os seus furgões de mercadorias da nova geração. Falamos dos Citroën Berlingo, Peugeot Partner e Opel Combo. Três propostas de sucesso que pretendem reforçar ainda mais o êxito alcançado nos últimos anos Por: Ricardo Carvalho

O

conglomerado de marcas do Grupo PSA, que inclui Citroën, Peugeot e, agora, Opel, lançou um novo trio de furgões compactos. Se Berlingo e Partner já eram dos mais vendidos entre nós, o Combo pode beneficiar do sucesso dos dois primeiros para relançar a sua carreira. Os três furgões são produzidos em Portugal, mais concretamente na fábrica de Mangualde, e, tal como já acontecia, servem de base a versões de passagei-

ros refinadas, que tentam distanciar-se das variantes de trabalho. A Peugeot, por exemplo, trocou o nome Partner Tepee por Rifter, de forma a reforçar esta ideia. Já a Opel, acrescentou a designação Life ao Combo. E a Citroën adotou o apelido Multispace. Não será fácil distanciar estes três modelos, ainda que cada marca tenha uma política comercial diferenciada. Nesta nova geração (a terceira de Partner e Berlingo; a quinta do Combo),

Características em resumo Os três novos furgões, que resultam do acordo Core Model Strategy, estão disponíveis em várias variantes, que se ajustam a múltiplas aplicações. A saber: • A versão de chassis curto tem 4,40 m de comprimento e anuncia uma distância entre eixos de 2,785 m; • A tara alcança os 1.000 kg e o volume do compartimento de carga vai de 3,3 a 3,8 m3, sendo possível transportar mercadorias até

3,090 m de comprimento; • Para objetos mais longos, os modelos podem dispor de uma escotilha de tejadilho que suporta pesos até 100 kg, num ângulo que evita a necessidade de ter as portas traseiras abertas; • A versão de chassis longo, com distância entre eixos de 2,975 m e capacidade de carga de 4,4 m3, consegue transportar objetos até 3,440 m de comprimento; • O plano de carga, baixo, tem apenas 557 mm.

estes modelos surgem mais funcionais, mais espaçosos e mais tecnológicos do que nunca. ■  DESEMPENHO ELEVADO Esta combinação de argumentos positivos foi alcançada com recurso a uma nova arquitetura (plataforma EMP2 do Grupo PSA), a avançadas medidas de packaging e a tecnologias sofisticadas. Assim, os novos furgões surgem com uma gama ampla de escolhas, que inclui uma variante curta (4,4 m de comprimento e uma opção longa de 4,75 m), sendo que ambas podem ter dois ou três lugares à frente, dependendo da escolha de quem compra. Também vai estar disponível uma versão “crew cab”, de passageiros, menos requintada do que as que mencionámos anteriormente, que vai disponibilizar um habitáculo espaçoso para cinco ocupantes. As três novidades prometem superar, em matéria de volume de carga, a concorrência, ao propor 4,4 m3, bem como uma tara de 1.000 kg e um comprimento de zona de carga de 3,44 m. Outra vantagem reside no facto de o espaço entre as

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cavas das rodas permitir a acomodação, em largura, de europaletes. As versões mais curtas conseguem carregar duas delas. O modelo da Opel vai estrear um indicador de excesso de carga, ou seja, através de um toque num botão, o utilizador fica a saber se o carregamento excedeu o limite do veículo. Esta nova geração de modelos será produzida nas unidades fabris de Mangualde (Portugal) e Vigo (Espanha). Para acompanhar as ambições comerciais desta renovada oferta, foi constituída uma terceira equipa em Mangualde (225 contratações) e uma quarta em Vigo (900), que estão em operação desde abril e junho, respetivamente. Colocando-se ao mais alto nível de desempenho do Grupo PSA, estas duas fábricas do Polo Industrial Ibérico introduziram alterações profundas para acomodar os novos modelos. No capítulo das motorizações, o novo Combo recorre a unidades do Grupo PSA para se deslocar. Assim, a versão furgão vai contar com os préstimos do bloco 1.5 Diesel com três níveis de potência: 75, 100 e 130 cv.  ✱

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MUNDO AUTOMÓVEL PESOS-PESADOS

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Scania fornece camiões ao MotoGP A Dorna Sports anunciou um novo contrato de dois anos com a Scania, confirmando, assim, a empresa como Fornecedor de Camiões Sustentáveis do MotoGP em 2018 e 2019. A Scania surgiu pela primeira vez associada ao MotoGP em 2015 e, graças a este novo acordo, o fabricante de veículos continuará a fornecer 14 unidades tratoras destinadas às operações do MotoGP. A frota utiliza HVO (Óleo Vegetal Hidrotratado) e, desde 2017, já reduziu as emissões de CO2 em 90% comparativamente ao combustível “normal”. Além disso, a parceria entre a Scania e o MotoGP inclui as experiências na MotoGP VIP Village, o local ideal para promover marcas e negócios, assim como conteúdos digitais focados na sustentabilidade, apoiando os valores partilhados de ambas as partes e uma série de exposições no paddock do MotoGP.  ✱

Iveco apoia unidade produção de biometano

Galius lançou campanha Renault Trucks A Galius, empresa do Grupo Nors, representante exclusivo da Renault Trucks em Portugal, lançou uma campanha que proporciona três anos de garantia ou 180 mil km na aquisição de veículos novos Renault Trucks da Gama D. Com esta campanha, a Renault Trucks, disponibiliza aos seus clientes mais do que um veículo: uma solução que oferece total tranquilidade. A campanha está disponível para veículos novos Renault Trucks modelos D 18 HIGH 4x2 280E e D 19 WIDE 4x2 280E. Para além de toda a robustez de um veículo Renault Trucks, esta ação contempla peças de substituição originais Renault Trucks e assistência numa alargada rede de concessionários. Incluído na campanha está um serviço 24/7 de assistência em viagem, com o melhor desempenho da Europa. Uma rede de especialistas está disponível em 16 idiomas para assegurar as operações de assistência e de desempanagem, garantindo a máxima qualidade de serviço 24 horas por dia e sete dias por semana. A campanha está em vigor até dia 15 de outubro de 2018.  ✱

As Iveco e Iveco Bus apoiaram a cerimónia de inauguração de uma unidade de produção de biometano com a exibição de toda a sua gama de veículos a gás natural, proporcionando aos participantes um serviço de shuttle com esta solução. No evento de inauguração, a Iveco apresentou a sua visão de transportes sustentáveis com base no gás natural e no biometano. As Pot au Pin Energie, Air Liquide e Carrefour inauguraram uma unidade de produção de biometano e um posto de abastecimento de biometano em Cestas, na região francesa de Nova-Aquitânia. As três empresas trabalham em conjunto neste projeto, com uma abordagem circular à transição energética, reunindo, pela primeira vez neste país, toda a cadeia de valor de biogás num único local. Pioneira nos veículos a gás natural e na promoção desta tecnologia como a alternativa sustentável e mais “amadurecida” face ao Diesel, a Iveco apoiou o evento com a exibição da sua vasta gama de veículos Natural Power, concebidos de raiz para circular com biometano. Em simultâneo, proporcionou os serviços de transporte do evento, disponibilizando os seus autocarros a gás natural. Os veículos a gás natural são elementos chave do ciclo virtuoso e a Iveco está na vanguarda da indústria, contando com mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento, produção e assistência a este tipo de veículos. A marca é, atualmente, o único construtor a dispor de uma gama completa de veículos, desde comerciais ligeiros, através do modelo Daily Blue Power Hi-Matic Natural Power, até veículos pesados de transporte, com as gamas Eurocargo NP e Stralis NP, bem como veículos de transporte de passageiros, com os autocarros Daily Minibus NP, Urbanway e Crealis, aos quais se junta o autocarro Crossway LE NP, recentemente lançado no mercado.  ✱

Volvo FH comemora 25 anos Criado em 1993, o Volvo FH comemora, em 2018, 25 anos de existência. Como forma de celebrar este marco histórico, a marca promete tornar o modelo ainda melhor. Mais conforto, mais segurança e um lugar de trabalho mais ergonómico, no caminho para as emissões zero. Tudo porque a Volvo considera que o FH é, desde o primeiro dia, o camião do futuro. Neste aniversário, é apresentado o Volvo FH Edição Especial 25 anos, lançado em duas cores: cinzento “Mammoth Tree” e vermelho “Crimson Pearl”, sendo este último uma versão moderna da cor da cabine original da primeira geração. Ainda assim, o modelo especial pode ser encomendado em qualquer cor de cabine. Esta edição, por ser especial, é, também, limitada, estando apenas à venda durante um período estabelecido pela marca. Mas essa é a única limitação, pois está preparado para ir ao encontro dos pedidos mais exigentes da vida na estrada, podendo contar com vários opcionais e inovações, como o i-Shift e o Volvo Engine Brake+.  ✱ Agosto I 2018

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